CARCINOMA BASOCELULAR EM REGIÃO FRONTAL E DORSO NASAL: RELATO DE CASO

Autores

  • JOAO OSMARIO MARIANO ROSA
  • JOAQUIM AUGUSTO SILVA GOMES
  • ANA BEATRIZ TEODORO DOS ANJOS
  • JAMIL ELIAS DIB
  • MARIA ALVES ALVES GARCIA SANTOS SILVA
  • MàRIO SERRA FERREIRA

Resumo

CARCINOMA BASOCELULAR EM REGI�ƑO FRONTAL E DORSO NASAL: RELATO DE CASO

JOAO OSMARIO MARIANO ROSA (UNIEVANGELICA);
JOAQUIM AUGUSTO SILVA GOMES (UNIEVANGELICA);
ANA BEATRIZ TEODORO DOS ANJOS (UNIEVANGELICA);
JAMIL ELIAS DIB (HUANA);
MARIA ALVES GARCIA SANTOS SILVA (UFG);
M�RIO SERRA FERREIRA (UNIEVANGELICA);

 

RESUMO: O CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) � UM TUMOR EPITELIAL MALIGNO, DE CRESCIMENTO LENTO, ORIGINADO NAS C�LULAS BASAIS DA EPIDERME E NOS AP�NDICES CUT�NEOS, FORMANDO-SE DEVIDO UMA DEFICI�NCIA NA MATURA��O E CERATIZA��O CELULAR. CRESCE E PENETRA A DERME FORMANDO UMA MASSA NODULAR INVASIVA, QUE RARAMENTE EVOLUI PARA MET�STASE. A MALIGNIDADE DESTA LES�O � LOCAL, DEVIDO AO GRANDE PODER DESTRUTIVO, PODENDO LEVAR AO DESFIGURAMENTO OU PERDA DA FUN��O ;DE ESTRUTURAS IMPORTANTES, QUANDO NÃO TRATADO. O PAPEL DA EXPOSI��O SOLAR COMO FATOR DE RISCO NO CBC ESTÁ MUITO BEM DEFINIDO. A A��O DOS RAIOS ULTRAVIOLETA (UV) B PRODUZ IN�MEROS FOTOPRODUTOS MUTAG�NICOS NO DNA, QUE PRECISAM SER REPARADOS ANTES DA DIVIS�O CELULAR, CASO CONTR�RIO PODE PROMOVER A MUTA��O GEN�TICA CELULAR, QUE INDUZ O DESENVOLVIMENTO DO CBC. O C�NCER BASOCELULAR � A NEOPLASIA MALIGNA MAIS COMUM EM HUMANOS, PRINCIPALMENTE, EM INDIV�DUOS DE PELE CLARA E TEM TORNADO CRESCENTE O ACOMETIMENTO DE PESSOAS NO BRASIL. O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR O CASO DE UMA PACIENTE DE 84 ANOS, G�NERO FEMININO, CAUCASIANA, TRABALHADORA RURAL, PROCUROU ATENDIMENTO PARA AVALIA��O DE �€ŒFERIDAS NO ROSTO�€, COM EVOLU��O DE APROXIMADAMENTE DOIS ANOS. AO EXAME F�SICO, CONSTATOU-SE LES�O DE ASPECTO RUGOSO, COM �REAS MARGINAIS INFLAMATÓRIAS E SEM LIMITES PRECISOS, EM REGI�O FRONTAL DO ROSTO E DORSO NASAL, QUE APRESENTAVAM, RESPECTIVAMENTE, QUATRO E TR�S CM DE COMPRIMENTO. DIANTE DOS ACHADOS CL�NICOS, A CONDUTA MAIS ADEQUADA FOI BIÓPSIA EXCISIONAL, COM FIXA��O EM FORMOL A 10 % E SOLICITA��O DE EXAME ANATOMOPATOLÓGICO. DEVIDO A EXTENS�O DA FERIDA CIR�RGICA NÃO PERMITIU A CICATRIZA��O POR PRIMEIRA INTEN��O DEVIDO A NÃO COAPTA��O DOS BORDOS DA FERIDA, REALIZOU-SE O TRATAMENTO DA TROCA DE CURATIVOS A CADA DOIS DIAS E APLICA��O DE COLAGENASE SOLU��O TÓPICA AT� A REPARA��O FINAL. APÓS ESSE PER�ODO FORAM FEITAS CONSULTAS CONTROLES A CADA 15 DIAS. NO PÓS-OPERATÓRIO DE 3 MESES, OBSERVOU-SE A FORMA��O DE TECIDO DE GRANULA��O AT� A COMPLETA REPARA��O DA FERIDA.

