ATENÇO ODONTOLÓGICA NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO, UM RELATO DE EXPERI�NCIA Â
Resumo
ATEN��O ODONTOLလGICA NO TRATAMENTO ONCOLလGICO, UM RELATO DE EXPERI�ŠNCIA
 
SUNAMITHA SUEYLA CUSTÓDIO DE MORAIS1
PEDRO AUGUSTO FERNANDES1
AMANDA VILELA DA SILVA�¹
SARAH SKAF FARIA1
PALOMA MENDON�A DE ARA�JO ALMEIDA1
FRANCIELLE NUNES DE AZEVEDO ROAMNOWSKI2
1ACAD�MICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS
2PROFESSORA DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS
 
 
RESUMO SIMPLES
A ATEN��O MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DE PACIENTES SUBMETIDOS � OCONTERAPIA � UM RECURSO ATUALMENTE MUITO UTILIZADO VISTO QUE O TRATAMENTO ONCOLÓGICO � AGRESSIVO, DEIXANDO SEQUELAS OU EFEITOS ADVERSOS PARA OS PACIENTES. A QUIMIOTERAPIA � UM TRATAMENTO AGRESSIVO QUE MUITAS DAS VEZES PODE REPRODUZIR EFEITOS SIST�MICOS E LOCAIS, J� A RADIOTERAPIA PODE DESENCADEAR MUCOSITE, C�RIE DE RADIA��O, OSTEORRADIONECROSE, E ALTERA��ES IRREVERS�VEIS NAS GL�NDULAS SALIVARES. ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO DESCREVER UMA A��O DESENVOLVIDA PELOS ACAD�MICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA NA UNIDADE ONCOLÓGICA DE ANÁPOLIS NO 1�º SEMESTRE DE 2018. ESSA A��O SE DESENVOLVEU POR MEIO DE ESTRAT�GIA SALA DE ESPERA COM A DISTRIBUIÇÃO DE UM FOLDER COM INSTRU��ES DE CUIDADOS BUCAIS PARA OS PACIENTES ONCOLÓGICOS. DURANTE A REALIZA��O DA ATIVIDADE HOUVE ORIENTAÇÕES DE COMO REALIZAR A HIGIENIZA��O DA CAVIDADE BUCAL, A INGEST�O CONSTANTE DE �GUA, VISTO QUE ESTES PACIENTES APRESENTAM QUADRO DE XEROSTOMIA E HIPOSSALIVA��O DURANTE O TRATAMENTO ONCOLÓGICO. COMO MEIO DE ENTRETENIMENTO FOI DESENVOLVIDA UMA APRESENTA��O MUSICAL COM VIOLINO E UMA APRESENTA��O ART�STICA NA MODALIDADE BALLET CL�SSICO, SENSIBILIZANDO TODOS OS PRESENTES. CONCLUI-SE QUE A ATEN��O ODONTOLÓGICA AO PACIENTE ONCOLÓGICO DEVE SER VOLTADO PARA O ASPECTO DA HUMANIZA��O E VALORIZA��O DO INDIV�DUO, AMPLIANDO A CAPACIDADE DE TRANSFORMAR A REALIDADE EM QUE VIVEM CRIANDO V�NCULOS SOLID�RIOS E MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA.
PALAVRAS - CHAVE: ONCOLOGIA; TRATAMENTO ODONTOLÓGICO; SAÚDE BUCAL. 
 
 
 
