Intervenção clínica em equino errante atendido em parceria com o abrigo municipal de Goianésia/Goiás

Abstract

O cuidado de equinos se relaciona a  fatores, tais como alojamento e alimentação, o que torna preocupante o abandono destes em espaços públicos. Implementação de ações protetivas como a lei federal nº 9.605/98, através  da intensificação de animais errantes, acarretando problemáticas na saúde pública e ambiental, bem-estar animal e segurança. Em 2014, a PRF relatou 3.174 acidentes envolvendo animais, onde o porte do animal eleva a gravidade dos acidentes. Na necessidade da atuação do poder público, há instalações de resgate de equinos, com adoção de reabilitação e cuidados médicos, na inexistência de obrigações morais ou éticas dos proprietários. Foi realizado atendimento de equino SRD, tordilho pedrez, escore corporal 3 e 230 kg, mucosas amareladas e esbranquiçadas. Comprometimento locomotor na região de coroa e casco, com deslocamento do estrato córneo em relação a junção de pele e musculatura, em membro posterior direito e secreção indicando infecção crônica. A região demonstrava-se hipotérmica e aos testes de percepção demonstrou sensação dolorosa na região proximal e distal ao deslocamento da falange. Marcas na região de boleto sugeriram compressão local, isquemia e hipóxia regional. O nível doloroso e ausência de qualidade de vida, indicou-se eutanásia conforme a Resolução nº 1000, de 11 de Maio de 2012. Obedeceu-se a resolução supracitada, através da indução anestésica com medicações dissociativas (xilazina como medicação pré-anestésica e cetamina como anestésico dissociativo, seguido de acesso intratecal com cloridrato de lidocaína à 2%). O encaminhamento do corpo foi realizado pelo Abrigo Municipal de Goianésia, a partir das descrições sanitárias municipais.