Queilite actínica: sinais clínicos, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce

Abstract

Introdução: A QA é uma lesão epitelial potencialmente maligna que acomete principalmente o lábio inferior, decorrente da exposição crônica à radiação ultravioleta. Fatores como pele clara, sexo masculino, idade acima dos 40 anos e tabagismo aumentam o risco de desenvolvimento e progressão para carcinoma espinocelular (CEC). Clinicamente, a QA manifesta-se por atrofia epitelial, ressecamento, descamação persistente e áreas de hiperqueratose, sendo histologicamente caracterizada por displasia epitelial, atipia celular e elastose solar no tecido conjuntivo. Objetivo: revisar a literatura acerca da queilite actínica, destacando seus principais sinais clínicos, fatores de risco e formas de prevenção, a fim de ressaltar a importância do diagnóstico precoce. Metodologia: Foi realizada uma busca em bases de dados como Scopus, Web of Science e SciELO, utilizando os descritores “queilite actínica”, “radiação ultravioleta” e “carcinoma espinocelular”. Foram incluídos artigos e revisões publicadas nos últimos 15 anos. Resultados: Estudos apontam que uma parcela significativa de QA evolui para CEC, que representa cerca de 95% das neoplasias malignas orais. O diagnóstico diferencial precoce entre QA e CEC é determinante para o prognóstico, sendo a biópsia fundamental para avaliação da displasia. O tratamento varia desde medidas preventivas, como fotoproteção, até cirurgias como a vermelhectomia, com o objetivo de previnir o desenvolvimento do CEC e melhorar a qualidade de vida do paciente. Conclusão: A QA é uma condição precursora relevante do CEC labial, reforçando a necessidade de prevenção, diagnóstico precoce e manejo adequado para reduzir a incidência de câncer oral e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Biópsia; labial; prevenção.