SAÚDE SEM FRONTEIRAS
Palavras-chave:
Educação em Saúde. Refugiados. Qualidade de vida.Resumo
RESUMO
 
O PROJETO �€ŒSA�DE E BEM-ESTAR PARA OS REFUGIADOS - EMPODERANDO PESSOAS RESILIENTES�€ FOI DESENVOLVIDO NA COMUNIDADE DE REFUGIADOS DE ANÁPOLIS-GO, MAIS ESPECIFICAMENTE NA IGREJA PRESBITERIANA PIONEIRA DA CIDADE, POR MEIO DE A��ES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE, TENDO DURA��O EM M�DIA DE DUAS HORAS CADA UMA, VISANDO MINIMIZAR AS DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ESSA POPULA��O VULNER�VEL NO �MBITO DA SAÚDE E TRANSMITIR ESSE CONHECIMENTO DENTRO DA COMUNIDADE, AUMENTANDO AS QUALIDADE DE VIDA DESSE GRUPO. POSTO ISSO, FORAM REALIZADAS OFICINAS EDUCATIVAS NAS SALAS DE AULA DA IGREJA PRESBITERIANA PIONEIRA, MINISTRADAS POR TR�S LIGAS ACAD�MICAS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE UNIEVANG�LICA, SENDO ELAS: LACLIMP, LIAME E LANU. DENTRE AS TEM�TICAS ABORDADAS INCLUEM: HIGIENE INTIMA E M�TODOS CONTRACEPTIVOS, INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) E PREVEN��O, ORIENTAÇÃO SOBRE DIABETES E HIPERTENS�O ARTERIAL COM AVALIA��O F�SICA, SAÚDE DO TRABALHADOR, SAÚDE MENTAL E PRIMEIROS SOCORROS. AS A��ES RESULTARAM EM GRANDE SUCESSO DEVIDO � MOTIVA��O E AO INTERESSE, TANTO DOS ACAD�MICOS, QUANTO DOS REFUGIADOS.
INTRODUÇÃO
 
AO LONGO DOS ANOS, O BRASIL TEM SIDO O LOCAL ESCOLHIDO POR IMIGRANTES DE DIVERSAS NACIONALIDADES QUE SÃO V�TIMAS DE CRISES ECON�MICAS, DESASTRES AMBIENTAIS, VIOLA��ES DOS DIREITOS HUMANOS, VIOL�NCIA E PERSEGUI��O. NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2022, 1.720 REFUGIADOS DE 121 NACIONALIDADES DIFERENTES FORAM ACOLHIDOS NO BRASIL,  SENDO 55% DELES DE ORIGEM VENEZUELANA. ESTES, SÃO PROTEGIDOS PELA LEI N�º 9.474/97, QUE GARANTE A NÃO EXPULS�O OU EXTRADI��O, DO REFUGIADO DEVIDAMENTE REGISTRADO, PARA O PA�S EM QUE ESTÁ OCORRENDO A PERSEGUI��O (BRASIL, 2022). AL�M DISSO, EXISTE A PROTE��O INTERNACIONAL, QUE SOB O MANDATO DO ALTO COMISSARIADO DAS NA��ES UNIDAS PARA REFUGIADOS (ACNUR) ASSEGURA O ACESSO AOS DIREITOS E � ATEN��O B�SICA PARA AS PESSOAS REFUGIADAS DO MESMO MODO QUE GARANTE PARA QUALQUER OUTRO ESTRANGEIRO LEGAL NO PA�S (BARRETO, 2010). DESSE MODO, O ESTADO DE GOI�S ABRIGA GRANDE PARTE DESSAS PESSOAS, PRINCIPALMENTE PROCEDENTES DA VENEZUELA E DO HAITI, EM DIVERSAS CIDADES (BRASIL, 2020).
O DIREITO � SAÚDE DEVE SER INSERIDO NO DIA A DIA DOS REFUGIADOS POR SER UM IMPORTANTE ASPECTO ABORDADO PELAS POL�TICAS P�BLICAS, PORÉM EXISTEM OBST�CULOS PARA SUA APLICA��O EFETIVA COMO A DIFICULDADE DE COMUNICA��O, FALTA DE PREPARO DA REDE DE SAÚDE PARA ATENDER ESSAS PESSOAS, O ASPECTO CULTURAL E A FALTA DE INFORMAÇÃO DESSES VULNER�VEIS SOBRE O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA �ŠNICO DE SAÚDE (SUS) E SUAS ABORDAGENS (SOARES, 2018).
DESSA FORMA, TORNOU-SE NECESS�RIO INTERVIR NA COMUNIDADE DE REFUGIADOS DE ANÁPOLIS-GO PARA PROMOVER A��ES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE, COM O PROPÓSITO DE MINIMIZAR AS DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ESSA POPULA��O VULNER�VEL NO �MBITO DA SAÚDE.
METODOLOGIA
 
