DISPLASIA CEMENTÁRIA PERIAPICAL SUGERINDO UMA LESÃO DE ORIGEM ENDODÀ”NTICA. RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: RELATO DE CASO CLÀNICO

Autores

  • Victà³ria De Andrade Dallara Sato
  • Paloma Mendonà§a de Araújo Almeida
  • Rita Lara Alencar de Sousa
  • Rita Lara Alencar de Sousa
  • Giulliano Caixeta Serpa
  • Orlando Aguirre Guedes
  • Helder Fernandes de Oliveira

Resumo

DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL SUGERINDO UMA LES�ƑO DE ORIGEM ENDODဝNTICA.

RELEVယNCIA DO DIAGNလSTICO DIFERENCIAL: RELATO DE CASO CL�NICO

 

VICTÓRIA DE ANDRADE DALLARA SATO, PALOMA MENDON�A DE ARA�JO ALMEIDA, RITA LARA ALENCAR DE SOUSA, GIULLIANO CAIXETA SERPA, ORLANDO AGUIRRE GUEDES

 HELDER FERNANDES DE OLIVEIRA

 

 

 

RESUMO

 

A DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL (DCP) � UMA ALTERA��O BENIGNA, ASSINTOM�TICA, DE CAR�TER NÃO INFLAMATÓRIO QUE ACOMETE GERALMENTE OS �PICES DOS INCISIVOS INFERIORES. DEVIDO � GRANDE SEMELHAN�A COM OUTRAS PATOLOGIAS DE ORIGEM ENDOD�NTICA, TORNA-SE DE EXTREMA RELEV�NCIA O CORRETO DIAGNÓSTICO DA CONDIÇÃO CL�NICA PARA DIFERENCI�-LAS DAS LES�ES INFLAMATÓRIAS DE ENVOLVIMENTO PERIAPICAL, EVITANDO A REALIZA��O DO TRATAMENTO ENDOD�NTICO DE FORMA DESNECESS�RIA. O OBJETIVO FOI O DE APRESENTAR UM CASO CL�NICO DE DCP CUJO O PRECISO DIAGNÓSTICO EVITOU A REALIZA��O DO TRATAMENTO ENDOD�NTICO RADICAL. PACIENTE D.M.O.N, G�NERO MASCULINO, 41 ANOS COMPARECEU � CL�NICA DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA RELATANDO DOR PROVOCADA NOS DENTES ANTERO-INFERIORES. AO EXAME F�SICO INTRABUCAL VERIFICOU-SE �REAS DE EXPOSI��O RADICULAR. OS DENTES RESPONDERAM POSITIVAMENTE AO EST�MULO A FRIO. AO EXAME RADIOGR�FICO DETECTOU-SE UMA �REA RADIOL�CIDA E CIRCUNSCRITA PRÓXIMA AOS �PICES DOS INCISIVOS CENTRAIS INFERIORES. REALIZOU-SE TAMB�M A TCFC PARA O COMPLETO FECHAMENTO DO DIAGNÓSTICO DA CONDIÇÃO DE DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL. DIANTE DA SITUA��O DESCRITA A OP��O RECAIU PARA O ACOMPANHAMENTO E A NÃO INTERVEN��O. APESAR DE SER UMA LES�O SIMPLES, QUE REQUER APENAS O ACOMPANHAMENTO RADIOGR�FICO PERIÓDICO, FAZ-SE NECESS�RIO O CONHECIMENTO DE OUTRAS PATOLOGIAS QUE POSSUEM CARACTER�STICAS SEMELHANTES PARA UM CORRETO DIAGNÓSTICO, DE MODO A SER EVITAR DECIS�ES ERRADAS E TRATAMENTOS DESNECESS�RIOS.

