INFLUÊNCIA DO TAMANHO DE ESTACAS NA PROPAGAÇO VEGETATIVA DE JABUTICABEIRA (PLINIA CAULIFLORA)

Autores

  • Carolina Aparecida Straioto Cordeiro
  • Anderli Divina Ferreira Rios

Resumo

INTRODUÇÃO
PERTENCENTE � FAMÍLIA MYRTACEAE, A JABUTICABEIRA [PLINIA CAULIFLORA (DC.) KAUSEL] TEM BASTANTE APRE�O COMERCIAL DEVIDO AO SEU SABOR MARCANTE, SENDO MUITO UTILIZADA PARA CONSUMO IN NATURA E PARA PRODUÇÃO DE LICORES, GELEIAS E DEMAIS PRODUTOS ALIMENT�CIOS. TAMB�M � UTILIZADA COMO PLANTA ORNAMENTAL EM JARDINS E FAZENDAS, POR SER UMA �RVORE DE ASPECTO VISTOSO. � UMA PLANTA ORIGIN�RIA DA REGI�O CENTRAL, SUL E SUDESTE DO BRASIL, E SEGUNDO MATTOS (1983), SÃO CONHECIDAS NOVE ESP�CIES DE JABUTICABEIRA NATIVAS NO BRASIL.
CONTUDO, DEVIDO � DIFICULDADE DE ENRAIZAMENTO DAS ESTACAS DESSA ESP�CIE, A PRODUÇÃO DE MUDAS EM LARGA ESCALA SE TORNA UM PROBLEMA ONEROSO E QUE DISPENDE MUITA M�O DE OBRA. AL�M DISSO, PARA QUE HAJA PEGAMENTO EFETIVO DESSAS ESTACAS, V�RIOS AUTORES (PEREIRA, M.; OLIVEIRA, A.L.; GONအALVES, A.N.; ALMEIDA, M.; S. A. Z. SASSO ET AL.) CITAM QUE � NECESS�RIO O USO DE FITO-HORM�NIOS REGULADORES, COMO O AIB (�CIDO INDOLBUT�RICO), QUE SÃO AUXINAS SINT�TICAS, QUE ATUAM REGULANDO O ENRAIZAMENTO DE ESTACAS. AS AUXINAS SÃO UM GRUPO DE FITO-HORM�NIOS QUE POSSUEM MAIOR EFEITO SOBRE O ENRAIZAMENTO, SEGUNDO FACHINELLO ET. AL. (2005), ESSE GRUPO POSSUI A��O NA FORMA��O DE RA�ZES ADVENT�CIAS, NA ATIVA��O DAS C�LULAS DO C�MBIO E NA PROMO��O DO CRESCIMENTO DAS PLANTAS.
TODAVIA, NA REGI�O DE GOIAN�SIA, ONDE O TRABALHO FOI REALIZADO, MUITOS VIVEIRISTAS PRODUZEM EMPIRICAMENTE MUDAS DE JABUTICABEIRA PARA A COMERCIALIZA��O LOCAL, SEM O USO DE DEVIDAS TÉCNICAS OU MESMO O USO DE FITO-HORM�NIOS ENRAIZADORES, VISTO QUE NO MERCADO LOCAL ESSES FITO-HORM�NIOS NÃO SÃO ENCONTRADOS COM FACILIDADE, E QUANDO ENCONTRADOS, SÃO VENDIDOS APENAS EM GRANDE ESCALA E POR UM ALTO VALOR. DESSE MODO, O OBJETIVOU-SE COM ESTE TRABALHO FOI AVALIAR APENAS A INFLUÊNCIA DO TAMANHO DE ESTACAS NO ENRAIZAMENTO E BROTA��ES EMITIDAS PELAS MESMAS, SEM O USO DE FITO-HORM�NIOS.
MATERIAL E M�TODOS
O EXPERIMENTO FOI REALIZADO NA CIDADE DE GOIAN�SIA-GO (-15.317986, -49.124739), IMPLANTADO NO DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2017, EM DELINEAMENTO INTEIRAMENTE CASUALIZADO COM QUATRO REPETI��ES, EM SACOS PL�STICOS TRANSPARENTES. FORAM AVALIADOS QUATRO TRATAMENTOS, SENDO QUE OS TRATAMENTOS CONSISTIRAM EM QUATRO TAMANHOS DIFERENTES DE ESTACAS: 10, 15, 20 E 25 CM. FOI UTILIZADO UM SUBSTRATO COMERCIAL CONTENDO TURFA, TERRA PRETA, CINZA E ADUBO QU�MICO. PARA FORNECER MAIS AERA��O AO SUBSTRATO, FOI ADICIONADO PARTES IGUAIS DE AREIA AO MESMO. AS ESTACAS LENHOSAS FORAM COLETADAS EM UMA
