ASSOCIAÇO ENTRE FUNGOS MICORRIZICOS ARBUSCULARES E BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS NA PROPAGAÇAÀ• DE MANDIOCA

Authors

  • Diogo Jânio de Carvalho Matos
  • Anderli Divina Ferreira Rios
  • Victor Alves Ribeiro
  • Leidiane dos Santos Lucas
  • Wagner Gonà§alves vieira Júnior
  • Dailton da costa leite

Abstract

INTRODUÇÃO
A MANDIOCA (MANIHOT ESCULENTA CRANTZ) CONHECIDA COMO MACAXEIRA OU AIPIM, DEPENDENDO DA REGI�O, � UMA ESP�CIE NATIVA DO BRASIL E TEM SUAS LAVOURAS ESPALHADAS POR TODO TERRITÓRIO NACIONAL. (VALLE, 2005). O BRASIL OCUPA A SEGUNDA POSI��O NA PRODUÇÃO MUNDIAL DE MANDIOCA, COM CERCA DE 15 % DA PRODUÇÃO MUNDIAL, CONSIDERANDO TODA A CADEIA PRODUTIVA, O CULTIVO DA MANDIOCA EMPREGA CERCA DE DOIS MILH�ES DE PESSOAS, SENDO A AGRICULTURA FAMILIAR RESPONS�VEL POR 84% DA PRODUÇÃO NO PA�S. (DEVIDE ET AL, 2017)
SEGUNDO O IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT�STICAS) A �REA PLANTADA DE MANDIOCA EM 2016 FOI DE 2,1 MILH�ES DE HECTARES, A REGI�O NORTE � A REGI�O COM MAIOR �REA PLANTADA, 860 MIL HECTARES, SEGUIDA PELA REGI�O NORDESTE COM 800 MIL HECTARES, REGI�O SUDESTE COM 148 MIL HECTARES, REGI�O SUL COM 260 MIL HECTARES E A REGI�O CENTRO-OESTE COM 66 MIL HECTARES. (IBGE, 2017)
A PRODUTIVIDADE DE MANDIOCA NO BRASIL EM 2016 FOI DE 23 MIL TONELADAS, A PRODUÇÃO POR REGI�O FOI A SEGUINTE: A REGI�O NORTE PRODUZIU 8,5 MIL TONELADAS, A REGI�O NORDESTE: 5,7 MIL TONELADAS, A REGI�O SUDESTE: 2,2 MIL TONELADAS, A REGI�O SUL: 6 MIL TONELADAS E A REGI�O CENTRO-OESTE: 1,2 MIL TONELADAS. (IBGE, 2017)
BALOTA ET AL, (1999) OBSERVARAM QUE EM CONDI��ES NATURAIS A CULTURA DA MANDIOCA TEM-SE ASSOCIADO COM UM GRANDE N�MERO DE ESP�CIES DE FUNGOS MICORRIZOS, PORÉM APENAS ALGUMAS ESP�CIES SE MOSTRAM EFICIENTES. OUTROS ESTUDOS CORROBORAM COM ESSES RESULTADOS, EM CULTURAS DA REGI�O DO SUL DE MINAS GERAIS OBSERVARAM-SE 181 ESPOROS POR 100 G DE SOLO, COM PREDOMIN�NCIA DE A. SCROBICULATA E GIGASPORA SP. (SIQUEIRA ET AL, 1989)
ESTUDOS REALIZADOS COM GRUPOS DE MICRORGANISMOS DE SOLO PARA AVALIAR SEUS EFEITOS NA NUTRI��O DE PLANTAS, PARTICULARMENTE COM BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS, CONSTATARAM A OCORR�NCIA DE BACT�RIAS PERTENCENTES AO G�NERO AZOZPIRILLUN E KLEBSIELA NA RIZOSFERA DA CULTURA DA MANDIOCA. (BALOTA ET AL, 1995)
OBSERVA-SE QUE A PRESEN�A DE ALGUMAS ESP�CIES DE BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS AUMENTAM A COLONIZA��O MICORR�ZICA J� A PARTIR DO 30�º DIA, E QUE O CRESCIMENTO MICELIAL DO FUNGO MICORR�ZICO � ESTIMULADO POR EXSUDATOS LIBERADOS DA PLANTA DA MANDIOCA E DE EXSUDATOS DAS BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS. (BALOTA ET AL, 1995)
