O USO DE FITOTERÁPICOS PARA O CONTROLE DO MEDO E ANSIEDADE NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO

Autores

  • ANA CLARA LIMA DE FARIAS
  • LARA BORGES DE DEUS
  • THAYNARA LISS COSTA RIBEIRO
  • WILSON JOSà‰ MARIANO JàšNIOR
  • LUCIMAR PINHEIRO ROSSETO

Resumo

O USO DE FITOTERÁPICOS PARA O CONTROLE DO MEDO E ANSIEDADE NO TRATAMENTO ODONTOLလGICO

 

ANA CLARA LIMA DE FARIAS1; LARA BORGES DE DEUS1; THAYNARA LISS COSTA RIBEIRO1; WILSON JOS� MARIANO J�ŠNIOR1; LUCIMAR PINHEIRO ROSSETO1*

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA, ANÁPOLIS, GOI�S, BRASIL. *LUCIMAR.PINHEIRO@YAHOO.COM.BR.  

 

O MEDO E A ANSIEDADE CONSTITUEM UM DOS PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AGRAVAMENTO E DETERIORA��O DAS CONDI��ES DE SAÚDE BUCAL DE ALGUNS PACIENTES E INFLUENCIAM SEU ESTADO PSICOLÓGICO. NESSE CONTEXTO, DIVERSAS CLASSES TERAP�UTICAS SÃO UTILIZADAS PARA SEDA��O M�NIMA, INCLUINDO BENZODIAZEP�NICOS (BZD), FITOTERÁPICOS E INALA��O DA MISTURA DE ÓXIDO NITROSO E OXIG�NIO (CARTER, 2014). ASSIM, O OBJETIVO GERAL DESSE TRABALHO FOI AVALIAR O USO DE FITOTERÁPICOS COMO AUXILIARES NO TRATAMENTO DE MEDO E ANSIEDADE EM PACIENTES QUE REALIZAM PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS A FIM DE ANALISAR A SUA EFIC�CIA E BENEF�CIOS. OS ARTIGOS PUBLICADOS ENTRE 2002 E 2019 QUE ENVOLVERAM O USO DE FITOTERÁPICOS PARA O CONTROLE DO MEDO E DA ANSIEDADE FRENTE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO FORAM PESQUISADOS NAS BASES DE DADOS WEB OF SCIENCE, SCIELO E PUBMED. OBSERVOU-SE QUE A VALERIANA OFFICINALIS L. E PASSIFLORA INCARNATA SÃO OS ANSIOL�TICOS MAIS UTILIZADOS POR NÃO APRESENTAREM OS EFEITOS COLATERAIS COMUMENTE DESCRITOS PARA OS BZD (SONOL�NCIA, EFEITOS PARADOXAIS, AMN�SIA ANTERÓGRADA E OUTROS). AL�M DISSO, ESTUDO DE DANTAS ET AL (2017) MOSTROU QUE P. INCARNATA (260 MG) POSSUI EFEITO ANSIOL�TICO SIMILAR AO DO BZD-MIDAZOLAM (15 MG) EM PACIENTES QUE SOFRERAM EXTRA��O DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES. CONCLUI-SE QUE O USO DE FITOTERÁPICOS EM DOSES ORAIS PR�-OPERATÓRIAS SÃO CONSIDERADOS SEGUROS E EFICAZES PARA A SEDA��O M�NIMA DE PACIENTES COM MEDO E ANSIEDADE NA ODONTOLOGIA.

PALAVRAS-CHAVE: MEDO, ANSIEDADE, FITOTERÁPICOS, ODONTOLOGIA.

