VALORES SOCIAIS E A CONSTRUÇO DA MISOGINIA
Abstract
INTRODUÇÃO
O CONSTANTE CONFLITO DE IDEOLOGIAS ENTRE GERA��ES MOSTRA COMO O PRECONCEITO SURGE, TENDO EM VISTA AS MUDAN�AS EM �MBITOS SOCIAIS E EM RELA��ES DE CONVIV�NCIA, ECON�MICAS, PESSOAIS, ENTRE OUTRAS, AO PASSAR DOS ANOS, AL�M DA DIFICULDADE DE ADAPTA��O DE COSTUMES E PENSAMENTOS. A MISOGINIA, BASE DE V�RIOS OUTROS PRECONCEITOS � A MAIS ALARMANTE E EVIDENTE ENTRE AS DISCRIMINA��ES QUE ASSOLAM O BRASIL, RECEBE UMA DELIBERA��O FUNDAMENTADA E O LEVANTAMENTO DE POSS�VEIS CAMINHOS PARA QUE SE POSSA SOLUCION�-LA.
H� QUEM DIGA QUE O PRECONCEITO VEM SENDO DESTRU�DO, POUCO A POUCO, COM O PASSAR DOS ANOS. NO ENTANTO, FAZ-SE POSS�VEL DIZER QUE NO TEMPO EM QUE DIMINUI POR UM LADO, PROPAGA-SE POR OUTRO. ENQUANTO ASSUNTOS - COMO MACHISMO E HOMOFOBIA - PASSAM POR INTENSAS DISCUSS�ES E DESCONSTRU��ES, ACABAM RECEBENDO PEQUENAS INFLU�NCIAS QUE RETARDAM ESSE PROGRESSO.
GRANDE PARTE DA EDUCAÇÃO DE ALGU�M � CONCEBIDA EM CASA, ATRAV�S DA FORMA��O FEITA PELOS PAIS OU MEMBROS DA FAMÍLIA. A PADRONIZA��O DE G�NERO � UM FATO SOCIAL QUE ALICER�A O MACHISMO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. MESMO ANTES DE NASCER, J� EXISTE UM INTERESSE POR PARTE DAS PESSOAS EM DESCOBRIR O SEXO DO BEB�, JUSTAMENTE PARA QUE SUA PERSONALIDADE SEJA CONSTRU�DA DESDE ENT�O. HOMENS SÃO ENSINADOS A USAR AZUL E GOSTAR DE CARROS, BOLAS E FUTEBOL, POR OUTRO LADO, MENINAS SÃO ENCAMINHADAS A UMA PREFER�NCIA POR COR-DE-ROSA, ROUPAS, BONECAS E UTENS�LIOS DOM�STICOS. TAIS ENSINAMENTOS FAZEM COM QUE HOMENS SE SINTAM MAIS PRÓXIMOS DO MUNDO PROFISSIONAL E SUA POSS�VEL ASCENS�O, ENQUANTO MULHERES, DE MANEIRA INDUZIDA, SE SENTEM MAIS APEGADAS A CUIDAR DA FAMÍLIA E DO LAR.
POR SER FORMADO POR DIFERENTES GERA��ES, O AMBIENTE DO LAR GERALMENTE � COMPOSTO POR DIVERSOS PONTOS DE VISTAS SOBRE DETERMINADAS QUEST�ES. COMO CONSEQU�NCIA DISSO, VALORES SÃO PASSADOS DOS MAIS VELHOS AOS MAIS NOVOS, CERTAS OPINI�ES QUE, POR SEREM FORMADAS ANOS ATR�S, J� NÃO SÃO TÃO ADEQUADAS AO CONTEXTO SOCIAL ATUAL. DIANTE DESSES CONFLITOS, � NECESS�RIO UMA PESQUISA SOBRE COMO OS COSTUMES TIDOS COMO PADR�ES DEVEM SE MODIFICAR COM O PASSAR DOS ANOS, ATENDENDO �S MUDAN�AS SOCIAIS, PARA QUE NÃO HAJA DISCRIMINA��O A NOVOS FATOS SOCIAIS, TENDO EM VISTA QUE H� DIVERG�NCIAS ENTRE O QUE SE TINHA COMO COSTUME ANOS ATR�S E O QUE SE ENCONTRA NO MEIO SOCIAL DAS �LTIMAS D�CADAS.