PALAVRAS CHAVE: CARCINOMA BASOCELULAR; BIÓPSIA; DIAGNÓSTICO;

RESUMO EXPANDIDO

INTRODUÇÃO: O CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) � UM TUMOR EPITELIAL MALIGNO, DE CRESCIMENTO LENTO, ORIGINADO NAS C�LULAS BASAIS DA EPIDERME E NOS AP�NDICES CUT�NEOS, FORMANDO-SE DEVIDO UMA DEFICI�NCIA NA MATURA��O E CERATIZA��O CELULAR. CRESCE E PENETRA A DERME FORMANDO UMA MASSA NODULAR INVASIVA, QUE RARAMENTE EVOLUI PARA MET�STASE. A MALIGNIDADE DESTA LES�O � LOCAL, DEVIDO AO GRANDE PODER DESTRUTIVO, PODENDO LEVAR AO DESFIGURAMENTO OU PERDA DA FUN��O DE ESTRUTURAS IMPORTANTES, QUANDO NÃO TRATADO (BENEDET ET AL, 2004).

O PAPEL DA EXPOSI��O SOLAR COMO FATOR DE RISCO NO CBC ESTÁ MUITO BEM DEFINIDO. A A��O DOS RAIOS ULTRAVIOLETA (UV) B PRODUZ IN�MEROS FOTOPRODUTOS MUTAG�NICOS NO DNA, QUE PRECISAM SER REPARADOS ANTES DA DIVIS�O CELULAR, CASO CONTR�RIO PODE PROMOVER A MUTA��O GEN�TICA CELULAR, QUE INDUZ O DESENVOLVIMENTO DO CBC (MANTESE ET AL, 2006).

 O C�NCER BASOCELULAR � A NEOPLASIA MALIGNA MAIS COMUM EM HUMANOS, PRINCIPALMENTE, EM INDIV�DUOS DE PELE CLARA E TEM TORNADO CRESCENTE O ACOMETIMENTO DE PESSOAS NO BRASIL (CHINEM & MIOT, 2011). ESSE TIPO DE TUMOR COMPREENDE 75% DOS TUMORES EPITELIAIS MALIGNOS (MANTESE ET AL, 2006). TEM MAIOR PREVAL�NCIA NA REGI�O DE DORSO NASAL, APRESENTANDO CERCA DE 26,32 % DOS CASOS (RODRIGUES, MOREIRA & MENEGAZZO, 2014).

NA ABORDAGEM DESSE TIPO DE TUMOR A CONDUTA MAIS FREQUENTE PARA O TRATAMENTO � A RESSEC��O CIR�RGICA COM MARGEM DE SEGURANÇA. A MARGEM PRECONIZADA NA LITERATURA ENCONTRA-SE ENTRE 3-4MM PARA LES�ES CIRCUNSCRITAS, COMO A FORMA NODULAR, E COM TAMANHO MENOR QUE 2CM, E ENTRE 5-6MM PARA TUMORES COM MARGENS POUCO DEFINIDAS, COMO OS SUPERFICIAIS E INFILTRATIVOS, OU COM TAMANHO MAIOR QUE 2CM. O �NDICE DE MARGENS COMPROMETIDAS NA LITERATURA VARIA ENTRE 4% A 18%, SENDO QUE A CONDUTA QUANTO �S MARGENS � CONTROVERSA NA LITERATURA, POIS SOMENTE UM TER�O DOS PACIENTES APRESENTAM DOEN�A RESIDUAL NA REOPERA��O (RODRIGUES, MOREIRA & MENEGAZZO, 2014).

OBJETIVO: O OBJETIVO DESTE TRABALHO � RELATAR O CASO DE UMA PACIENTE DE 84 ANOS, G�NERO FEMININO, CAUCASIANA, TRABALHADORA RURAL, PROCUROU ATENDIMENTO PARA AVALIA��O DE �€ŒFERIDAS NO ROSTO�€, COM EVOLU��O DE APROXIMADAMENTE DOIS ANOS.

