ADMINISTRAÇO SEGURA DE MEDICAMENTO EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DO INTERIOR DE GOIÁS: RELATO DE EXPERI�NCIA DO DISCENTE DE ENFERMAGEM
Resumo
INTRODUÇÃO
O EXERC�CIO DE ADMINISTRA��O MEDICAMENTOSA EM UMA UNIDADE HOSPITALAR � UM PROCEDIMENTO COMPLEXO E PLURIDISCIPLINAR, NA QUAL OS PROFISSIONAIS POSSUEM UM OBJETIVO EM COMUM, QUE � OFERECER ASSIST�NCIA DE QUALIDADE, COM SEGURANÇA E EFIC�CIA AO CLIENTE. A SEGURANÇA, A EFETIVIDADE E A EFICI�NCIA PRESTADAS AOS CLIENTES, EM UMA UNIDADE HOSPITALAR, DEPENDEM DA ORGANIZAÇÃO DOS PROCESSOS ENVOLVIDOS E DA GESTÃO DO PLANO TERAP�UTICO. O PROCESSO SE INICIA NO MOMENTO DA PRESCRI��O M�DICA, CONTINUA COM A PROVIS�O DO MEDICAMENTO PELA FARM�CIA E TERMINA COM O PREPARO E ADMINISTRA��O AOS CLIENTES.
A SEGURANÇA, FREQUENTEMENTE DEFINIDA COMO ESTAR LIVRE DE LES�O PSICOLÓGICA E F�SICA, � UMA NECESSIDADE HUMANA B�SICA QUE DEVE SER SATISFEITA. O CUIDADO DE SAÚDE, FORNECIDO DE MANEIRA CONSCIENTE, E UM AMBIENTE COMUNIT�RIO SEGURO SÃO ESSENCIAIS PARA A SOBREVIV�NCIA E BEM-ESTAR DO CLIENTE E TAMB�M CONTRIBUEM PARA A REDUÇÃO DE ATOS NÃO SEGUROS DENTRO DO SISTEMA DE ASSIST�NCIA � SAÚDE, ASSIM COMO PARA A UTILIZA��O DE BOAS PR�TICAS VISANDO A ALCAN�AR ÓTIMOS RESULTADOS PARA O PACIENTE (NETO, A.Q; 2006).
UMA DAS RESPONSABILIDADES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM INCLUI A ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS EM QUALQUER ENTIDADE DE SAÚDE. AS A��ES DE PREPARO E ADMINISTRA��O DE MEDICA��ES SÃO ATRIBU�DAS A TODOS OS MEMBROS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM, PORÉM, O ENFERMEIRO � O PROFISSIONAL RESPONS�VEL PELO PLANEJAMENTO, ORIENTAÇÃO E SUPERVIS�O DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS � TERAPIA MEDICAMENTOSA. � IMPRESCIND�VEL TER CONHECIMENTO ACERCA DO F�RMACO A SER ADMINISTRADO A FIM DE EVITAR UM ERRO DE MEDICA��O.
O ERRO DE MEDICA��O � QUALQUER EVENTO EVIT�VEL QUE POSSA CAUSAR DANO AO PACIENTE OU LEVAR A UMA UTILIZA��O INAPROPRIADA DOS MEDICAMENTOS, QUANDO ESTES EST�O SOB O CONTROLE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE OU DOS PACIENTES. ISTO SIGNIFICA QUE O ERRO PODE OU NÃO CAUSAR DANO AO PACIENTE. ESTES PROBLEMAS PODEM ESTAR RELACIONADOS COM A PR�TICA PROFISSIONAL, COM PROCEDIMENTOS OU SISTEMAS DE ATEN��O � SAÚDE, INCLUINDO FALHAS NA
PRESCRI��O, NOMENCLATURA, PREPARA��O, DISPENSA��O, DISTRIBUIÇÃO, ADMINISTRA��O, EDUCAÇÃO, SEGUIMENTO E UTILIZA��O (ANVISA, 2007).
