TRATAMENTO DE FRATURA DE ASSOALHO ORBITAL, ZIGOMÁTICO E MANDÀBULA DEVIDO À€ ACIDENTE AUTOMOBILISTICO €“ RELATO DE CASO

Autores

  • Jà‰SSIKA LAINE NUNES MELO
  • RAUL SEABRA GUIMARàƒES NETO
  • JàšLIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA
  • KAMILA DOS SANTOS SILVA
  • LUARA DINIZ STUCKI
  • MàRIO SERRA FERREIRA

Resumo

TRATAMENTO DE FRATURA DE ASSOALHO ORBITAL, ZIGOM�TICO E MAND�BULA DEVIDO Ⴌ ACIDENTE AUTOMOBILISTICO - RELATO DE CASO

J�SSIKA LAINE NUNES MELO1, RAUL SEABRA GUIMAR�ƑES NETO2, J�ŠLIA DE OLIVEIRA TEIXEIRA1, KAMILA DOS SANTOS SILVA1, LUARA DINIZ STUCKI1, M�RIO SERRA FERREIRA3

 

RESUMO: TRAUMAS BUCO-MAXILO-FACIAIS E POLITRAUMAS COMUMENTE SÃO PROVENIENTES DE ACIDENTES AUTOMOBIL�STICOS. ESTES REPRESENTAM, MUNDIALMENTE, 1,35 MILH�O DE MORTES E, EM M�DIA, 35 MILH�ES DE LES�ES NÃO FATAIS. O ATENDIMENTO DESSES PACIENTES � FEITO DE FORMA COMPLEXA, MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR, DE ACORDO COM A GRAVIDADE DE CADA CASO. O OBJETIVO DESTE TRABALHO � APRESENTAR UM CASO CL�NICO DE UM PACIENTE DO SEXO MASCULINO, 21 ANOS, V�TIMA DE ACIDENTE AUTOMOBIL�STICO, RESULTANDO EM UM TRAUMA BUCO-MAXILO-FACIAL. APÓS EXAMES F�SICOS E COMPLEMENTARES, FORAM CONSTATADOS A PRESEN�A DE TR�S TIPOS DE FRATURAS, SENDO ELAS: SOALHO DE ÓRBITA, ZIGOM�TICO E MANDIBULAR. COM ESCOPO DE REDUZIR AS FRATURAS, REALIZOU-SE ACESSO SUBTARSAL, ACESSO CORONAL E ACESSO SUBMANDIBULAR EM REGI�O DE CORPO DE MAND�BULA, RESPECTIVAMENTE. UTILIZOU-SE ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO PROVENIENTE DA CALV�RIA PARA RECONSTRU��O DE ASSOALHO ORBITAL. O SISTEMA DE FIXA��O APLICADO FOI A FIXA��O INTERNA R�GIDA COM USO DE PLACA 1.5 NA REGI�O ZIGOM�TICA, TELA DE TIT�NIO EM SOALHO DE ÓRBITA E FIXA��O INTERNA R�GIDA EM CORPO DA MAND�BULA COM DUAS PLACAS 2.0 COM QUATRO PARAFUSOS, DOIS DE CADA LADO DE TRA�O DE FRATURA. APÓS TRATAMENTO SEM  INTERCORR�NCIAS, PACIENTE EVOLUIU SEM NENHUMA COMPLICA��O E ATUALMENTE ESTÁ SEM SEQUELAS FUNCIONAIS.

PALAVRAS-CHAVES: TRAUMATISMOS FACIAIS; PROCEDIMENTOS CIR�RGICOS RECONSTRUTIVOS; CIRURGIA MAXILOFACIAL

 

INTRODUÇÃO: SEGUNDO A OMS, TRAUMAS EST�O ENTRE AS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTE E INVALIDEZ, E SÃO DECORRENTES DE DIVERSOS FATORES. ENTRE OS TRAUMAS, EST�O PRESENTES OS FACIAIS, QUE CAUSAM GRANDES CONSEQU�NCIAS F�SICAS, EMOCIONAIS E POSS�VEIS SEQUELAS. A FREQU�NCIA TEM AUMENTADO NAS �LTIMAS QUATRO D�CADAS DEVIDO ACIDENTES AUTOMOBIL�STICOS, SENDO MAIS PREVALENTES EM JOVENS ENTRE 18 A 40 ANOS DO SEXO MASCULINO.1