JABUTICABEIRA J� EM FASE REPRODUTIVA COM CERCA DE CINCO ANOS DE IDADE. APÓS SEREM COLETADAS NO DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2019, AS MESMAS FORAM PREPARADAS ENT�O PARA O PLANTIO. AS FOLHAS PRESENTES NAS ESTACAS FORAM RETIRADAS, ENT�O SE REALIZOU O CORTE EM BISEL EM AMBAS AS EXTREMIDADES PARA ASSIM AUMENTAR A �REA DE CONTATO COM O SUBSTRATO. FORAM REALIZADAS DUAS LES�ES SUPERFICIAIS NA PARTE BASAL, EM LADOS OPOSTOS, RETIRANDO-SE UMA POR��O DA CASCA DE CERCA 2,5 CM DE EXTENS�O PARA AUMENTAR A REGI�O CAMBIAL E RETIRAR POSS�VEIS AN�IS DE ESCLER�NQUIMA QUE DIFICULTARIAM A SA�DA DAS RA�ZES ADVENT�CIAS, SEGUNDO METODOLOGIA DESCRITA POR CASSOL (2013). FOI FEITO ENT�O O PLANTIO DESSAS ESTACAS EM SACOS PL�STICOS TRANSPARENTES COM CAPACIDADE DE 1QUILOGRAMA, CADA UM CONTENDO APROXIMADAMENTE 500 G DE SUBSTRATO. O EXPERIMENTO FOI MANTIDO AO AR LIVRE, SENDO REGADO TODOS OS DIAS PARA MANTER-SE A UMIDADE DO SUBSTRATO E DAS ESTACAS. APÓS 62 DIAS, AS ESTACAS FORAM COLHIDAS PARA ENT�O SEREM AVALIADAS.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
OS DADOS OBTIDOS FORAM SUBMETIDOS � ANÁLISE DE VARI�NCIA PELO SOFTWARE SISVAR 5.6 E AO TESTE DE TUKEY A 5% DE PROBABILIDADE.
TABELA 1: PEGAMENTO DE ESTACAS EM FUN��O DO TAMANHO
TRATAMENTOS M�DIAS RESULTADOS DO TESTE
20 CM 0.250000 A1
25 CM 0.500000 A1
15 CM 0.500000 A1
10 CM 0.750000 A1
M�DIAS SEGUIDAS DE MESMAS LETRAS NAS COLUNAS SÃO ESTATISTICAMENTE IGUAIS PELO TESTE DE TUKEY A 5% DE PROBABILIDADE.
COMO MOSTRADO NO TESTE, OS TRATAMENTOS NÃO DIFERIRAM ESTATISTICAMENTE ENTRE SI. ALGUMAS REPETI��ES EMITIRAM RA�ZES E FOLHAS, PORÉM, NÃO HOUVE ENRAIZAMENTO, E PARA TANTO, CONSIDERA-SE QUE NÃO HOUVE PEGAMENTO DE NENHUMA ESTACA. SEGUNDO COUVILLON (1988) AS FOLHAS SÃO RESPONS�VEIS POR PRODUZIR AUXINAS E CARBOIDRATOS, OS QUAIS CONTINUAM A SER SINTETIZADOS ATRAV�S DA FOTOSS�NTESE DURANTE A PERMAN�NCIA DAS ESTACAS NO SUBSTRATO, E ISSO PROVAVELMENTE IMPEDIU O RESSECAMENTO E MORTE COMPLETA DAS ESTACAS.
CONCLUSဢES
NÃO HOUVE ENRAIZAMENTO DAS ESTACAS DE JABUTICABA NOS TAMANHOS TESTADOS (10, 15, 20 E 25 CM RESPECTIVAMENTE).

Publicado

2018-07-25