A METODOLOGIA UTILIZADA NO PROJETO SAÚDE E BEM ESTAR PARA OS REFUGIADOS - EMPODERANDO PESSOAS RESILIENTES, SÃO OFICINAS EDUCATIVAS, QUE OCORREM NAS SALAS DE AULA DA IGREJA PRESBITERIANA PIONEIRA, MINISTRADAS POR TR�S LIGAS ACAD�MICAS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE UNIEVANG�LICA, SENDO ELAS: LACLIMP, LIAME E LANU, PARA OS REFUGIADOS QUE SE ENCONTRAM NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO.
AS OFICINAS OCORREM DE QUINZENALMENTE, AS QUARTAS-FEIRAS, COM DURA��O DE 2 HORAS, COM A INTEN��O DE PROMO��O DA SAÚDE, CADA LIGA ACAD�MICA MINISTRA DUAS OFICINAS, E NO FINAL DO PROJETO TEM UMA OFICINA INTEGRATIVA DAS TR�S LIGAS ACAD�MICAS. OS TEMAS PROPOSTOS SÃO: HIGIENE INTIMA E M�TODOS CONTRACEPTIVOS, INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) E PREVEN��O, ORIENTAÇÃO SOBRE DIABETES E HIPERTENS�O ARTERIAL COM AVALIA��O F�SICA, SAÚDE DO TRABALHADOR, SAÚDE MENTAL E PRIMEIROS SOCORROS. FORAM UTILIZADOS BONECOS DE PARTES DO CORPO HUMANO PARA MELHOR EXPLICA��O, DEMONSTRA��O DE M�TODOS CONTRACEPTIVOS E A PRATICA CORRETA DE UTILIZA��O. NA AVALIA��O F�SICA OCORREU MEDI��O DA GLICEMIA CAPILAR E PRESS�O ARTERIAL.
PARA QUE HAJA RESPEITO AS DIVERSIDADES CULTURAIS, OFICINAS QUE TRATAM DE ASSUNTO CONSIDERADOS TABUS, EM DETERMINADAS CULTURAS, COMO: HIGIENE INTIMA, CONTRACEP��O E IST, AS PALESTRAS SÃO MINISTRADAS EM 2 SALAS, SEPARANDO OS HOMENS DAS MULHERES, PARA QUE ASSIM, NÃO OCORRA CONSTRANGIMENTO E QUE O ASSUNTO POSSA SER MAIOR DIFUNDIDO ENTRE A COMUNIDADE.
AO FINAL DE TODA OFICINA, A LIGA MINISTRANTE OFERECE AOS CONVIDADOS UM LANCHE, COM BEBIDAS, COMO: �GUA E REFRIGERANTE E COMIDAS, COMO: SALGADO, BOLO E P�O. PARA QUE SEJA UM MOMENTO DE CONFRATERNIZA��O E UM ATRATIVO PARA AS OFICINAS DE SAÚDE.
 