 

PALAVRAS-CHAVE: PERIODONTITE PERIAPICAL, PERIODONTO, CEMENTO DENT�RIO, TECIDO PERIAPICAL.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

A DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL (DCP) � UM TUMOR ODONTOG�NICO BENIGNO DE ORIGEM MESENQUIMAL, DERIVADO DO LIGAMENTO PERIODONTAL (BADEN, 1987). SUA ETIOLOGIA AINDA PERMANECE DESCONHECIDA EMBORA, ALGUNS AUTORES, ACREDITAM QUE REPRESENTE UMA REA��O INCOMUM DO OSSO PERIAPICAL A UM FATOR IRRITANTE LOCAL (NEVILLE, 2004); ENQUANTO OUTROS SUGEREM QUE O TRAUMATISMO, DIST�RBIOS HORMONAIS, FATORES SIST�MICOS E GENÉTICOS POSSAM ESTAR ENVOLVIDOS NO SEU DESENVOLVIMENTO (SMEELE, 1991).

NÃO H� MANIFESTA��ES CL�NICAS SENDO, PORTANTO, ASSINTOM�TICAS, EXCETO QUANDO LOCALIZADAS PRÓXIMO AO FORAME MENTONIANO, DEVIDO � COMPRESS�O DO NERVO QUE PODE LEVAR A DOR E PARESTESIA. POR ESTAS RAZ�ES, ESTA LES�O NORMALMENTE � DESCOBERTA EM EXAMES RADIOGR�FICOS DE ROTINA. EXISTE UMA MARCADA PREDILE��O POR MULHERES (14:1) E APROXIMADAMENTE 70% DOS CASOS AFETAM NEGROS. O DIAGNÓSTICO NUNCA � FEITO ANTES DOS 20 ANOS DE IDADE. NOS EXAMES IMAGEOLÓGICOS SÃO OBSERVADAS MAIS FREQUENTEMENTE EM �REAS CORRESPONDENTES �S RA�ZES DOS INCISIVOS INFERIORES. FOCOS M�LTIPLOS SÃO MAIS HABITUAIS, MAS QUANDO ÚNICO, NÃO EXCEDE 1 CM DE DI�METRO. PODESE PERCEBER AINDA QUE A LES�O ESTÁ CONT�GUA AO LIGAMENTO PERIODONTAL E A L�MINA DURA PERMANECE INTACTA (SMITH, 1998).

ESTA PATOLOGIA POSSUI UMA EVOLU��O NATURAL, PASSANDO POR TR�S FASES DE DESENVOLVIMENTO: OSTEOL�TICA; CEMENTOBL�STICA E DE MATURA��O. A 1ª FASE CARACTERIZA-SE PELA SUBSTITUI��O DO TECIDO ÓSSEO POR TECIDO FIBROSO O QUE DETERMINADA UMA RADIOLUCIDEZ PERIAPICAL. NA 2ª FASE OCORRE DEPOSI��O DE ESP�CULAS DE CEMENTO, DEVIDO AO AUMENTO DA ATIVIDADE CEMENTOBL�STICA, OCASIONANDO �REAS DE CONDENSA��O FOCAL OPACA COM �REAS DE RAREFA��ES. NA FASE FINAL, DE MATURA��O, H� UMA COMPLETA CALCIFICA��O DA REGI�O FORNECENDO UMA IMAGEM RADIOPACA, MUITAS VEZES CIRCUNDADA POR UM ESTREITO HALO RADIOL�CIDO

SABENDO-SE DAS CARACTER�STICAS DA DCP, NOTA-SE A SUA GRANDE SEMELHAN�A COM OUTRAS PATOLOGIAS COMO AS DE ORIGEM ENDOD�NTICA (CISTOS E GRANULOMA) E, SOB ESSE ASPECTO, TONA-SE ESSENCIAL O CORRETO DIAGNÓSTICO E A REALIZA��O DO TESTE DE VITALIDADE PULPAR J� QUE EM CASOS DE DCP A POLPA ENCONTRA-SE SENS�VEL AO TESTE, NÃO JUSTIFICANDO UMA INTERVEN��O ENDOD�NTICA DESNECESS�RIA.

 

OBJETIVOS

           

  • APRESENTAR POR MEIO DE UM CASO CL�NICO DE DCP CUJO O PRECISO DIAGNÓSTICO EVITOU A REALIZA��O DO TRATAMENTO ENDOD�NTICO RADICAL.
  • DETERMINAR O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL POR MEIO DE EXAMES COMPLEMENTARES COMO RADIOGRAFIA PERIAPICAL, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO E O TESTE DE VITALIDADE PULPAR;
  • DEFINIR A RELEV�NCIA NO CONHECIMENTO DE OUTRAS PATOLOGIAS QUE POSSUEM CARACTER�STICAS SEMELHANTES � DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL (DCP).