DESENVOLVIMENTO: AO EXAME F�SICO, CONSTATOU-SE LES�O DE ASPECTO RUGOSO, COM �REAS MARGINAIS INFLAMATÓRIAS E SEM LIMITES PRECISOS, EM REGI�O FRONTAL DO ROSTO E DORSO NASAL, QUE APRESENTAVAM, RESPECTIVAMENTE, QUATRO E TR�S CM DE COMPRIMENTO. DIANTE DOS ACHADOS CL�NICOS, A CONDUTA MAIS ADEQUADA FOI BIÓPSIA EXCISIONAL (RESSEC��O) COM MARGEM DE SEGURANÇA, COM FIXA��O EM FORMOL A 10 % E SOLICITA��O DE EXAME ANATOMOPATOLÓGICO. DEVIDO A EXTENS�O DA FERIDA CIR�RGICA NÃO PERMITIU A CICATRIZA��O POR PRIMEIRA INTEN��O DEVIDO A NÃO COAPTA��O DOS BORDOS DA FERIDA, REALIZOU-SE O TRATAMENTO DA TROCA DE CURATIVOS A CADA DOIS DIAS E APLICA��O DE COLAGENASE SOLU��O TÓPICA AT� A REPARA��O FINAL. APÓS ESSE PER�ODO FORAM FEITAS CONSULTAS CONTROLES A CADA 15 DIAS. NO PÓS-OPERATÓRIO DE 3 MESES, OBSERVOU-SE A FORMA��O DE TECIDO DE GRANULA��O AT� A COMPLETA REPARA��O DA FERIDA.

CONCLUS�O: O CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) � UM TUMOR MALIGNO, QUE TEM COMO ETIOLOGIA PRINCIPAL A EXPOSI��O CR�NICA AOS RAIOS (UV) B, E TEM EPIDEMIOLOGICAMENTE AUMENTADO O N�MERO DE CASOS RELATADOS. ENTRETANTO, QUANDO DIAGNOSTICADO INICIALMENTE SEU TRATAMENTO EM COMPARA��O COM OUTRAS NEOPLASIAS MALIGNAS � RELATIVAMENTE SIMPLES E NÃO TRAZ GRANDES PERDAS ESTRUTURAIS. PORTANTO, � IMPORTANTE A ORIENTAÇÃO DA POPULA��O QUANTO AOS RISCOS DA EXPOSI��O CR�NICA AOS RAIOS (UV) B, ASSIM COMO OS M�TODOS PARA AMENIZAR A A��O DA LUZ SOLAR SOBRE A PELE.

 REFER�NCIAS BIBLIOGR�FICAS

MANTESE, S�NIA ANTUNES OLIVEIRA ET AL. CARCINOMA BASOCELULAR-ANÁLISE DE 300 CASOS OBSERVADOS EM UBERL�NDIA-MG BASAL CELL CARCINOMA-ANALYSIS OF 300 CASES OBSERVED IN UBERL�NDIA-MG, BRAZIL. AN BRAS DERMATOL, V. 18, N. 2, P. 136-142, 2006.

CHINEM, VALQUIRIA PESSOA; MIOT, H�LIO AMANTE. EPIDEMIOLOGIA DO CARCINOMA BASOCELULAR. ANAIS BRASILEIROS DE DERMATOLOGIA, P. 292-305, 2011.

BENEDET, LUIGI ET AL. AVALIA��O CL�NICA E HISTOPATOLÓGICA DOS PACIENTES PORTADORES DE CARCINOMA BASOCELULAR DIAGNOSTICADOS NO INSTITUTO DE DIAGNÓSTICO AN�TOMO-PATOLÓGICO EM FLORIANÓPOLIS�€“SC DE JANEIRO A FEVEREIRO DE 2004. ACM ARQ CATAR MED, V. 36, N. 1, P. 37-44, 2007.

RODRIGUES, E.W; MOREIRA, M.R; MENEGAZZO, P.B. ANÁLISE DO TRATAMENTO DO CARCINOMA BASOCELULAR. REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA PL�STICA, V. 29, N. 4, P.504-510, 2014.

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Publicado

2019-06-07

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Resumo