RELATO DE EXPERI�ŠNCIA E RESULTADOS
 
                          FRENTE AS DIVERSAS ADVERSIDADES ENFRENTADAS PELA POPULA��O REFUGIADA, DESDE �S CIRCUNSTÂNCIAS QUE FOR�ARAM SUA EMIGRA��O E AS PERDAS DE RELA��ES FAMILIARES, AT� AS DIFEREN�AS CULTURAIS E LINGU�STICAS (SANTANA, 2018), O PROJETO EXTENSIONISTA DESTINADO A ESSE P�BLICO-ALVO TEM SE MOSTRADO UM EXCELENTE ALIADO PARA ROMPER COM AS IN�MERAS BARREIRAS EXISTENTES, PRINCIPALMENTE �S RELACIONADAS AO CUIDADO COM A SAÚDE.
                  SABE-SE QUE O CONCEITO DE SAÚDE � MUITO MAIS AMPLO QUE A SIMPLES AUS�NCIA DE DOEN�A, SENDO CARACTERIZADO COMO ESTADO DE COMPLETO BEM-ESTAR F�SICO, MENTAL E SOCIAL (OMS, 1946). DESSE MODO, OS ENCONTROS QUINZENAIS SE MOSTRAM IMPORTANTES PARA PROMOVER INTEGRA��O DE POVOS DISTINTOS, PARA COMPREENDER REALIDADES DIFERENTES E, FUNDAMENTALMENTE, PARA ESCLARECER OS PROBLEMAS DE SAÚDE ASSOCIADOS AOS IMIGRANTES, QUE SÃO, ESSENCIALMENTE, ASSOCIADOS A QUEST�ES CULTURAIS (FASSIN, 2012).
                   NESSE SENTIDO, AS A��ES OBTIVERAM GRANDE SUCESSO, POIS H� UM N�TIDO INTERESSE, DE AMBAS AS PARTES, TANTO DOS ACAD�MICOS, QUE ACOLHEM UM GRUPO EXTREMAMENTE MARGINALIZADO E MELHORAM, DE FATO, A QUALIDADE DE VIDA DE TODA UMA COMUNIDADE, QUANTO DOS REFUGIADOS. O INTERESSE DO SEGUNDO GRUPO � PERCEBIDO, CLARAMENTE, PELA EXTRAPOLA��O DO TEMPO ESTIPULADO DE IN�MERAS OFICINAS, PELAS INCONT�VEIS D�VIDAS ESCLARECIDAS E PELA FREQU�NCIA DOS PARTICIPANTES NOS ENCONTROS, SENDO UMA M�DIA DE 15 PESSOAS.
                   LOGO, COM A REALIZA��O DO PROJETO �€ŒSA�DE E BEM-ESTAR PARA OS REFUGIADOS - EMPODERANDO PESSOAS RESILIENTES�€, CONCLUI-SE QUE H� EVIDENTE SOBERANIA DA ESP�CIE HUMANA EM DETRIMENTO DAS DIFERENTES NACIONALIDADES, ETNIAS OU CULTURAS, VISTO A INTEGRA��O OBSERVADA, BEM COMO O INTERESSE M�TUO PELO CUIDADO COM A SAÚDE.
CONSIDERAအဢES FINAIS
 
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE UTILIZANDO OFICINAS EM GRUPO PARA UM P�BLICO ALVO ESPECIFICO � SEM D�VIDAS UMA FERRAMENTA QUE DEVE SER APLICADA, AL�M DE TRANSMITIR O CONHECIMENTO EM SAÚDE A UMA POPULA��O VULNER�VEL, PERMITE QUE ESSE CONHECIMENTO SEJA DISSEMINADO DENTRE A COMUNIDADE VISANDO AUMENTAR A QUALIDADE DE VIDA DESSES GRUPOS. CONTUDO, � V�LIDO RESSALTAR QUE A MUDAN�A NOS H�BITOS DE SAÚDE � UM PROCESSO CONT�NUO E PERSEVERANTE, REQUERENDO ASSIM QUE MAIS A��ES SEJAM PROMOVIDAS PARA QUE HAJA MAIOR EFIC�CIA EM TERMOS DE QUALIDADE DE VIDA.
AGRADECIMENTOS
 
 
POR FIM, GOSTAR�AMOS DE AGRADECER AOS PARTICIPANTES DAS LIGAS E AOS MONITORES DA EXTENS�O POR TEREM COLOCADO O PROJETO EM PR�TICA. AGRADECEMOS TAMB�M � PROFESSORA LUCIANA CAETANO, PELA ORIENTAÇÃO E AUX�LIO NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO, � UNIVERSIDADE EVANGÉLICA DE GOI�S PELA OPORTUNIDADE E � BANCA AVALIADORA PELA DISPONIBILIDADE.