INFLUÊNCIA DE ORGANISMOS DIAZOTRÀ³FICOS SOB FUNGOS MICORRÀ­ZICOS ARBUSCULARES EM RIZOSFERA DE CAJANUS CAJAN

Autores

  • Dailton da Costa Leite
  • Jadson Belem de Moura
  • Wagner Gonà§alves Vieira Junior
  • Elivan Cesar Vieira Rocha
  • Julio Cesar Silva
  • Diogo Jânio de Carvalho Matos
  • Leidiane dos Santos Lucas

Resumo

INTRODUÇÃO
A ADUBA��O VERDE E UM DOS PRINCIPAIS M�TODOS HOJE ENCONTRADOS PARA PROMOVER AO SOLO MAT�RIA ORG�NICA AUMENTANDO A CTC. AS LEGUMINOSAS SÃO AS MAIS INDICADAS PARA ESTE TIPO DE PRATICA POR POSSIBILITAR A FIXA��O DE GRANDES QUANTIDADES DE NITROG�NIO (N) NO SOLO, ESSA PRATICA SE D� PELA SIMBIOSE QUE A PLANTA TEM COM BACT�RIAS ESPECIALIZADAS EM TRANSFORMAR N ATMOSF�RICO EM COMPOSTOS COMO O NH3 (AM�NIA) QUE SÃO FACILMENTE ASSIMILADOS PELA PLANTA, DIFERENTE DO N ATMOSF�RICO QUE NÃO E PROCESSADO PELA PLANTA (FARIA, 2003).
DE V�RIOS TIPOS DE LEGUMINOSAS HOJE O FEIJ�O GUANDU E MUITO UTILIZADO PARA RECUPERA��O DE �REAS DEGRADAS, PROMOVER MAT�RIA ORG�NICA AO SOLO, MELHORANDO AS CONDI��ES F�SICAS E BIOLÓGICAS, AL�M DE POSSUIR EFIC�CIA NO CONTROLE DE EROS�ES, ENXURRADAS E ETC. PRODUZ QUANTIDADE ELEVADAS DE MAT�RIA SECA COM RICA PRESENTA DE ELEMENTOS MINERAIS QUE SÃO FUNDAMENTAIS PARA A PLANTA. SÃO PLANTAS QUE RESISTEM A INTEMPERES DO AMBIENTE, COMO FALTA DE AGUA, FRIO E DENTRE OUTROS FATORES QUE PODEM SER VISTOS COM LIMITANTES PARA OUTRAS CULTURAS (AZEVEDO, 2007).
ORGANISMOS DIAZOTRÓFICOS, SÃO MICRORGANISMOS, QUE COMO DITO, CONSEGUEM ASSIMILAR O NITROG�NIO DA ATMOSFERA E O TRANSFORMAR EM NH3 (AM�NIA). UMA DAS PRINCIPAIS CARACTER�STICAS DAS LEGUMINOSAS E APRESENTAR A INTERA��O ENTRE ESSE MICRORGANISMO, ESSA INTERA��O GARANTE A PLANTA QUANTIDADE NECESS�RIAS DE N EM TROCA DE FOTOASSIMILADOS PARA AS BACT�RIAS. AS BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO (FBN) POSSUEM MAIOR INTERA��O COM PLANTAS LEGUMINOSAS, MAIS HOJE ATRAV�S DE PESQUISAS FORAM ENCONTRADAS ALGUMAS QUE SE ASSEMELHAM A OUTROS TIPOS DE CULTURA, TAIS COMO: MILHO, CAPINS, CANA E ETC (EMBRAPA, 2014).
ASSIM COMO O FBN, EXISTEM OUTROS ORGANISMOS QUE PROMOVEM A PLANTA TROCAS DE FOTOASSIMILADO DO LADO DA PLANTA POR NUTRIENTES DO SOLO. OS FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA�€™S) SÃO MICRORGANISMOS QUE SE ALOJAM NA RAIZ DA PLANTA E FORMARAM EXTENS�ES DA RAIZ ATRAV�S DE SUAS HIFAS, ONDE ACONTECE O AUMENTO DA SUPERF�CIE DE CONTATO
DA PLANTA SENDO POSS�VEL UMA MAIOR ABSOR��O DE AGUA E NUTRIENTES PELA PLANTA � TAMB�M O APROVEITAMENTO DE NUTRIENTES QUE FORAM LIXIVIADOS E SE ENCONTRAM EM PERFIS MAIS BAIXOS DO SOLO (QUEREJETA ET AL.,2009; MOURA, 2015).