 

INTRODUÇÃO

O MEDO E A ANSIEDADE CONSTITUEM UM DOS PRINCIPAIS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O AGRAVAMENTO E DETERIORA��O DAS CONDI��ES DE SAÚDE BUCAL DE ALGUNS PACIENTES E INFLUENCIAM SEU ESTADO PSICOLÓGICO. CONHECER O PACIENTE E ENTENDER SUAS AFLI��ES, MEDOS E ANSIEDADES PERMITEM AO CIRURGI�O-DENTISTA O ENTENDIMENTO APROFUNDADO E INDIVIDUALIZADO DO SEU PACIENTE, OBSERVANDO SUAS CARACTER�STICAS A PARTIR DO PRIMEIRO ATENDIMENTO, A FIM DE CONHECER NÃO APENAS SUAS NECESSIDADES DE SAÚDE BUCAL, MAS TAMB�M ENTENDER SEU PSICOLÓGICO COM O OBJETIVO DE OFERECER TRATAMENTOS DE EXCEL�NCIA.

A DISTIN��O ENTRE MEDO E ANSIEDADE, PARA ALDOSSARI ET AL. (2019) � QUE O MEDO RETRATA A PRESEN�A DE ALTERA��ES EMOCIONAIS ESPEC�FICAS DOS EST�MULOS CORRELACIONADOS AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO, ENQUANTO QUE A ANSIEDADE SE TRATA DE UMA REA��O IMPULSIVA, COM PERDA DE SENTIDOS E NEGATIVIDADE COMPORTAMENTAL DIANTE DE QUALQUER PROCEDIMENTO DENT�RIO.

EM TORNO DE 6% DA POPULA��O PORTUGUESA EVITA COMPLETAMENTE A CONSULTA ODONTOLÓGICA E APENAS RECORREM A TRATAMENTOS QUANDO APARECE SINTOMATOLOGIA DOLOROSA (DA SILVA, 2012). ANDERSON(1997) VERIFICOU QUE APROXIMADAMENTE UM QUARTO DA POPULA��O AMERICANA ADULTA EVITOU FAZER VISITAS REGULARES AO DENTISTA DEVIDO A EXPERI�NCIAS VIVIDAS NA INF�NCIA. DESSA FORMA, NOTA-SE QUE O TRATAMENTO PREVENTIVO NÃO � PRECONIZADO E CONSEQUENTEMENTE H� O AUMENTO DE PROCEDIMENTOS INVASIVOS E DESCONFORT�VEIS, ALIMENTANDO O TRAUMA E POTENCIALIZANDO A ANSIEDADE.

ASSIM, TEM SIDO PRECONIZADA A SEDA��O M�NIMA DE PACIENTES POR MEIOS NÃO FARMACOLÓGICOS (VERBALIZA��O, TÉCNICAS DE RELAXAMENTO E HIPNOSE, MUSICALIZA��O) E DE SUBST�NCIAS FARMACOLÓGICAS COM SEGURANÇA E EFICI�NCIA GARANTIDAS. ENTRE AS TÉCNICAS FARMACOLÓGICAS, NA ATUALIDADE SÃO UTILIZADOS PRINCIPALMENTE MEDICAMENTOS ANSIOL�TICOS, TAIS COMO, OS BENZODIAZEP�NICOS (BZD), (POR EX.: DIAZEPAM, LORAZEPAM, ALPRAZOLAM, MIDAZOLAM, ETC) E MISTURA DE ÓXIDO NITROSO/OXIG�NIO EM PACIENTES QUE POSSUEM MEDO E/OU ANSIEDADE DURANTE A REALIZA��O DE UM PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO (TABELA 1). TAIS MEDIDAS FACILITAM A RELAÇÃO PROFISSIONAL-PACIENTE PERMITINDO UM AMBIENTE DE ATENDIMENTO TRANQUILO E SEM INTERCORR�NCIAS, POIS AL�M DE AUMENTAR O LIMIAR DE DOR DO PACIENTE, O CIRURGI�O-DENTISTA TAMB�M ESTAR� PREVENINDO COMPLICA��ES GERAIS COMO DESMAIO, ALTERA��ES DE PRESS�O ARTERIAL, GLICEMIA, DENTRE OUTRAS (GAUDERETO, 2008).

