A IMPORTÂNCIA DO MELHORAMENTO GENÉTICO E DA GESTÃO NO PROCESSO DE MANEJO DE VARIEDADES PARA O AGRONEGÓCIO DA CANA-DE-AÇ�CAR
Abstract
INTRODUÇÃO
DADOS DA COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB, 2016) APONTAM O BRASIL, COMO O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE CANA-DE-A��CAR, EXERCENDO GRANDE IMPORT�NCIA NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO. SEGUNDO PERSPECTIVAS DA ORGANIZAÇÃO DAS NA��ES UNIDAS PARA AGRICULTURA E ALIMENTA��O (FAO, 2017), AT� O ANO DE 2024, O BRASIL CONTINUA E SEGUIR� SENDO O MAIOR PRODUTOR E EXPORTADOR MUNDIAL DE A��CAR, COM AUMENTO ANUAL DE 2,9% DA �REA CULTIVADA, PODENDO CHEGAR � 11,5 MILH�ES DE HECTARES. O ESTADO DE GOI�S, QUE ERA CONSIDERANDO MARGINAL NO CULTIVO DE CANA-DE-A��CAR, ACOMPANHA ESTE CRESCIMENTO E ASSUME FORTE POSI��O NO BRASIL EM TERMOS DE �REA PLANTADA (REIS, 2009), SENDO RESPONS�VEL POR 10,4% DA �REA TOTAL DE CANA DE A��CAR EXISTENTE HOJE NA REGI�O CENTRO-OESTE (CONAB, 2016).
O MELHORAMENTO GEN�TICO � UMA GRANDE FERRAMENTA PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DA CULTURA DA CANA-DE-A��CAR, ATUANDO NA REDUÇÃO DE CUSTOS, NA EFICI�NCIA DA CULTURA E NO AUMENTO DA PRODUTIVIDADE3 (GOES E MARRA, 2017). A BASE PARA A EXPANS�O DA CULTURA EM DIVERSAS REGI�ES DO BRASIL TEM SIDO A UTILIZA��O DE VARIEDADES4 ALTAMENTE PRODUTIVAS, COM VALOR AGREGADO E QUE APRESENTAM ADAPTABILIDADE � DIVERSOS AMBIENTES DE PRODU��O5 (MORAIS ET AL. 2015). A ORIENTAÇÃO QUANTO � ESSA ADAPTABILIDADE DE VARIEDADES DE CANA �S CONDI��ES DE CLIMA E SOLO DE DETERMINADA REGI�O � FEITA PELO PROGRAMA CANA, DO INSTITUTO AGRON�MICO DE CAMPINAS (IAC), ATRAV�S DO PROJETO DENOMINADO AMBICANA. ADOTANDO OS CONCEITOS DESTE PROJETO, � POSS�VEL AUMENTAR EM CERCA DE 20% A PRODUTIVIDADE DOS CANAVIAIS (JORNAL DO CAMPO, 2017).
HOJE, EXISTEM QUATRO PROGRAMAS DE MELHORAMENTO DE CANA-DE-A��CAR NO BRASIL (GOES E MARRA, 2017). O OBJETIVO MAIOR DESSES PROGRAMAS � BUSCAR O DESENVOLVIMENTO DE VARIEDADES GENETICAMENTE SUPERIORES, QUE CONTRIBUAM DE FORMA POSITIVA PARA O SETOR SUCROENERG�TICO (MORAIS ET AL. 2015). ATUALMENTE SÃO CULTIVADAS MAIS DE 500 VARIEDADES DE CANA NO BRASIL, SENDO QUE 51 DELAS, FORAM LIBERADAS NOS �LTIMOS 10 ANOS (MACEDO, 2007 APUD GOES E MARRA, 2017). NOS �LTIMOS 50 ANOS, A CULTURA TEVE UM ACRESCIMENTO DE APROXIMADAMENTE 40% NA SUA PRODUTIVIDADE, O QUE COMPROVA QUE A EXECU��O DOS PROGRAMAS DE MELHORAMENTO GEN�TICO E A BUSCA PELO MANEJO6 CORRETO DESSAS VARIEDADES TEM SIDO FEITA COM SUCESSO (MORAIS, ET AL. 2015).