OBJETIVOU-SE COM ESTE TRABALHO AVALIAR A A��O DE BACT�RIA DIAZOTRÓFICAS DO G�NERO AZOSPIRILLUM ASSOCIADAS COM FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA MANDIOCA.
MATERIAL E M�TODOS
O EXPERIMENTO FOI CONDUZIDO NO MUNIC�PIO DE GOIAN�SIA, GO, SOB AS COORDENADAS: -15�º 19�€™ 03�€ S, -49�º 07�€™ 03�€ W COM ALTITUDE M�DIA DE 640M. AS MANIVAS FORAM PLANTADAS NO DIA 13 DE ABRIL DE 2017, O TRABALHO FOI INSTALADO EM UM AMBIENTE SOMBREADO A 80%. A CULTIVAR UTILIZADA FOI A VASSOURINHA, CATALOGADA COMO BGM-06 NO BANCO DE GERMOSPLASMA DA EMBRAPA - CNPMF, CRUZ DAS ALMAS, BA. CULTIVAR DE PORTE ERETO, QUE TEM COMO PRINCIPAL CARACTER�STICA A PRECOCIDADE, ALTAMENTE USADA NA REGI�O COMO PRODUTO DE MESA.
O DELINEAMENTO ADOTADO NO TRABALHO FOI O DBC (DELINEAMENTO EM BLOCOS CASUALIZADOS), COM CINCO REPETI��ES. FORAM QUATRO TRATAMENTOS. TRATAMENTO 01: CONTROLE; TRATAMENTO 02: INOCULA��O COM BACT�RIA DIAZOTRÓFICAS; TRATAMENTO 03: INOCULA��O COM FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA); TRATAMENTO 04: INOCULA��O COM BACT�RIA DIAZOTRÓFICA E FUNGOS MICORR�ZICOS.
ADOTOU-SE O USO DE SACOS DE POLIETILENO COM CAPACIDADE DE 1 KG DE SUBSTRATO. O SUBSTRATO FOI ESTERILIZADO EM UMA AUTOCLAVE POR 90 MINUTOS A UMA TEMPERATURA DE 120�º C, PARA ELIMINAR A PRESEN�A DE MICRORGANISMOS PRESENTES NO SOLO.
AS MANIVAS FORAM CORTADAS E SELECIONADAS OBSERVANDO TAMANHO E PESO PADR�O, PARA NÃO INTERFERIREM NOS DADOS, 12 CM E 40 G.
FORAM REALIZADAS EXTRA��ES DE FUNGOS MICORR�ZICOS UTILIZANDO O M�TODO DE EXTRA��O �MIDO. PARA A INOCULA��O COM OS FUNGOS MICORR�ZICOS, PARA CADA 1 KG DE SUBSTRATO ESTERILIZADO FORAM COLOCADOS ESPOROS EXTRA�DOS DE 1 KG DE SOLO.
OS TRATAMENTOS INOCULADOS COM A BACT�RIA AZOSPIRILLUN AS MANIVAS FICARAM EMBEBIDAS EM UMA SOLU��O DE 50 ML DE BACT�RIA COM 1 LITRO D�€™�GUA POR 20 MINUTOS.
A IRRIGA��O FOI REALIZADA SEMPRE QUE NECESS�RIA, POR ASPERS�O, PARA MANTER AS PLANTAS EM CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO SEM DEFICI�NCIA H�DRICA.
PARA AVALIAR O DIA DA BROTA��O O EXPERIMENTO FOI OBSERVADO DIARIAMENTE, AOS 30 DIAS APÓS O PLANTIO FORAM AVALIADAS AS OUTRAS CLASSES, A ALTURA DA PLANTA FOI MEDIDA A PARTIR DA RAIZ AT� A �LTIMA FOLHA, PARA O COMPRIMENTO DAS RA�ZES FOI CONSIDERADA A RAIZ MAIS COMPRIDA DE CADA PLANTA, PARA AVALIAR O VOLUME DA PLANTA USOU-SE UMA PROVETA DE 1000 ML ONDE COMPLETAVA-SE DE �GUA AT� 800 ML ADICIONAVA-SE A PLANTA COM AS RA�ZES E OBSERVAVA-SE O VOLUME QUE AUMENTAVA NA PROVETA, OS DADOS FORAM SUBMETIDOS A ANÁLISE DE VARI�NCIA, SEGUIDO PELO TESTE DE TUKEY A 5% DE PROBABILIDADE PARA COMPARA��O DE M�DIAS.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
