ESPOROS E LEGUMINOSAS: CONSTRUINDO ALIANÇAS EDÁFICAS NO CERRADO–PANTANAL
Palavras-chave:
Fungos micorrizicosResumo
Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são fundamentais para a fertilidade dos solos do Cerrado–Pantanal, pois formam associações simbióticas com as raízes das plantas, favorecendo a absorção de nutrientes e a resistência a condições adversas. O estudo avaliou seis espécies forrageiras (quatro leguminosas e duas gramíneas) para identificar a comunidade de FMAs associada às suas raízes e solos rizosféricos.
Os resultados mostraram que a família Acaulosporaceae foi a mais abundante (8,92 esporos/g de solo), seguida por Glomeraceae (5,46) e Gigasporaceae (2,92). As leguminosas apresentaram maior diversidade e afinidade com os fungos: Stylosanthes teve alta associação com Acaulosporaceae, enquanto Arachis pintoi destacou-se pela forte relação com Gigasporaceae. As gramíneas (Pennisetum purpureum cvs. Kurumi e Pioneiro) mostraram maior afinidade com Glomeraceae. Observou-se que a família Acaulosporaceae apresentou a maior densidade de esporos, com média de 8,92 esporos por grama de solo, diferindo significativamente das demais famílias. Essa dominância indica maior adaptação às condições edáficas do Cerrado–Pantanal, podendo refletir uma capacidade de associação mais ampla com diversas espécies hospedeiras. A Glomeraceae apresentou média intermediária (5,46 esporos/g), enquanto a Gigasporaceae foi a menos abundante (2,92 esporos/g), sugerindo maior sensibilidade ambiental ou exigência de hospedeiros específicos.
Conclui-se que as leguminosas exercem papel essencial na manutenção e diversidade das comunidades de FMAs, formando alianças edáficas que aumentam a disponibilidade de nutrientes e favorecem a sustentabilidade das pastagens do Cerrado–Pantanal.
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