DIAGNÓSTICO DE DENTE RETIDO ASSOCIADO A LESÃO CÀSTICA ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÀ”NICO: RELATO DE CASO  

Autores

  • Vità³ria Verà­ssimo Vieira
  • Beatriz Lima Pontes de Assis
  • Dà©borah Pina Fleury Carrizo
  • Juliano Martins Bueno
  • CAROLINA CINTRA GOMES
  • Mayara Barbosa Viandelli Mundim-Picoli

Resumo

DIAGNလSTICO DE DENTE RETIDO ASSOCIADO A LES�ƑO C�STICA ATRAV�S DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CဝNICO: RELATO DE CASO

 

VITÓRIA VER�SSIMO VIEIRA1

BEATRIZ LIMA PONTES DE ASSIS1

D�BORAH PINA FLEURY CARRIZO1

JULIANO MARTINS BUENO2

CAROLINA CINTRA GOMES2,3

MAYARA BARBOSA VIANDELLI MUNDIM-PICOLI2,3

 

1- DISCENTE DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA

2- DEPARTAMENTO CIENT�FICO DO CENTRO INTEGRADO DE RADIODONTOLOGIA - C.I.R.O.

3- DOCENTE DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA

 

 

RESUMO SIMPLES

DENTES RETIDOS SÃO AQUELES QUE, UMA VEZ CHEGADA A �POCA NORMAL EM QUE DEVERIAM ERUPCIONAR, FICAM ENCERRADOS PARCIAL OU TOTALMENTE NO INTERIOR DO OSSO, COM MANUTEN��O OU NÃO DA INTEGRIDADE DO FOL�CULO PERICORON�RIO. A ETIOPATOGENIA DA RETEN��O DENT�RIA �, FREQUENTEMENTE, DE ORDEM MEC�NICA, POSICIONAMENTO AT�PICO DO GERME DENT�RIO, ANQUILOSES OU FORMA��ES C�STICAS. O OBJETIVO DESTE ESTUDO � RELATAR UM CASO CL�NICO DE DENTE RETIDO EM PACIENTE DO G�NERO FEMININO, 18 ANOS, QUE COMPARECEU A CL�NICA RADIOLÓGICA PARA REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC) COM O INTUITO DE AVALIAR O DENTE 35, VISTO QUE O MESMO NÃO HAVIA ERUPCIONADO, SUSPEITANDO-SE CLINICAMENTE DE AGENESIA. O EXAME POR IMAGEM REVELOU A PERMAN�NCIA PROLONGADA DO DENTE 75, E DENTE 35 RETIDO, EM POSI��O DISCRETAMENTE MESIO-ANGULAR, COM O �PICE RADICULAR EM CONTATO COM A BASE DA MAND�BULA. OBSERVOU-SE IMAGEM HIPODENSA COM LIMITES BEM DEFINIDOS ENVOLVENDO A COROA DO DENTE 35 E PROVOCANDO A EXPANS�O DA CORTICAL ÓSSEA VESTIBULAR SUGESTIVA DE CISTO DENT�GERO.  OPTOU-SE ELA REMO��O DO DENTE EM QUESTÃO ASSOCIADA A CURETAGEM DA LOJA CIR�RGICA. O ACOMPANHAMENTO DO CASO PERMITIU VISUALIZA��O DE NEOFORMA��O ÓSSEA INICIAL NO LOCAL DA LES�O. PACIENTE PERMANECE EM PROSERVA��O. NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DO DENTE RETIDO E DETERMINA��O DA CONDUTA TERAP�UTICA MAIS APLIC�VEL AO CASO.  

PALAVRAS-CHAVES: ANORMALIDADES DA BOCA, ANORMALIDADES DENT�RIAS, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO

INTRODUÇÃO

A CAVIDADE BUCAL APRESENTA UMA GRANDE DIVERSIDADE ANAT�MICA E HISTOLÓGICA QUE SE MANT�M PELAS DIFERENTES FASES DA VIDA. ESSA ANATOMIA SE ENCONTRA SUJEITA A VARIA��ES DEVIDO A FATORES DA NATUREZA F�SICA, QU�MICA E BIOLÓGICA COMO A GEN�TICA E A IDADE QUE ATUAM SOBRE ELA. ESTES FATORES PRECISAM SER CONSIDERADOS PARA A REALIZA��O DE DIAGNÓSTICOS E TERAP�UTICAS DE CADA POPULA��O (REGEZZI, 2008).

PROCESSOS PATOLÓGICOS DIVERSOS COMO DOEN�AS INFECCIOSAS, INFLAMATÓRIAS, IMUNOLÓGICAS, AL�RGICAS, SIST�MICAS E TRAUM�TICAS, ACOMETEM FREQUENTEMENTE A CAVIDADE BUCAL. O CONHECIMENTO DETALHADO DA ANATOMIA DA MUCOSA BUCAL E AS EVENTUAIS VARIA��ES DA NORMALIDADE SÃO IMPORTANTES PARA O DIAGNÓSTICO, A PREVEN��O E O CONTROLE DE CURA DESSES ESTADOS NOSOLÓGICOS (SILVEIRA ET AL., 2009)

A ERUP��O � O PROCESSO CONT�NUO DE MOVIMENTA��O DE UM DENTE DO SEU LOCAL DE DESENVOLVIMENTO PARA SUA POSI��O FUNCIONAL, UMA VEZ CHEGADA A �POCA NORMAL EM QUE DEVERIAM IRROMPER, FICAM ENCERRADOS NO INTERIOR DO OSSO, COM MANUTEN��O OU NÃO DO FOL�CULO PERICORON�RIO. A ETIOLOGIA DA RETEN��O DENT�RIA �, FREQUENTEMENTE, DE ORDEM MEC�NICA, POSICIONAMENTO AT�PICO DO GERME DENT�RIO, ANQUILOSES, FORMA��ES C�STICAS E NEOPL�SICAS, TRAUMA DENTO-ALVEOLAR, DILACERA��O RADICULAR, DOEN�AS SIST�MICAS E S�NDROMES (GROSSMANN, 2007).