APESAR DE SUA LARGA PRESCRI��O E APLICABILIDADE EM TODO O MUNDO OS MEDICAMENTOS ANSIOL�TICOS APRESENTAM EFEITOS ADVERSOS QUE MESMO COM SUA BAIXA INCID�NCIA PODEM SER CONSIDERADOS RELEVANTES. AL�M DO EFEITO SEDATIVO DESEJADO, OS USU�RIOS PODEM APRESENTAR AMN�SIA ANTERÓGRADA, SONOL�NCIA, EFEITOS PARADOXAIS (EXCITA��O AO INV�S DA SEDA��O ESPERADA), ENTRE OUTROS (MULLER ET AL, 2006). O DIAZEPAM (BDZ), POR EXEMPLO, POSSUI EM SUA COMPOSI��O METABÓLITOS ATIVOS QUE PODEM PROLONGAR SEU TEMPO DE A��O, NA MAIORIA DAS VEZES, DESNECESS�RIO E AT� MESMO INCONVENIENTE, POIS PODE CAUSAR COMPROMETIMENTO DOS REFLEXOS E SEDA��O DO PACIENTE APÓS A CONSULTA ODONTOLÓGICA (GAUDERETO, TODOS OS PACIENTES QUE UTILIZAREM BENZODIAZEP�NICOS POR INDICA��O DO CIRURGI�O-DENTISTA NÃO DEVEM SER LIBERADOS DO CONSULTÓRIO SEM ACOMPANHANTE.

J� A T�CNICA DE ADMINISTRA��O DE OXIG�NIO (O2) SEGUIDA DE ÓXIDO NITROSO (N2O) APRESENTA COMO DESVANTAGEM A NECESSIDADE DE INVESTIMENTO FINANCEIRO RELATIVAMENTE ALTO, DEVIDO A AQUISI��O DO EQUIPAMENTO E REALIZA��O DE CURSO DE ESPECIALIZA��O TEÓRICO-PR�TICO PELO PROFISSIONAL (GAUJAC ET AL, 2009). AS PRINCIPAIS CONTRAINDICA��ES PARA USO DESTA METODOLOGIA SE REFEREM �QUELES PACIENTES QUE APRESENTAM INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS RESPIRATÓRIAS SUPERIORES; DOEN�A PULMONAR OBSTRUTIVA CR�NICA (DPOC), DOEN�AS SIST�MICAS SEVERAS, PACIENTES PSICÓTICOS, PORTADORES DE MIASTENIA GRAVIS, ESCLEROSE M�LTIPLA, H�RNIA DIAFRAGM�TICA, DESORDENS DECORRENTES DA DEFICI�NCIA B12 E GRAVIDEZ, DEVIDO AO RISCO DE HIPÓXIA, AUMENTO DE VOLUME OU PRESS�O EM ESPA�OS FECHADOS, ALTERA��ES HEMATOLÓGICAS E NEUROLÓGICAS (GAUJAC, 2009).

POR OUTRO LADO, O USO DOS FITOTERÁPICOS COM FINALIDADE DE PREVENIR, CURAR OU MINIMIZAR OS SINTOMAS DAS DOEN�AS, APRESENTAM UM CUSTO MAIS ACESS�VEL � POPULA��O E AOS SERVI�OS P�BLICOS DE SAÚDE, COMPARATIVAMENTE �QUELES OBTIDOS POR S�NTESE QU�MICA, QUE SÃO EM GERAL MAIS CAROS, DEVIDO �S PATENTES TECNOLÓGICAS ENVOLVIDAS (EVANGELISTA ET AL, 2013). DESSA FORMA, TEM SE ESTIMULADO CADA VEZ MAIS A UTILIZA��O DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS (VALERIANA OFFICINALIS L. E PASSIFLORA INCARNATA) PARA O MANEJO DO MEDO E ANSIEDADE NA ODONTOLOGIA.

INFORMALMENTE, ALGUNS PROFISSIONAIS DA ODONTOLOGIA T�M DITO QUE A VALERIANA PRODUZ EFEITOS SEDATIVOS SIMILARES AOS DO DIAZEPAM. NA LITERATURA CIENTÍFICA, PORÉM, SÃO ESCASSAS AS PESQUISAS SOBRE O USO CL�NICO DA VALERIANA EM MEDICINA, E PRATICAMENTE INEXISTENTES QUANDO SE TRATA DA ODONTOLOGIA (PINHEIRO, 2003)

COMO EXISTE AINDA UMA CERTA RESIST�NCIA AO USO DOS BENZODIAZEP�NICOS POR PARTE DOS CIRURGI�ES-DENTISTAS, AO MENOS NO BRASIL, PROCUROU-SE TESTAR A HIPÓTESE DE QUE A VALERIANA POSSA SER EFICAZ NO CONTROLE DA ANSIEDADE, COMO UMA ALTERNATIVA VI�VEL AOS BENZODIAZEP�NICOS.

