RECUPERAÇO DA ESTÉTICA DO SORRISO ATRAVÉS DA CIRURGIA PLÁSTICA PERIODONTAL: RELATO DE CASO CLÀNICO
Resumo
RECUPERA��O DA EST�TICA DO SORRISO ATRAV�S DA CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL: RELATO DE CASO CL�NICO
 
J�ŠLLIA FERREIRA SANTANA; KESLEY ALVES FLORES; LAURA CRISTINA CASTRO; LUANA NUNES DE OLIVEIRA; NAT�LIA BORGES RODRIGUES DE DEUS; JOS� CL�UDIO MOT�ƑO
 
A ANÁLISE DO SORRISO � MULTIFATORIAL E ESTÁ RELACIONADA A UM DINAMISMO DOS L�BIOS E GENGIVA QUE VARIAM CONFORME A CONTRA��O DE SUA MUSCULATURA, AS ESTRUTURAS FACIAIS, SIMETRIAS E ASSIMETRIAS NÃO SE RESTRINGINDO APENAS AOS DENTES. QUANDO ESTETICAMENTE COMPROMETIDO PODE APRESENTAR POUCA OU UMA GRANDE EXPOSI��O GENGIVAL QUE POSSUI ETIOLOGIA RELACIONADA A FATORES COMO CRESCIMENTO DA GENGIVA, ERUP��O ALTERADA, DIST�RBIOS NA MUSCULATURA DO L�BIO E EXTRUS�O DENTO-ALVEOLAR. TAIS ALTERA��ES SEJAM DENTAIS OU PERIODONTAIS INTERFEREM NA HARMONIA DO SORRISO INDICANDO A NECESSIDADE DE REALIZA��O DE PROCEDIMENTOS QUE MUITAS VEZES INTEGRAM V�RIAS ESPECIALIDADES DA ODONTOLOGIA, COMO A PERIODONTIA, PARA ATINGIR UM RESULTADO SATISFATÓRIO. O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR O CASO DE UMA PACIENTE DE 27 ANOS, SEXO FEMININO, COR MORENA, NORMOSIST�MICA, SEM APRESENTAR DOEN�A PERIODONTAL ATIVA, QUE APRESENTAVA QUEIXA DE SORRISO GENGIVAL E QUE FOI SUBMETIDA A UMA CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL, POR MEIO DE GENGIVECTOMIA E REMODELA��O ÓSSEA. A OP��O POR UM CRITERIOSO PLANEJAMENTO POR MEIO DE EXAMES LOCAIS, RADIOGR�FICOS, FOTOGR�FICOS PARA OBTEN��O DE RESULTADOS DE SIMETRIA OU ASSIMETRIA NA EXECU��O DE TÉCNICAS DE CIRURGIA PERIODONTAL DEVE LEVAR EM CONTA TANTO A ANÁLISE SIST�MICA DO PACIENTE, ASSIM COMO OS FATORES LOCAIS QUE APRESENTEM RISCO, COMO EXOSTOSES, CONDIÇÃO DOS TECIDOS MOLES, POSICIONAMENTO DENT�RIO, TIPO DE SORRISO, POSTURA LABIAL, TANTO EM REPOUSO QUANTO EM SORRISO EXPANDIDO E A RELAÇÃO COM A ANATOMIA DA FACE. DIANTE DISSO, O PROCEDIMENTO CONSEGUIU ATINGIR �XITO, CORRIGINDO O SORRISO GENGIVAL E RESTABELECENDO A EST�TICA NA PACIENTE.
 
PALAVRAS CHAVE: PERIODONTIA, GENGIVECTOMIA, SORRISO, GENGIVA.
 