O TERMO �€ŒSEGURAN�A DO PACIENTE�€ ENVOLVE, EM GERAL, A PREVEN��O DE ERROS NO CUIDADO E A ELIMINA��O DE DANOS CAUSADOS AOS PACIENTES POR TAIS ERROS (LOPES, D.M.A. ET AL., 2012). COM ISSO O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR A EXPERI�NCIA E APONTAR A IMPORT�NCIA DA ADMINISTRA��O SEGURA DE MEDICAMENTOS DURANTE A PR�TICA DO DISCENTE DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS NO AMBIENTE HOSPITALAR.
MATERIAL E M�TODOS
ESTE TRABALHO APRESENTA UMA EXPERI�NCIA VIVENCIADA PELO DISCENTE DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRA��O MEDICAMENTOSA EM UM HOSPITAL MUNICIPAL LOCALIZADO EM UMA CIDADE DO INTERIOR DO ESTADO DE GOI�S.
TRATA-SE DE UM ESTUDO OBSERVACIONAL E DESCRITIVO DE NATUREZA QUALITATIVA. ESCOLHEU-SE COMO MODALIDADE DE PESQUISA O RELATO DE EXPERI�NCIA, POIS REVELA AS A��ES DO ACAD�MICO COMO PROMOTOR DE CONHECIMENTO, NO QUAL O PESQUISADOR PODE DESCOBRIR OS ASPECTOS SUBJETIVOS DE CADA PACIENTE INTERNADO NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE.
FOI ESCOLHIDO PARA DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES PR�TICAS UM HOSPITAL MUNICIPAL LOCALIZADO NO INTERIOR DO ESTADO DE GOI�S, QUE REALIZA ATENDIMENTO DE PRONTO SOCORRO, CL�NICA M�DICA, CL�NICA CIR�RGICA E PEDI�TRICO. O HOSPITAL CONTA AINDA COM 3 POSTOS DE ENFERMAGEM, SENDO UM NO PRONTO SOCORRO, UM NA CL�NICA M�DICA QUE FAZ PARTE DA CL�NICA CIR�RGICA E OUTRO NA PEDIATRIA.
OS DADOS COLETADOS DURANTE A OBSERVA��O DOS PRONTU�RIOS DE PACIENTES INTERNADOS E O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS FORAM RELATADOS PRIMEIRAMENTE EM UM PORTFÓLIO PARA QUE PUDESSEM SER ANALISADOS DESCRITIVAMENTE EM MOMENTO POSTERIOR.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
O PLANO DE FUNDO DA DISCIPLINA FARMACOLOGIA APLICADA � ENFERMAGEM II MINISTRADA NO 5�º PER�ODO DO CURSO DE ENFERMAGEM � A BUSCA DE CONHECIMENTOS E O DESENVOLVIMENTO DE COMPET�NCIAS E HABILIDADES VOLTADAS � ADMINISTRA��O SEGURA DE MEDICAMENTOS COMO UMA ATIVIDADE DE ASSIST�NCIA DE ENFERMAGEM.
PARA ISSO, APÓS AULAS TEÓRICAS E PR�TICAS, FOI DISPONIBILIZADO O CAMPO HOSPITALAR PARA OBSERVAR O COTIDIANO DO ENFERMEIRO NA ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS E PARA QUE OS DISCENTES PRATICASSEM O ATO DE MEDICAR, J� QUE � UMA DAS ATIVIDADES MAIS DESENVOLVIDAS POR ESTES PROFISSIONAIS.
APÓS O RECONHECIMENTO DAS DEPEND�NCIAS, SOB SUPERVIS�O DAS PROFESSORAS, FOI ORIENTADO QUE OS DISCENTES REALIZASSEM A ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS SEMPRE OBSERVANDO PREVIAMENTE OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADR�O (POP) E OS PROTOCOLOS
DE ATENDIMENTO. NO ENTANTO, NÃO SE ENCONTRAVAM A DISPOSI��O PARA QUE O PROFISSIONAL PUDESSE ACESSAR EM CASO DE D�VIDAS. ESTE � UM FATO PREOCUPANTE VISTO QUE A PRIMEIRA FERRAMENTA DE SEGURANÇA NA REALIZA��O DE UMA ATIVIDADE QUE OFERECE RISCOS � SAÚDE DENTRO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE � O ESTABELECIMENTO DE UM PADR�O VALIDADO PARA O DESENVOLVIMENTO DE QUALQUER ATIVIDADE DESDE A RECEP��O DO PACIENTE AT� � LIMPEZA DO AMBIENTE.
