DIAGNÓSTICO DE DENS IN DENTE AUXILIADO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÀ”NICO: RELATO DE CASO

Autores

  • MATHEUS SOARES FERREIRA
  • JULIANO MARTINS BUENO
  • MARILIA OLIVEIRA MORAIS
  • FERNANDO FORTES PICOLI
  • CAROLINA CINTRA GOMES
  • MAYARA BARBOSA VIANDELLI MUNDIM-PICOLI

Resumo

DIAGNလSTICO DE DENS IN DENTE AUXILIADO POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CဝNICO: RELATO DE CASO

 

MATHEUS SOARES FERREIRA�¹

JULIANO MARTINS BUENO2

MARILIA OLIVEIRA MORAIS2

FERNANDO FORTES PICOLI�²

CAROLINA CINTRA GOMES2,3

MAYARA BARBOSA VIANDELLI MUNDIM-PICOLI2,3

 

 

1- DISCENTE DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA

2- DEPARTAMENTO CIENT�FICO DO CENTRO INTEGRADO DE RADIODONTOLOGIA - C.I.R.O.

3- DOCENTE DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA

 

 

RESUMO SIMPLES

DENS IN DENTE � UMA ANOMALIA DE DESENVOLVIMENTO CARACTERIZADA PELA PRESEN�A DE TECIDOS CALCIFICADOS, COMO ESMALTE E DENTINA, NO ESPA�O DA CAVIDADE PULPAR. O DENS IN DENTE PODE ACOMETER QUALQUER DENTE, MAS OCORRE COM MAIOR FREQU�NCIA NOS INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES PERMANENTES. O DENS IN DENTE PODE SER CLASSIFICADO EM TR�S GRUPOS: TIPO I, A INVAGINA��O DO ESMALTE ESTÁ CIRCUNSCRITA � �REA DA COROA DENTAL; TIPO II, A INVAGINA��O DO ESMALTE ULTRAPASSA A JUN��O AMELOCEMENT�RIA, ESTENDENDO-SE AT� A RAIZ E TERMINANDO EM UM �€ŒSACO CEGO�€ E TIPO III, COM INVAGINA��O DO ESMALTE ATINGINDO A REGI�O APICAL DO DENTE, DE MODO A FORMAR MAIS DE UM FORAME APICAL. O OBJETIVO DESTE ESTUDO � RELATAR UM CASO CL�NICO DE DENS IN DENTE EM PACIENTE DO G�NERO FEMININO, 20 ANOS, QUE COMPARECEU A CL�NICA RADIOLÓGICA PARA REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC) COM O INTUITO DE AVALIAR O DENTE 12. O EXAME REVELOU A PRESEN�A DE DENS INVAGINATUS DO TIPO III, COM APROFUNDAMENTO DO EPIT�LIO DO ÓRG�O DO ESMALTE NA PAPILA DENT�RIA ATINGINDO A REGI�O APICAL DA RAIZ, COM TR�S CONDUTOS RADICULARES (MESIAL, DISTOVESTIBULAR E DISTOPALATINO), COM AMPLO TER�O APICAL E EXTENSA RAREFA��O ÓSSEA.  POR SE TRATAR DE UM DENTE H�GIDO, A CONDUTA PRECONIZADA FOI A APLICA��O DE SELANTE DE FÓSSULAS E FISSURAS PARA PROTE��O F�SICA DA INVAGINA��O DO TECIDO DENT�RIO. NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU COMO UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DO DENS IN DENTE. 

 

PALAVRAS-CHAVES: ANORMALIDADES DA BOCA, ANORMALIDADES DENT�RIAS, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO

 

INTRODUÇÃO

DENS IN DENT � UMA ANOMALIA DENT�RIA QUE SUA ETIOLOGIA TEM SIDO ASSOCIADA COM O AUMENTO LOCALIZADO DA PRESS�O EXTERNA, RETARDO DO CRESCIMENTO FOCAL, ESTIMULA��O DO CRESCIMENTO FOCAL EM CERTAS �REAS DO GERME DENT�RIO, PROLIFERA��O R�PIDA E ANORMAL DAS C�LULAS DO ÓRG�O DO ESMALTE DENTRO DA PAPILA DENTAL, INADEQUADA NUTRI��O DO EPIT�LIO ODONTOG�NICO, DESENVOLVIMENTO ÓSSEO INSUFICIENTE, E CONSEQ�ENTE CONSTRI��O DA ARCADA, INTERRUP��O DO DESENVOLVIMENTO DA FOSSA LINGUAL E FATORES GENÉTICOS. PORÉM MAIS DE UM FATOR PODE SER RESPONS�VEL PELO DESENVOLVIMENTO DO DENS INVAGINATUS (SOUSA; BRAMANTE, 1998). OS DENTES MAIS FREQ�ENTEMENTE AFETADOS SÃO OS INCISIVOS SUPERIORES PERMANENTES, MAIS COMUMENTE OS INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES, SEGUIDOS PELOS INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES, CANINOS, PR�-MOLARES, MOLARES, AL�M DE INCISIVOS E PR�-MOLARES INFERIORES. A ALTERA��O NOS DENTES POSTERIORES � RARA, E, QUANDO OCORRE, � MAIS FREQ�ENTE NA �REA CERVICAL E NA RAIZ (FRISTAD; MOLVN, 1998).

