CUIDADOS DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES GRÁVIDAS

Autores

  • DANIELLE BATISTA DE SOUZA
  • GABRIEL CARNEIRO DE OLIVEIRA
  • GABRIELLY CAETANO DE SOUZA
  •  FRANCIELLE NUNES DE AZEVEDO ROMANOWSKI

Resumo

CUIDADOS DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLလGICO EM PACIENTES GR�VIDAS

 

DANIELLE BATISTA DE SOUZA

GABRIEL CARNEIRO DE OLIVEIRA

GABRIELLY CAETANO DE SOUZA

 FRANCIELLE NUNES DE AZEVEDO ROMANOWSKI

  

RESUMO

O PER�ODO GESTACIONAL � UMA DAS �POCAS EM QUE A MULHER ESTÁ MAIS SUSCEPT�VEL A MUDAN�AS F�SICAS, PSICOLÓGICAS E EMOCIONAIS, PASSANDO A SE SENTIR RESPONS�VEL PELA VIDA E DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO SER. EM VISTA DISSO, MUITAS M�ES CARREGAM EM SUAS MENTES, CREN�AS E MITOS POPULARES IMPEDINDO-AS DE PROCURAREM O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO, POR CONTA DO MEDO E RECEIO DE QUE OS PROCEDIMENTOS POSSAM CAUSAR MALFORMA��ES, ANOMALIAS OU AT� MESMO O ABORTO DO FETO. O CIRURGI�O-DENTISTA QUE CARREGA O IMPORTANTE PAPEL DE PROMOVER A SAÚDE BUCAL, DENTRO DOS PRINC�PIOS DA PROMO��O, PROTE��O E RECUPERA��O DA SAÚDE DO INDIV�DUO, DEVE ESTAR MUNIDO DE CONHECIMENTO PARA DESMISTIFICAR TAIS MITOS E INFORMAR A PACIENTE SOBRE OS BENEF�CIOS DO TRATAMENTO PARA M�E/BEB�, AL�M DE COMPREENDER AS ALTERA��ES INERENTES A ESTE PER�ODO. NESTE CONTEXTO, O PRESENTE ESTUDO TEM COMO OBJETIVO APRESENTAR AS RECOMENDA��ES MAIS INDICADAS DURANTE A CONSULTA ODONTOLÓGICA PARA GESTANTES, ATRAV�S DE UMA REVISÃO DE LITERATURA, EM VISTA QUE MUITOS ODONTÓLOGOS SE RECUSAM OU SE PREOCUPAM EM REALIZAR ATENDIMENTOS � PACIENTES GR�VIDAS POR FALTA DE COMPREENS�O E INFORMA��ES ACERCA DA TEM�TICA. 

PALAVRAS-CHAVE: SAÚDE BUCAL, CONHECIMENTO, GESTANTES, ODONTÓLOGOS.

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

APESAR DA GRANDE REDE DE COMUNICA��O, CONHECIMENTO E TECNOLOGIA EXISTENTE NA ATUALIDADE, O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO � GESTANTE AINDA � UM GRANDE TABU ENFRENTADO PELOS CIRURGI�ES-DENTISTAS E PELA SOCIEDADE EM GERAL1.

NO PER�ODO GESTACIONAL AS MULHERES PASSAM POR SIGNIFICATIVAS MUDAN�AS CORPORAIS, FISIOLÓGICAS E PSICOLÓGICAS, SENDO ALGUMAS DESTAS ALTERA��ES PREJUDICIAIS A PRÓPRIA SAÚDE E BEM-ESTAR, FATORES QUE RESULTAM NO DISTANCIAMENTO DE PACIENTES GR�VIDAS DA ASSIST�NCIA ODONTOLÓGICA1, 2. 

ENTRETANTO, QUANDO A CONSULTA ODONTOLÓGICA � EXECUTADA COM ADAPTA��ES, ATEN��O E CUIDADOS ADICIONAIS, OS PROCEDIMENTOS PODEM SUCEDER-SE SEM NENHUM DESCONFORTO OU INTERCORR�NCIA NA CADEIRA ODONTOLÓGICA, ADEMAIS, NEGLIGENCIAR O TRATAMENTO E DEIXAR A DOEN�A OU INFEC��O SE EVOLUIR POSSIBILITARIA MAIORES CONSEQU�NCIAS PARA A VIDA DA M�E E DESENVOLVIMENTO DO BEB�3.