INTRODUÇÃO
 
A BUSCA POR EST�TICA TEM SIDO UM FATOR DE GRANDE IMPORT�NCIA NA ODONTOLOGIA ATUAL, O QUE INCLUI DESDE DENTES CLAROS E ALINHADOS AT� UMA HARMONIA PERIODONTAL SATISFATÓRIA. UM INDIV�DUO QUE APRESENTE ALGUM DESVIO DAS PROPOR��ES QUE GERALMENTE SÃO CONSIDERADAS IDEAIS EM UM SORRISO PODE TER UM PERFIL PSICOLÓGICO ALTERADO E AT� MESMO DIFICULDADE DE RELACIONAMENTOS (MESTRENER, 2002).
A PERIODONTIA CONSTITUI UM PAPEL DE GRANDE IMPORT�NCIA NESSE PROCESSO, POIS � CAPAZ DE RECUPERAR A HARMONIA ENTRE L�BIOS, DENTES E GENGIVA, FAZENDO COM QUE O SORRISO SE APRESENTE AGRAD�VEL AOS OBSERVADORES. DIANTE DISSO, ALGUNS PONTOS PODEM SER OBSERVADOS PARA SE DETERMINAR O TIPO DE SORRISO DO PACIENTE. A LINHA DOS L�BIOS PODE SER CLASSIFICADA COMO BAIXA QUANDO O PACIENTE, AO SORRIR, EXP�E 75% OU MENOS DA ALTURA DA COROA CL�NICA DOS DENTES �NTERO-SUPERIORES; COMO M�DIA QUANDO O DENTE PODE SER OBSERVADO COMO UM TODO OU PELO MENOS 75% DE SUA ALTURA C�RVICO-INCISAL; E COMO ALTA QUANDO AL�M DE SE VISUALIZAR O DENTE COMO UM TODO AINDA H� UMA EXPOSI��O MAIOR QUE 3 MM DA GENGIVA, CARACTERIZANDO O SORRISO GENGIVAL (PIRES, 2010).
ESTE SORRISO POSSUI COMO PRINCIPAIS ETIOLOGIAS O CRESCIMENTO GENGIVAL, A ERUP��O PASSIVA ALTERADA, A HIPERATIVIDADE LABIAL, O CRESCIMENTO VERTICAL EM EXCESSO, A EXTRUS�O DENTO-ALVEOLAR, L�BIO SUPERIOR CURTO OU AINDA COMBINA��ES DESSES FATORES. DENTRE ESSES, PODE-SE CITAR A ERUP��O PASSIVA ALTERADA COMO UM DOS MAIS PREVALENTES, NO QUAL GRANDE PARTE DA COROA ANAT�MICA MANT�M-SE RECOBERTA PELA GENGIVA E ESSE EXCESSO GENGIVAL IMPEDE QUE HAJA UMA MIGRA��O DESSE TECIDO PARA APICAL AO N�VEL DA JUN��O CEMENTO-ESMALTE (BRAGA, 2015).
ESSA ALTERA��O RESULTA EM DENTES ANTERIORES CURTOS E QUE POSSUEM UMA EXPOSI��O EXCESSIVA DO TECIDO GENGIVAL, SENDO A CIRURGIA PARA CORRE��O DO SORRISO GENGIVAL INDICADA. ASSIM, A MESMA BUSCA ESTABELECER UMA RELAÇÃO ADEQUADA NA POSI��O DA MARGEM GENGIVAL E AUMENTAR A COROA DOS DENTES, DEVOLVENDO HARMONIA EST�TICA ENTRE ALTURA E LARGURA DAS COROAS CL�NICAS (SOUSA, 2011).
 
 
OBJETIVO
 
RELATAR O CASO CL�NICO DE UMA PACIENTE QUE SE QUEIXAVA DE EXPOSI��O EXCESSIVA DA FAIXA GENGIVAL EM DISCREP�NCIA AO TAMANHO DOS DENTES E QUE ATRAV�S DA CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL TEVE SUA EST�TICA RESTABELECIDA.
 