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

O PACIENTE, UM HOMEM DE 41 ANOS COMPARECEU � CL�NICA DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA RELATANDO DOR PROVOCADA NOS DENTES ANTERO-INFERIORES. AO EXAME F�SICO INTRABUCAL VERIFICOU-SE �REAS DE EXPOSI��O RADICULAR. AO EXAME RADIOGR�FICO DETECTOU-SE UMA �REA RADIOL�CIDA E CIRCUNSCRITA PRÓXIMA AO �PICE DO ELEMENTO 42, COM O ESPA�O DO LIGAMENTO PERIODONTAL E A L�MINA DURA PRESERVADOS. O RESTANTE DOS DENTES SE ENCONTRAVAM H�GIDOS, SEM AUMENTO DE VOLUME NA REGI�O, SEM DESAJUSTES OCLUSAIS SIGNIFICATIVOS, RESPONDERAM POSITIVAMENTE AO EST�MULO A FRIO DO TESTE VITALIDADE PULPAR E SEM NENHUM OUTRO SINAL OU SINTOMA CL�NICO QUE JUSTIFICASSE A IMAGEM RADIOGR�FICA OBTIDA. REALIZOU-SE TAMB�M A TCFC PARA O COMPLETO FECHAMENTO DO DIAGNÓSTICO DA CONDIÇÃO DE DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL NA 1ª FASE (OSTEOL�TICA). DIANTE DA SITUA��O DESCRITA A OP��O RECAIU PARA O ACOMPANHAMENTO E A NÃO INTERVEN��O.

 

 

CONSIDERAအဢES FINAIS

 

O CORRETO DIAGNÓSTICO DA DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL � RESPONSABILIDADE DO CIRURGI�O-DENTISTA. APESAR DE SER UMA LES�O SIMPLES, QUE NECESSITA APENAS DE ACOMPANHAMENTO RADIOGR�FICO, FAZ-SE NECESS�RIO O CONHECIMENTO DE OUTRAS PATOLOGIAS QUE POSSUEM CARACTER�STICAS SEMELHANTES PARA UM CORRETO DIAGNÓSTICO. DESTAS, AS PERIAPICOPATIAS SÃO AS MAIS COMUNS E MAIS PASS�VEIS DE ERROS. POR ISTO, O TESTE DE VITALIDADE PULPAR DEVE SER REALIZADO ASSIM COMO UM BOM EXAME CL�NICO E RADIOGR�FICO. ESTA CUIDADOSA AVALIA��O EVITA DECIS�ES ERR�NEAS E GARANTE O SUCESSO DO TRATAMENTO.

 

 

 

REFER�ŠNCIAS BIBLIOGR�FICAS:

 

BADEN, E.; SAROFF, S. A. PERIAPICAL CEMENTAL DYSPLASIA AND PERIODONTAL DISEASE. A CASE REPORT WITH REVIEW OF THE LITERATURE. JOURNAL OF PERIODONTOLY. V. 58, N. 3, P.: 187-191, 1987.

NEVILLE, B. W.; DAMM D. D.; ALLEN, C. M. PATOLOGIA ORAL E MAXILOFACIAL. RIO DE JANEIRO: GUANABARA, KOOGAN; 2004.

SMITH, S.; PATEL, K.; HOSKINSON, A. E. PERIAPICAL CEMENTAL DYSPLASIA: A CASE OF MISDIAGNOSIS. BRAZILIAN DENTAL JOURNAL. V.185, N. 3, P.:122-123, 1998.

 

BITTENCOURT, SANDRO ET AL. DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL-RELATO DE CASO. REVISTA DO INSTITUTO DE CI�NCIAS DA SAÚDE. V. 25 N.3, P.:319-321, 2007.

BITTENCOURT, SANDRO; RIBEIRO, �RICA DEL PELOSO, PEREIRA, RAFAEL MARQUES. DISPLASIA CEMENT�RIA PERIAPICAL-ESTUDO DE PREVAL�NCIA. V.3, N.5, MAIO-AGOSTO, 2008.

 

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Publicado

2019-06-09

Edição

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Resumo