DE ACORDO COM LANDELL (2016), � MUITO IMPORTANTE CONHECER O CENSO VARIETAL7 DA USINA E MANEJAR DE FORMA CORRETA, POIS A DIVERSIDADE DE VARIEDADES � ESTRAT�GICA PARA
GARANTIR QUE, EM CASOS DE ATAQUE DE PRAGAS OU DOEN�A SEVERA, A SEGURANÇA BIOLÓGICA SEJA MANTIDA, E EVITE QUE GRANDE PARTE DO CANAVIAL SEJA ATINGIDA, PARA ISSO O IAC RECOMENDA, QUE EM UMA �REA DE PRODUÇÃO, CADA VARIEDADE DE CANA-DE-A��CAR NÃO SUPERE 15% DO TOTAL.
DIANTE DESTE CEN�RIO, O OBJETIVO GERAL DESTE ARTIGO � DESTACAR A IMPORT�NCIA DO MELHORAMENTO GEN�TICO E DO MANEJO VARIETAL PARA O SETOR SUCROALCOOLEIRO. OS OBJETIVOS ESPEC�FICOS SE RESUMEM EM: DEMONSTRAR A RELEV�NCIA DA MANUTEN��O DO CENSO VARIETAL EM PADR�ES ACEIT�VEIS; EXEMPLIFICAR, ATRAV�S DE DADOS, GANHOS COM INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE, OBTIDOS PELA INTRODUÇÃO DE VARIEDADES MODERNAS E PELA CORRETA ALOCA��O DE ACORDO COM DIFERENTES AMBIENTES DE PRODUÇÃO (AMBICANA); FRISAR A IMPORT�NCIA DA SANIDADE DE VIVEIROS E DA ATIVIDADE DE ROGUING8 E TRATAMENTO T�RMICO9 PARA O SUCESSO DO MANEJO VARIETAL; DESTACAR A IMPORT�NCIA DO DESENVOLVIMENTO DE VARIEDADES, ATRAV�S DE POLOS REGIONAIS PROVINDOS DE PARCERIAS ENTRE OS CENTROS DE PESQUISA E AS USINAS.
VISTO QUE O MELHORAMENTO GEN�TICO DA CANA-DE-A��CAR NECESSITA DE MAIS INVESTIMENTOS, E QUE O MANEJO DE VARIEDADES � BASTANTE COMPLEXO, E MUITAS USINAS AINDA O FAZEM DE FORMA SIMPLES OU INCORRETA, OPTANDO PELA ADO��O DE VARIEDADES ULTRAPASSADAS, AO INV�S DE INVESTIR EM VARIEDADES MODERNAS, E QUE NEM SEMPRE O MANEJO DELAS � FEITO DE FORMA ADEQUADA, A FIM DE CONCILIAR CARACTER�STICAS REGIONAIS DE CLIMA E SOLO, E DE MANTER A SANIDADE DOS VIVEIROS DE MULTIPLICA��O DESSAS VARIEDADES, ESTE TRABALHO SE TORNA ESSENCIAL PARA MOSTRAR O QUANTO O MELHORAMENTO DE VARIEDADES E O MANEJO CORRETO DELAS, PODE SER VANTAJOSO, PARA AS USINAS.
ESTE TRABALHO FOI REALIZADO NAS USINAS JALLES MACHADO S/A E UNIDADE OT�VIO LAGE S/A, COM BASE EM PESQUISA BIBLIOGR�FICA, DOCUMENTAL E ESTUDO DE CAMPO, ONDE BUSCOU-SE, A PARTIR DOS DADOS COLETADOS E DE OBSERVA��ES FEITAS EM CAMPO, UMA MELHOR COMPREENS�O DOS FATORES QUE ENVOLVEM O PROCESSO DE MELHORAMENTO GEN�TICO DE VARIEDADES DE CANA-DE-A��CAR EM AMBAS AS UNIDADES PRODUTORAS, ASSIM COMO TAMB�M BUSCOU-SE IDENTIFICAR AS VANTAGENS OBTIDAS � LONGO PRAZO, QUANDO COLOCADA EM PR�TICA, A GESTÃO CORRETA DAS VARIEDADES CULTIVADAS. A PARTIR DOS DADOS, FORAM GERADOS GR�FICOS E TABELAS PARA UMA MELHOR COMPREENS�O E ANÁLISE DOS DADOS. OS RESULTADOS FORAM DISCUTIDOS CONCILIANDO AS INFORMA��ES OBSERVADAS EM CAMPO.