BUSCA-SE ENFATIZAR A NECESSIDADE NOTÓRIA DE COMPREENDER O DESENVOLVIMENTO DAS RELA��ES DE G�NERO AO LONGO DO TEMPO, AL�M DISSO, COORDENAR O ENTENDIMENTO DAS MESMAS E TORNAR CERTOS ASSUNTOS MAIS COMPREENS�VEIS E DE F�CIL ACEITA��O. ADEMAIS, IDENTIFICAR QUAIS OS PENSAMENTOS PROVENIENTES DOS ANOS PASSADOS E COMO SE CHOCAM COM OS ATUAIS. VISANDO ANALISAR E INTERPRETAR OS COSTUMES TRANSMITIDOS POR GERA��ES E OS IMPASSES
FORMADOS COM AS PECULIARIDADES QUE SURGEM NA COMUNIDADE, LEVANDO-SE EM CONTA ALGUNS LIMITES GEOGR�FICOS E TEMPORAIS.
PRETENDE-SE, NESSE TRABALHO, EXPLICAR O SURGIMENTO DAS RELA��ES DE G�NERO E AS DEFINI��ES DO QUE � SER �€ŒHOMEM�€ OU �€ŒMULHER�€, ENTENDENDO, AL�M DE SUA ORIGEM, SEU DESENVOLVIMENTO COM O PASSAR DOS ANOS E O AVAN�O DA SOCIEDADE. DESTACA-SE, AL�M DISSO, QUAIS OS PRINCIPAIS �MBITOS DE ASCENS�O DESSES PADR�ES E COMO ENCONTRAM BASE PARA PERDURAR POR TANTO TEMPO. VISA-SE, AINDA, DESTACAR A IMPORT�NCIA DA DISCUSS�O SOBRE ESSE TEMA, SEM QUE SE LEVE EM CONTA LIMITES DE IDADE, TENDO EM VISTA QUE, INDEPENDENTEMENTE DO TEMPO DE EXPERI�NCIA DE CADA INDIV�DUO, TODOS DEVEM RESPEITAR AS DIVERSIDADES DA SOCIEDADE ATUAL.
MATERIAL E M�TODOS
ESSE TRABALHO DESENVOLVE-SE ATRAV�S DE UMA PESQUISA BIBLIOGR�FICA QUALITATIVA - FOCANDO NO CAR�TER SUBJETIVO DO FATO EM ANÁLISE - E DESCRITIVA - COM ANÁLISE E INTERPRETA��O DOS DADOS DO OBJETO. AINDA, B�SICA, VISANDO MELHORAR AS TEORIAS CIENT�FICAS E AUXILIAR NA COMPREENS�O DO TEMA, E DE FONTES SECUND�RIAS, DESTACANDO-SE O TRABALHO LITER�RIO HISTÓRIA DAS RELA��ES DE G�NERO DE PETER N. STEARNS, A OBRA A DOMINA��O MASCULINA DE PIERRE BOURDIEU E G�NERO: UMA PERSPECTIVA GLOBAL DA PROFESSORA RAEWYN CONNEL E DA PESQUISADORA REBECCA PEARSE.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
A DOMINA��O MASCULINA MANT�M-SE FIRME NA HUMANIDADE DESDE OS SEUS PRIMÓRDIOS. NO PER�ODO NEOL�TICO, QUANDO O SER HUMANO DEIXA DE SER N�MADE E PASSA A SE ESTABELECER EM DETERMINADO TERRITÓRIO E, AL�M DISSO, DEIXA DE VIVER DA CA�A E COLETA E PASSA A SE TORNAR AGRICULTOR, OS PAP�IS SOBRE O QUE � SER �€ŒHOMEM�€ E O QUE � SER �€ŒMULHER�€ PASSAM A SER DEFINIDOS. A DESIGUALDADE ENTRE OS SEXOS AUMENTA QUANDO ESSAS SOCIEDADES AGR�COLAS COME�AM A SE DESENVOLVER AINDA MAIS E NECESSITAR DE INDIV�DUOS EM POSI��ES DE GOVERNAN�A, POIS OS HOMENS COME�AM A OCUPAR TAIS POSTOS E A PRESSIONAR AS MULHERES A SE ATEREM A FUN��ES DOM�STICAS, DEPENDENTES DA FAMÍLIA E MAIS SECUND�RIAS. NO ENTANTO, TAL PROBLEMA NUNCA FOI O PRISMA PRINCIPAL DE ANÁLISE DA HISTÓRIA SOBRE A HUMANIDADE, SUA ORIGEM E SEU DESENVOLVIMENTO, POIS ESTA SEMPRE SE DETEVE �S ATIVIDADES DE ELITES POL�TICAS E INTELECTUAIS EM GRANDE PARTE MASCULINAS.
