FUNGOS MICORRÀZICOS ARBUSCULARES EM RIZOSFERA DE CROTALARIA SPECTABILIS E BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO
Abstract
INTRODUÇÃO
NA MAIORIA DOS SOLOS TROPICAIS, A PRODUÇÃO DAS CULTURAS � SEVERAMENTE LIMITADA PELA DEFICI�NCIA DE NITROG�NIO (N), O QUE AS TORNA DEPENDENTES DA APLICA��O DE ADUBOS NITROGENADOS SINT�TICOS OU DE FONTES NITROGENADAS ALTERNATIVAS, COMO OS ADUBOS VERDES (PAULINO G,M ET AL., 2009). A INTRODUÇÃO DE ESP�CIES LEGUMINOSAS ARBÓREAS OU ARBUSTIVAS EM �REAS CULTIVADAS COMO CANA-DE-A��CAR � UMA ALTERNATIVA VI�VEL. O USO DAS LEGUMINOSAS QUE APRESENTAM ELEVADO POTENCIAL DE FIXA��O BIOLÓGICA DE NITROG�NIO (FBN) E DE PRODUÇÃO DE BIOMASSA, COMO ADUBOS VERDES, EM POMARES, AL�M DE PROPORCIONAR ECONOMIA COM FERTILIZANTES, CONTRIBUI PARA O MANEJO ECOLÓGICO DO POMAR (ESPINDOLA ET AL., 2006B).
A BUSCA DA SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO AGR�COLA UTILIZANDO-SE DE MANEJOS CONSERVACIONISTAS, COMO O SISTEMA PLANTIO DIRETO QUE SE BASEIA NA ROTA��O DE CULTURAS E NO USO DE PLANTAS DE COBERTURA (GRAM�NEAS E LEGUMINOSAS) PARA AUMENTO OU MANUTEN��O DA PALHADA SOBRE O SOLO, TEM FAVORECIDO OS PROCESSOS BIOQU�MICOS DO SOLO RESULTANTES DA ATIVIDADE MICROBIANA, TENDO EFEITOS SOBRE AS PROPRIEDADES F�SICAS E QU�MICAS DO SOLO E REFLEXOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS, PRODUTIVIDADE AGR�COLA E QUALIDADE AMBIENTAL (SOUZA ET AL.,2006; FIGUEIREDO ET AL., 2007; RESCK ET AL., 2008; LOSS ET AL., 2011).
NOS SOLOS DE CERRADO, A POPULA��O DE FMA � BAIXA E AUMENTA GRADATIVAMENTE COM O CULTIVO DE PLANTAS. ESSAS APRESENTAM DIFERENTES GRAUS DE DEPEND�NCIA MICORR�ZICA E, CONSEQ�ENTEMENTE, PODEM ALTERAR A QUANTIDADE DE ESTRUTURAS DO FMA NO SOLO. AS CULTURAS ANUAIS TAIS COMO SOJA, FEIJ�O � MILHO E ADUBOS VERDES COMO CROTALARIA � ASSIM COMO AS FORRAGEIRAS, POR EXEMPLO, ESTILOSANTES, APRESENTAM ELEVADO GRAU DE DEPEND�NCIA MICORR�ZICA, QUANDO UTILIZADAS EM UM SISTEMA DE ROTA��O AUMENTAM A POPULA��O DO FMA. (MIRANDA, J. C. C; EMBRAPA CERRADOS, PLANALTINA, N. 42, P. 1-3, MAIO 2001)
SENDO ASSIM, O OBJETIVO DESTE TRABALHO FOI AVALIAR A COLONIZA��O MICORR�ZICA, DENSIDADE DE ESPOROS E A DIVERSIDADE DE FMAS NA RIZOSFERA DE CROTAL�RIA SPECTABILIS.
MATERIAL E M�TODOS
A �REA EXPERIMENTAL LOCALIZA-SE NA FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIAN�SIA (FACEG), NO MUNIC�PIO DE GOIAN�SIA, GO, ( 15�º 19' 03" S. LONGITUDE 49�º 07' 03).
A PRECIPITA��O M�DIA ANUAL � DE 1502 MM; A TEMPERATURA M�DIA ANUAL � DE 24,4 �°C. O CLIMA � CLASSIFICADO COMO AW, TROPICAL, SEGUNDO A CLASSIFICA��O DE K�PPEN E GEIGER, APRESENTANDO UM VER�O COM MAIS CHUVAS DOS QUE O INVERNO. SOLO DA �REA EXPERIMENTAL FOI CLASSIFICADO COMO LATOSSOLO.