PARA O DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS CORRETAS NA ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS TODO POSTO DE ENFERMAGEM DEVE DISPOR DE POPS QUE PRIMEIRAMENTE SIRVAM DE INSTRUMENTOS DE TREINAMENTO DA EQUIPE E PARA QUE SEJA UM DOCUMENTO QUE POSSA ORIENTAR O DESENVOLVIMENTO DAS PR�TICAS COTIDIANAS DE FORMA METODOLOGICAMENTE CORRETA.
DIANTE DESTE FATO, A SEGUINTE ATIVIDADE FOI REALIZAR O ESTUDO DO PRONTU�RIO DO PACIENTE PARA QUE SE PUDESSE CONHECER O CASO CLINICO, PROGNÓSTICO, O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO E SUA EVOLU��O DURANTE O PER�ODO DE TRATAMENTO DENTRO DO HOSPITAL. TODOS PRONTU�RIOS ESTAVAM ORGANIZADOS DE FORMA ADEQUADA EM COMPARTIMENTOS ESPEC�FICOS QUE EVITAVAM UMA POSS�VEL CONFUS�O E TROCA DE DOCUMENTOS, NO ENTANTO, AS INFORMA��ES SÃO INSERIDAS MANUALMENTE O QUE DIFICULTOU A COMPREENS�O DO MEDICAMENTO CERTO E DA RESPECTIVA POSOLOGIA CORRETA A SER ADMINISTRADO. INCLUSIVE O NOME DO PACIENTE ESTAVA ESCRITO DE FORMA ILEG�VEL O QUE ATRAPALHAVA A IDENTIFICA��O DO PACIENTE CERTO.
DE ACORDO COM FERREIRA ET AL. (2014) UM MODELO ESTRAT�GICO QUE PODE SER UTILIZADO PARA EVITAR ERROS DE MEDICA��O � A OBSERVA��O CRITERIOSA DOS CERTOS DA ENFERMAGEM. SÃO DESCRITOS NA LITERATURA 5, 9 E AT� 12 CERTOS A SEREM SEGUIDOS, NO ENTANTO, NO M�NIMO 5 DEVEM SER OBSERVADOS, SÃO ELES, O PACIENTE CERTO, O MEDICAMENTO CERTO, NA DOSE CERTA, PELA VIA DE ADMINISTRA��O CERTA E NO HOR�RIO CERTO.
CONTUDO A PR�TICA OBSERVADA NO AMBIENTE HOSPITALAR ESTUDADO, LEVA � IDENTIFICA��O ERR�NEA TANTO DO PACIENTE QUANTO DO MEDICAMENTO, DOSE, VIA E HOR�RIO CERTOS DE ADMINISTRA��O.
ESTES PONTOS DE CHECAGEM DEVEM SER SEGUIDOS ANTES, DURANTE E DEPOIS DA ADMINISTRA��O A FIM DE MINIMIZAR OS ERROS NA CONDUTA MEDICAMENTOSA. FERREIRA ET AL. (2014) TRATA ESSA ATIVIDADE COMO UMA DAS A��ES QUE DEVERIAM SER SEGUIDOS PELAS UNIDADES DE SAÚDE E PELOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NO ATO DE MEDICAR.
