INCID�NCIA DE SÀFILIS EM GESTANTES NO PERÀODO DE 2011 A 2016

Resumo

INTRODUÇÃO: A S�FILIS � UMA INFEC��O SEXUALMENTE TRANSMISS�VEL CUR�VEL E EXCLUSIVA DO SER HUMANO, CAUSADA PELA BACT�RIA TREPONEMA PALLIDUM, NA QUAL PODE APRESENTAR MANIFESTA��ES CL�NICAS E DIFERENTES EST�GIOS. A TRANSMISS�O DA S�FILIS ADQUIRIDA � SEXUAL E NA �REA G�NITO-ANAL, NA QUASE TOTALIDADE DOS CASOS. A S�FILIS ADQUIRIDA PODE TER SUA EVOLU��O DIVIDIDA EM RECENTE E TARDIA. NA S�FILIS CONG�NITA, H� INFEC��O FETAL VIA HEMATOG�NICA, EM GERAL A PARTIR DO 4O M�S DE GRAVIDEZ. APÓS A INFEC��O VIA TRANSPLACENT�RIA, O TREPONEMA GANHA OS VASOS DO CORD�O UMBILICAL E SE MULTIPLICA RAPIDAMENTE EM TODO O ORGANISMO FETAL O QUE PODE GERAR AGRAVOS COMPLEXOS NO DESENVOLVIMENTO DO FETO, CONFIGURANDO-SE COMO UM PROBLEMA IMPORTANTE DE SAÚDE. NO BRASIL NO PER�ODO DE 2005 A JUNHO DE 2016, FORAM NOTIFICADOS NO SINAN UM TOTAL DE 169.546 CASOS DE S�FILIS EM GESTANTES, SENDO QUE NOS �LTIMOS 11 ANOS, NO BRASIL, A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL POR S�FILIS PASSOU DE 2,4/100 MIL NASCIDOS VIVOS EM 2005 PARA 7,4 /100 MIL NASCIDOS VIVOS EM 2015. OBJETIVOS: CONHECER O PERFIL DA S�FILIS EM GESTANTES NO MUNIC�PIO DE ANÁPOLIS NO PER�ODO DE 2011 A 2016, BUSCANDO CONHECER A REAL SITUA��O DO MUNIC�PIO, OS EST�GIOS DE MAIOR PREVAL�NCIA, A ADES�O AO TRATAMENTO E A PRINCIPAL FAIXA ET�RIA ACOMETIDA. M�TODO: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DESCRITIVO RETROSPECTIVO DE DADOS EXTRA�DOS E DISPONIBILIZADOS PELO DEPARTAMENTO DE INFORM�TICA DO SISTEMA �ŠNICO DE SAÚDE. ANALISOU- SE CASOS DE S�FILIS EM GESTANTES NO MUNIC�PIO DE ANÁPOLIS NO PER�ODO DE 2011 A 2016.  UTILIZOU-SE ESTAT�STICA DESCRITIVA COM FREQU�NCIA ABSOLUTA E RELATIVA DO N�MERO TOTAL DE CASOS PARA ANÁLISE DOS DADOS. RESULTADOS: NO BRASIL REGISTROU-SE 157.513 CASOS DE S�FILIS EM GESTANTES, NO ESTADO DE GOI�S 4.895, SENDO QUE O MUNIC�PIO DE ANÁPOLIS REPRESENTOU 5,87% DOS CASOS DE S�FILIS ADQUIRIDA NO PER�ODO DE 2011 A 2016, COM UMA MAIOR PREVAL�NCIA NOS ANOS DE 2013 A 2015 E REDUÇÃO EM 2016. QUANTO A ESCOLARIDADE O ENSINO M�DIO INCOMPLETO RESSALTOU ENTRE OS DEMAIS. A ETNIA AUTO REFERIDA FOI PARDA E A FAIXA ET�RIA DE 20 A 29 ANOS TEVE N�MERO MAIS EXPRESSIVO. A CLASSIFICA��O CL�NICA DA S�FILIS ADQUIRIDA EM GESTANTES TEVE MAIOR INCID�NCIA PARA S�FILIS PRIM�RIA E LATENTE. QUANTO AO PR�-NATAL 82% REALIZARAM; 63% FORAM DIAGNOSTICADAS COM S�FILIS NESSE PER�ODO, 21% NO MOMENTO DO PARTO, 13% APÓS O PARTO E 3% IGNORADO. OBSERVOU-SE NA MAIORIA DOS CASOS QUE O TRATAMENTO FOI INADEQUADO E NÃO REALIZADO ENTRE OS PARCEIROS. REGISTRARAM-SE DOIS CASOS DE ÓBITO POR S�FILIS CONG�NITA NOS ANOS DE 2011 E 2012 RESPECTIVAMENTE. CONCLUS�O: A S�FILIS MOSTROU SER UM INDICADOR DE VULNERABILIDADE, DESTACANDO A DEFICI�NCIA DA QUALIDADE DA ATEN��O PR�-NATAL, PERSISTINDO A TRANSMISS�O VERTICAL. PERCEBE-SE ASSIM A NECESSIDADE DE INVESTIMENTO E INVESTIGA��O SOBRE AS CONDI��ES ATUAIS E OS NOVOS DETERMINANTES PARA  INCID�NCIAS E DESFECHOS. PARA CUMPRIR OS OBJETIVOS DO MINIST�RIO DA SAÚDE DE CONTROLE CONTER E ERRADICA��O DA S�FILIS CONG�NITA � NECESS�RIO QUE HAJA O ACOMPANHAMENTO ADEQUADO DO TRATAMENTO DAS GESTANTES E SEUS PARCEIROS, O QUE REAFIRMA A IMPORT�NCIA DE ESTUDOS DE INVESTIGA��O.