A SEVERIDADE OU A COMPLEXIDADE DA INVAGINA��O PERMITIU A CLASSIFICA��O DO DENS INVAGINATUS POR OEHLERS (1957) EM TR�S TIPOS:  TIPO I - A INVAGINA��O DO ESMALTE ESTÁ LIMITADA APENAS � COROA DO DENTE. TIPO II - A INVAGINA��O ESTENDE-SE APICALMENTE AL�M DA JUN��O AMELOCEMENT�RIA, PODENDO ESTAR OU NÃO EM COMUNICA��O COM A POLPA, MAS FICA CONFINADA DENTRO DA RAIZ, COMO UM SACO CEGO. TIPO III - A INVAGINA��O PROLONGA-SE AL�M DA JUN��O AMELOCEMENT�RIA, PENETRANDO NA RAIZ INTEIRA, NORMALMENTE SEM COMUNICA��O COM A POLPA, E REVELANDO UM SEGUNDO FORAME LATERAL OU APICALMENTE NA SUPERF�CIE DA RAIZ (SOUZA; BRAMANTE, 1998).

UM TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PRÓSPERO DEVE SER BASEADO NUM PLANEJAMENTO COMPLETO, E ISSO INCLUI A UTILIZA��O DE IMAGENS PARA AJUDAR NO DIAGNÓSTICO. A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC) PROPORCIONA INFORMA��ES TRIDIMENSIONAIS IMPORTANTES E SEU USO ESTÁ EM ASCENS�O. RECENTEMENTE, UMA NOVA GERA��O DE TC, A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC), TORNOU-SE DISPON�VEL. ESSA TECNOLOGIA FOI DESENVOLVIDA ESPECIFICAMENTE PARA A REGI�O DE CABE�A E PESCO�O, E FORNECE IMAGENS VOLUM�TRICAS TRIDIMENSIONAIS SIMILARES �S IMAGENS TOMOGR�FICAS MÉDICAS, COM BAIXO CUSTO E REDUÇÃO DA EXPOSI��O DO PACIENTE � RADIA��O, DEVIDO AO SEU CAMPO DE VIS�O (FOV) LIMITADO NA DIMENS�O AXIAL (MAH ET AL, 2003; GUERRERO ET AL, 2006).

OBJETIVO

O OBJETIVO DESTE ESTUDO FOI RELATAR UM CASO CL�NICO DE DENS IN DENTE EM PACIENTE DO G�NERO FEMININO, 20 ANOS, QUE COMPARECEU A CL�NICA RADIOLÓGICA PARA REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC) COM O INTUITO DE AVALIAR O DENTE 12.

DESENVOLVIMENTO

SEGUNDO OEHLERS, 1957, O DENS INVAGINATUS OU DENS IN DENTE � UM DIST�RBIO DE DESENVOLVIMENTO EM QUE O ÓRG�O DO ESMALTE � DESORGANIZADO E OCORRE A INVA - GINA��O DA COROA ANTES DA FASE DE CALCIFICA��O. RADIOGRAFICAMENTE, APARENTA UM DENTE DENTRO DE UM DENTE, O QUE EXPLICA O TERMO UTILI - ZADO.O TIPO I CARACTERIZA-SE POR UMA PEQUENA INVAGINA��O LIMITADA � COROA, SEM ESTENDER-SE AL�M DA JUN��O AMELO-CEMENT�RIA; NO TIPO II, A LINHA DE INVAGINA��O DO ESMALTE INVADE A RAIZ SEM ATINGIR O LIGA - MENTO PERIODONTAL, MAS PODE COMUNICAR COM A POLPA DO DENTE; E NO TIPO III, H� UMA GRAVE INVAGINA��O QUE SE ESTENDE � RAIZ E TERMINA NA REGI�O APICAL, SEM COMUNICA��O DIRETA COM A POLPA DO DENTE.