O EXPERIMENTO FOI REALIZADO EM ABRIL DE 2016, COM O PLANTIO DA SEGUINTE ESP�CIE DE PLANTA DE COBERTURA A CROTAL�RIA SPECTABILIS (CROTALAREA SPECTABILIS), O DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ADOTADO FOI BLOCOS CASUALIZADOS COM 4 REPETI��ES, DISPOSTO EM DOIS TRATAMENTOS SENDO UM COM A APLICA��O DE BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS (RHIZOBIUM TROPICI E AZOSPIRILLUM BRASILIENSE) E UM TRATAMENTO SEM A APLICA��O EM SEMEADURA. O SOLO J� POSSU�A FUNGOS MICORR�ZICOS.
PARA AS AN�LISES DA COLONIZA��O MICORR�ZICA E DENSIDADE DE ESPOROS DE FMAS, FORAM COLETADAS 50 CM�³ DE SOLO RIZOSF�RICO COM RAIZ DURANTE O PER�ODO DE FLORA��O. AS RA�ZES FRESCAS FORAM LAVADAS EM �GUA CORRENTE, CLARIFICADAS E COLORIDAS COM 0,05% DE AZUL-DE-TYPAN EM LACTOGLICEROL SEGUNDO KOSKE E GEMMA (1989) E GRACEE STRIBLEY (1991). EM SEGUIDA, FORAM LEVADAS MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPICO, QUE SEU AUMENTO DE 200X PARA PODER OBTER UMA AVALIA��O QUANTO � COLONIZA��O RADICULAR, CONFORME MCGONIGLE E FITTER (1990). PARA CONTAGEM DO N�MERO DE ESPOROS DE FMAS, AMOSTRAS 50G DE SOLO FORAM PROCESSADAS, SEGUNDO UMA ASSOCIAÇÃO DOS M�TODOS DE DECANTA��O E PENEIRAMENTO �MIDO (GERDEMANN; NICOLSON, 1963) E CENTRIFUGA��O E FLUTUA��O EM SACAROSE 50% (JENKINS, 1964). A IDENTIFICA��O DOS G�NEROS DE FMAS FORAM REALIZADOS A PARTIR DE CARACTER�STICAS MORFOLÓGICAS DE ESPOROS EM L�MINAS COM POLIVINIL-LACTOGLICEROL PURO E MISTURADOS COM MELZER E CLASSIFICADOS SEGUNDO AS DEFINI��ES DO INTERNACIONAL CULTURE COLLECTION OF ARBUSCULAR AND VESICULAR-ARBUSCULAR MYCORRHIZAL FUNGI.
FOI REALIZADA UMA ANÁLISE ESTAT�STICA, QUE POSTERIORMENTE, OS RESULTADOS FORAM SUBMETIDOS � ANÁLISE DE VARI�NCIA COM APLICA��O DO TESTE F E OS VALORES M�DIOS COMPARADOS ENTRE SI PELO TESTE DE TUKEY 5%.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
OBSERVOU QUE A INOCULA��O DE ORGANISMO DIAZOTRÓFICOS NÃO PROVOCOU DIFEREN�AS ESTAT�STICAS ENTRE OS TRATAMENTOS NOS �NDICES DE DENSIDADE DE ESPORO � TAXA DE COLONIZA��O MICORR�ZICA.
NA FIGURA 1 MOSTRA A PORCENTAGEM DE COLONIZA��O DE FMAS, QUE FOI DE 65,55% COM INOCULANTE E SEM A APLICA��O DA BACT�RIA FOI DE 57,35%.
NÃO FORAM IDENTIFICADOS G�NEROS EXCLUSIVOS DO TRATAMENTO SEM INOCULA��O COM BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS. OS G�NEROS ACAULOSPORA SP., DIVERSISPORA SP., SCUTELLOSPORA SP., SCLEROCYSTIS SP. E FUNNELIFORMIS SP. FORAM IDENTIFICADAS EM AMOSTRAS COM APLICA��O DE BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO. OS G�NEROS CLAROIDEGLOMUS SP., GLOMUS SP. E GIGASPORA SP. EST�O PRESENTES EM AMBAS AS AMOSTRAS.
CONCLUSဢES
NESSE TRABALHO COMPROVOU MESMO COM O USO DE INOCULANTE OU SEM O USO, MOSTROU QUE A CROTAL�RIA � UMA ÓTIMA FIXADORA DE NITROG�NIO. MOSTRA QUE A COMUNIDADE FMAS T�M UMA GRANDE COMPOSI��O � DIVERSIDADE INFLUENCIADA PELA CULTURA.
FORAM ENCONTRADOS 8 ESP�CIES DE FMAS, DESTACANDO CLAROIDEGLOMUS SP., GLOMUS SP. E
GIGASPORA SP. EST�O PRESENTES EM AMBAS AS AMOSTRAS.