O CISTO DENT�GERO ENVOLVE A COROA DE UM DENTE IMPACTADO E SE CONECTA AO DENTE PELA JUN��O AMELOCEMENT�RIA, � DEFINIDO COMO UMA PATOLOGIA BENIGNA QUE SE ORIGINA PELA SEPARA��O DO FOL�CULO QUE FICA AO REDOR DA COROA DE UM DENTE INCLUSO. ESSE � O TIPO MAIS COMUM DE CISTO ODONTOG�NICO DO DESENVOLVIMENTO, SENDO RESPONS�VEL POR CERCA DE 20% DE TODOS OS CISTOS REVESTIDOS POR EPIT�LIO NOS OSSOS GN�TICOS. � UM CISTO ODONTOG�NICO ASSOCIADO A UM DENTE DE ERUP��O TARDIA, RETIDO, IMPACTADO OU NÃO IRROMPIDO. EM ORDEM: TERCEIROS MOLARES INFERIORES, CANINOS SUPERIORES E TERCEIROS MOLARES SUPERIORES SÃO OS DENTES MAIS ACOMETIDOS. TRATA-SE DE UMA LES�O C�STICA COMUM, SOLIT�RIA E ASSINTOM�TICA, GERALMENTE DESCOBERTA EM EXAME RADIOGR�FICO DE ROTINA, QUE SE MOSTRA MAIS PREVALENTE NAS PRIMEIRAS D�CADAS DE VIDA, COM MAIOR ENVOLVIMENTO DA MAND�BULA E PREDILE��O DE PACIENTES DO SEXO MASCULINO (NEVILLE ET AL., 2004).

OBJETIVO

O OBJETIVO DESTE ESTUDO � RELATAR UM CASO EM QUE A REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC) FOI IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO E ESCOLHA DA MELHOR CONDUTA TERAP�UTICA EM DENTE RETIDO.

DESENVOLVIMENTO

UM PACIENTE DO G�NERO FEMININO, 18 ANOS, COMPARECEU A CL�NICA RADIOLÓGICA PARA REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO COM O INTUITO DE AVALIAR O DENTE 35, VISTO QUE O MESMO NÃO HAVIA ERUPCIONADO, SUSPEITANDO-SE CLINICAMENTE DE AGENESIA. O EXAME POR IMAGEM REVELOU A PERMAN�NCIA PROLONGADA DO DENTE 75, E DENTE 35 RETIDO, EM POSI��O DISCRETAMENTE M�SIO-ANGULADA, COM O �PICE RADICULAR EM CONTATO COM A BASE DA MAND�BULA. OBSERVOU-SE IMAGEM HIPODENSA COM LIMITES BEM DEFINIDOS ENVOLVENDO A COROA DO DENTE 35 E PROVOCANDO A EXPANS�O DA CORTICAL ÓSSEA VESTIBULAR SUGESTIVA DE CISTO DENT�GERO. OPTOU-SE ELA REMO��O DO DENTE 35 EM QUESTÃO ASSOCIADA A CURETAGEM DA LOJA CIR�RGICA E A PERMAN�NCIA DO DENTE 75.

CONSIDERAအဢES FINAIS

NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU UMA FERRAMENTA IMPORTANTE E PRECISO PARA O DIAGNÓSTICO, PLANEJAMENTO CIR�RGICO, CONTROLE PÓS-OPERATÓRIO E DETERMINA��O DA CONDUTA TERAP�UTICA MAIS APLIC�VEL AO CASO, DE DENTES RETIDOS.

 

REFER�ŠNCIAS

GROSSMANN SM, MACHADO VC, XAVIER GM, MOURA MD, GOMEZ RS, AGUIAR MC, MESQUITA RA. DEMOGRAPHIC PROFILE OF ODONTOGENIC AND SELECTED NONODONTOGENIC CYSTS IN A BRAZILIAN POPULATION. ORAL SURG ORAL MED ORAL PATHOL ORAL RADIOL ENDOD. 2007;104(6):35-41.

NEVILLE BW, DAMM DD, ALLEN CM, BOUQUOT JE. PATOLOGIA ORAL E MAXILOFACIAL. 2ª ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN; 2004.

REGEZZI JA, SCIUBBA JJ, JORDAN RCK. CYSTS OF THE JAW AND NECK. IN: REGEZZI JA, SCIUBBA JJ, JORDAN RCK. ORAL PATHOLOGY: CLINICAL PATHOLOGIC CORRELATIONS. ST. LOUIS: SAUNDERS ELSEVIER; 2008. P. 237-59.

SILVEIRA VAS, PEREIRA AC, AMADEI SU, CARMO ED, CARVALHO YR. INFLAMMATORY DENTIGEROUS CYSTS INVOLVING PERMANENT TEETH: ETIOPATHOLOGIC CONSIDERATIONS. REV ODONTOL. UNESP 2009;38(3):143-7.

 

 

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Publicado

2019-06-09

Edição

Seção

Resumo