VARIAÇO ANATÀ”MICA EM NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR OBSERVADA ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÀ”NICO: RELATO DE CASO

Autores

  • Kesley Alves Flores
  • Gabriele Nunes Dias
  • Marà­lia  Oliveira Morais
  • Juliano Martins Bueno
  • Carolina Cintra Gomes
  • Mayara Barbosa Viandelli Mundim-Picoli

Resumo

VARIA��O ANATဝMICA EM NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR OBSERVADA ATRAV�S DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CဝNICO: RELATO DE CASO

KESLEY ALVES FLORES
GABRIELE NUNES DIAS;

MAR�LIA  OLIVEIRA MORAIS;

JULIANO MARTINS BUENO;

CAROLINA CINTRA GOMES;

MAYARA BARBOSA VIANDELLI MUNDIM-PICOLI.

 

RESUMO SIMPLES

O NERVO MAXILAR � UM DOS RAMOS DO NERVO TRIG�MEO. SUAS RAMIFICA��ES SÃO RESPONS�VEIS POR INERVAR A PELE DA FACE, DA BOCHECHA E DO L�BIO SUPERIOR, PARTE DA MUCOSA NASAL, A MUCOSA DO PALATO, TODOS OS DENTES DO ARCO SUPERIOR E A REGI�O GENGIVAL DA MAXILA. O NERVO MAXILAR EMITE RAMOS COLATERAIS, DENTRE ELES O NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR (NASA), QUE INERVA DENTES INCISIVOS E CANINOS E SEUS RAMOS INERVAM O PERIODONTO E GENGIVA DESSES MESMOS DENTES. O OBJETIVO DO PRESENTE ESTUDO � RELATAR UM CASO CL�NICO DE VARIA��O ANAT�MICA EM NASA DIAGNOSTICADA ATRAV�S DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC). PACIENTE DO G�NERO MASCULINO, 44 ANOS, PROCUROU O CIRURGI�O-DENTISTA PARA REABILITA��O COM IMPLANTES NA REGI�O POSTERIOR BILATERAL DE MAXILA. PARA TAL PLANEJAMENTO FOI SOLICITADA UMA TCFC QUE EVIDENCIOU DENTES 15, 18, 26 E 28 AUSENTES, EXTENS�O ALVEOLAR DO SEIO MAXILAR NA REGI�O DO 15 E 26, BEM COMO A PRESEN�A DE UMA CANAL SINUOSO LATERALMENTE AO CANAL INCISIVO, NA REGI�O DO DENTE 22. O ACHADO RADIOGR�FICO FOI DIAGNOSTICADO COMO VARIA��O ANAT�MICA DE DIMENS�O DO NASA, NÃO INTERFERINDO NOS PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS NA REGI�O POSTERIOR DE MAXILA. NO ENTANTO, O CIRURGI�O-DENTISTA FOI ALERTADO DA EXIST�NCIA DE TAL VARIA��O, PARA EVITAR POSS�VEIS COMPLICA��ES EM PROCEDIMENTOS FUTUROS. NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU COMO UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DE VARIA��O DO NASA, BEM COMO PARA PROPICIAR UM PLANEJAMENTO MAIS CAUTELOSO NAS INTERVEN��ES EM REGI�O ANTERIOR DE MAXILA, EVITANDO POSS�VEIS RISCOS AO PACIENTE.

PALAVRAS-CHAVES: ANORMALIDADES DA BOCA, ANORMALIDADES DENT�RIAS, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO

RESUMO EXPANDIDO

INTRODUÇÃO

            A CAVIDADE BUCAL APRESENTA UMA GRANDE DIVERSIDADE ANAT�MICA E HISTOLÓGICA QUE SE MANT�M PELAS DIFERENTES FASES DA VIDA. ESSA ANATOMIA SE ENCONTRA SUJEITA A VARIA��ES DEVIDO A FATORES DA NATUREZA F�SICA, QU�MICA E BIOLÓGICA COMO A GEN�TICA E A IDADE QUE ATUAM SOBRE ELA. ESTES FATORES PRECISAM SER CONSIDERADOS PARA A REALIZA��O DE DIAGNÓSTICOS E TERAP�UTICAS DE CADA POPULA��O (CORNEJO ET AL., 2007).