SENDO ASSIM, OBJETIVOU-SE NESSE TRABALHO A AVALIA��O DE INTENSIDADE DE FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES COM E SEM A PRESEN�A DE BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO NA CULTURA DE FEIJ�O GUANDU, COM INTU�DO DE SE SABER SE BACT�RIAS FAVORECEM OU DESFAVORECEM A PRESEN�A DE FMA�€™S.
MATERIAL E M�TODOS
O EXPERIMENTO FOI REALIZADO NA �REA EXPERIMENTAL DA FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIAN�SIA, NO MUNIC�PIO DE GOIAN�SIA - GO. O DELINEAMENTO EXPERIMENTAL FOI INTEIRAMENTE CASUALISADO COM QUATRO REPETI��ES DISPOSTO EM DOIS TRATAMENTOS SENDO UM A APLICA��O DE BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS (RHIZOBIUM TROPICI E AZOSPIRILLUM BRASILIENSE) E UM TRATAMENTO SEM APLICA��O, AMBOS EM SEMEADURA DE FEIJ�O GUANDU, ONDE CADA REPETI��O POSSU�A UMA �REA DE 1,5M�². A SEMEADURA FOI REALIZADA EM SOLO J� COLONIZADO COM FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA�€™S).
PARA DETERMINA��O DA DENSIDADE DE ESPOROS NO SOLO, FOI REALIZADA A COLETA DE AMOSTRAS CONTENDO 50G DO SOLO RIZOSF�RICO. OS ESPOROS FORAM EXTRA�DOS ATRAV�S DA T�CNICA DE PENEIRAMENTO �MIDO (GERDEMANN & NICOLSON, 1963), SEGUIDA PELA CENTRIFUGA��O EM �GUA E SOLU��O DE SACAROSE A 50%. OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SUAS CARACTER�STICAS FENOT�PICAS COMO COR, TAMANHO E FORMA, COMPONDO OS DIFERENTES MORFOTIPOS, SOB LUPA BINOCULAR ESTEREOSCÓPICA.
NA DETERMINA��O DA PORCENTAGEM DE COLONIZA��O, AS RA�ZES FORAM CLARIFICADAS E CORADAS COM 0,05% DE AZUL-DE-TRYPAN EM LACTOGLICEROL (PHILLIPS & HAYMAN, 1970), ONDE AS AVALIA��O DE COLONIZA��O FOI REALIZADA EM MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPIO, SEGUINDO A T�CNICA DE INTERSE��O DOS QUADRANTES (GIOVANNETTI & MOSSE, 1980).
PARA A IDENTIFICA��O DOS G�NEROS DE FMA A PARTIR DAS CARACTER�STICAS MORFOLÓGICAS, OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SEUS MORFOTIPOS E MONTADOS EM L�MINAS COM POLIVINIL-LACTO-GLICEROL (PVLG) PURO E PVLG MISTURADOS COM MELZER (1:1 V/V). PARA SUBSIDIAR O TRABALHO DE IDENTIFICA��O, FOI UTILIZADO ARTIGOS ORIGINAIS DA DESCRI��O DAS ESP�CIES E DESCRI��ES DAS ESP�CIES FORNECIDAS NO SITE DA �€ŒINTERNATIONAL CULTURE COLLECTION OF ARBUSCULAR AND VESICULAR-ARBUSCULAR MYCORRHIZAL FUNGI�€ (INVAM, 2014). OS DADOS RECEBERAM TRATAMENTO ESTAT�STICO POR MEIO DO PROGRAMA ASSISTAT.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