AS DEFINI��ES DE MASCULINIDADE E FEMINILIDADE TIVERAM SUA ORIGEM QUASE QUE JUNTAMENTE � HUMANIDADE, E COM O PASSAR DOS ANOS, MESMO COM V�RIAS SOCIEDADES RELEVANTES INDO CONTRA ESSA DETERMINA��O, OS PADR�ES INICIAIS PERDURAM COM VEEM�NCIA NA MAIORIA DAS POPULA��ES MUNDIAIS AT� OS DIAS DE HOJE. AINDA ASSIM, � POSS�VEL SE ENCONTRAR DISCREP�NCIAS GROSSEIRAS ENTRE TAIS PADR�ES, QUANDO SE LEVA EM CONTA SOCIEDADES COM FORMA��ES CULTURAIS DISTINTAS.
ESSA FIXA��O DE MODELOS DE G�NERO � CONSTRU�DA DE UMA MANEIRA SUTIL, PARA QUE PARE�A NATURAL, INTR�NSECA AO SER HUMANO, MAS, NA VERDADE, � CONSTRU�DA POR AQUELES QUE
DET�M O PODER, A MAIOR INFLUÊNCIA SOCIAL. DEFINE-SE, COMO SIMONE DE BEAUVOIR ASSINALOU PARA O CASO DO FRANC�S EM O SEGUNDO SEXO�¹, A IDEIA DE QUE O MASCULINO � UNIVERSAL E O FEMININO, ESPEC�FICO - IDEIA ESSA QUE CARREGA UMA S�RIE DE IMPLICA��ES SIMBÓLICAS LIGADAS A OUTRAS HIERARQUIZA��ES E DEFINI��ES CULTURAIS. O �€ŒMASCULINO�€ DOMINA A SOCIEDADE TANTO EM SEU SENTIDO MAIS AMPLO, COMO TAMB�M NAS SUAS ESPECIFICIDADES. IN�MERAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS SÃO DOMINADAS POR INDIV�DUOS QUE CORRESPONDEM AO QUE SE � ESTABELECIDO COMO �€ŒSER HOMEM�€, OU ESTABELECEM EXTREMOS LIMITES ENTRE OS G�NEROS, COMO POR EXEMPLO: A FAMÍLIA, QUE TEM A IMAGEM DO PAI COMO CENTRO DA ESTRUTURA DO GRUPO PESSOAL, AQUELE QUE TOMA INDIVIDUALMENTE DECIS�ES SOBRE OS DEMAIS COMPONENTES, E ESTES DEVEM SERVI�OS �QUELE; AS ESCOLAS, QUE POR MUITO TEMPO SEGREGARAM HOMENS E MULHERES, QUE ERAM SEPARADOS POR SALAS, OU AT� MESMO POR INSTITUIÇÕES, E POSSU�AM UM CORPO DOCENTE MAJORITARIAMENTE MASCULINO; A IGREJA, QUE POR BOA PARTE DE SUA HISTÓRIA CONFIGUROU UM GRUPO FORMADO PREDOMINANTEMENTE POR HOMENS; ENTRE OUTRAS.