ESTU-

DO REALIZADO POR SILVA ET AL.5 (2011), REVELOU QUE AS

LES�ES FACIAIS ACOMETERAM EM SUA GRANDE MAIORIA

PACIENTES HOMENS, EM UMA PROPOR��O DE APROXI-

MADAMENTE 4:1. OS PACIENTES NA FASE ADULTO JOVEM

(18 A 40 ANOS) CONSTITU�RAM A FAIXA MAIS PREVALEN-

TE EM AMBOS OS SEXOS, MAS COM PREDOM�NIO ESTA-

TISTICAMENTE SIGNIFICANTE DOS HOMENS EM TODOS OS

MECANISMOS CAUSADORES DOS TRAUMATISMOS FACIAIS

ESTU-

DO REALIZADO POR SILVA ET AL.5 (2011), REVELOU QUE AS

LES�ES FACIAIS ACOMETERAM EM SUA GRANDE MAIORIA

PACIENTES HOMENS, EM UMA PROPOR��O DE APROXI-

MADAMENTE 4:1. OS PACIENTES NA FASE ADULTO JOVEM

(18 A 40 ANOS) CONSTITU�RAM A FAIXA MAIS PREVALEN-

TE EM AMBOS OS SEXOS, MAS COM PREDOM�NIO ESTA-

TISTICAMENTE SIGNIFICANTE DOS HOMENS EM TODOS OS

MECANISMOS CAUSADORES DOS TRAUMATISMOS FACIAIS

ESTU-

DO REALIZADO POR SILVA ET AL.5 (2011), REVELOU QUE AS

LES�ES FACIAIS ACOMETERAM EM SUA GRANDE MAIORIA

PACIENTES HOMENS, EM UMA PROPOR��O DE APROXI-

MADAMENTE 4:1. OS PACIENTES NA FASE ADULTO JOVEM

(18 A 40 ANOS) CONSTITU�RAM A FAIXA MAIS PREVALEN-

TE EM AMBOS OS SEXOS, MAS COM PREDOM�NIO ESTA-

TISTICAMENTE SIGNIFICANTE DOS HOMENS EM TODOS OS

MECANISMOS CAUSADORES DOS TRAUMATISMOS FACIAIS

ESTU-

DO REALIZADO POR SILVA ET AL.5 (2011), REVELOU QUE AS

LES�ES FACIAIS ACOMETERAM EM SUA GRANDE MAIORIA

PACIENTES HOMENS, EM UMA PROPOR��O DE APROXI-

MADAMENTE 4:1. OS PACIENTES NA FASE ADULTO JOVEM

(18 A 40 ANOS) CONSTITU�RAM A FAIXA MAIS PREVALEN-

TE EM AMBOS OS SEXOS, MAS COM PREDOM�NIO ESTA-

TISTICAMENTE SIGNIFICANTE DOS HOMENS EM TODOS OS

MECANISMOS CAUSADORES DOS TRAUMATISMOS FACIAIS

            OS TRAUMAS MAXILOFACIAIS POSSUEM ALTA INCID�NCIA DEVIDO A PROJE��O ANTERIOR DOS OSSOS, MUSCULATURA SUPERFICIAL, A QUAL � RECOBERTA POR UMA ESPESSURA FINA DE PELE E EXTENSAS INERVA��ES E VASCULARIZA��ES. DEVIDO A ISSO, OS TRATAMENTOS DEVEM TER ABRANG�NCIA MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR, POIS, NORMALMENTE, AS FRATURAS ACOMETEM TECIDO MOLE, OSSOS, C�REBRO, OLHOS, SEIOS DA FACE E DENTI��O, SENDO A MAND�BULA, NARIZ E ZIGOM�TICO OS PRINCIPAIS LOCAIS DE FRATURAS.1-3

            DIANTE DA COMPLEXIDADE E GRAVIDADE DESSE TIPO DE TRAUMA, OS PROCEDIMENTOS CIR�RGICOS DEVEM SER REALIZADOS O MAIS BREVE POSS�VEL, DIMINUINDO AS POSS�VEIS SEQUELAS E O SOFRIMENTO DOS PACIENTES E FAMILIARES. 2,4

           

OBJETIVO: RELATAR O CASO DE UM PACIENTE DO SEXO MASCULINO, QUE SOFREU UM ACIDENTE AUTOMOBIL�STICO, SOFRENDO LES�ES NO COMPLEXO ORBITO-ZIGOM�TICO DO LADO ESQUERDO, ASSOCIADO A FRATURA DO CORPO MANDIBULAR.

