O CONFLITO IDEOLÀ³GICO ENTRE DUAS TEORIAS CONTRATUALISTAS

Authors

  • Bruno da Silva Mendes
  • Ivan Clementino de Souza
  • Lucas Vinà­cius Rodrigues Peixoto

Keywords:

Teorias Políticas, Ideologias, Origem do Estado

Abstract

� UM FATO HISTÓRICO INEG�VEL A EXIST�NCIA DE ENTIDADES E FIGURAS DE PODER DENTRO DE QUALQUER MEIO SOCIAL ORGANIZADO. A ANÁLISE DA CI�NCIA POLÍTICA REVELA PORTANDO A DIVERSIDADE NA ORGANIZAÇÃO, ATRIBUI��O E DISTRIBUIÇÃO DO PODER NA SOCIEDADE AO DECORRER DO TEMPO, ASSIM COMO OS MODELOS ESTATAIS PARA TAL FORMA��O DESSES MEIOS.
NO ENTANTO, H� UMA QUESTÃO NÃO SILENCIADA SOBRE O PORQU� A MASSA ADMITE, OU AT� MESMO PROCURA ELEGER ENTIDADES QUE A DOMINE OU ORIENTE. FIGURAS INTELECTUAIS COMO THOMAS HOBBES E NICOLAU MAQUIAVEL, POR SUA VEZ, PROCURAM ENTENDER E CONCLUIR DE ONDE SE ORIGINA A AUTORIDADE DESSAS ENTIDADES E A EXIST�NCIA DO ESTADO SENDO UMA DELAS.
NO QUE SE DIZ RESPEITO A NICOLAU MAQUIAVEL, E COM RELAÇÃO AOS MEIOS UTILIZADOS PARA QUE ELE MESMO CHEGASSE AO PODER, � POSS�VEL PERCEBER A IMORALIDADE EM SEU MODELO ESTATAL, NO QUAL O MESMO ORIENTA O USO DE TRAPA�AS PARA A ATRIBUI��O DO PODER. EM SEU PENSAMENTO POL�TICO, MAQUIAVEL DEFENDIA A NECESSIDADE DE UM ESTADO COM O PODER CENTRALIZADO EM SUAS M�OS, SENDO ASSIM ABSOLUTO, EXCLUINDO QUALQUER LIBERDADE QUE O HOMEM POSSUI. O MESMO ACREDITAVA QUE O MONARCA, RETENTOR DO PODER, DEVERIA POSSUIR O QUE SE DENOMINAVA DE �€ŒVIRT��€, QUE � A CAPACIDADE E VONTADE DE CONQUISTAR E MANTER O PODER APESAR DAS DIFICULDADES E DESAFIOS ENFRENTADOS.
EM SUA OBRA �€ŒO PR�NCIPE�€, O AUTOR E PENSADOR PROPORCIONA ENSINAMENTOS PARA CONQUISTAR, EXERCER E MANTER TAL PODER. O CHAMADO PR�NCIPE SERVE DE MODELO A SER SEGUIDO PARA A REALIZA��O DESTES OBJETIVOS, LISTANDO ALGUNS REQUISITOS, COMO A OBTEN��O DE UM EX�RCITO, A ELEVA��O DE SUA IMAGEM COMO RELIGIOSO E CUMPRIMENTO DE SUAS PROMESSAS, DESDE QUE AS MESMAS NÃO INTERFIRAM EM SEUS INTERESSES MAIORES, POR EXEMPLO. MAQUIAVEL ACREDITAVA QUE NÃO ERA PRECISO SER, E SIM APENAS PARECER SER. FATO COMPROVADO EM SEU LIVRO QUE ORIENTAVA O MONARCA A �€ŒPARECER�€ UM SER RELIGIOSO PARA MELHOR CONTROLAR A SOCIEDADE.
UMA DE SUAS IDEIAS PARA A DOMINA��O DA MASSA FOI A DIVIS�O EM CASTAS, ISTO �, A FRAGMENTA��O SOCIAL DA POPULA��O COLOCANDO-A EM CLASSES DE ACORDO COM SEU PERFIL ECON�MICO E SOCIAL, DIMINUINDO O PODER DA MAIORIA QUE SE ENCONTRA NA PARTE INFERIOR DO SISTEMA, AL�M DE UTILIZAR A FIGURA DIVINA A SEU FAVOR PARA CONTROLA-LA, AFIRMANDO-SE COMO O ESCOLHIDO A SER GOVERNANTE.
THOMAS HOBBES POR SUA VEZ, ACREDITAVA QUE O HOMEM � MAU POR NATUREZA, OU SEJA, � LOBO DE SI MESMO, E QUE ANTES DA CRIA��O DAS DENOMINADAS CIVILIZA��ES ORGANIZADAS, O MESMO VIVIA EM GUERRA CONSTANTE CONTRA SEUS SEMELHANTES. A PARTIR DISSO QUE SE FUNDAMENTA A FAMOSA �€ŒGUERRA DE TODOS CONTRA TODOS�€. SENDO ASSIM, O SER HUMANO, EM SEU ESTADO DE NATUREZA, � LIVRE PARA FAZER O QUE DESEJAR, SEM LEIS, REGRAS OU NORMAS QUE O RESTRINGE OU PENALIZE.
O FILÓSOFO DEFENDIA QUE, NESSAS CIRCUNSTANCIAS, A CONVIV�NCIA HARM�NICA EM SOCIEDADE � ALGO IMPOSS�VEL DE SE ALCAN�AR, E QUE O INDIV�DUO, ALMEJANDO TAL HARMONIA, DEVE ENTREGAR PARTE DE SUA LIBERDADE AO SOBERANO PARA QUE TENHA SUA SEGURANÇA PRESERVADA.

Published

2018-07-26