OS VALORES DE DENSIDADE DE ESPOROS NOS TRATAMENTOS COM E SEM INOCULA��O COM BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO DIFERIRAM ESTATISTICAMENTE, ONDE O TRATAMENTO SEM INOCULA��O APRESENTOU MAIOR QUANTIDADE DE ESPOROS NA RIZOSFERA DA PLANTA (FIGURA 01).
CARVALHO ET. AL. (2008) VERIFICOU NA CULTURA DO FEIJ�O GUANDU QUE A DENSIDADE DE ESPOROS ENCONTRADOS NO SOLO SEM A INOCULA��O DE FBN FORAM MAIORES EM COMPARA��O AO TRATAMENTO COM A INOCULA��O. KABIR (2005) RESSALTA QUE ESPOROS SÃO DEPENDENTE DE FATORES PARA SOBREVIVER NO SOLO, MESMO APRESENTANDO GRANDE RUSTICIDADE A INTEMPERES A CULTURA APRESENTA ALGUMAS NECESSIDADES COMO A COBERTURA VEGETAL E DENTRE OUTROS FATORES.
OS VALORES NA TAXA DE COLONIZA��O (%) COM TRATAMENTOS COM E SEM INOCULA��O, NÃO APRESENTARAM DIFEREN�A ESTAT�STICA EM AMBOS TRATAMENTOS (FIGURA 02).
CARVALHO ET. AL. (2008) CONSTATA QUE HOUVE DIFEREN�A NOS TRATAMENTOS COM E SEM INOCULA��O NA CULTURA DE FEIJ�O GUANDU, SENDO QUE, O TRATAMENTO SEM A INOCULA��O APRESENTOU MAIORES MEDIAS NA TAXA DE COLONIZA��O. SMITH E READ (1997) INFERE QUE OS DADOS PODEM VARIAR QUANTO A ALGUNS FATORES, COMO DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES PARA PLANTA, QUANTIDADE DE AGUA NO SOLO, E TAMB�M ALGUMAS ESP�CIES DE FUNGOS MICORR�ZICOS APRESENTAM MAIS AFINIDADE A ALGUNS TIPOS DE PLANTAS DO QUE A OUTRAS, TAMB�M SENDO NECESS�RIO A PLANTA ESTAR PASSANDO POR PER�ODOS DE ESTRESSE PARA A ASSOCIAÇÃO EM MAIORES QUANTIDADES. AINDA SEGUNDO DAFT E NILCOLSON (1966) A TAXA DE COLONIZA��O SERA INFLUENCIADA POR EXSUDADOS QUE SÃO LIBERADOS PELA PLANTA, OS QUAIS SÃO LIBERADOS EM MOMENTOS DE ESTRESSE, TAIS SUBSTANCIA PROPICIAM A SIMBIOSE ENTRE FUNGO E PLANTA.
A PRESEN�A DE FUNGOS MICORR�ZICOS PODEM ELEVAR A PRODUÇÃO DAS CULTIVARES, AL�M DE AUMENTAR O VIGOR DA PLANTA, ISSO SE D� PELA MAIOR SUPERF�CIE DE CONTATOS QUE A PLANTA TER� APÓS A SIMBIOSE. SENDO QUE AS BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO TAMB�M POSSUEM SEU PAPEL DE SUMA IMPORT�NCIA NA MANUTEN��O DE NUTRIENTES NA PLANTA. COM A ASSOCIAÇÃO DESSES DOIS MICRORGANISMOS PODE LEVAR A UM MELHOR APROVEITAMENTO DE NUTRIENTES NATURAIS, DIMINUINDO A UTILIZA��O DE INSUMOS QU�MICOS QUE DANIFICAM O MEIO AMBIENTE, MAIS PARA A TECNIFICAR ESSE PROCESSO AINDA CARECE DE MUITA PESQUISA (BERBARA, 2006).
CONCLUSဢES
CONCLUI-SE QUE OS TRATAMENTOS COM BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO PODEM INIBIR A PRESEN�A DE FUNGOS MICORR�ZICOS NA RIZOSFERA DA CULTURA DE FEIJ�O GUANDU. POREM NA ASSOCIAÇÃO DE FUNGOS NAS RA�ZES DAS PLANTAS NÃO HOUVER INFLUENCIAS DOS ORGANISMOS DIAZOTRÓFICOS.

Publicado

2018-07-25