 

RELATO DE CASO: PACIENTE DE 21 ANOS, BRANCO, V�TIMA DE COLIS�O ENTRE DOIS VE�CULOS EM 2006. FICOU INTERNADO NA UTI DURANTE UM M�S AT� A REALIZA��O DA CIRURGIA.

JUNTAMENTE COM EXAMES COMPLEMENTARES DE IMAGEM, FOI COMPROVADO FRATURAS EXTENSAS EM REGI�ES DE SUTURA MAXILO-ZIGOM�TICA E FRONTO-ZIGOM�TICA (FIGURA 1), FRATURA DO OSSO ZIGOM�TICO (FIGURA 2 E 3) E FRATURA COMINUTIVA DO SOALHO ORBITAL (FIGURA 4).

 

O TRATAMENTO FOI REALIZADO EM 3 ETAPAS CONSECUTIVAS. A PRIMEIRA FOI A REALIZA��O DO ACESSO CORONAL PARA FAZER A RETIRADA DE UM ENXERTO AUTÓGENO (FIGURA 5), RETIRADO DA CALOTA CRANIANA DO PACIENTE QUE FOI COLOCADO POSTERIORMENTE NO SOALHO ORBITAL. APÓS ISSO, A PARTIR DO MESMO ACESSO, FOI EXPOSTO O OSSO ZIGOM�TICO. AS SUTURAS FORAM REDUZIDAS COM PLACA DE TIT�NIO 1,5 MM COM 2 PARAFUSOS DE CADA LADO DE TRA�O DE FRATURA (FIGURA 6). NA SUTURA FRONTO-ZIGOM�TICA TAMB�M FOI ADICIONADO TELA DE TIT�NIO COM O ESCOPO DE ATINGIR UM CONTORNO ÓSSEO SATISFATÓRIO. A REDUÇÃO DO ASSOALHO ORBITAL FOI REALIZADA POR UM ACESSO SUBTARSAL E INSTALA��O DE TELA E ENXERTO AUT�GENO, GARANTIDO A SIMETRIA ENTRE OS GLOBOS OCULARES (FIGURA 7 E FIGURA 8). APÓS A REDUÇÃO E FIXA��O DO TER�O SUPERIOR E INFERIOR DA FACE, UM ACESSO SUBMANDIBULAR PARA REDUZIR A FRATURA LOCALIZADA NO CORPO DA MAND�BULA. NA ZONA DE TENS�O FOI COLOCADO PLACA DE TIT�NIO 2.0 MM COM 4 PARAFUSOS E NA ZONA DE COMPRESS�O OUTRA PLACA DE TIT�NIO COM 6 PARAFUSOS (FIGURA 9).

APÓS O PROCEDIMENTO CIR�RGICO, PACIENTE EVOLUIU SEM INTERCORR�NCIAS. NO CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO DE DOIS MESES, PACIENTE ENCONTRAVA-SE NORMOSSIST�MICO E SEM NENHUMA ALTERA��O FUNCIONAL NA REGI�O FACIAL, APRESENTANDO APENAS UMA DISCRETA PTOSE PALPEBRAL NO LADO ESQUERDO (FIGURA 10).

 

REFER�ŠNCIAS

  • SILVA, JOAQUIM JOS� DE LIMA ET AL. TRAUMA FACIAL: ANÁLISE DE 194 CASOS.  BRAS. CIR. PL�ST., FORTALEZA, V. 26, N. 1, P.37-41, JAN. 2011.
  • MONTOVANI, JAIR CORTEZ ET AL. ETIOLOGIA E INCID�NCIA DAS FRATURAS FACIAIS EM ADULTOS E CRIAN�AS: EXPERI�NCIA EM 513 CASOS.  BRAS. OTORRINOLARINGOL., SÃO PAULO, V. 72, N. 2, P.235-241, 2006.
  • MOURA, MILENA TATIANA FERREIRA LIMA DE; DALTRO, RAFAEL MOREIRA; ALMEIDA, TATIANA FREDERICO DE. TRAUMAS FACIAIS: UMA REVISÃO SISTEM�TICA DA LITERATURA. RFO: UPF, PASSO FUNDO, V. 21, N. 3, P.331-337, 2016.
  • MACEDO, JEFFERSON LESSA SOARES DE ET AL. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA DE FACE DOS PACIENTES ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO DE UM HOSPITAL P�BLICO. COL. BRAS. CIR., RIO DE JANEIRO, V. 35, N. 1, P. 9-13, FEV. 2008.

 

 

 

 

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Publicado

2019-06-10

Edição

Seção

Resumo