ABORDAGEM CIR�RGICA DA NEURALGIA DO RAMO INFRA-ORBITAL: RELATO DE CASO

Autores

  • Luiza Santos Cardoso
  • Joaquim Augusto Silva Gomes
  • Lorrayne Sousa Lopes
  • Raphaela Jyeynyffa Oliveira
  • Satiro Watanabe
  • Mário Serra Ferreira

Resumo

 

ABORDAGEM CIR�ŠRGICA DA NEURALGIA DO RAMO INFRA-ORBITAL: RELATO DE CASO

  

LUIZA SANTOS CARDOSO1*

JOAQUIM AUGUSTO SILVA GOMES1

LORRAYNE SOUSA LOPES1

RAPHAELA JYEYNYFFA OLIVEIRA1

SATIRO WATANABE2

M�RIO SERRA FERREIRA2

 

 

 

  1. ACAD�MICO DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA - ANÁPOLIS - GO - BR.
  2. PROFESSOR DO CURSO DE ODONTOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA - ANÁPOLIS - GO - BR.

 

 

CORRESPONDENTE: LUIZA SANTOS CARDOSO

AV. UNIVERSIT�RIA - CIDADE UNIVERSIT�RIA, ANÁPOLIS - GO, 75075-010

TEL: +55062985953602

E-MAIL: LUIZA_SANTOS9@HOTMAIL.COM

 

 

ANÁPOLIS, GO

2019

RESUMO

PALAVRAS-CHAVE: NEURALGIA, NERVO TRIGEMEO, NEURECTOMIA.

INTRODUÇÃO

AS DORES NEUROP�TICAS ENVOLVENDO A REGI�O MAXILOFACIAL APRESENTAM SIGNIFICATIVA PREVAL�NCIA. DENTRE ELAS, A NEURALGIA TRIGEMINAL (NT) � A MAIS COMUM. CARACTERIZA-SE COMO UMA CONDIÇÃO �LGICA, CR�NICA, REPRESENTADA POR ATAQUES PAROX�STICOS E RECORRENTES DE DOR LANCINANTE E S�BITA1,2.

DENTRE OS RAMOS DO NERVO TRIG�MEO, O MAXILAR (V2) E O MANDIBULAR (V3) SÃO OS MAIS ACOMETIDOS2. A NT � PREDOMINANTE NO G�NERO FEMININO, APÓS A QUARTA D�CADA DE VIDA E GERALMENTE MANIFESTA-SE UNILATERALMENTE NA FACE3,4.

            O NERVO TRIG�MEO CARACTERIZA-SE POR SEU CAR�TER MISTO, CONSTITU�DO POR FIBRAS AFERENTES OU SENSITIVAS, AS QUAIS SÃO RESPONS�VEIS PELA NT, E POR FIBRAS EFERENTES OU MOTORAS3. A ETIOLOGIA DESTA CONDIÇÃO � COMPLEXA E NÃO � TOTALMENTE COMPREENDIDA5.

A DOR PODE SER DESENCADEADA AO MENOR EST�MULO AOS PONTOS-GATILHO (TRIGGERS POINTS). ESTES PODEM ESTAR LOCALIZADOS NA PELE, MUCOSA OU DENTES INERVADOS PELO NERVO TRIG�MEO. DESSA FORMA, ATIVIDADES COTIDIANAS PODEM SE TORNAR EXTREMAMENTE DOLOROSAS, INTERFERINDO DIRETAMENTE NA QUALIDADE DE VIDA. RELATOS DE EMAGRECIMENTO, DESIDRATA��O, DEPRESS�O E AT� MESMO SUIC�DIO NÃO SÃO INCOMUNS NESSA PATOLOGIA4.

O DIAGNÓSTICO � COMPLEXO E ESSENCIALMENTE CL�NICO, ESTRUTURADO EM UMA ANAMNESE CRITERIOSA E NOS PAR�METROS PRECONIZADOS PELA INTERNATIONAL HEADACHE SOCIETY (IHS)6. PODE-SE LAN�AR M�O DE EXAMES COMPLEMENTARES COMO RADIOGRAFIAS, RESSON�NCIA MAGN�TICA, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PARA ESTUDO DA ANATOMIA DO NERVO TRIG�MEO E ESTRUTURAS ADJACENTES, AL�M DA REALIZA��O DA MANOBRA DE BLOQUEIO ANEST�SICO DA REGI�O AFETADA, QUE AUXILIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL3,4,5. AS ETAPAS DIAGNÓSTICAS SÃO ESSENCIAIS PARA PREVENIR TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS DESNECESS�RIOS, UMA VEZ QUE OS SINTOMAS DA NT SE ASSEMELHAM A DORES DE ORIGEM ODONTOG�NICA3,4.

