RESTAURAÇO COM RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZÁVEL EM DENTE POSTERIOR UTILIZANDO PINO DE FIBRA DE VIDRO- RELATO DE CASO

Resumo

RESTAURA��O COM RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZ�VEL EM DENTE POSTERIOR UTILIZANDO PINO DE FIBRA DE VIDRO- RELATO DE CASO

 

CARLA BEATRIZ ANDRADE TAVARES MARQUES

ISADORA RICARDA AZEVEDO E SILVA

WYSLLAN FLEURY DOS SANTOS FERREIRA

KESLEY ALVES FLORES

ANA L�ŠCIA MACHADO MACIEL

POLLYANA SOUSA LဝBO EL ZAYEK

 

RESUMO

 

DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE FICAM SUCET�VEIS A FRATURAS, E REQUEREM UMA CORRETA INDICA��O DO MATERIAL RESTAURADOR, QUER SEJA NA T�CNICA DIRETA, QUER SEJA NA INDIRETA. UMA ÓTIMA OP��O PARA RESTAURA��O � A ASSOCIAÇÃO DE RETENTORES INTRARRADICULARES E RESINA COMPOSTA, SEGUNDO A SITUA��O CL�NICA E DE ACORDO COM OS CRIT�RIOS PARA A INDICA��O DE AMBOS. O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR O CASO CLINICO DE UMA RESTAURA��O DE DENTE TRATADO ENDODONTICAMENTE COM RESINA COMPOSTA E PINO DE FIBRA DE VIDRO. PACIENTE P.A.C, SEXO FEMININO, 24 ANOS, PROCUROU A CL�NICA ODONTOLÓGICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS-UNIEVANG�LICA, PARA RESTAURAR O DENTE 14. A RADIOGRAFIA PERIAPICAL  MOSTROU TRATAMENTO ENDOD�NTICO SATISFATÓRIO, E O EXAME CL�NICO REMANESCENTE CORON�RIO SUFICIENTE PARA RECEBER UMA RESTAURA��O DE RESINA COMPOSTA DIRETA E PINO DE FIBRA DE VIDRO. O ISOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO OPERATÓRIO FOI COLOCADO, E SEGUIU-SE O PROTOCOLO CL�NICO PARA A CIMENTA��O DO PINO DE FIBRA DE VIDRO E PARA RESINA COMPOSTA CLASSE II. APÓS A REMO��O DO ISOLAMENTO ABSOLUTO, VERIFICOU-SE A OCLUS�O E O ACABAMENTO INICIAL FOI REALIZADO; E NA SESS�O SEGUINTE, CONCLUIU-SE COM O POLIMENTO. A UTILIZA��O DO PINO DE FIBRA DE VIDRO, SEGUIDO DA RESTAURA��O COM RESINA COMPOSTA, EM DENTE COM REMANESCENTE DENT�RIO SUFICIENTE PARA RECEBER UMA RESTAURA��O DIRETA, COMO NO CASO CL�NICO DESCRITO, APRESENTA AS VANTAGENS DE TER UM MENOR CUSTO E DIMINUIR AS SESS�ES CL�NICAS, RESTABELECENDO A EST�TICA E A FUN��O.

 

PALAVRAS-CHAVE

PINOS DENT�RIOS. RESINAS COMPOSTAS. MATERIAIS DENT�RIOS.

 

INTRODUÇÃO

DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE FICAM DESIDRATADOS, COMO CONSEQU�NCIA DA PERDA DA VASCULARIZA��O PULPAR; E PELA PERDA DA ELASTICIDADE, FICAM VULNER�VEIS A FRATURAS², PODENDO, ASSIM, COMPROMETER O SUCESSO DO PROCEDIMENTO RESTAURADOR^{4, 5}. POR ESSE MOTIVO, A RESTAURA��O DESSES DENTES TEM SIDO, AO LONGO DE D�CADAS, UM GRANDE DESAFIO AO CIRURGI�O-DENTISTA⁵.

A EVOLU��O DAS RESINAS COMPOSTAS E DOS SISTEMAS ADESIVOS TEM SIDO UMA ALTERNATIVA CL�NICA DE MELHOR CUSTO-BENEF�CIO, QUANDO COMPARADAS �S RESTAURA��ES INDIRETAS^1-4, E SE DESTACAM PELO SEU EXCELENTE POTENCIAL EM RESTABELECER A FUN��O MASTIGATÓRIA E A EST�TICA⁴.  

