O PAPEL DA ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO INICIADA NA GESTAÇÃO

Abstract

INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno do humor que pode se manifestar ainda na gestação e se estender pelo puerpério, com efeitos relevantes sobre a saúde da mulher, do bebê e da família. Os sintomas incluem tristeza profunda, sentimento de culpa, distúrbios do sono e do apetite, podendo interferir negativamente no vínculo materno-infantil. A atuação da enfermagem é indispensável para a identificação precoce e o desenvolvimento de estratégias preventivas durante o pré-natal e o pós-parto. OBJETIVO: Analisar o conhecimento e as estratégias de atuação da enfermagem na prevenção e manejo da Depressão Pós-Parto (DPP) com manifestação durante o período gestacional. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, no período de maio a junho de 2025 nas bases de dados da BVS utilizando os seguintes descritores: “depressão pós-parto”, “puerpério” e “enfermagem materno-infantil”. Os critérios de inclusão foram artigos originais publicados nos últimos 5 anos e em língua portuguesa e excluídos os artigos de revisão e incompletos. RESULTADO: Os estudos analisados mostram que a enfermagem tem papel essencial na prevenção e no manejo da Depressão Pós-Parto (DPP) com início ainda na gestação. Foram identificados fatores de risco como histórico prévio de depressão, baixa escolaridade, falta de apoio familiar, altos níveis de estresse e gravidez não planejada. As principais estratégias adotadas pela enfermagem incluíram a escuta qualificada, uso de escalas de triagem, encaminhamento para equipes multiprofissionais, ações educativas e grupos de gestantes. No entanto, observou-se que a identificação precoce ainda apresenta falhas, principalmente pela falta de capacitação dos profissionais e pelo uso irregular de métodos de triagem nas unidades básicas de saúde. CONCLUSÃO: Como demonstrou esta revisão, a atuação da enfermagem, desde o pré-natal até o puerpério, é fundamental para identificar, prevenir e manejar a Depressão Pós-Parto (DPP). Contudo, é imprescindível investir na qualificação profissional e na ampliação de ações educativas. Tais medidas garantirão um cuidado mais eficaz e humanizado, minimizando os impactos negativos da DPP na saúde mental da mãe e no desenvolvimento da criança.