MATERIAL E M�TODOS
CONSTITUIU-SE DE PESQUISA BIBLIOGR�FICA, PESQUISA DOCUMENTAL, E ESTUDO DE CAMPO. PARA O LEVANTAMENTO BIBLIOGR�FICO, FORAM UTILIZADOS ARTIGOS, LIVROS, DOCUMENTOS E SITES OFICIAIS DE DIVERSOS AUTORES E INSTITUIÇÕES, DIRECIONADOS PARA O TEMA PROPOSTO NO TRABALHO; A PESQUISA DOCUMENTAL FOI FEITA ATRAV�S DO BANCO DE DADOS DA USINA, UTILIZANDO RELATÓRIOS, TABELAS, PLANILHAS E GR�FICOS DE RESULTADOS HISTÓRICOS; O ESTUDO DE CAMPO FOI FEITO COM BASE EM OBSERVA��ES EM CAMPO DAS ATIVIDADES REALIZADAS.
PARTE DOS DADOS FORAM COLETADOS ATRAV�S DE UM SISTEMA DE GERENCIAMENTO, PLANEJAMENTO E CONTROLE AGROINDUSTRIAL CHAMADO GATEC UTILIZADO PELA EMPRESA DESDE
2005. O SISTEMA POSSUI MÓDULOS ESPEC�FICOS PARA DIVERSAS ATIVIDADES REALIZADAS NA USINA, ONDE SÃO FEITOS OS INPUTS DE DADOS E A GERA��O DE RELATÓRIOS OU GR�FICOS DE RESULTADOS. AS DEMAIS INFORMA��ES UTILIZADAS PARA COMPOR O TRABALHO FORAM OBTIDAS ATRAV�S DO SISTEMA INTERNO DE ARMAZENAMENTO DE DADOS DA USINA.
FOI FEITA UMA ANÁLISE DESCRITIVA QUALI QUANTITATIVA. BUSCOU-SE CONCILIAR AS INFORMA��ES OBTIDAS A PARTIR DE OBSERVA��ES DAS FEITAS EM CAMPO, COM OS DADOS COLETADOS NO SISTEMA GATEC E NO SISTEMA INTERNO DE ARMAZENAMENTO DE DADOS DA USINA, EM PROL DE BUSCAR EXPLICA��ES E INTERPRETA��ES E DE JUSTIFICAR A IMPORT�NCIA PROPOSTA PELO TRABALHO. OS DADOS FORAM TABULADOS EM EXCEL, COMPONDO TABELAS E GR�FICOS PARA A MELHOR COMPREENS�O E ANÁLISE DAS INFORMA��ES.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
O MANEJO DE VARIEDADES ESTÁ ANCORADO NO CHAMADO CENSO VARIETAL. ELE ESTÁ REPRESENTADO PELAS VARIEDADES QUE SÃO CULTIVADAS DENTRO DA USINA E SUAS RESPECTIVAS PORCENTAGENS DE �REA PLANTADA. NA TABELA 1, EST�O LISTADAS AS VARIEDADES QUE COMP�EM O CENSO VARIETAL DE CANA-DE-A��CAR DA UNIDADE OT�VIO LAGE, INCLUINDO A �REA PLANTADA EM HECTARES, E AS PORCENTAGENS DE �REA PLANTADA EM 2017 PARA CADA UMA DELAS.