AS PRINCIPAIS LIMITA��ES PARA A UTILIZA��O DAS RESINAS COMPOSTAS NA T�CNICA DIRETA, EM ESPECIAL, SÃO EM RELAÇÃO � EXTENS�O DA CAVIDADE E � QUANTIDADE DE ESTRUTURA CORON�RIA REMANESCENTE, FATORES RELEVANTES PARA A INDICA��O DO MATERIAL RESTAURADOR A SER UTILIZADO^{4, 6}.

PARA SE CONSEGUIR UM AUMENTO SIGNIFICATIVO NA RESIST�NCIA FLEXURAL DOS COMPÓSITOS, CONFERINDO RESULTADO MEC�NICO ADEQUADO, � NECESS�RIO A ASSOCIAÇÃO COM RETENTORES INTRA-RADICULARES^{2, 4, 5, 6}.

PINOS INTRA-RADICULARES SÃO DISPOSITIVOS UTILIZADOS EM SITUA��ES DE GRANDES DESTRUI��ES CORON�RIAS⁵. DURANTE MUITOS ANOS O USO DE N�CLEOS MET�LICOS FOI MUITO UTILIZADO PARA A RECUPERA��O DA FUN��O DOS DENTES. CONTUDO, A EVOLU��O DOS PINOS EST�TICOS, ASSOCIADOS �S RESINAS COMPOSTAS, POSSIBILITAM AUMENTO SIGNIFICATIVO NA LONGEVIDADE DAS RESTAURA��ES DE DENTES COM TRATAMENTO ENDOD�NTICO^{2, 4, 5, 6}.

AS FIBRAS DE VIDRO POSSUEM PROPRIEDADES DESEJ�VEIS COMO: DUREZA ADEQUADA �S FOR�AS MASTIGATÓRIAS, BIOCOMPATIBILIDADE, ADES�O QU�MICA � RESINA COMPOSTA DEVIDO A PRESEN�A DO BISGMA, FACILIDADE DE MANIPULA��O E REFOR�O ESTRUTURAL. TAIS CARACTER�STICAS, ALIADAS �S PROPRIEDADES DA RESINA, QUE POSSUEM BOA RESIST�NCIA � ABRAS�O E � COMPRESS�O, BEM COMO BAIXA CONTRA��O DE POLIMERIZA��O^{2, 4}.

O COMPRIMENTO DO PINO TEM UM EFEITO SIGNIFICATIVO SOBRE A RETEN��O E RESIST�NCIA, DEVENDO SER O MAIS LONGO POSS�VEL,  E NÃO ENFRAQUECER O SELAMENTO APICAL, OU CAUSAR  PERFURA��O DA RAIZ².

O CIRURGI�O-DENTISTA PRECISA AVALIAR CUIDADOSAMENTE O REMANESCENTE DENT�RIO E CONSIDERAR TODOS OS FATORES CL�NICOS E RADIOGR�FICOS, PARA FORNECER O MELHOR TRATAMENTO RESTAURADOR PARA OS DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE, ASSEGURANDO UM BOM PROGNÓSTICO E MAIOR LONGEVIDADE CL�NICA⁶.

 

OBJETIVO

O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR O CASO CL�NICO DE UMA RESTAURA��O DE DENTE TRATADO ENDODONTICAMENTE COM RESINA COMPOSTA, ASSOCIADO AO USO DE PINO DE FIBRA DE VIDRO.

 

DESENVOLVIMENTO

PACIENTE P.A.C, SEXO FEMININO, 24 ANOS, PROCUROU A CL�NICA ODONTOLÓGICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS-UNIEVANG�LICA, PARA RESTAURAR O DENTE 14. A RADIOGRAFIA PERIAPICAL MOSTROU TRATAMENTO ENDOD�NTICO SATISFATÓRIO RECENTEMENTE REALIZADO, SEM EVIDÊNCIA DE ALTERA��O PERIAPICAL. AO EXAME CL�NICO, DETECTOU-SE QUANTIDADE DO REMANESCENTE CORON�RIO SUFICIENTE PARA RECEBER UMA RESTAURA��O DE RESINA COMPOSTA DIRETA, ASSOCIADA AO USO DE PINO DE FIBRA DE VIDRO.

O ISOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO OPERATÓRIO FOI COLOCADO, E PROCEDEU-SE A DESOBTURA��O DO CONDUTO PALATINO, COM BROCAS TIPO LARGO, DEIXANDO-SE 4MM DO TRATAMENTO ENDOD�NTICO NA REGI�O APICAL DA RAIZ, PARA NÃO COMPROMETER O SELAMENTO APICAL.