O TRATAMENTO PODE VARIAR DO MEDICAMENTOSO AO CIR�RGICO. OS ANTICONVULSIVANTES SÃO F�RMACOS EMPREGADOS � D�CADAS NO TRATAMENTO DA NT POR APRESENTAREM DESEMPENHO SUPERIOR AOS ANALG�SICOS TRADICIONAIS E POR ATUAREM IMPEDINDO A CONDU��O DE EST�MULOS NERVOSOS AFERENTES OU SENSITIVOS. DENTRE ELES, A CARBAMAZEPINA � A DROGA DE PRIMEIRA ESCOLHA3,4. ENTRETANTO, SEU USO PROLONGADO IMPLICA NO APARECIMENTO DE EFEITOS COLATERAIS COMO CONFUS�O MENTAL, TREMORES, ERUP��ES ERITEMATOSAS, VERTIGENS, SONOL�NCIA, HIPER OU HIPOTENS�O, BRADICARDIA, DIARREIA, EPIGASTRALGIA, ANORMALIDADES NA ACOMODA��O VISUAL E ALTERA��ES DAS FUN��ES HEP�TICAS4,7.

A ABORDAGEM CIR�RGICA � INDICADA NOS CASOS EM QUE A TERAPIA MEDICAMENTOSA TORNA-SE INEFICAZ OU QUANDO OS EFEITOS COLATERAIS CAUSADOS PELO F�RMACO NÃO PODEM MAIS SEREM SUPORTADOS4. A NEURECTOMIA � UMA MODALIDADE EFICAZ E ACESS�VEL, QUE CONSISTE NA SEC��O DO RAMO TERMINAL DO NERVO ENVOLVIDO8.

OBJETIVOS OU PROPOSI��O

O PROPÓSITO DO ESTUDO FOI DESCREVER UM CASO DE NEURALGIA DO RAMO INFRA-ORBITAL (NIO), ENFATIZANDO A NEURECTOMIA COMO ALTERNATIVA VI�VEL DIANTE DA INEFIC�CIA DE F�RMACOS.

DESENVOLVIMENTO

PACIENTE 46 ANOS, G�NERO FEMININO, APRESENTAVA QUADRO PR�VIO DE NEURALGIA DO NIO DIREITO, FAZENDO O USO DE CARBAMAZEPINA H� TR�S ANOS, E H� UM ANO EM DOSAGEM M�XIMA. DEVIDO AO FATO DE O MEDICAMENTO NÃO CESSAR OS EPISÓDIOS �LGICOS, BUSCAVA UMA ALTERNATIVA AO TRATAMENTO. FOI INDICADA A ABORDAGEM CIR�RGICA DEVIDO � SEVERIDADE DO CASO, EFETIVIDADE DA T�CNICA E ACESSIBILIDADE.

O PROCEDIMENTO FOI REALIZADO EM �MBITO HOSPITALAR, SOB ANESTESIA GERAL. O ACESSO CIR�RGICO INTRAORAL FOI ELEITO DEVIDO � VANTAGEM DE EVITAR CICATRIZES FACIAIS PÓS-OPERATÓRIAS. REALIZOU-SE ENT�O, UMA INCIS�O NO FUNDO DE VEST�BULO DA REGI�O CANINA COM POSTERIOR DESCOLAMENTO AT� A COMPLETA VISUALIZA��O DO NIO EMERGINDO DO FORAME. A SEC��O DO NERVO FORA REALIZADA COM BISTURI EL�TRICO. MEDICAMENTOS COMO ANTIBIÓTICO, ANTI-INFLAMATÓRIO E ANALG�SICO FORAM PRESCRITOS � PACIENTE.

PACIENTE ENCONTRA-SE EM ACOMPANHAMENTO CL�NICO E EM FASE DE ADAPTA��O, REDUZINDO AS DOSES DO MEDICAMENTO (CARBAMAZEPINA) GRADUALMENTE. A MESMA RELATA TER CESSADO OS EPISÓDIOS �LGICOS APÓS A INTERVEN��O CIR�RGICA.

CONSIDERAအဢES FINAIS/ CONCLUSဢES

CONCLUIU-SE QUE O MANEJO CIR�RGICO DE PACIENTES COM NEURALGIA DO NIO REPRESENTA UMA ESTRAT�GIA EFICAZ E DE RESULTADOS IMEDIATOS FRENTE A FALHA DO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO � LONGO PRAZO.

REFER�ŠNCIAS BIBLIOGR�FICAS

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  2. HUPP J, ELLIS III E, TUCKER R. CIRURGIA ORAL E MAXILOFACIAL CONTEMPOR�NEA. 5 ED. RIO DE JANEIRO: ELSEVIER EDITORA LTDA; 2009. CAP 29: DIST�RBIOS TEMPOROMANDIBULARES E DOR FACIAL.
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Publicado

2019-05-31

Edição

Seção

Resumo