PRÁTICAS DOCENTES INCLUSIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM DISCENTES DO CURSO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE DA UNIEVANGÉLICA
Palavras-chave:
Neurodiversidade, Ensino Superior, Tratamento Excepcional, Inclusão EducacionalResumo
Este relato de experiência analisa a aplicação de práticas docentes inclusivas e da flexibilização pedagógica para promover a permanência e o sucesso acadêmico de discentes neurodivergentes no curso de Engenharia de Software da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA). A experiência baseou-se em acompanhamento individualizado e no uso do Tratamento Excepcional como instrumento formal de inclusão educacional. A pesquisa, de abordagem qualitativa e natureza descritiva, acompanhou três discentes com diagnósticos distintos — Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Asperger e Dificuldade Intelectual — identificados como Discentes A, B e C. As intervenções incluíram flexibilização de prazos, adequações avaliativas e acompanhamento pedagógico contínuo. Os resultados evidenciam que a personalização do processo formativo e a adoção de práticas docentes sensíveis à neurodiversidade contribuem para a progressão acadêmica, embora o desempenho varie entre áreas técnicas e comunicacionais. Conclui-se que o êxito da inclusão depende da integração de ações multidisciplinares e da institucionalização de protocolos pedagógicos permanentes que sustentem a prática docente inclusiva.
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