O TRATAMENTO INOCULADO COM AS BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS E COM FMA APRESENTARAM O MENOR TEMPO PARA BROTA��O, EM M�DIA 09 DIAS APÓS O PLANTIO. O TRATAMENTO QUE FOI INOCULADO COM AS BACT�RIAS E O TRATAMENTO QUE FOI INOCULADO COM FMA NÃO SE DIFERIRAM ESTATISTICAMENTE, APRESENTARAM 13 E 14 DIAS PARA A BROTA��O APÓS O PLANTIO, RESPECTIVAMENTE. O TRATAMENTO COM A PRESEN�A DO FMA NÃO SE DIFERIU ESTATISTICAMENTE DO TRATAMENTO CONTROLE, ESTE APRESENTOU BROTA��O AOS 16 DIAS APÓS O PLANTIO. (TABELA 01).
NA ALTURA DA PLANTA OBSERVA-SE QUE NÃO HOUVE DIFEREN�A ESTAT�STICA ENTRE O TRATAMENTO ONDE FOI INOCULADO BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS E FMA E O TRATAMENTO ONDE FOI INOCULADO APENAS BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS, APRESENTANDO 40,2 E 34,8 CM RESPECTIVAMENTE, MAS SE DIFERIRAM ESTATISTICAMENTE DO TRATAMENTO INOCULADO COM FMA 28,8 CM E DO TRATAMENTO CONTROLE 28 CM. NO COMPRIMENTO DAS RA�ZES O TRATAMENTO INOCULADO COM BACT�RIAS E FMA APRESENTA M�DIA DE 31,6 CM NÃO SE DIFERINDO ESTATISTICAMENTE DO TRATAMENTO INOCULADO COM BACT�RIAS, 30,2 CM, ESTE NÃO DE DIFERE ESTATISTICAMENTE DOS DEMAIS TRATAMENTOS, ONDE APRESENTAM M�DIAS DE 28,8 CM O TRATAMENTO COM FMA E 28 CM O TRATAMENTO TESTEMUNHA. NO VOLUME DA PLANTA O TRATAMENTO COM BACT�RIAS E FMA APRESENTA 0,112 DM3, O TRATAMENTO COM AS BACT�RIAS APRESENTA 0,092 DM3, NÃO SE DIFERINDO ESTATISTICAMENTE UMA DA OUTRA, MAS DIFEREM DOS DEMAIS TRATAMENTOS, TRATAMENTO COM FMA APRESENTA 0,064 DM3 E O TRATAMENTO TESTEMUNHA APRESENTA 0,066 DM3. V�RIOS AUTORES (BALOTA ET AL, 1995; BALOTA ET AL, 1999; SIQUEIRA ET AL, 1989) ENCONTRARAM RESULTADOS EM QUE OS FUNGOS MICORR�ZICOS SE ASSOCIAM COM A MANDIOCA. BALOTA ET AL (1995) ENCONTRARAM RESULTADOS DA ASSOCIAÇÃO DAS BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS NA RIZOSFERA DA MANDIOCA.
CONCLUSဢES
A INOCULA��O DA MANDIOCA COM A BACT�RIA DIAZOTRÓFICA NA PRESEN�A DOS FUNGOS MICORR�ZICOS INFLUENCIARAM NO DIA DA BROTA��O.
A ALTURA DA PLANTA FOI MAIOR QUANDO INOCULADA COM BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS E DOS FMA.
AS RA�ZES SE DESENVOLVERAM MAIS NA PRESEN�A DAS BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS.
HOUVE UM GANHO NO VOLUME DAS PLANTAS INOCULADAS COM BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS E FMA.

Published

2018-07-25