 

OBJETIVO

O PRESENTE ESTUDO TEM POR OBJETIVO REALIZAR REVISÃO BIBLIOGR�FICA BUSCANDO RECOMENDA��ES PARA O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO A PACIENTE GR�VIDA, ENFATIZANDO O CUIDADO RELACIONADO A POSI��O DA CADEIRA ODONTOLÓGICA DURANTE O TRATAMENTO ELETIVO, O USO DE ANEST�SICOS LOCAIS E AS TOMADAS RADIOGR�FICAS.

 

DESENVOLVIMENTO

ESTE TRABALHO TRATA-SE DE UMA REVISÃO BIBLIOGR�FICA REALIZADA POR MEIO DE LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DE ARTIGOS CIENT�FICOS PUBLICADOS DE 2015 A 2018, INCLUINDO UM LIVRO PUBLICADO EM 2016. UTILIZARAM-SE AS BASES DE DADOS PUBMED, SCIELO E LILACS.

 

TRATAMENTO ELETIVO

NO TERCEIRO TRIMESTRE, DEVIDO AO AUMENTO DO TAMANHO DO FETO E CONSEQUENTEMENTE DO �TERO, QUANDO A PACIENTE � COLOCADA EM POSI��O SEMIRRECLINADA OU SUPINA, SEU PRÓPRIO �TERO PASSA A COMPRIMIR A VEIA AORTA E CAVA INFERIOR IMPEDINDO O RETORNO VENOSO E DESENCADEANDO A S�NDROME DA HIPOTENS�O SUPINA. ESTA SITUA��O PODER� CAUSAR HIPOTENS�O ARTERIAL, DIMINUI��O DO D�BITO CARD�ACO E EM ALGUNS DOS CASOS A PERDA DE CONSCI�NCIA DA M�E. PARA EVITAR TAIS ACONTECIMENTOS, A PACIENTE PODER� SER POSICIONADA SOBRE O SEU LADO ESQUERDO, ONDE AJUDAR� A MELHORAR SUA CIRCULA��O VENOSA, O PROFISSIONAL TAMB�M PODER� OPTAR POR ELEVAR O QUADRIL DA PACIENTE COM UM TRAVESSEIRO, OU ENT�O, REALIZAR OS PROCEDIMENTOS DE P�4.

 

ANEST�SICOS LOCAIS

A FOOD AND DRUG ADMINISTRATION (FDA) PROP�S UM SISTEMA DE CLASSIFICA��O PARA OS PRINCIPAIS ANEST�SICOS DE ACORDO COM SEU RISCO3. A TABELA 1 APRESENTA AS DIRETRIZES IMPLEMENTADAS.

 

TABELA 1. ADMINISTRA��O ANEST�SICA DURANTE A GRAVIDEZ

DROGA

CATEGORIA FDA

DURANTE A GRAVIDEZ

LIDOCA�NA

B

SIM

MEPIVACA�NA

C

USAR COM CUIDADO, CONSULTAR M�DICO

PRILOCA�NA

B

SIM

BUPIVACA�NA

C

USAR COM CUIDADO, CONSULTAR M�DICO

ETIDOCA�NA

B

SIM

PROCA�NA

C

USAR COM CUIDADO, CONSULTAR M�DICO

ARTICA�NA

B

SIM; SEM BLOQUEIOS

 

DE ACORDO COM ESSE EXPERIMENTO REALIZADO EM ANIMAIS, B REPRESENTA ESTUDOS QUE NÃO APRESENTARAM NENHUM RISCO AO FETO. J� A CATEGORIA C APRESENTOU NO FETO ALTERA��ES TERATOG�NICAS, EMBRIOLÓGICA E OUTRAS. AS DROGAS DESSA CATEGORIA DEVEM SER ADMINISTRADAS SOMENTE SE OS BENEF�CIOS JUSTIFICAREM O POTENCIAL RISCO AO FETO. NENHUMA DAS CATEGORIAS FORAM TESTADAS E ESTUDADAS EM MULHERES GR�VIDAS4.