INTRODUÇÃO
O C�NCER CONSISTE SER UMA DOEN�A CR�NICO-DEGENERATIVA, APRESENTANDO CRESCIMENTO R�PIDO, DESORDENADO, INVADINDO TECIDOS E ÓRG�OS. O SURGIMENTO DESTA CONDIÇÃO CL�NICA SE D� A PARTIR DE MUTA��O GEN�TICA, QUE PASSA A EXERCER FUN��ES DESCONEXAS COM SUAS FUN��ES DE ORIGEM. ESTAS ALTERA��ES PODEM OCORRER EM PROTO-ONCOGENES, QUE SÃO GENES ESPECIAIS, INATIVOS, EM C�LULAS NORMAIS, QUANDO ATIVADOS ASSUMEM A CARACTER�STICA ONCOG�NICA, TRANSFORMANDO C�LULAS NORMAIS EM C�LULAS CANCEROSAS (ONUCHIC, A. C.; CHAMMAS, R.).
A FORMA��O DO C�NCER EM GERAL ACONTECE LENTAMENTE, VISTO QUE PODE-SE LEVAR V�RIOS ANOS PARA QUE UMA C�LULA CANCEROSA PROLIFERE-SE, ESTIMULANDO A FORMA��O DE UM TUMOR VIS�VEL. ESTE PROCESSO DE FORMA��O � CONHECIDO COMO CARCINOG�NESE OU ONCOG�NESE. A CARCINOG�NESE � DETERMINADA PELO TEMPO DE EXPOSI��O, EM DADA FREQU�NCIA E PER�ODO DE TEMPO. DEVE CONSIDERAR AS CARACTER�STICAS INDIVIDUAIS QUE FACILITAM OU DANIFICAM A INSTALA��O DO DANO CELULAR. ESTE PROCESSO � COMPOSTO POR TR�S EST�GIOS DESCRITOS � SEGUIR:
- EST�GIO DE INICIA��O: GENES SOFREM A��O DE AGENTES CANCER�GENOS, OCASIONANDO A MODIFICA��O DE ALGUNS DESTES GENES. AS C�LULAS ENCONTRAM-SE GENETICAMENTE ALTERADAS, PORÉM AINDA NÃO � POSS�VEL DETECTAR CLINICAMENTE UM TUMOR.
- EST�GIO DE PROMO��O: AS C�LULAS GENETICAMENTE ALTERADAS NO EST�GIO DE INICIA��O SOFREM EFEITOS DOS AGENTES CANCER�GENOS CLASSIFICADOS COMO ONCOPROMOTORES. A C�LULA INICIADA � MODIFICADA EM C�LULA MALIGNA, ESTE PROCESSO � CARACTERIZADO POR SER GRADUAL E SE D� DE FORMA LENTA. ESSA MODIFICA��O CELULAR OCORRE PELO LONGO E CONT�NUO CONTATO COM UM AGENTE CANCER�GENO PROMOTOR.
- EST�GIO DE PROGRESS�O: � A FASE CARACTERIZADA PELA INTENSA MULTIPLICA��O DESORDENADA E IRREVERS�VEL DAS C�LULAS ALTERADAS. O C�NCER NESTE EST�GIO J� ESTÁ INSTALADO. � PRESENTE A EVOLU��O AT� O SURGIMENTOS DOS SINAIS E SINTOMAS CL�NICOS DA DOEN�A.
O TRATAMENTO ONCOLÓGICO CONSISTE EM UMA ABORDAGEM COMPLEXA, NECESSITANDO A ATUA��O DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CAPACITADA EM ATENDER AS NECESSIDADES DO PACIENTE DESDE O DIAGNÓSTICO AT� A REABILITA��O. A ATUA��O DO CIRURGI�O-DENTISTA TEM SIDO CADA VEZ MAIS INTENSA VISANDO A PREVEN��O DE INTERCORR�NCIAS RELACIONADAS � CAVIDADE BUCAL (GHELARDI, ET AL., 2008).
A ATEN��O ODONTOLÓGICA AO PACIENTE ONCOLÓGICO DEVE SER VOLTADO PARA O ASPECTO DA HUMANIZA��O E VALORIZA��O DO INDIV�DUO, MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA E TEMPO DE SOBREVIDA DESTES PACIENTES, AMENIZANDO OS DESCONFORTOS ORIUNDOS DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO. O TRATAMENTO DE ELEI��O PARA A REMO��O DOS TUMORES NA MAIORIA DOS CASOS CONSISTE EM NA EXCIS�O CIR�RGICA ACOMPANHADO DE RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA (GHELARDI, ET AL., 2008).
A RADIOTERAPIA � UM RECURSO LOCO REGIONAL QUE VISA DESTRUIR C�LULAS CANCER�GENAS ATRAV�S DOS FEIXES DE RADIA��O IONIZANTE. ESTE TIPO DE RADIA��O QUANDO ENTRA EM CONTATO COM AS C�LULAS, OCASIONA A HIDRÓLISE DA �GUA E QUEBRA DAS CADEIAS DE DNA OCASIONANDO A MORTE CELULAR (MARCUCCI, 2012).
OS EFEITOS ADVERSOS RELATADOS EM MAIOR FREQU�NCIA DURANTE O TRATAMENTO RADIOTER�PICO SÃO MUCOSITE, XEROSTOMIA, HIPOSSALIVA��O, INFECÇÕES BUCAIS OPORTUNISTAS, FIBROSE TECIDUAL, OSTEORRADIONECROSE, C�RIE DE RADIA��O, DOEN�A PERIODONTAL. A LITERATURA HODIERNAMENTE RELATA A ABORDAGEM ODONTOLÓGICA ANTES DO IN�CIO DA RADIOTERAPIA COMO UMA VANTAGEM, VISTO QUE SUA ATUA��O VISA A REDUÇÃO DOS EFEITOS INDESEJ�VEIS DA RADIOTERAPIA, OTIMIZANDO O TRATAMENTO ONCOLÓGICO E CONTRIBUINDO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DESTES PACIENTES (NEVILLE, 2009).
OBJETIVOS
O PRESENTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO DESCREVER UMA A��O DESENVOLVIDA PELOS ACAD�MICOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANG�LICA NA UNIDADE ONCOLÓGICA DE ANÁPOLIS NO 1�º SEMESTRE DE 2018, ESTA QUE � UMA UNIDADE AMBULATORIAL DE PREVEN��O, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO C�NCER DA ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AO C�NCER EM GOI�S QUE ATENDE PACIENTES DE ANÁPOLIS E TODA REGI�O NORDESTE DO ESTADO DE GOI�S.
DESENVOLVIMENTO
A PEDAGOGIA PROBLEMATIZADORA APLICADA PELOS PROFISSIONAIS/ACAD�MICOS DE SAÚDE, NO DESENVOLVIMENTO DE PR�TICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE JUNTO AOS PACIENTES/USU�RIOS DOS AMBIENTES DE SAÚDE, IMPLICA ESTAR COMPROMETIDO COM A EMANCIPA��O E TRANSFORMA��O SOCIAL. OBJETIVA-SE, PORTANTO, AJUDAR PESSOAS A SUPERAR SITUA��ES QUE AS TORNAM VULNER�VEIS �S DOEN�AS E AGRAVOS. DIANTE DESTE ASPECTO, NO DIA 25 DE ABRIL DE 2018, O G1 ORIENTADOS PELA DOCENTE FRANCIELLE ROMANOWSKI VISITARAM A UNIDADE ONCOLÓGICA DE ANÁPOLIS.
O GRUPO DE ACAD�MICOS LEVOU GARRAFINHAS DE �GUA MINERAL E UM PANFLETO AFIM DE PRESENTEAR OS PACIENTES QUE ALI SE ENCONTRAVAM, AL�M DE DESENVOLVEREM APRESENTA��ES ART�STICAS E MUSICAIS COMO MENSAGEM DE CONFORTO. O MATERIAL DIDÁTICO DO PANFLETO DISTRIBU�DO CONSISTIA EM ORIENTAÇÕES ODONTOLÓGICAS DIRIGIDAS � PACIENTES QUE SE ENCONTRAVAM EM TRATAMENTO QUIMIOTER�PICO E RADIOTER�PICO.
AS APRESENTA��ES ART�STICAS DESENVOLVIDAS CONSISTIRAM EM APRESENTA��O DE DAN�A PERFORM�TICA NA MODALIDADE BALLET CL�SSICO. OS ACAD�MICOS FICARAM ENCARREGADOS DE DISTRIBUIR OS PANFLETOS INFORMATIVOS E AS GARRAFINHAS DE �GUA, ESTA INTITULADA COMO �€Œ�GUA DO SORRISO�€.
AO FINAL DA VISITA, OS ACAD�MICOS FORAM ABORDADOS PELA CIRURGI�-DENTISTA QUE TRABALHA NA UNIDADE ONCOLÓGICA, A PROFISSIONAL RELATOU UM POUCO DE COMO � O DIA � DIA DA UNIDADE HOSPITALAR, O QUADRO DE PACIENTES ATENDIDOS E COMO � A RELAÇÃO DO PROCESSO SAÚDE-DOEN�A ONCOLÓGICA E O TRATAMENTO BUCAL PRESTADO NA UNIDADE. A MESMA APRESENTOU O AMBIENTE ONDE SÃO REALIZADOS OS PROCEDIMENTOS RADIOTER�PICOS, EXPLICOU O PROCESSO DO MESMO E EXEMPLIFICOU COMO � O FUNCIONAMENTO DO APARELHO RESPONS�VEL POR TAL PROCEDIMENTO ASSOCIANDO-OS � CASOS CL�NICOS.
 
