Classificação de Pell e Gregory: aplicabilidade clínica e relevância no planejamento cirúrgico dos terceiros molares inferiores

Resumo

INTRODUÇÃO: A classificação de Pell e Gregory é amplamente utilizada para avaliar a posição dos terceiros molares inferiores, fornecendo subsídios fundamentais para o planejamento cirúrgico e para a prevenção de complicações operatórias. Essa classificação baseia-se em dois parâmetros: a relação horizontal com o ramo mandibular (Classes I, II e III) e a relação vertical com o plano oclusal do segundo molar (Posições A, B e C), permitindo determinar o grau de dificuldade cirúrgica e orientar a escolha da técnica operatória. OBJETIVOS: Revisar a aplicabilidade clínica e a relevância atual da classificação de Pell e Gregory no contexto cirúrgico contemporâneo. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão narrativa de literatura recente (2021–2025) nas bases PubMed, Scopus e ScienceDirect, priorizando estudos relacionados a fatores anatômicos, risco cirúrgico e avanços diagnósticos. DISCUSSÃO: A literatura evidencia que essa classificação apresenta vantagens significativas por ser de fácil aplicação clínica, padronizar a comunicação entre profissionais e possibilitar uma avaliação pré- operatória objetiva. Sua capacidade de prever a dificuldade cirúrgica auxilia na escolha da técnica mais adequada, no planejamento do tempo clínico e na prevenção de lesões neurossensoriais. Além disso, sua associação com métodos radiográficos digitais e tomografias de alta resolução potencializa a identificação de relações anatômicas complexas. Ferramentas de inteligência artificial também têm integrado a classificação, permitindo reconhecimento automático de padrões e maior acurácia diagnóstica. Essas vantagens reforçam seu papel não apenas descritivo, mas estratégico no planejamento individualizado e na redução de complicações. CONCLUSÃO: A aplicação criteriosa da classificação de Pell e Gregory permanece indispensável para uma prática cirúrgica previsível, segura e baseada em evidências.