ASSIM SENDO, PROP�S-SE AVALIAR O EFEITO SEDATIVO DA VALERIANA, COMPARANDO-O AO DE UM PLACEBO. OPTOU-SE POR UM MODELO EXPERIMENTAL J� SUFICIENTEMENTE APLICADO, A EXODONTIA BILATERAL DE TERCEIROS MOLARES MANDIBULARES INCLUSOS, QUE PERMITE QUE O PACIENTE SIRVA COMO SEU PRÓPRIO CONTROLE, O QUE FACILITA O DELINEAMENTO DE UM ESTUDO DUPLO-CEGO E CRUZADO.

 

OBJETIVOS

AVALIAR A EFIC�CIA E OS BENEF�CIOS DO USO DE FITOTERÁPICOS COMO AUXILIARES NO CONTROLE DO MEDO E ANSIEDADE EM PACIENTES QUE SÃO SUBMETIDOS A TRATAMENTO ODONTOLÓGICO.

 

OBJETIVOS ESPEC�FICOS

AVALIAR A PREVAL�NCIA DE ANSIEDADE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS NA CL�NICA ODONTOLÓGICA DE ENSINO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS - UNIEVANG�LICA.

MENSURAR O N�VEL DE MEDO E ANSIEDADE ATRAV�S DA ESCALA DE ANSIEDADE DENTAL (DAS - DENTAL ANXIETY SCALE)

 E DA ESCALA - DENTAL FEAR SCALE (DFS)

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

A FITOTERAPIA ESTÁ ENTRE AS TERAPIAS COMPLEMENTARES MAIS POPULARES, A DEPRESS�O E A ANSIEDADE SÃO INDICA��ES IMPORTANTES PARA SEU USO. AL�M DE TER UM CUSTO MENOR, A FITOTERAPIA ACARRETA MENORES RISCOS DE EFEITOS COLATERAIS E DEPEND�NCIA (DANTAS, 2017).

          EM 2006, POR MEIO DA PORTARIA N�º 971, DE 3 DE MAIO, O MINIST�RIO DA SAÚDE APROVOU A POLÍTICA NACIONAL DE PR�TICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PNPIC) NO SISTEMA �ŠNICO DE SAÚDE (SUS) - POLÍTICA QUE ATENDE �S DIRETRIZES DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS), VISANDO AVAN�AR NA IMPLANTA��O DESSAS PR�TICAS NO SUS. DENTRE AS DIVERSAS PR�TICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PIC), A POLÍTICA SUGERE ACUPUNTURA, HOMEOPATIA, PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPIA ETERMALISMO SOCIAL/CRENOTERAPIA (GOMES ET AL, 2017).

          AS PR�TICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES, AL�M DE GERAREM REDUÇÃO DE CUSTOS, T�M SE MOSTRADO EFICAZES NA PROMO��O DA SAÚDE E NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE, PROMOVENDO UM DI�LOGO MAIS ABRANGENTE E INTEGRAL E COOPERANDO PARA EVITAR QUE A DOEN�A SE INSTALE E QUE SUAS CONSEQU�NCIAS SEJAM MUITO GRAVES. ESTAS VIERAM SE UNIR AO SUS COM O INTUITO DE ACOLHER A TODAS AS PESSOAS, SEM DISCRIMINA��O DE CLASSES SOCIAIS, COM M�TODOS MENOS EVASIVOS E ROBOTIZADOS, MENORES CUSTOS E DE FORMA SIMPLIFICADA (GOMES ET AL, 2017).

