Alterações pulpares em idosos e suas relações com o tratamento endodôntico

Abstract

INTRODUÇÃO: A dentina é o principal tecido mineralizado do dente, sendo a dentina secundária um tipo estruturalmente similar à primária, depositada fisiologicamente ao longo da vida e mais abundante em pacientes idosos. Essa deposição constante de tecido mineralizado leva a alterações na estrutura interna da cavidade pulpar com o avanço da idade. OBJETIVOS: Descrever, por meio de revisão de literatura, as alterações fisiológicas associadas à deposição de dentina secundária em pacientes idosos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada na base de dados Google Acadêmico, e foram selecionados artigos entre 2015 e 2025, utilizando os termos "dentina secundária", "alterações dentais" e "pacientes idosos". DISCUSSÃO: Com o avanço da idade, o canal radicular que é amplo em jovens, diferencia-se em canais mais complexos devido à deposição de tecido mineralizado nas paredes, reduzindo o espaço pulpar e alterando seu contorno. A deposição acontece de forma diferente nos dentes, ocorrendo primeiro no teto e soalho da câmara pulpar em dentes posteriores e nas paredes palatinas em anteriores superiores. A tomografia computadorizada de feixe cônico se mostra eficiente para confirmar a relação entre a redução do volume pulpar, deposição de dentina secundária e o fator idade. A deposição de tecido mineralizado leva à deformação da estrutura interna da cavidade pulpar, o que representa um desafio significativo para a realização de tratamentos endodônticos. CONCLUSÃO: É essencial que o cirurgião-dentista tenha conhecimento das dificuldades acerca da prática endodôntica em idosos com suas mudanças fisiológicas, realizando uma anamnese minuciosa e utilizando exames complementares para um correto diagnóstico e intervenção.