O DIAGNÓSTICO DE DENS INVAGINATUS PODE SER CL�NICO E RADIOGR�FICO. O ASPECTO CL�NICO DA MORFOLOGIA DA COROA AFETADA PODE VARIAR DE NORMAL A UMA FORMA INCOMUM, A DEPENDER DO TAMANHO DA INVAGINA��O (SOUZA; BRAMANTE, 1998; ZEGARELLI; KUTSCHER; HYMAN, 1982). A MAIS FREQ�ENTE ALTERA��O DA COROA TEM SIDO A ACENTUA��O DO C�NGULO (FREITAS; ROSA; SOUZA, 1994), COM A INVAGINA��O PRODUZINDO UMA DEPRESS�O MAIS OU MENOS PROFUNDA NA REGI�O PALATINA DO DENTE (TOMMASI, 1998; SHAFER; HINE; LEVY, 1987), PODENDO AT� PASSAR DESAPARECIDA CLINICAMENTE NAS FORMAS LEVES (SHAFER; HINE; LEVY, 1987). PODE OCORRER O AUMENTO DA DIMENS�O DA COROA NO SENTIDO VEST�BULO-LINGUAL OU MESIO-DISTAL (SOUZA; BRAMANTE, 1998), OU, AO CONTR�RIO, UM DECR�SCIMO DESSAS DIMENS�ES (FREITAS; ROSA; SOUZA, 1994). PODE-SE, EM ALGUNS CASOS, NOTAR UMA HIPOPLASIA NA POR��O LINGUAL DA COROA, COM A DEPRESS�O PROFUNDA (SOUZA; BRAMANTE, 1998). ALTERA��ES DAS RA�ZES PODEM AFETAR APENAS PARTE DELAS OU, �S VEZES, ESTENDEREM-SE AT� O �PICE, O QUE PODE LEVAR A UM ENCURTAMENTO RADICULAR (FREITAS; ROSA; SOUZA, 1994).

PACIENTE DO G�NERO FEMININO, 20 ANOS, QUE COMPARECEU A CL�NICA RADIOLÓGICA PARA REALIZA��O DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE C�NICO (TCFC) COM O INTUITO DE AVALIAR O DENTE 12. O EXAME REVELOU A PRESEN�A DE DENS INVAGINATUS DO TIPO III, COM APROFUNDAMENTO DO EPIT�LIO DO ÓRG�O DO ESMALTE NA PAPILA DENT�RIA ATINGINDO A REGI�O APICAL DA RAIZ, COM TR�S CONDUTOS RADICULARES (MESIAL, DISTOVESTIBULAR E DISTOPALATINO), COM AMPLO TER�O APICAL E EXTENSA RAREFA��O ÓSSEA.  POR SE TRATAR DE UM DENTE H�GIDO, A CONDUTA PRECONIZADA FOI A APLICA��O DE SELANTE DE FÓSSULAS E FISSURAS PARA PROTE��O F�SICA DA INVAGINA��O DO TECIDO DENT�RIO.

CONSIDERAအဢES FINAIS

NO PRESENTE CASO, A TCFC SE MOSTROU COMO UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA DIAGNÓSTICO DO DENS IN DENTE. 

REFER�ŠNCIAS

FREITAS, A.; ROSA, J.E.; SOUSA, I.F. RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA. 3.ED. SÃO PAULO: ARTES MÉDICAS, 1994.

FRISTAD, I.; MOLVN, O. ROOT RESORPTION AND APICAL BREAKDOWN DURING ORTHODONTIC TREATMENT OF A MAXILLARY LATERAL INCISOR WITH DENS INVAGINATUS. ENDOD. DENT. TRAUMATOL., COPENHAGEN, V.14, P.241�€“244, 1998.

GUERRERO, M.E.; ET AL. STATE-OF-THE-ART ON CONE BEAM CT IMAGING FOR PREOPERATIVE PLANNING OF IMPLANT PLACEMENT. CLIN ORAL INVESTIG, V.10, N.1, P.1-7, MAR. 2006.

MAH, J.K.; ET AL. RADIATION ABSORBED IN MAXILLOFACIAL IMAGING WITH A NEW DENTAL COMPUTED TOMOGRAPHY DEVICE. ORAL SURG ORAL MED ORAL PATHOL ORAL RADIOL ENDOD, V.4, N.96, P.508-513, 2003.

OEHLERS, F.A. DENS INVAGINATUS (DILATED COMPOSITE ODONTOME). I. VARIATIONS OF THE INVAGINATION PROCESS AND ASSOCIATED ANTERIOR CROWN FORMS. ORAL SURG. ORAL MED. ORAL PATHOL., ST. LOUIS, V.10, N.11, P.1204-1218, NOV. 1957

SOUSA, S.M.G.; BRAMANTE, C.M. DENS INVAGINATUS: TREATMENT CHOICES. ENDOD. DENT. TRAUMATOL., COPENHAGEN, V.14, P.152-158, AUG. 1998.

SHAFER,W.G.; HINE, M.K.; LEVY, B.M. TRATADO DE PATOLOGIA BUCAL. 4.ED. RIO DE JANEIRO:GUANABARA KOOGAN, 1987.

TOMMASI, A.F. DIAGNÓSTICO EM PATOLOGIA BUCAL. 2.ED. SÃO PAULO: PANCAST, 1998.

ZEGARELLI, E.V.; KUTSCHER, A.H.; HYMAN, G.A. DIAGNÓSTICO DAS DOEN�AS DA BOCA DOS MAXILARES. 2.ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 1982.

 

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Publicado

2019-06-09

Edição

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Resumo