ENFERMEIRAS NO CLIMATÉRIO: VIVÊNCIA DA MENOPAUSA E ENFRENTAMENTO DOS SINTOMAS NO AMBIENTE DE TRABALHO
Keywords:
Menopausa, Climatério, Enfermeiras, TrabalhoAbstract
INTRODUÇÃO: O climatério é a fase de transição da mulher entre os períodos reprodutivo e não reprodutivo, que engloba a menopausa. Os sintomas físicos e emocionais desse período comprometem a qualidade de vida e o desempenho profissional. Na enfermagem, categoria majoritariamente feminina, essas manifestações são frequentemente negligenciadas, causando grande desconforto e podendo levar ao abandono da profissão. Diante dessa realidade, é urgente uma abordagem integral que ampare essas trabalhadoras em seu ambiente laboral. OBJETIVO: Evidenciar a invisibilidade da vivência da menopausa entre enfermeiras no ambiente de trabalho e os impactos dessa condição na qualidade de vida, com base em dados da literatura. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento de artigos nas bases de dados PubMed e Research, Society and Development. A pesquisa foi realizada no período de 2019 a 2025, utilizando os seguintes descritores: “Menopausa”, “Climatério”, “Enfermeiras” e “Trabalho”. Foram incluídos artigos completos, dentro do período temporal citado em língua portuguesa e inglesa, foram excluídos artigos pagos, fora do período estabelecido e que não abordaram o objetivo da pesquisa. A partir da aplicação da estratégia PICO e dos descritores definidos, foram inicialmente encontrados 85 artigos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra foi reduzida para 44 artigos. Após leitura criteriosa, foram selecionados 4 artigos que compõem a amostra final desta revisão. RESULTADOS: A classe de enfermagem no Brasil é majoritariamente feminina (85%), considerando que essas mulheres passam um terço de suas vidas na menopausa, compreender este período é crucial para a saúde ocupacional dessas profissionais. Dados de um estudo coorte HEAF com 409 mulheres da população geral (50 a 64 anos) revelam alta frequência de sintomas vasomotores (91,7%), distúrbios do sono (68,2%) e psicológicos (63,6%). A sobreposição destes sintomas às longas jornadas e alta carga emocional da enfermagem é um desafio. A falta de suporte institucional tende a agravar a situação, prejudicando o bem-estar e podendo levar ao afastamento da profissão. Portanto, é fundamental promover ambientes laborais mais acolhedores e inclusivos para essas profissionais. CONCLUSÃO: Reconhecer institucionalmente as dificuldades das enfermeiras no climatério é essencial para promover sua saúde e combater a invisibilidade dessa condição. Urge uma abordagem holística no trabalho, com diálogo aberto e suporte para evitar que a atividade laboral agrave os sintomas. A educação permanente das equipes é crucial para quebrar estigmas e construir um ambiente acolhedor e respeitoso.
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