A PRÁTICA JURÍDICA NO CURSO DO DIREITO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
No primeiro semestre do ano de 2020 a aldeia global foi surpreendia com a pandemia de COVID-19. Antigos padrões de comportamento tiveram que ser repensados, sempre com o foco na busca a eficiência e para o alcance de bons resultados com menores esforços em todos os campos do conhecimento humano. No ramo jurídico não foi diferente. Do sistema clássico de busca da jurisdição, o qual sempre se baseou em modelos rígidos, com partes, juiz e uma jurisdição estatal imutável, processos de papel e tribunais que ostentavam luxo e requinte, tivemos que lidar com um sistema digital. Os processos judiciais, nas mais variadas ramificações do complexo sistema de justiça, que já vinham a passos lentos sendo digitalizados, tiveram que passar por uma rápida mudança, tendo sido todos estacionados quase que do dia para a noite em plataformas digitais oficiais. As partes, as quais deveriam estar sempre presentes nos atos de audiência, tiveram que recorrer a plataformas de integração computacional, como no caso do zoom, google meets entre tantas outras. E a jurisdição, a qual sempre era vista como um ato de suprema autoridade do Estado, buscou com a pandemia solucionar litígios através de acordos, sempre cada vez mais presentes na atividade judiciária. Nisto, o curso de direito também teve que se renovar. Os antigos sistemas de atendimento a clientes na prática jurídica, os quais sempre impunham a presença física da parte, foram substituídos pelo apoio das plataformas as quais, se no passado foram concebidas até mesmo como algo prosaico da vida, como o WhatsApp, tiveram que se prestar a fornecer subsídios para uma atividade profissional. Em alguns casos, até mesmo os atos de comunicação processual passaram a ser feitos por essa plataforma. Não menos importante, a prática jurídica, tão essencial no curso de direito, teve que se reinventar, sendo utilizado até mesmo o e-mail como suporte para a comunicação entre o professor e o aluno.