PROCESSOS PATOLÓGICOS DIVERSOS COMO DOEN�AS INFECCIOSAS, INFLAMATÓRIAS, IMUNOLÓGICAS, AL�RGICAS, SIST�MICAS E TRAUM�TICAS, ACOMETEM FREQUENTEMENTE A CAVIDADE BUCAL. O CONHECIMENTO DETALHADO DA ANATOMIA DA MUCOSA BUCAL E AS EVENTUAIS VARIA��ES DA NORMALIDADE SÃO IMPORTANTES PARA O DIAGNÓSTICO, A PREVEN��O E O CONTROLE DE CURA DESSES ESTADOS NOSOLÓGICOS (ANDRADE ET AL., 2014)

ASSIM, OS EXAMES RADIOGR�FICOS AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO E DIFERENCIA��O DE PATOLOGIAS, NORMALIDADES E SUAS VARIA��ES E PARA QUE O CIRURGI�O DENTISTA CONSIGA CHEGAR A UM DIAGNÓSTICO � NECESS�RIO QUE ELE CONHE�A AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS NA REGI�O ASSIM COMO O RECONHECIMENTO DE SUAS VARIA��ES DE NORMALIDADES. AS PATOLOGIAS E DESVIOS DE NORMALIDADES APARECEM SOMADAS �S IMAGENS DE ANATOMIA NORMAL, O QUE PODE GERAR CONFUS�ES DE DIAGNÓSTICO (ANTONIAZZI, M.C.C; CARVALHO, L.P; COIDE, C.H; 2008).

SEGUNDO GARIB,2007 �€ŒA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) TRATA-SE DE UM M�TODO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM QUE UTILIZA A RADIA��O X E PERMITE OBTER A REPRODU��O DE UMA SEC��O DO CORPO HUMANO EM QUAISQUER UNS DOS TR�S PLANOS DO ESPA�O. DIFERENTEMENTE DAS RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS, QUE PROJETAM EM UM SÓ PLANO TODAS AS ESTRUTURAS ATRAVESSADAS PELOS RAIOS-X, A TC EVIDENCIA AS RELA��ES ESTRUTURAIS EM PROFUNDIDADE, MOSTRANDO IMAGENS EM �€ŒFATIAS�€ DO CORPO HUMANO. A TC PERMITE ENXERGAR TODAS AS ESTRUTURAS EM CAMADAS, PRINCIPALMENTE OS TECIDOS MINERALIZADOS, COM UMA DEFINI��O ADMIR�VEL, PERMITINDO A DELIMITA��O DE IRREGULARIDADES TRIDIMENSIONALMENTE�€.

 

OBJETIVO

O OBJETIVO DO PRESENTE ESTUDO � RELATAR UM CASO CL�NICO DE VARIA��O ANAT�MICA EM NASA DIAGNOSTICADA ATRAV�S DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC).

 

DESENVOLVIMENTO

SEGUNDO WILLIAMS ET AL., 1995

�€ŒO NERVO TRIG�MEO CONSTITUI O QUINTO NERVO CRANIANO (NC  V)  E  �  CONSIDERADO  UM  NERVO  MISTO,  COM  FIBRAS   SENSITIVAS   E   MOTORAS.  A   GRANDE RAIZ SENSITIVA  �  FORMADA  PELOS  PROLONGAMENTOS  PERIF�RICOS  DOS  NEUR�NIOS SENSITIVOS  PSEUDOUNIPOLARES LOCALIZADOS NO G�NGLIO TRIGEMINAL. OS  NEUR�NIOS SENSITIVOS  FORMAM  OS  TR�S  RAMOS  OU  DIVIS�ES  DO  NERVO  TRIG�MEO:  NERVO  OFT�LMICO,  NERVO  MAXILAR E  NERVO MANDIBULAR. ESTES  SÃO RESPONS�VEIS PELA  SENSIBILIDADE  SOM�TICA  GERAL  DA  FACE.  AS  FIBRA S  AFERENTES    SOM�TICAS  GERAIS   CONDUZEM   IMPULSOS  EXTEROCEPTIVOS E PROPRIOCEPTIVOS. O NERVO OFT�LMICO SUPRE  A  PELE  DO  TER�O  SUPERIOR  DA  FACE,  O  NERVO  MAXILAR O TER�O M�DIO E O NERVO MANDIBULAR O TER�O  INFERIOR  DA  FACE.  A  PEQUENA  RAIZ  MOTORA  PROV�M  MOTRICIDADE  AOS  M�SCULOS  DA  MASTIGA��O  DERIVADOS  DO PRIMEIRO ARCO FAR�NGEO�€