CONTINUOU-SE COM O PROTOCOLO CL�NICO PARA A CIMENTA��O DO PINO DE FIBRA DE VIDRO: SELE��O E PROVA DO PINO, DESINFEC��O, APLICA��O DO SILANO NO PINO E CIMENTA��O COM CIMENTO AUTOADESIVO RELY-X U200, E POSTERIOR POLIMERIZA��O.

APÓS O CORTE DO PINO, DEIXANDO ESPA�O NA COROA DE APROXIMADAMENTE 1,5 A 2MM PARA RECOBRIMENTO COM A RESINA COMPOSTA, SEGUIU-SE O PROTOCOLO PARA A RESTAURA��O: CONDICIONAMENTO �CIDO, APLICA��O DO PRIMER/ADESIVO E FOTOPOLIMERIZA��O, COLOCA��O DE MATRIZ MET�LICA PARCIAL E CUNHA, E INSERIDA A RESINA COMPOSTA MICROH�BRIDA FILTEK Z250 XT (3M/ESPE) A2 NA T�CNICA INCREMENTAL DE PREENCHIMENTO E FOTOPOLIMERIZA��O A CADA CAMADA INSERIDA.

APÓS A REMO��O DO ISOLAMENTO ABSOLUTO, VERIFICOU-SE A OCLUS�O E O ACABAMENTO INICIAL FOI REALIZADO; E NA SESS�O SEGUINTE, CONCLUIU-SE COM O POLIMENTO.

 

CONSIDERAအဢES FINAIS

A UTILIZA��O DO PINO DE FIBRA DE VIDRO, SEGUIDO DA RESTAURA��O COM RESINA COMPOSTA, EM DENTE COM REMANESCENTE DENT�RIO SUFICIENTE PARA RECEBER UMA RESTAURA��O DIRETA, COMO NO CASO CL�NICO DESCRITO, APRESENTA AS VANTAGENS DE TER UM MENOR CUSTO E DIMINUIR AS SESS�ES CL�NICAS, RESTABELECENDO A EST�TICA E A FUN��O.

APESAR DE ALGUMAS LIMITA��ES DAS RESINAS COMPOSTAS, A MELHORIA DE SUAS PROPRIEDADES F�SICAS E BIOLÓGICAS, ASSOCIADA AOS SISTEMAS ADESIVOS ATUAIS, PROPICIA A UTILIZA��O DESTE MATERIAL EM RESTAURA��ES DE DENTES POSTERIORES, CONSTITUINDO-SE UMA  ALTERNATIVA CL�NICA EFICAZ.

A POSSIBILIDADE DE ASSOCIAR AS FIBRAS DE VIDRO COM RESTAURA��O EM RESINA COMPOSTA PERMITE RESTABELECER A FUN��O MASTIGATÓRIA E A EST�TICA AO PACIENTE, ASSIM COMO AUMENTAR A LONGEVIDADE DO PROCEDIMENTO RESTAURADOR.

 

REFER�ŠNCIAS

1. CATELAN, A.; SOARES, G. P.; MARTINS, L. R. M.; AGUIAR, F. H. B. LONGEVIDADE CL�NICA DE RESTAURA��ES CLASSE II EM RESINA COMPOSTA: INFLUÊNCIA DE MATERIAIS E TÉCNICAS. REV ODONTOL ARA�ATUBA 2010; 31(1): 60-65.
2. FERNANDES JR., D.; BECK, H. VANTAGENS DOS PINOS DE VIDRO. REV ODONTOL UBC 2016; 6(1): 40-52.
3. FREITAS, M. F. A., SILVA, B. M. H.; FREITAS, C. A.; MONDELLI, J.; TOLEDO, F. L. DENTES POSTERIORES: CRIT�RIOS UTILIZADOS NUM CASO CL�NICO. REV FAC ODONTOL LINS 2009; 21(2): 53-38.
4. GOYATA, F. REIS ET AL. RESTAURA��O DE DENTE POSTERIOR COM RESINA COMPOSTA ASSOCIADA � FIBRA DE VIDRO: RELATO DE CASO. ARCH HEATH INVEST 2017; 6(9): 431-434.
5. MELO, A. R. S. ET AL. RECONSTRU��O DE DENTES SEVERAMENTE DESTRU�DOS COM PINO DE FIBRA DE VIDRO. ODONTOL CL�N-CIENT 2015; 14(3): 725 - 728.
6. AL ZAIN, S. A. RESTORATIVE METHODS TO REHABILITATE ENDODONTICALLY TREATED POSTERIOR TEETH BY STUDENTS AND NEW GRADUATES OF KING SAUD UNIVERSITY- A SURVEY STUDY. SAUDI ENDODONTIC J 2019; 9(1): 14-20.