CARACTERIZAÇO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA RURAL
Palavras-chave:
Epidemiologia, Quilombos, Processo Saúde-doençaResumo
INTRODUÇÃO: O SURGIMENTO DOS QUILOMBOS � O PROSSEGUIMENTO DE UM DOS PER�ODOS MAIS LONGOS DA HISTÓRIA: A ESCRAVID�O. ATUALMENTE NO BRASIL EXISTEM, APROXIMADAMENTE, 1,17 MILH�ES DE QUILOMBOLAS, SENDO UM TOTAL DE 214 MIL FAM�LIAS. ESSAS POPULA��ES SÃO BASTANTES VULNER�VEIS A PATOLOGIAS RELACIONADAS � QUALIDADE DA �GUA, ATIVIDADE DE TRABALHO, COMPOSI��O FAMILIAR, MORADIA PREC�RIAS, AUS�NCIA DE SANEAMENTO B�SICO E O ACESSO INEFICAZ � EDUCAÇÃO E SERVI�OS DE SAÚDE, ASSIM A VULNERABILIDADE SOCIAL E O BAIXO N�VEL SOCIOECON�MICO QUE ATINGE OS QUILOMBOLAS AFETA DIRETAMENTE SUA SAÚDE. OBJETIVO: CARACTERIZAR O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA DA REGI�O CENTRAL DE GOI�S. METODOLOGIA: TRATA-SE DE UMA PESQUISA OBSERVACIONAL E DESCRITIVA, UTILIZANDO O M�TODO QUALIQUANTITATIVO. O PRESENTE ESTUDO FOI REALIZADO NA COMUNIDADE RURAL POMBAL, LOCALIZADA NO CENTRO GOIANO, TOTALIZANDO 25 FAM�LIAS ENTREVISTADAS, A COLETA DE DADOS FOI REALIZADA NOS MESES DE AGOSTO E SETEMBRO DE 2021, ATRAV�S DE UM QUESTION�RIO SEMIESTRUTURADO, COM PERGUNTAS ABERTAS E FECHADAS CONTENDO VARI�VEIS SOBRE O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO. OS DADOS COLETADOS FORAM ANALISADOS DE FORMA DESCRITIVA E OS RESULTADOS APRESENTADOS EM FORMA DE FREQU�NCIA RELATIVA (%). RESULTADOS: OS ASPECTOS SOBRE A SAÚDE DA POPULA��O QUILOMBOLA EVIDENCIARAM QUE A MAIORIA DOS MORADORES PROCURAM ATENDIMENTO M�DICO APENAS QUANDO NECESS�RIO (84%), SENDO OS PRINCIPAIS MOTIVOS RELACIONADO � HIPERTENS�O ARTERIAL SIST�MICA (52%), ACOMPANHAMENTO DE QUADRO PATOLÓGICO (52%), DOR (44%) E CONSULTA DE ROTINA (44%). A PATOLOGIA MAIS PREDOMINANTE NA COMUNIDADE FOI A HIPERTENS�O ARTERIAL SIST�MICA (64%), SEGUIDO PELA CARDIOPATIA (20%) E COLESTEROL ALTO (16%). DO TOTAL DE QUILOMBOLAS DA COMUNIDADE POMBAL ENTREVISTADOS, 40% RELATARAM POSSUIR POUCO CONHECIMENTO SOBRE A PATOLOGIA QUE POSSUI E 64% AVALIARAM O SEU ESTADO DE SAÚDE COMO REGULAR. A COMUNIDADE POSSUI ASSIST�NCIA DE UMA ESTRAT�GIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) QUE SE LOCALIZA A APROXIMADAMENTE 14 KM DA COMUNIDADE, E, 80% DAS FAM�LIAS ENTREVISTADAS PROCURAM A MESMA PARA ATENDIMENTO, SENDO QUE 76% AVALIAM A COBERTURA DA ESTRAT�GIA COMO BOA. A REGI�O POSSUI DOIS AGENTES COMUNIT�RIOS DE SAÚDE, ONDE 84% DOS ENTREVISTADOS INFORMARAM RECEBER A VISITA MENSALMENTE E 100% RELATARAM NUNCA TER RECEBIDO VISITA DE AGENTES DE ENDEMIAS. A MAIOR DIFICULDADE EVIDENCIADA PELOS ENTREVISTADOS FOI A DIST�NCIA F�SICA DAS UNIDADES DE SAÚDE (68%), SEGUIDO PELO ATENDIMENTO RUIM (12%) E PELO TEMPO DE ESPERA (12%). OS QUILOMBOLAS RELATARAM QUE PROCURAM ATENDIMENTO M�DICO AO MENOS UMA VEZ AO ANO (60%) PARA ACOMPANHAMENTO DE SEU QUADRO PATOLÓGICO (32%), POR MOTIVOS DE DOR (32%) OU HIPERTENS�O ARTERIAL SIST�MICA (16%), SENDO QUE, 44% DOS ENTREVISTADOS POSSUEM POUCO CONHECIMENTO SOBRE A TEM�TICA �€ŒSA�DE E DOEN�A�€. CONCLUS�O: CARACTERIZOU-SE ENT�O O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA, DEMONSTRANDO A VULNERABILIDADE RELACIONADA � DESIGUALDADE SOCIAL, RELA��ES ECON�MICAS E EXCLUS�O SOCIAL DAS COMUNIDADES REMANESCENTES QUILOMBOLAS NO QUE SE REFERE A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA. EVIDENCIA-SE QUE, H� UMA NECESSIDADE DE PLANEJAR E EFETIVAR A��ES DE SAÚDE PÚBLICA VOLTADAS �S COMUNIDADES QUILOMBOLAS RURAIS, CONSIDERANDO SEUS CONTEXTOS DE VIDA E VALORIZANDO SEUS SABERES E SUAS PR�TICAS TRADICIONAIS.