O    NERVO    TRIG�MEO    POSSUI    UM    G�NGLIO DENOMINADO   DE   G�NGLIO   TRIGEMINAL,   O   QUAL   ESTÁ LOCALIZADO   NO   �PICE   DA   PARTE   PETROSA   DO   OSSO TEMPORAL,  NA  FOSSA  M�DIA  DA  CAVIDADE  DO  CR�NIO. ESTÁ     RELACIONADO     MEDIALMENTE     COM     O     SEIO CAVERNOSO,     NERVO     ÓPTICO     E     NERVO     TROCLEAR, SUPERIORMENTE  COM  A  SUPERF�CIE  INFERIOR  DO  LOBO TEMPORAL E POSTERIORMENTE COM O TRONCO ENCEF�LICO. OS PROLONGAMENTOS PERIF�RICOS DOS NEUR�NIOS  SENSITIVOS  DO  G�NGLIO  TRIGEMINAL  FORMAM TR�S  RAMOS,  OU  DIVIS�ES: V1 RAMO OFT�LMICO; V2 RAMO MAXILAR E V3 RAMO MANDIBULAR. O  RAMO  MAXILAR  (V2)  ATRAVESSA O   FORAME   REDONDO   PELA   FOSSA   PTERIGOPALATINA   E PENETRA NA CAVIDADE ORBITAL, ATRAV�S DA FISSURA ORBITAL INFERIOR,  EM  DIRE��O  AO  SULCO  E  CANAL  INFRA-ORBITAL; NESSA  REGI�O,  D�  ORIGEM  A  RAMOS  QUE  FORMAR�O  O PLEXO    DENTAL    DA    MAXILA    BEM    COMO    RAMOS RESPONS�VEIS   PELA   INERVA��O   DA   MUCOSA   DO   SEIO MAXILAR E A PELE DA REGI�O MAXILAR E ASA DO NARIZ. O NERVO ZIGOM�TICO EMERGE DO NERVO MAXILAR, NA FOSSA PTERIGOPALATINA, E ORIGINA OS NERVOS ZIGOMATICOTEMPORAL  E  ZIGOMATICOFACIAL  QUE  PROV�M SENSIBILIDADE, RESPECTIVAMENTE, PARA A PELE DA REGI�O TEMPORAL  ANTERIOR  E  ZIGOM�TICA (MADEIRA, M.G; RIZZOLO R.J.C.,2009).

SUA RAMIFICA��O V2 MAXILAR EMITE RAMOS COLATERAIS E TERMINAIS. DENTRE OS RAMOS COLATERAIS OBSERVA-SE RAMIFICA��O EM NERVO INFRAORBITAL QUE SE DIVIDE EM NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR (NASA) E NERVO ALVEOLAR SUPERIOR M�DIO (NAMS); NERVO ALVEOLARES SUPERIORES POSTERIORES (NAPS); NERVO NASOPALATINO; NERVO PALATINO MAIOR E RAMOS TERMINAIS.  O NERVO NASA  INERVA DENTES INCISIVOS E CANINOS E SEUS RAMOS INERVAM O PERIODONTO E GENGIVA DESSES MESMOS DENTES (MADEIRA, M.G; RIZZOLO R.J.C.,2009).

