A ADOÇÃO DO NOVO EXAME PREVENTIVO PARA DETECÇÃO DO HPV PELO SUS: INOVAÇÃO NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO

Autores

  • Geovanna Adorno Tacarambi UNIEGO- Centro Universitário Evangélico
  • Larissa Soares de Brito UNIEGO- Centro Universitário Evangélico
  • Beatriz Melgaço Silva UNIEGO- Centro Universitário Evangélico
  • Anna Clara Moreira Santana UNIEGO- Centro Universitário Evangélico
  • Geoeselita Borges Teixeira UNIEGO- Centro Universitário Evangélico

Palavras-chave:

Papilomavírus Humanos;, DNA-HPV;, Sistema Único de Saúde.

Resumo

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou uma nova tecnologia de teste molecular para a detecção do Papiloma vírus Humano (HPV), o principal causador do câncer do colo do útero. Esta medida representa um avanço significativo na prevenção e detecção precoce de lesões pré-cancerígenas e do câncer cervical no Brasil, marcando a substituição gradual do exame de Papanicolau. OBJETIVO: Avaliar os benefícios e as implicações da futura implementação do teste de DNA-HPV no rastreamento do câncer de colo de útero, visando demonstrar o impacto dessa mudança na saúde pública brasileira. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de 2020 a 2025. A busca utilizou os descritores "Papilomavírus Humanos", "DNA-HPV", “Sistema Único de Saúde”. Foram encontrados seis artigos, incluimos dois em português, que abordavam a adoção do novo exame preventivo, para detecção do HPV pelo SUS. Os dados extraídos foram sintetizados de forma qualitativa, visando compreender os desafios e as estratégias de manejo relacionados ao tema. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A adoção do teste de DNA-HPV é um passo importante para a saúde pública, pois, é comprovadamente mais sensível na detecção do HPV e, consequentemente, das lesões precursoras do câncer, permitindo identificar precocemente mulheres em risco e possibilitando intervenções mais eficazes. A longo prazo, essa estratégia poderá contribuir para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre as principais mudanças em relação ao exame do Papanicolau estão: o início do rastreamento permanece aos 25 anos, mas com maior precisão na detecção do vírus; o intervalo entre os exames passa de 3 para 5 anos em casos negativos; o teste tem como possibilidade a autocoleta, facilitando o acesso e a adesão das mulheres; e a detecção ocorre antes das alterações celulares, o que torna o rastreamento mais eficaz. Apesar dos beneficios esperados, sua futura incorporação ao SUS envolve desafios, como o custo inicial mais elevado, a necessidade de investimentos em infraestrutura laboratorial e logística para transporte das amostras. Além disso, é fundamental a capacitação de profissionais da Atenção Primária à Saúde para coleta e orientações sobre autoamostragem. No entanto, o maior intervalo entre exames e a maior adesão das mulheres ao rastreamento indicam que, a longo prazo, essa estratégia tende a otimizar os recursos do SUS e aumentar a efetividade do programa. CONCLUSÃO:   Portanto, como analisado, o teste de DNA-HPV representa uma estratégia promissora para o rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil, por oferecer maior sensibilidade, intervalos mais seguros entre os exames e possibilidade de ampliar a adesão por meio da autoamostragem. Sua futura incorporação ao SUS, entretanto, exigirá investimentos em infraestrutura, logística e capacitação profissional, além de atenção à equidade no acesso. Apesar dos desafios, trata-se de uma medida com grande potencial para otimizar os recursos do sistema de saúde e reduzir a incidência e mortalidade da doença, aproximando o país das metas internacionais de eliminação do câncer do colo do útero como problema de saúde pública.

Publicado

2025-10-10