CONTUDO, HOUVE UM MOMENTO NA HISTÓRIA EM QUE AS DESIGUALDADES COME�ARAM A SER NOTADAS. MAS, ANTES DE COME�AR ESSA DISCUSS�O, � NECESS�RIO ENTENDER A LINHA T�NUE QUE EXISTE NA DIFEREN�A ENTRE �€ŒFEMINISMO�€ E �€ŒMOVIMENTO DAS MULHERES�€. A DIFERENCIA��O, PRINCIPALMENTE, SE D� NO CONTE�DO DE SUAS REIVINDICA��ES. DE IN�CIO, PODE-SE DESTACAR QUE TODO MOVIMENTO FEMINISTA � UM MOVIMENTO DE MULHERES, MESMO QUE HAJA CERTOS GRUPOS DE HOMENS QUE SE DETERMINAM FEMINISTAS E INTEGRANTES DO MOVIMENTO. NO ENTANTO, NEM TODO MOVIMENTO DE MULHERES POSSUI UMA CONSTITUI��O VOLTADA AO FEMINISMO, TENDO COMO EXEMPLO O CASO DE MULHERES CONTRA O DIREITO DE ABORTO. ENTENDIA-SE POR MOVIMENTO DAS MULHERES, AQUELES QUE BUSCAVAM MELHORIAS DE CONDI��ES SOCIAIS E DE TRABALHO. POR OUTRO LADO, FEMINISMO ERA ENTENDIDO COMO MOVIMENTO QUE LUTAVA CONTRA A OPRESS�O E EM FAVOR DA LIBERDADE DAS MULHERES, TRATANDO, PRINCIPALMENTE, SOBRE ASSUNTOS COMO ABORTO, VIOL�NCIA, AUTONOMIA ETC.
DE QUALQUER FORMA, AMBAS DEFINI��ES CONSTITUEM A MESMA HISTÓRIA: A LUTA DAS MULHERES.
SEGUNDO KEORGAT (2009, P.68), O FEMINISMO COME�OU �€ŒA PARTIR DA TOMADA DE CONSCI�NCIA DE UMA OPRESS�O ESPEC�FICA: TORNOU-SE COLETIVAMENTE �€˜EVIDENTE�€™ QUE UMA ENORME MASSA DE TRABALHO ERA REALIZADA PELAS MULHERES; QUE ESSE TRABALHO ERA INVIS�VEL; QUE ERA FEITO NÃO PARA SI, MAS PARA OS OUTROS E SEMPRE EM NOME DA NATUREZA, DO AMOR E DO DEVER MATERNAL�€.
QUANDO SE P�E O FOCO DA PESQUISA NAS RELA��ES DE G�NEROS, NOTA-SE QUE TUDO QUE FOI AQUI DISCUTIDO LEVA A UM PADR�O EXTREMAMENTE FORTE E COATIVO, CHEGAMOS �S DEFINI��ES DE �€ŒHOMEM�€ E �€ŒMULHER�€. NASCE-SE INCLU�DO EM UM SISTEMA QUE POSSUI DOIS G�NEROS DEFINIDOS. PORÉM, G�NERO VAI MUITO AL�M DAS DEFINI��ES DE DETERMINADA SOCIEDADE, QUE O CONSTRÓI COM BASE NA SUA HISTÓRIA, COSTUMES E TRADI��ES. QUANDO TRATA-SE SOBRE �€ŒG�NERO�€, TEM QUE SE LEVAR EM CONTA DOIS CONTEXTOS: O SOCIAL E O PESSOAL. DISCUTINDO SOBRE O CONTEXTO SOCIAL, CONFIGURA-SE NAS DEFINI��ES, AQUI J� DISCUTIDAS, NO INTERIOR DE CADA SOCIEDADE.
COLOCANDO AGORA O PONTO CENTRAL DESSA ANÁLISE NO �MBITO PESSOAL, VEMOS QUE G�NERO CARACTERIZA-SE, TAMB�M, COMO UMA CONSTRU��O INDIVIDUAL E SUBJETIVA.