NESTE CASO CL�NICO OBSERVA-SE PACIENTE DO G�NERO MASCULINO, 44 ANOS QUE PROCUROU O CIRURGI�O-DENTISTA PARA REABILITA��O COM IMPLANTES NA REGI�O POSTERIOR BILATERAL DE MAXILA. PARA TAL PLANEJAMENTO FOI SOLICITADA UMA TCFC QUE EVIDENCIOU DENTES 15, 18, 26 E 28 AUSENTES, EXTENS�O ALVEOLAR DO SEIO MAXILAR NA REGI�O DO 15 E 26, BEM COMO A PRESEN�A DE UMA CANAL SINUOSO LATERALMENTE AO CANAL INCISIVO, NA REGI�O DO DENTE 22. O ACHADO RADIOGR�FICO FOI DIAGNOSTICADO COMO VARIA��O ANAT�MICA DE DIMENS�O DO NASA, NÃO INTERFERINDO NOS PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS NA REGI�O POSTERIOR DE MAXILA. NO ENTANTO, O CIRURGI�O-DENTISTA FOI ALERTADO DA EXIST�NCIA DE TAL VARIA��O, PARA EVITAR POSS�VEIS COMPLICA��ES EM PROCEDIMENTOS FUTUROS.

 

CONSIDERAအဢES FINAIS

NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU COMO UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DE VARIA��O DO NASA, BEM COMO PARA PROPICIAR UM PLANEJAMENTO MAIS CAUTELOSO NAS INTERVEN��ES EM REGI�O ANTERIOR DE MAXILA, EVITANDO POSS�VEIS RISCOS AO PACIENTE. AL�M DO MAIS, DEVE-SE SALIENTAR DA NECESSIDADE DE ESTUDOS POR PARTE DO CD PARA QUE ELE RECONHE�A AS ESTRUTURAS LOCAIS E DIFERENCIE AS ALTERA��ES DE NORMALIDADES ASSIM COMO PATOLOGIAS E POSSA ENT�O FORNECER UM DIAGNÓSTICO PRECISO PROPRICIANDO UM TRATAMENTO ADEQUADO PARA O PACIENTE.

 

REFER�ŠNCIAS

CORNEJO, A. D; HUERTA, E. R. L; BRAVO, S. P; BARRIOS, B. A; RIVERA, D. Q.; YAဘEZ, A. B.; DE OCA, A. A. M. DISTRIBUCIÓN DE CONDICIONES Y LESIONES DE LA MUCOSA BUCAL EN PACIENTES ADULTOS MEXICANOS. REV CUBANA ESTOMATOL , V.44 N.1,MAR, 2007.

 

ANDRADE, A.S; SOUZA, D.C.O; BARBOSA, K.S; GROSSMANN,S.M.C; MAGALH�ƑES S.R. PREVAL�NCIA DE LES�ES BUCAIS E ALTERA��ES DE NORMALIDADES EM PACIENTES DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNINCOR - BH. REV. DA UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE, TR�S CORA��ES, V. 12, N. 1, P. 785-793, JAN./JUL. 2014.

 

ANTONIAZZI, M.C.C; CARVALHO, L.P; COIDE, C.H- IMPORT�NCIA DO CONHECIMENTO DA ANATOMIA RADIOGR�FICA PARA INTERPRETA��O DE PATOLOGIAS ÓSSEAS. RGO, PORTO ALEGRE, V 56, N 2, P.195-199, ABR/JUN.2008.

 

GARIB, D. G. ET AL. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (CONE BEAM): ENTENDENDO ESTE NOVO M�TODO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM COM PROMISSORA APLICABILIDADE NA ORTODONTIA. REV DENTAL PRESS ORTOD ORTOP FACIAL, V. 12, N. 2, P. 139-56, 2007.

WILLIAMS, P. L.; WARWICK, R.; DYSON, M.; BANNISTER, L. H. NEUROLOGIA. IN: GRAY ANATOMIA. 37 ED., RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, V.2, P. 809-1174, 1995.

 

MADEIRA, M.G; RIZZOLO R.J.C. ANATOMIA FACIAL COM FUNDAMENTOS DE ANATOMIA GERAL. SARVIER, 2009.

 

 

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2019-06-10

Edição

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Resumo