CONCLUS�ƑO
CONCLUI-SE QUE A ATEN��O ODONTOLÓGICA AO PACIENTE ONCOLÓGICO DEVE SER VOLTADO PARA O ASPECTO DA HUMANIZA��O E VALORIZA��O DO INDIV�DUO, AMPLIANDO A CAPACIDADE DE TRANSFORMAR A REALIDADE EM QUE VIVEM CRIANDO V�NCULOS SOLID�RIOS E MELHORANDO A QUALIDADE DE VIDA.
REFER�ŠNCIAS
- NEVILLE, B. PATOLOGIA ORAL E MAXILOFACIAL. 3. ED. RIO DE JANEIRO: ELSEVIER, 2009.
- MARCUCCI, G. FUNDAMENTOS DE ODONTOLOGIA: 1. ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2012.
- SILVERMAN, S. FUNDAMENTOS DE MEDICINA ORAL. 2. ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA-KOOGAN, 2004.
- KIGNEL, S.; ET AL. ESTOMATOLOGIA: BASES DO DIAGNÓSTICO PARA O CL�NICO GERAL. 2 ED. SÃO PAULO: EDITORA SANTOS, 2013.
- REGEZI, J.A. PATOLOGIA BUCAL: CORRELA��ES CL�NICO-PATOLÓGICAS. ED. RIO DE JANEIRO: GUANABARA KOOGAN, 2012.
- GHELARDI, ISIS RAQUEL ET AL. A NECESSIDADE DA AVALIA��O E TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PR�-RADIOTERAPIA. PR�TICA HOSPITALAR, V. 58, P. 149-151, 2008.
- ONUCHIC, A. C.; CHAMMAS, R. C�NCER E O MICROAMBIENTE TUMORAL. REVISTA DE MEDICINA, V. 89, N. 1, P. 21-31, 19 MAR. 2010.