UNS DOS FATORES QUE CHAMA A ATEN��O NA TABELA 1 � A QUANTIDADE E A DIVERSIFICA��O DAS VARIEDADES UTILIZADAS PELA USINA. SÃO VINTE E SEIS VARIEDADES CULTIVADAS ATUALMENTE E QUE FORAM INSERIDAS A PARTIR DA PARCERIA ENTRE A USINA E TR�S DOS QUATRO CENTROS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO COM FOCO EM MELHORAMENTO GEN�TICO DE CANA-DE-A��CAR EXISTENTES NO BRASIL, O IAC, O CTC/SP E A RIDESA (RB), J� MENCIONADOS NO ITEM 2.1. A PARTIR DISSO, PERCEBE-SE A IMPORT�NCIA DESSAS PARCERIAS PARA AS USINAS PRODUTORAS DE CANA NA INSER��O DESSAS VARIEDADES E O QUANTO A UNIDADE OT�VIO LAGE SE PREOCUPA EM MANTER ESTE V�NCULO. O CTC (2017), AFIRMA QUE A PRODUÇÃO SUCROENERG�TICA DO BRASIL, ESTÁ FORTEMENTE ANCORADA NA DIVERSIFICA��O NO USO DE VARIEDADES DE CANA, QUE APRESENTEM DESEMPENHO FAVOR�VEL EM CONDI��ES DIVERSAS DO PA�S, E O FATO DE A USINA ADOTAR ESSA ESTRAT�GIA DE DIVERSIFICA��O DAS VARIEDADES CULTIVADAS, MOSTRA QUE ELA ESTÁ SEGUINDO O CAMINHO CERTO.
QUANTO � �REA CULTIVADA POR VARIEDADE, LANDELL (2016) DIZ QUE O IAC RECOMENDA QUE EM UMA �REA DE PRODUÇÃO, UMA �NICA VARIEDADE NÃO ULTRAPASSE MAIS DE 15% DO TOTAL DAS VARIEDADES PLANTADAS. A PARTIR DESTE CONCEITO, OBSERVA-SE NA TABELA 1, QUE QUASE TODAS AS VARIEDADES EST�O ENQUADRADAS NESSA RECOMENDA��O, COM PORCENTAGENS INFERIORES � 15%, SENDO QUE DO TOTAL, APENAS DUAS ULTRAPASSAM ESSE LIMITE: A CTC4 E A IAC91-1099, COM 16,78% E 16,71% RESPECTIVAMENTE. CONSIDERANDO AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO DE ALOCA��O DESSAS VARIEDADES, ACREDITA-SE QUE ESTES SÃO VALORES ACEIT�VEIS, MAS QUE AINDA SIM, PRECISAM SER TRABALHADOS NOS ANOS SEGUINTES.
NO GR�FICO 1 EST�O REPRESENTADAS AS DEZ PRINCIPAIS VARIEDADES CITADAS NA TABELA 1, E QUE COMP�EM O CENSO VARIETAL DA USINA, AS DEMAIS EST�O CLASSIFICADAS COMO �€ŒOUTRAS�€. AS PORCENTAGENS REFEREM-SE � �REA DE CULTIVO DE CADA VARIEDADE COM RELAÇÃO � �REA TOTAL CULTIVADA
CONSIDERANDO A SAFRA 2017/18.
OBSERVA-SE QUE A MAIORIA DA �REA PLANTADA CORRESPONDE � CINCO VARIEDADES, CONSIDERADAS
COMO VARIEDADES EM DESTAQUE NA USINA, SOMANDO 70,7% DA �REA TOTAL CULTIVADA, ENQUANTO AS
OUTRAS CINCO SEGUEM COM 15,3% DA �REA TOTAL CULTIVADA, E AS DEMAIS VARIEDADES, CHAMADAS
�€ŒOUTRAS�€ REPRESENTAM 14,0%.
NA FIGURA 1, ESTÁ O RESULTADO DO PRIMEIRO RELATÓRIO MENSAL DO CENSO VARIETAL DA SAFRA
2017/18 DIVULGADO PELO IAC, PARA A REGI�O CENTRO-SUL DO BRASIL, ONDE OS DADOS FORAM
CONSOLIDADOS POR REGI�O/ESTADO, SENDO ELAS GOI�S, MINAS GERAIS, MATO GROSSO DO SUL, MATO
GROSSO/ TOCANTINS, PARAN� E SÃO PAULO, COM INFORMA��ES DE 82 UNIDADES PRODUTORAS DE CANADE-
A��CAR, TOTALIZANDO 2,26 MILH�ES DE HECTARES CULTIVADOS.