COTIDIANAMENTE, AS PESSOAS RECEBEM G�NERO COMO ALGO DADO. IDENTIFICANDO, INSTANTANEAMENTE UMAS AS OUTRAS COMO HOMEM OU MULHER, MENINO OU MENINA. DESENVOLVE-SE A VIDA TENDO COMO BASE ESTE DECRETO SOCIAL. ENQUANTO �€ŒHOMENS�€ E �€ŒMULHERES�€, ESCOLHEM ESPREMER OS P�S EM DIFERENTES TIPOS DE SAPATOS, OU SE VESTIR COM DIFERENTES TIPOS DE ROUPAS, CORTAR O CABELO EM ESTABELECIMENTOS DISTINTOS, COMPRAR CAL�AS EM LOJAS DESSEMELHANTES E IR A BANHEIROS SEPARADOS. TUDO ISSO � TÃO HABITUAL, QUE SE CHEGA A ACREDITAR QUE � NATURAL. E ESSA CREN�A FAZ AS PESSOAS SE CHOCAREM QUANDO UM SUJEITO NÃO SEGUE O PADR�O. UM DOS PRINCIPAIS, COMO EXEMPLO, O CASO DE QUANDO PESSOAS DO MESMO G�NERO SE APAIXONAM UMAS PELAS OUTRAS. A HOMOSSEXUALIDADE �, ASSIM, DEFINIDA COMO ALGO MAU, NÃO NATURAL.
QUANDO UM INDIV�DUO, POSSUIDOR DO ÓRG�O GENITAL MASCULINO, QUE DEVERIA SEGUIR AQUILO QUE A SOCIEDADE CLASSIFICA COMO �€ŒHOMEM�€, FOGE DESSA DELIMITA��O E COME�A A SE COMPORTAR OU PRATICAR ATOS CONSIDERADOS DO PADR�O FEMININO, ELE COME�A A SER ALVO DE DESCRIMINA��O; PARA MUITOS, ELE ESCAPA DO QUE TEM POR �€ŒNATURAL�€, COME�A A FAZER ALGO MAU, QUE MERECE PUNI��O. �, ENT�O, AQUI QUE SE ENCONTRA O SURGIMENTO DA LGBTFOBIA. O MESMO ACONTECE A UMA PESSOA DETENTORA DO ÓRG�O GENITAL FEMININO QUANDO ESTA COME�A A FUGIR DAQUILO QUE LHE FOI PREDETERMINADO. TUDO ISSO FAZ PARTE DE UM ESFOR�O SOCIAL ENORME PARA CANALIZAR O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS. IDEIAS SOBRE OS COMPORTAMENTOS HUMANOS ADEQUADOS A CADA G�NERO CIRCULAM CONSTANTEMENTE, NÃO APENAS PELAS M�OS DE LEGISLADORES, MAS TAMB�M NAS ATITUDES DE PADRES, PAIS, M�ES, PROFESSORES, PUBLICIT�RIOS, ENTRE OUTROS AGENTES SOCIAIS.
O DEBATE SOBRE AS RELA��ES DE G�NERO GANHOU RECENTEMENTE ESPA�O NA IMPRENSA, NOS MEIOS POL�TICOS E NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, A PARTIR DA DISCUSS�O DOS PLANOS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO. VETOS AO TERMO �€ŒG�NERO�€, APRESENTADOS POR SETORES CONSERVADORES EM C�MARAS MUNICIPAIS E ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS DE TODO O PA�S, LEVARAM A QUE FOSSE SUPRIMIDA DESSES PLANOS QUALQUER DISCUSS�O RELATIVA � DESIGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES E � SEXUALIDADE. IDENTIFICADAS POR ESSES SETORES COMO RESULTADO DE UMA PRETENSA �€ŒIDEOLOGIA DE G�NERO�€, FORAM BANIDAS DA MAIORIA DESSAS PROPOSTAS QUAISQUER A��ES DAS ESCOLAS SOBRE DIREITOS IGUAIS, RESPEITO � DIVERSIDADE, COMBATE AO PRECONCEITO E � DESCRIMINA��O.