        NO ENTANTO, APESAR DE SER ACESS�VEL PELA REDE PÚBLICA A MAIORIA POPULACIONAL, REIS ET AL (2014) CONSIDERA QUE O CONHECIMENTO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE BUCAL FRENTE AO USO DE FITOTERÁPICOS � ESCASSO, MOSTRANDO QUE ESSES NÃO TIVERAM NENHUM TREINAMENTO NA GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO. ASSIM, SEM O CONHECIMENTO NECESS�RIO ESSES PROFISSIONAIS SE SENTEM INSEGUROS DE UTILIZAR ESSAS TÉCNICAS OPTANDO MUITAS VEZES POR OUTRAS MAIS CONVENCIONAIS E COMUNS DE UTILIZA��O.

       EM ALGUNS CASOS QUE ESSES MEDICAMENTOS FORAM ESCOLHIDOS, OS PROFISSIONAIS PREFERIRAM UTILIZAR OS FITOTERÁPICOS QUE T�M ATIVIDADE ANSIOL�TICA E SEDATIVA COMPROVADA, COMO O REMILEV, � BASE DE VALERIANA (VALERIANA OFFICINALIS), COM DOSAGEM DE 100MG; O CALMAN, O FLORINY E O PASSIFLORINE, ELABORADOS A PARTIR DA PASSIFLORA (PASSIFLORA INCARNATA) COM DOSAGEM DE 300MG, NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE E INS�NIA, ADMINISTRADOS 90 MINUTOS ANTECEDENTE AO PROCEDIMENTO. (VARELA ET AL, 2014 & PINHEIRO 2003).

DE ACORDO COM O ESTUDO REALIZADO POR DANTAS ET AL (2017) A PASSIFLORA E O MIDAZOLAM (BDZ) APRESENTARAM ATIVIDADE ANSIOL�TICA SIMILARES. EM RELAÇÃO AS SUAS PRINCIPAIS DIFEREN�AS FORAM RELATADAS QUE O MIDAZOLAM PROVOCA AMN�SIA ANTERÓGRADA E SONOL�NCIA REPRESENTADO POR 20% DOS CASOS, AO PASSO QUE A PASSIFLORA MOSTROU POUCA OU NENHUMA CAPACIDADE DE INTERFERIR NA MEMÓRIA, SENDO QUE NENHUM RELATOU PERDA DE MEMÓRIA E POUCOS PACIENTES RELATARAM APRESENTAR SONOL�NCIA. ASSIM, OBSERVOU-SE QUE A PASSIFLORA TEM UM EFEITO ANSIOL�TICO SEGURO E EFICAZ QUANDO ADMINISTRADO NA DOSE ORAL PR�-OPERATÓRIA DE 260 MG, PARA SEDA��O M�NIMA EM PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS � EXTRA��O DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES.

SEGUNDO A ANÁLISE DE PINHEIRO ET AL (2014) A VALERIANA OFFICINALIS � INCORPORADA EM GRANDE N�MERO DE PRODUTOS FITOTERÁPICOS DEVIDO �S SUAS PROPRIEDADES ANSIOL�TICAS E HIPNÓTICAS E TEM SIDO USADA EM MUITOS PA�SES DEVIDO A FALTA DE EFEITOS COLATERAIS. OS VALEPOTRIATOS EXIBEM ATIVIDADE ANTIESPASMÓDICA, PROVAVELMENTE INFLUENCIANDO A ENTRADA DO �ON C�LCIO OU MODIFICANDO SUA LIGA��O NO M�SCULO. ESSE EFEITO PODE SER BEN�FICO, POIS, TENS�O MUSCULAR � UM DOS SINTOMAS F�SICOS DE ANSIEDADE E PODE SER REDUZIDA OU MINIMIZADA COM O USO DE VALERIANA.