COMPARANDO OS RESULTADOS DA USINA (GR�FICO 1) COM OS RESULTADOS DO ESTADO DE GOI�S (FIGURA 1), PERCEBE-SE QUE, SEIS DAS DEZ VARIEDADES MAIS CULTIVADAS NO ESTADO DE GOI�S, APARECEM TAMB�M NO CENSO DA USINA, O QUE MOSTRA QUE A EMPRESA ESTÁ SEGUINDO AS TEND�NCIAS VOLTADAS PARA O ESTADO. SE FIZERMOS ESSA COMPARA��O PARA OS DEMAIS ESTADOS, VEMOS QUE ALGUMAS VARIEDADES, NÃO EST�O ENTRE AS DEZ MAIS PLANTADAS NA USINA E NEM NO ESTADO DE GOI�S, COMO POR EXEMPLO A VARIEDADE SP80-1842, QUE OCUPA O QUARTO LUGAR EM MINAS GERAIS E O NONO LUGAR NO MATO GROSSO DO SUL, OU A RB855453 QUE OCUPA O S�TIMO LUGAR EM MINAS GERAIS E MATO GROSSO DO SUL; O NONO LUGAR EM MATO GROSSO E TOCANTINS; E O QUINTO LUGAR EM SÃO PAULO E PARAN�, ENTRE OUTRAS. ISTO SE JUSTIFICA PELO FATO DE QUE ALGUMAS VARIEDADES SÃO ADAPTADAS �S CONDI��ES ESPEC�FICAS DE DETERMINADA REGI�O E NÃO TERIAM BONS RESULTADOS SE CULTIVADAS EM OUTRAS CONDI��ES.
A PARTIR DESTES RESULTADOS, VERIFICA-SE QUE O MANEJO CORRETO DAS VARIEDADES INCLUI A T�CNICA EM SABER QUAL VARIEDADE DEVE SER INSERIDA NO CENSO VARIETAL DA USINA, E O QUANTO DE �REA PODE SER CULTIVADA COM ESSA VARIEDADE, CONSIDERANDO AS LIMITA��ES, A CAPACIDADE DE ADAPTA��O � ESSAS REGI�ES ONDE SER�O INSERIDAS E OS BENEF�CIOS QUE POSSAM TRAZER PARA A USINA.
QUANTO �S PORCENTAGENS DE �REA CULTIVADA POR VARIEDADE, PENSANDO NA RECOMENDA��O DO IAC, OBSERVANDO A FIGURA 1, VERIFICA-SE QUE TODOS OS ESTADOS POSSUEM VARIEDADES QUE ULTRAPASSAM O LIMITE DOS 15%, OS ESTADOS QUE MAIS SE APROXIMAM DA RECOMENDA��O SÃO OS ESTADOS DO PARAN�, COM 16,7% DA VARIEDADE RB966928 E DE SÃO PAULO, COM 18% DA VARIEDADE RB867515. OS DEMAIS ESTADOS, MINAS GERAIS, MATO GROSSO DO SUL E MATO GROSSO/TOCANTINS POSSUEM VARIEDADES COM 25,8%, 33,1% E 24,7% DE �REA CULTIVADA RESPECTIVAMENTE. O CEN�RIO DA USINA, INCLUSIVE, � MELHOR DO QUE A M�DIA DO
PRÓPRIO ESTADO DE GOI�S, DO QUAL ESTÁ INSERIDA, POIS O RESULTADO DO ESTADO MOSTRA A VARIEDADE RB867515 COM 20,4% DE �REA CULTIVADA, ENQUANTO QUE NA USINA, O VALOR M�XIMO � PERCEBIDO PARA A VARIEDADE CTC4, COM 16,8%. ISTO INDICA QUE A USINA UNIDADE OT�VIO LAGE, ESTÁ MANEJANDO MUITO BEM SEU CENSO VARIETAL, A PARTIR DA DISTRIBUIÇÃO DA �REA CULTIVADA POR VARIEDADE.
� IMPORTANTE DESTACAR QUE QUANDO H� NO CENSO VARIETAL, VARIEDADES QUE ULTRAPASSAM MUITO O LIMITE DOS 15% DE �REA CULTIVADA, ISTO SIGNIFICA QUE A USINA ESTÁ CENTRALIZANDO UMA �NICA VARIEDADE, AO RELEVAR QUE HISTORICAMENTE, ELA TEM TRAZIDO RESULTADOS POSITIVOS, E COM ISSO, DEIXA DE DAR OPORTUNIDADE � INSER��O DE VARIEDADES MODERNAS, QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA A ELEVA��O DA PRODUTIVIDADE M�DIA DA USINA, E ISTO PODE TRAZER IMPACTOS FUTUROS.