AFINAL, APÓS ENTENDER UM POUCO SOBRE ESSE ASSUNTO, � O MOMENTO DE TRATAR SOBRE O OBJETIVO PRINCIPAL DESSA PESQUISA: COMO LIDAR COM AS DIFERENTES OPINI�ES REFERENTES A G�NEROS QUANDO SE LEVA EM CONTA AS DIFERENTES GERA��ES QUE CONSTITUEM UM AMBIENTE FAMILIAR E/OU COTIDIANO?
� COMUM OUVIR O ARGUMENTO DE QUE NÃO SE ADIANTA DEBATER TAL ASSUNTO COM PESSOAS DE IDADES AVAN�ADAS, POIS, POR TEREM SIDO CRIADAS EM UMA �POCA DIFERENTE, POSSUEM UMA MENTE MAIS CONSERVADORA. � PONTO PAC�FICO QUE, QUANDO SE P�E EM CONTRASTE O CONTEXTO HISTÓRICO DE UMA PESSOA DOS ANOS 80, COM O DE UMA PESSOA DOS ANOS 2000, PERCEBE-SE
QUE AS SUAS CRIA��ES RECEBEM DIFERENTES INFLU�NCIAS, OCASIONANDO, ASSIM, DIFERENTES PENSAMENTOS SOBRE O QUE � �€ŒCERTO E ERRADO�€ NA SOCIEDADE. NO ENTANTO, AO SE CONCORDAR COM TAL AFIRMA��O, CONSENTE-SE TAMB�M NO FATO DE QUE QUALQUER PESSOA AO ATINGIR DETERMINADA IDADE, NÃO POSSA MAIS DELIBERAR SOBRE CERTAS QUEST�ES SOCIAIS POIS POSSUI SUA MENTE �€ŒFORMADA�€, OU SEJA, IMUT�VEL. E ISSO NÃO ESTÁ CORRETO.
QUANDO SE ATINGE DADA IDADE - APROXIMADAMENTE O QUE DIZEM SER A �€ŒTERCEIRA IDADE�€ -, � COMUM QUE AQUILO COM QUE SE CONVIVEU NA INF�NCIA, NÃO ESTEJA MAIS TÃO PRESENTE NA SOCIEDADE CONTEMPOR�NEA. TODAVIA, � PRECISO QUE SE ENTENDA QUE QUALQUER GRUPO SOCIAL PASSA POR MUDAN�AS, ASSIM COMO QUALQUER COISA SOB EFEITO DO TEMPO. MUDAN�AS ESSAS QUE TRAZEM CONSIGO GRANDES NOVIDADES. A MAIOR DIFICULDADE DE SE VIVER EM GRUPO, � SABER LIDAR COM AQUILO QUE NÃO AGRADA OU NÃO ATRAI. � PRIMORDIAL QUE SE ENTENDA QUE A �NICA SITUA��O EM QUE UMA PESSOA DEVE SE OPOR DIRETAMENTE A UM ESTILO DE VIDA, COMPORTAMENTOS OU PR�TICAS DE OUTRA PESSOA, � QUANDO ESTAS ATINGEM OS SEUS DIREITOS INDIVIDUAIS OU DE UMA TERCEIRA PESSOA.
ALGUNS AFIRMAM QUE NAS �LTIMAS D�CADAS, A DIVERSIDADE AUMENTOU NA SOCIEDADE, NO ENTANTO, ESSA MULTIPLICIDADE SEMPRE EXISTIU - INCLUSIVE SENDO CONSIDERADO NORMAL EM ANTIGAS SOCIEDADES -, O QUE ACONTECE � QUE ESSE TEMA VEM SURGINDO COM MAIS FOR�A, O QUE FAZ COM QUE AS PESSOAS QUE SE IDENTIFICAM SINTAM-SE MAIS � VONTADE PARA DEIXAR DE ESCONDER SUAS ESS�NCIAS, PERDE-SE O MEDO DE IR CONTRA AS NORMAS SOCIAIS DE COMPORTAMENTO E, FINALMENTE, MOSTRAM ORGULHO SOBRE O QUE SÃO.