A A��O DA VALERIANA EM COMPARA��O A DOS BENZODIAZEP�NICOS OCORREM DE FORMA SIMILAR, AMBAS POSSUEM RECEPTORES ESPEC�FICOS NO SISTEMA NERVOSO QUE ATRAV�S DE SEU EST�MULO OCORRE UM IMPULSO PARA A A��O DO �CIDO GAMA-AMINOBUT�RICO (GABA) QUE � UM NEUROTRANSMISSOR INIBITÓRIO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL. ESSA ATIVA��O DE (GABA) INDUZ A ABERTURA DOS CANAIS DE CLORETO (CL-) DA MEMBRANA DOS NEUR�NIOS, AMPLIFICANDO O INFLUXO DESSE �NION PARA DENTRO DA C�LULA, RESULTANDO, NA REDUÇÃO DA EXCITABILIDADE DE IMPULSOS. PORÉM, AS DIFEREN�AS DE A��ES EST�O RELACIONADAS AOS RECEPTORES DO SNC QUE DIFEREM ENTRE SI (MURPHY, 2010).

 

OS EXTRATOS DE VALERIANA OFFICINALIS SÃO CONSIDERADOS UMA MEDICA��O SEGURA, PORQUE PRODUZEM POUCO OU NENHUM EFEITO COLATERAL. DIFERENTEMENTE DOS BENZODIAZEP�NICOS, NÃO POTENCIALIZAM OS EFEITOS DO �LCOOL NEM DOS DEPRESSORES DO SNC,NÃO INTERFEREM NA CAPACIDADE DE CONDUZIR VE�CULOS OU OPERAR M�QUINAS, E NÃO CAUSAM DEPEND�NCIA F�SICA E/OU PSICOLÓGICA (UDABE, 1992; DEF/ 2000/2001).(PINHEIRO, 2003

PARA A REDUÇÃO DA ANSIEDADE, KOHNEN & OSWALD (1998) PRECONIZAM APENAS UMA DOSE DE 100 MG, ADMINISTRADA 90 MINUTOS ANTES DO EVENTO ANSIOG�NICO (PINHEIRO, 2003)

NESTE CONTEXTO, ESTES FITOTERÁPICOS PODEM SER EMPREGADOS COMO AUXILIARES NA PREVEN��O E NO CONTROLE DE OUTRAS DOEN�AS, A EXEMPLO DA HIPERTENS�O ARTERIAL SIST�MICA (HAS), UMA VEZ QUE UM QUADRO DE ANSIEDADE PODE ELEVAR OS N�VEIS PRESSÓRICOS, PORTANTO, SUA ASSOCIAÇÃO COM A MEDICA��O ANTI-HIPERTENSIVA SERIA BEN�FICA (VARELA, 2014).

CONSIDERAအဢES FINAIS

A FITOTERAPIA, AL�M DE SEU BAIXO CUSTO, CAUSA MENOS EFEITOS COLATERAIS E DEPEND�NCIA AO PACIENTE QUE FAZ SEU USO, EM DETRIMENTO DOS BENZODIAZEP�NICOS. TODAVIA, CONHECER AS LIMITA��ES DOS FITOTERÁPICOS E SUAS PARTICULARIDADES, PROPORCIONA AO PROFISSIONAL MELHOR RESOLUTIVIDADE DE CADA CASO E MENOS TRANSTORNOS AOS PACIENTES. ASSIM, ENTENDER AS INDIVIDUALIDADES DE CADA EFEITO FITOTERÁPICOS PERMITE, AO PROFISSIONAL MELHOR TRATAMENTO PARA COM ESSA CLASSE FAMACOLÓGICA, UMA VEZ QUE H� SEDATIVOS, COMO ADMINISTRA��O DE O2 E N2O QUE CAUSAM EFEITOS INDESEJ�VEIS AOS PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS. SENDO, PORTANTO, DE SUMA IMPORT�NCIA, A ANÁLISE CRITERIOSA ANTES DA ADO��O DE ANSIOL�TICOS. NESTE VI�S, NOTA-SE A FALTA DE CONHECIMENTO E DESPREPARO DE ALGUNS ACAD�MICOS E PROFISSIONAIS QUANTO A PRESCRI��O DE FITOTERÁPICOS, TENDO COMO CONSEQU�NCIA EFEITOS COLATERAIS E COMPLICA��ES ANTES, DURANTE OU APÓS O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO.

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Publicado

2019-05-29

Edição

Seção

Resumo