 

EXAME RADIOGR�FICO

O PRIMEIRO TRIMESTRE � CONSIDERADO O PER�ODO MAIS SENS�VEL PARA SE REALIZAR O DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, PORÉM, DEVIDO A EVOLU��O DOS EQUIPAMENTOS RADIOGR�FICOS, A DOSE DE RADIA��O ABSORVIDAS PELO FETO SÃO EXPRESSIVAMENTE MUITO BAIXAS, DIFICULTANDO ALGUMA INTERA��O COM O SEU DESENVOLVIMENTO. CONTUDO, O PROFISSIONAL DEVE EVITAR TOMADAS RADIOGR�FICAS DESNECESS�RIAS E SEMPRE QUE REALIZAR O EXAME A PACIENTE DEVE OBRIGATORIAMENTE FAZER USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTE��O, COMO AVENTAL DE CHUMBO E COLAR CERVICAL, POIS REDUZEM AS DOSES DE RADIA��O ABSORVIDAS PELA PACIENTE E DIMINUEM IMPACTOS NEGATIVOS AO FETO1, 5, 6.

 

CONSIDERAအဢES FINAIS

DIANTE DO EXPOSTO, PARA O ATENDIMENTO A PACIENTE GESTANTE O SEGUNDO TRIMESTRE � O PER�ODO MAIS RECOMENDADO PARA REALIZAR OS PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS DE ROTINA. PORÉM, QUANDO NECESS�RIO O ATENDIMENTO PODER� OCORRER EM QUALQUER IDADE GESTACIONAL, DESDE QUE O PROFISSIONAL CONHE�A AS MODIFICA��ES NECESS�RIAS PARA SE REALIZAR UMA CONSULTA SEGURA.

O CIRURGI�O DEVE SE ATENTAR A POSI��O DA CADEIRA ODONTOLÓGICA, BUSCANDO ABSTER-SE DA POSI��O SUPINA. OS ANEST�SICOS CONSIDERADOS MAIS SEGUROS PARA ADMINISTRA��O EM GESTANTES SÃO: LIDOCA�NA, PRILOCA�NA E ETIDOCA�NA. DURANTE O EXAME RADIOGR�FICO O USO DE AVENTAL DE CHUMBO, FEIXES BEM COLIMADOS E FILMES ULTRARR�PIDOS SÃO IMPRESCIND�VEIS, AL�M DE EVITAR REPETI��ES DESNECESS�RIAS DE RADIOGRAFIAS.

 

REFER�ŠNCIAS
  1. LEE, JI MIN; SHIN, TEO JEON. USE OF LOCAL ANESTHETICS FOR DENTAL TREATMENT DURING PREGNANCY; SAFETY FOR PARTURIENT. JOURNAL OF DENTAL ANESTHESIA AND PAIN MEDICINE, V. 17, N. 2, P. 81-90, 2017.
  2. ROCHA, JULIANA SCHAIA ET AL. BARRIERS AND FACILITATORS TO DENTAL CARE DURING PREGNANCY: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-SYNTHESIS OF QUALITATIVE STUDIES. CADERNOS DE SAUDE PUBLICA, V. 34, P. E00130817, 2018.
  3. GONအALVES, PATR�CIA MOREIRA; SONZA, QU�LI NUNES. PR�-NATAL ODONTOLÓGICO NOS POSTOS DE SAÚDE DE PASSO FUNDO/RS. JOURNAL OF ORAL INVESTIGATIONS, V. 7, N. 2, P.

20-32, 2018.

  1. NEWMAN, MICHAEL G. ET AL. CARRANZA PERIODONTIA CL�NICA. ELSEVIER BRASIL, 2016.
  2. PRASAD, MONIKA ET AL. IMAGING MORE IMAGINING LESS: AN INSIGHT INTO KNOWLEDGE, ATTITUDE AND PRACTICE REGARDING RADIATION RISK ON PREGNANT WOMEN AMONG DENTISTS OF GHAZIABAD�€“A CROSS SECTIONAL STUDY. JOURNAL OF CLINICAL AND DIAGNOSTIC RESEARCH: JCDR, 10, N. 7, P. ZC20, 2016.
  3. JEELANI, S. ET AL. COALITION OF ATTITUDE AND PRACTICE BEHAVIORS AMONG DENTAL PRACTITIONERS REGARDING PREGNANT PATIENT'S ORAL HEALTH AND PREGNANT PATIENT'S PERCEPTION TOWARD ORAL HEALTH IN AND AROUND PONDICHERRY. JOURNAL OF PHARMACY & BIOALLIED SCIENCES, V. 7, N. SUPPL 2, P. S509, 2015.

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Publicado

2019-06-09

Edição

Seção

Resumo