 
DESENVOLVIMENTO
 
PACIENTE DE 27 ANOS, MORENA, ACAD�MICA DE ODONTOLOGIA, NORMOSIST�MICA, SEM DOEN�A PERIODONTAL ATIVA, APRESENTAVA QUEIXA DE EXPOSI��O EXCESSIVA DA GENGIVA, AL�M DE COROAS CL�NICAS CURTAS.
COMO MEIO PARA DIAGNÓSTICO REALIZOU-SE INICIALMENTE UMA RADIOGRAFIA PANOR�MICA E TAMB�M AS PERIAPICAIS DE TODOS OS DENTES, AS QUAIS POSSIBILITARAM SABER QUE A PACIENTE NÃO APRESENTAVA UM QUADRO DE DOEN�A PERIODONTAL ATIVA, O QUE VIABILIZOU A REALIZA��O DA CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL. PARA QUE SE PUDESSE ANALISAR O CASO DETALHADAMENTE TAMB�M FORAM REALIZADAS FOTOGRAFIAS EM REPOUSO E EM SORRISO EXPANDIDO, AL�M DE IMAGENS INTRABUCAIS.
POSTERIORMENTE MENSUROU-SE A DIST�NCIA DA JUN��O CEMENTO-ESMALTE AT� A MARGEM DA GENGIVA, ASSIM COMO DESSA MESMA JUN��O AT� O N�VEL ÓSSEO, E SE P�DE ESTABELECER OS RESULTADOS DE 2 MM E 1MM RESPECTIVAMENTE.  A PARTIR DISSO, CONFECCIONOU-SE UM MODELO DE GESSO SOBRE O QUAL SE P�DE ELABORAR UM MOCKUP CONTENDO AS MEDIDAS QUE FORAM OBTIDAS E SERVINDO COMO UM GUIA PARA O CONTORNO DA INCIS�O QUE SERIA REALIZADA NA GENGIVA.
APÓS O DIAGNÓSTICO E AS DEVIDAS MENSURA��ES, A CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL SE INICIOU COM A ANESTESIA DOS NERVOS INFRA-ORBIT�RIOS BILATERAIS SEGUIDA PELA INCIS�O DA GENGIVA ATRAV�S DA T�CNICA EM BISEL EXTERNO, FEITA TANTO NA FACE VESTIBULAR COMO PALATINA, ENTRE OS PRIMEIROS PR�-MOLARES SUPERIORES. O PRÓXIMO PASSO TRATOU-SE DA REMO��O DO COLARINHO GENGIVAL OBTIDO APÓS A INCIS�O.
PARA QUE SE PUDESSE ACESSAR O TECIDO ÓSSEO QUE APRESENTAVA EXCESSO, O RETALHO FOI REBATIDO E UMA OSTEOPLASTIA DO REBORDO REALIZADA, DESGASTANDO-SE 1 MM DE OSSO. COM O RETALHO REPOSICIONADO P�DE-SE SUTURAR A REGI�O ATRAV�S DA T�CNICA EM COLCHOEIRO VERTICAL. O CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO FOI ESTABELECIDO EM 15, 30 E 60 DIAS EM QUE FOI POSS�VEL NOTAR UMA MELHORA DA EST�TICA DO CONJUNTO GENGIVA, L�BIOS E DENTES, COM CARACTER�STICAS DE SAÚDE PERIODONTAL PRESENTES.
 
CONCLUS�O
 
UM CRITERIOSO PLANEJAMENTO PARA A EXECU��O DE TÉCNICAS DE CIRURGIA PERIODONTAL DEVE LEVAR EM CONTA TANTO A ANÁLISE SIST�MICA DO PACIENTE, ASSIM COMO OS FATORES LOCAIS QUE APRESENTEM RISCO, COMO EXOSTOSES, CONDIÇÃO DOS TECIDOS MOLES, POSICIONAMENTO DENT�RIO, TIPO DE SORRISO, POSTURA LABIAL, FOTOGRAFIAS PARA ANÁLISE TANTO EM REPOUSO QUANTO EM SORRISO EXPANDIDO E A RELAÇÃO COM A ANATOMIA DA FACE. DESTE MODO, O RESTABELECIMENTO DA EST�TICA ALMEJADO PELA PACIENTE P�DE OBTER �XITO, INFLUENCIANDO TANTO EM SEU ASPECTO F�SICO COMO EMOCIONAL.
 
REFER�NCIAS BIBLIOGR�FICAS
 
BRAGA, M. DOS S. ET AL. CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL PARA CORRE��O DE ERUP��O PASSIVA ALTERADA. PERIODONTIA (FORTALEZA), 2015.
 
MESTRENER, S.R.; KOMATSU, J. RECUPERA��O DA LINHA DO SORRISO UTILIZANDO PROCEDIMENTOS CIR�RGICO E RESTAURADOR. JORNAL BRASILEIRO DE DENT�STICA& EST�TICA, V.1, N.3, P.226-230, JUL./SET. 2002.
PIRES�¹, CAIO VIEIRA; DE SOUZA, CARLA GON�ALVES LEMOS GOMES; MENEZES, S�LVIO AUGUSTO FERNANDES. PROCEDIMENTOS PL�STICOS PERIODONTAIS EM PACIENTE COM SORRISO GENGIVAL�€“RELATO DE CASO. 2010.
SOUSA, SILAS JUNIOR BOAVENTURA ET AL. CIRURGIA PL�STICA PERIODONTAL PARA CORRE��O DE SORRISO GENGIVAL ASSOCIADA A RESTAURA��ES EM RESINA COMPOSTA: RELATO DE CASO CL�NICO. REVISTA ODONTOLÓGICA DO BRASIL CENTRAL, V. 19, N. 51, 2011.