OS ESTUDOS SOBRE ISSO FORAM IMPULSIONADAS A PARTIR DO MOMENTO EM QUE AS MULHERES NOTARAM AS DESIGUALDADES E COME�ARAM A LUTAR CONTRA ISSO. AS PESQUISAS E TEORIAS PRESENTES NAS CI�NCIAS HUMANAS FORNECEM UM NOTÓRIO ACERVO DE INFORMA��ES SUBSTANCIAIS PARA QUE SE POSSA COMPREENDER TAL TEMA. ESSAS DISCUSS�ES BUSCAM A IGUALDADE ENTRE SEXOS, POR ISSO, NÃO DIZ RESPEITO APENAS A MULHERES, MAS TAMB�M A HOMENS.
CONCLUSဢES
OBSERVA-SE, ENT�O, QUE A HUMANIDADE ENQUANTO EVOLU�A, CRIAVA DETERMINA��ES DESTINADAS A SI MESMA. � EVIDENTE QUE MUITOS DESTES PADR�ES, QUANDO VOLTADOS � ORDEM PÚBLICA, SÃO FATORES PRIMORDIAIS PARA A MANUTEN��O E ESTABILIDADE DA SOCIEDADE. NO ENTANTO, QUANDO COME�AM A TENTAR DEFINIR FATORES QUE DIZEM RESPEITO �S PERSONALIDADES, SENTIMENTOS, DESEJOS, OU SEJA, FATORES SUBJETIVOS, J� MERECEM UMA OBSERVA��O E UMA DISCUSS�O MAIS ABRANGENTE. POIS, TRATANDO-SE DE ELEMENTOS INDIVIDUAIS, � MISTER QUE SE VERIFIQUE SE AS PESSOAS SUBMETIDAS �QUILO REALMENTE SE SENTEM BEM E � VONTADE, SE EST�O EM DETERMINADA SITUA��O POR VONTADE PRÓPRIA.
QUANDO SE IMP�E ALGO � DETERMINADA PESSOA POIS ISSO TRAR� BENEF�CIOS � SOCIEDADE OU A ELA MESMA, TORNA-SE COMPREENS�VEL. NÃO OBSTANTE, QUANDO SE IMP�E ALGO � VIDA DE ALGU�M, SOBRE UM FATOR QUE PERTENCE AO SEU �MBITO PESSOAL, ESSA A��O PODE TRAZER GRAVES CONSEQU�NCIAS, NÃO SÓ F�SICAS, COMO PSICOLÓGICAS. A SENSA��O DE NÃO INCLUS�O NO MEIO SOCIAL, POR NÃO SE SENTIR PARTE DAQUILO QUE CONSIDERAM NORMAL � COMUM, TRAZ EFEITOS
PSICOLÓGICOS AVASSALADORES. EM UM MUNDO COM UMA EXTREMA DIVERSIDADE DE PENSAMENTOS E OPINI�ES, TODAS DEVEM SER RESPEITADAS, E MESMO QUANDO FOREM CONVERGENTES EM UMA MAIORIA, NÃO DEVEM SER IMPOSTAS A NINGU�M. O QUE SE PERCEBE QUANDO SE ASSISTE A DISCUSS�ES ACERCA DE G�NEROS, � A FALTA DE INFORMAÇÃO E O USO ERR�NEO DO VOCABUL�RIO DESSE MINUCIOSO TEMA.
LOGO, � NECESS�RIO QUE SE ENTENDA IN�MEROS TERMOS E CONCEITOS, AL�M DE COMPREENDER A CONSTRU��O HISTÓRICA DESSES PADR�ES. G�NERO � TAMB�M UM ASSUNTO SOBRE O QUAL H� UM BOM TANTO DE PRECONCEITOS, MITOS E FRANCA FALSIDADE. COMO J� DITO, IN�MEROS ESTUDOS E PESQUISAS TRATAM DO ASSUNTO COM CLAREZA DE IDEIAS. A DISCUSS�O SOBRE ISSO DEVE POSSUIR FUNDAMENTOS COERENTES E FUNDAMENTADOS, PARA QUE IDEAIS ULTRAPASSADOS SAIAM DA CONSCI�NCIA COLETIVA DO SER HUMANO, A MULHER CONSIGA ASCENDER SOCIALMENTE E A MISOGINIA SE TORNE UM FEN�MENO DECORRIDO.