NEGATIVE IMPLICATIONS OF FEMINIZING ADRENAL TUMOR IN MEN

Resumo

Os Tumores Adrenais Feminilizantes (TAF) são definidos como neoplasias extremamente raras, e a maioria se manifesta de forma maligna. Alguns desses tumores são capazes de secretar hormônios, sendo o principal deles o estrogênio, responsável pelos sintomas clínicos. A maior prevalência dos tumores é em homens, apresentando-se como 1% de todos os tumores adrenais. Alguns homens sentem-se psicologicamente mal devido ao péssimo prognóstico do tratamento dos TAFs, mesmo com as perspectivas atuais e o uso de novas técnicas e medicações. Este estudo visa identificar e pontuar as implicações negativas sobre os TAF em homens. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. O levantamento de dados foi realizado a partir de bases eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS); PMC (PubMed Central) com os descritores: "Adrenal Rest Tumor," "Adrenocortical Carcinoma," "Adrenal Gland Neoplasms." Foram encontrados 205 artigos publicados entre os anos de 2017 a 2023. Os critérios de inclusão foram: artigos gratuitos e pagos, em inglês ou português, que abordassem o tema de maneira integral. Os critérios de exclusão foram: artigos que não abordassem o tema de forma integral, resultando em 10 artigos selecionados para produção deste trabalho. A partir das análises dos artigos, foi observado que os carcinomas adrenocorticais repercutem de forma negativa em homens psicologicamente, fisiologicamente e fisicamente. Diante dos estudos analisados, esses tumores podem se manifestar, mesmo sendo raros, antes dos 8 anos de idade nas crianças, apresentando sinais de pseudopuberdade contrassexual nos meninos e isossexual nas meninas. Dentre as manifestações clínicas mais relatadas no sexo masculino estão a ginecomastia de prevalência bilateral, hipogonadismo, além de fadiga, diminuição da libido e disfunção erétil devido à baixa produção de andrógenos. Além disso, foi observado que a mortalidade de homens com carcinoma adrenocortical é alta, pois a sobrevida após a ressecção de um tumor em 3 anos foi de apenas 20%. Por conseguinte, o tratamento eficaz dessa malignidade se baseia em ressecção cirúrgica total do tumor quando possível, e suas metástases podem ser tratadas com procedimentos que englobam a radioterapia e a quimioterapia, sendo o medicamento mitotano o único aprovado para tratar essa enfermidade. Portanto, conclui-se que o carcinoma adrenal possui um prognóstico ruim, mesmo quando tratado, afetando de forma negativa a vida dos indivíduos acometidos. Assim, apesar de a literatura relatar a baixa incidência desse tipo de neoplasia na população, estudos maiores devem ser realizados para aumentar a expectativa de vida das pessoas com esse tipo de neoplasia, além da necessidade de se estabelecer critérios clínicos eficazes para a diferenciação entre a malignidade e a benignidade desse tumor.