AS DIFICULDADES DE IDENTIFICA��O DO MEDICAMENTO E DA DOSE A SER ADMINISTRADA ERAM SANADAS PELO CORPO DE ENFERMAGEM QUE ESTAVAM ACOSTUMADOS A INTERPRETAR A CALIGRAFIA DOS PROFISSIONAIS PRESCRITORES. E ENT�O SE TORNAVA POSS�VEL SEPARAR OS MEDICAMENTOS E OS MATERIAIS A SEREM UTILIZADOS NO PREPARO DA MEDICA��O. AS ORIENTAÇÕES PARA ESSA ATIVIDADE DADAS PELAS SUPERVISORAS ERAM AS MESMAS SUGERIDAS POR FERREIRA ET AL. (2014), SÃO ELAS, A UTILIZA��O DE ETIQUETAS PARA IDENTIFICAR O MEDICAMENTO, O LEITO, O NOME DO PACIENTE, A VIA E O HOR�RIO DE ADMINISTRA��O. A MESMA ETIQUETA UTILIZADA A FIM DE IDENTIFICAR, APÓS A MEDICA��O PASSAR� A SER �TIL TAMB�M PARA QUE SE POSSA DAR BAIXA, OU REALIZAR A CHECAGEM E CONFIRMA��O NO PRONTU�RIO. EVITANDO ASSIM QUE OUTRO PROFISSIONAL REALIZE A MESMA
ADMINISTRA��O DEVIDO A AUS�NCIA DE INFORMAÇÃO E COMETA UM ERRO DE MEDICA��O QUE POSSA LEVAR O PACIENTE � SUPER DOSAGEM OU � INTOXICA��O FARMACOLÓGICA.
PORTANTO OBSERVA-SE A NECESSIDADE DE SE ESTABELECER EM TODAS AS ETAPAS QUE ENVOLVEM A ADMINISTRA��O DA TERAPIA MEDICAMENTOSA, ESTRAT�GIAS E A��ES DE GESTÃO DE RISCOS A FIM DE SE GARANTIR A SEGURANÇA DO PACIENTE DENTRO DOS SERVI�OS DE SAÚDE.
CONCLUSဢES
COMO A RESPONSABILIDADE, O AGIR DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS NÃO � SOLIT�RIO. FAZ-SE NECESS�RIO UMA INTEGRA��O ENTRE OS MULTIPROFISSIONAIS QUE PODEM INTERFERIR DE FORMA DIRETA OU INDIRETA NA ADMINISTRA��O SEGURA DE MEDICAMENTOS OBJETIVANDO A POTENCIALIZA��O DOS BENEF�CIOS AOS CLIENTES.
NO QUE TANGE A ENFERMAGEM NESSE PROCESSO DE ADMINISTRA��O DE MEDICAMENTOS, A COMPREENS�O E UM VIVER COM RESPONSABILIDADE TRADUZ UMA PR�TICA INTEGRAL, VALORIZANDO O INDIV�DUO COM A DIMINUI��O DE POSSIBILIDADES DE ERROS E COM UMA QUALIDADE DIGNA DE ASSIST�NCIA � SAÚDE.
A PARTIR DESTA ATIVIDADE PR�TICA, FOI POSS�VEL COMPREENDER COM MAIOR CLAREZA A APLICA��O E A NECESSIDADE DA OBSERVA��O DOS CERTOS DA ENFERMAGEM; UMA FERRAMENTA QUE, SEM D�VIDAS, EVITA ERROS DURANTE A ADMINISTRA��O MEDICAMENTOSA PROMOVENDO ASSIM MAIOR SEGURANÇA AO CLIENTE.
� NECESS�RIO QUE SE FA�AM RELATOS DESSA MAGNITUDE HAJA VISTA QUE O PRESENTE ASSUNTO, SEGURANÇA DO PACIENTE, VEM SENDO BASTANTE DEBATIDO. ASSIM, PARA OS ACAD�MICOS TEM SIDO UM DESAFIO TRANSFORMAR O QUE APARENTEMENTE � UM EXERC�CIO ACAD�MICO DE SALA DE AULA EM UMA ATIVIDADE PR�TICA QUE TENHA ADER�NCIA COM A REALIDADE, COM O TRABALHO COTIDIANO DO ENFERMEIRO.