A TABELA 2 TRAZ DE FORMA DETALHADA, AS QUINZE VARIEDADES CULTIVADAS NA UNIDADE OT�VIO LAGE COM MAIOR VOLUME DE �REA PLANTADA EM 2016 E A EVOLU��O DESSA �REA, EM HECTARES, NOS ANOS DE 2008 A 2016.
ESSES GANHOS EM TCH SÃO RESULTADOS PRINCIPALMENTE DOS TRABALHOS DE MELHORAMENTO GEN�TICO PROMOVIDO PELOS CENTROS DE PESQUISA EM PARCERIA COM AS USINAS PRODUTORAS, QUE PROPORCIONAM O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS VARIEDADES. � RESULTADO TAMB�M DO CORRETO MANEJO DESSAS VARIEDADES, INCLUINDO A ESCOLHA DOS MATERIAIS A SEREM INTRODUZIDOS NAS �REAS DE PLANTIO, E A SUA CORRETA ALOCA��O NOS AMBIENTES DE PRODUÇÃO ADEQUADOS.
CONCLUSဢES
A PARCERIA ESTABELECIDA ENTRE OS CENTROS DE PESQUISA E AS UNIDADES PRODUTORAS DE CANA-DE-A��CAR � FUNDAMENTAL PARA O SURGIMENTO DE NOVAS VARIEDADES, MAIS PRODUTIVAS E ADAPTADAS, QUE POSSAM AGREGAR POSITIVAMENTE AOS RESULTADOS DE PERFORMANCE DAS USINAS. � IMPORTANTE DIVERSIFICAR, EVITANDO A CENTRALIZA��O DA �REA CULTIVADA � POUCAS VARIEDADES.
O PROCESSO DE GESTÃO DE VARIEDADES NO CENTRO-SUL AINDA � FALHO, NA M�DIA, TODAS AS REGI�ES CONTEMPLADAS NO CENSO VARIETAL DO IAC, EM 2017, POSSUEM VARIEDADES QUE ULTRAPASSAM O LIMITE M�XIMO EXIGIDO DE 15% DO TOTAL DE �REA CULTIVADA. OBSERVA-SE QUE H� OPORTUNIDADES DE INSER��O DE VARIEDADES MODERNAS NESSAS REGI�ES, MUITAS DAS VARIEDADES CULTIVADAS AINDA SÃO VARIEDADES ANTIGAS, QUE TEM TRAZIDO RESULTADOS BONS, PORÉM QUE J� FORAM EQUIPARADAS OU SUPERADAS POR OUTRAS MAIS RECENTES. PERCEBE-SE UM CERTO RECEIO POR PARTE DAS UNIDADES PRODUTORAS EM SUBSTITUIR VARIEDADES ANTIGAS, QUANDO ELAS AINDA SE MOSTRAM POSITIVAS, E ISTO IMPEDE O CRESCIMENTO QUE SERIA ALCAN�ADO PELO INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE PROPORCIONADO PELAS VARIEDADES MODERNAS.
O PLANEJAMENTO DAS VARIEDADES A SEREM UTILIZADAS NO MOMENTO DA REFORMA � FUNDAMENTAL, DA� TORNA-SE IMPORTANTE CONHECER AS VARIEDADES DISPON�VEIS, QUE TENHAM OS MELHORES RESULTADOS E QUE SE ADAPTAM AO AMBIENTE DE PRODUÇÃO QUE SER�O INSERIDAS, PARA ENT�O DEFINIR QUAIS DELAS DEVEM SER PLANTADAS E O QUANTO DE �REA DEVE SER INVESTIDO NO PLANTIO. PARA ISTO, � IMPORTANTE QUE A TOMADA DE DECIS�O SEJA A MAIS CORRETA E COERENTE
POSS�VEL E NESTE QUESITO, TORNA-SE VANTAJOSO CONSULTORIAS DE PROFISSIONAIS RENOMADOS, COMO � FEITO PELA UNIDADE OT�VIO LAGE, QUE CONTA COM A CONSULTORIA DO COORDENADOR DO IAC, MARCOS LANDELL, QUE POSSUI AMPLO CONHECIMENTO E EXPERI�NCIA.
� IMPORTANTE A DEFINI��O DE VARIEDADES PRIORIDADES A SEREM CULTIVADAS NA USINA.