INFLUÊNCIA DE ORGANISMOS FIXADORES DE NITROG�NIO SOB FUNGOS MICORRÀ­ZICOS ARBUSCULARES EM RIZOSFERA DE CROTALARIA JUNCEA

Autores

  • Julio Cesar Silva
  • Jadson Belem de Moura
  • Wagner Gonà§alves Vieira Junior
  • Diogo Jânio de Carvalho Matos
  • Dailton da Costa Leite
  • Elivan Cesar Vieira Rocha
  • Leidiane dos Santos Lucas

Resumo

INTRODUÇÃO
A CROTALARIA JUNCEA E UMA CULTIVAR DE VER�O DE CRESCIMENTO R�PIDO E VIGOROSO, QUE POSSUI A MAIOR PRODUÇÃO DE BIOMASSA EM MENOR TEMPO, PERMITINDO ASSIM DISPONIBILIZAR UMA MAIOR QUANTIDADE DE NITROG�NIO NO SOLO. SEGUNDO ADRIANO PERIN ET AL. (2004), O NITROG�NIO � UM DOS NUTRIENTES QUE MAIS IMPEDEM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NORMAL DAS PLANTAS, POR ISSO A UTILIZA��O DOS ADUBOS VERDES, CAPAZES DE REALIZAR A FIXA��O BIOLÓGICA DE NITROG�NIO � EFICIENTEMENTE, E PODE REPRESENTAR CONTRIBUI��ES CONSIDER�VEIS NA VIABILIDADE ECON�MICA E SUSTENTABILIDADE DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO. ENTRE AS PLANTAS QUE SÃO UTILIZADAS COMO ADUBOS VERDES, DESTACAM-SE AS LEGUMINOSAS (FABACEAE), J� QUE SÃO PLANTAS QUE PODEM ADQUIRIR NITROG�NIO DA ATMOSFERA ATRAV�S DA INTERA��O SIMBIÓTICA COM BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO (FBN) GENERICAMENTE DENOMINADAS DE RIZÓBIOS. ESTAS BACT�RIAS FORMAM NÓDULOS NAS RA�ZES � EM ALGUNS CASOS NO CAULE DOS VEGETAIS (MOREIRA; SIQUEIRA, 2002).
OUTRO ASPECTO RELEVANTE, � O FATO DESSAS ESP�CIES SE ASSOCIAREM A FUNGOS MICORRIZICO ARBUSCULARES (FMA�€™S). AS FMA�€™S SÃO ASSOCIA��ES SIMBIÓTICAS ENTRE FUNGOS DA ORDEM GLOMALES E RA�ZES DA MAIORIA DAS PLANTAS VASCULARES (A. COLOZZI FILHO, 2000).
A FORMA��O DE MICORRIZAS CAUSA ALTERA��ES FISIOLÓGICAS QUE REPERCUTEM NO CRESCIMENTO DA PLANTA HOSPEDEIRA OS FUNGOS M�, FAVORECEM UMA MAIOR EXPLORA��O DO SOLO PELAS RA�ZES QUE FORAM COLONIZADAS, AUMENTANDO A ABSOR��O DE FÓSFORO (P) E DE OUTROS NUTRIENTES COM BAIXA MOBILIDADE, REDUZEM A INCID�NCIA DE ATAQUES PATOG�NICOS NAS RA�ZES E AUMENTAM A RESIST�NCIA AO D�FICIT H�DRICO (J.A.A. ESPINDOLA ET AL, 1998).
MATERIAL E M�TODOS
O DELINEAMENTO EXPERIMENTAL UTILIZADO FOI INTEIRAMENTE CASUALISADO COM QUATRO REPETI��ES DISPOSTO EM DOIS TRATAMENTOS SENDO UM A APLICA��O DE BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS (RHIZOBIUM TROPICI E AZOSPIRILLUM BRASILIENSE) E UM TRATAMENTO SEM APLICA��O, AMBOS EM SEMEADURA DE CROTALARIA JUNCEA, ONDE CADA REPETI��O POSSU�A UMA �REA DE 1,5M�². A
SEMEADURA FOI REALIZADA EM SOLO J� COLONIZADO COM FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA�€™S). O EXPERIMENTO FOI REALIZADO NA �REA EXPERIMENTAL DA FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIAN�SIA, NO MUNIC�PIO DE GOIAN�SIA - GO.
PARA DETERMINA��O DA DENSIDADE DE ESPOROS NO SOLO, FOI COLETADO AMOSTRAS CONTENDO 50CM�³ DO SOLO. OS ESPOROS FORAM EXTRA�DOS ATRAV�S DA T�CNICA DE PENEIRAMENTO �MIDO (GERDEMANN & NICOLSON, 1963), SEGUIDA PELA CENTRIFUGA��O EM �GUA E SOLU��O DE SACAROSE A 50%. OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SUAS CARACTER�STICAS FENOT�PICAS COMO COR, TAMANHO E FORMA, COMPONDO OS DIFERENTES MORFOTIPOS, SOB LUPA BINOCULAR ESTEREOSCÓPICA.
PARA A DETERMINA��O DA PORCENTAGEM DE COLONIZA��O, AS RA�ZES FORAM CLARIFICADAS E CORADAS COM 0,05% DE AZUL-DE-TRYPAN EM LACTOGLICEROL (PHILLIPS & HAYMAN, 1970), ONDE AS AVALIA��ES DE COLONIZA��O FORAM REALIZADAS EM MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPIO, SEGUINDO A T�CNICA DE INTERSE��O DOS QUADRANTES (GIOVANNETTI & MOSSE, 1980).
PARA A IDENTIFICA��O DOS G�NEROS DE FMA A PARTIR DAS CARACTER�STICAS MORFOLÓGICAS, OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SEUS MORFOTIPOS E MONTADOS EM L�MINAS COM POLIVINIL-LACTO-GLICEROL (PVLG) PURO E PVLG MISTURADOS COM MELZER (1:1 V/V). PARA SUBSIDIAR O TRABALHO DE IDENTIFICA��O, FOI UTILIZADO ARTIGOS ORIGINAIS DA DESCRI��O DAS ESP�CIES E DESCRI��ES DAS ESP�CIES FORNECIDAS NO SITE DA �€ŒINTERNATIONAL CULTURE COLLECTION OF ARBUSCULAR AND VESICULAR-ARBUSCULAR MYCORRHIZAL FUNGI�€ (INVAM, 2014). OS DADOS RECEBERAM TRATAMENTO ESTAT�STICO POR MEIO DO PROGRAMA ASSISTAT.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
A TAXA DE COLONIZA��O MICORR�ZICA NÃO FOI SIGNIFICATIVA ESTATISTICAMENTE. SENDO ASSIM OS TRATAMENTOS COM E SEM INOCULA��O NÃO INTERFERIRAM NA SIMBIOSE ENTRE PLANTA E FUNGO (FIGURA 01).
SEGUNDO SMITH E READ (1997) A TAXA DE COLONIZA��O DEPENDER� DO ATRIBUTO PLANTA-FUNGO, SENDO QUE ALGUMAS ESP�CIES DE FUNGOS POSSUEM MAIS AFINIDADE COM DETERMINADAS ESP�CIES DE PLANTAS. DAFT E NICOLSON (1966) COMPROVAM PARA COLONIZA��O E NECESS�RIO A PLANTA ESTEJA EM ESTRESSE H�DRICO OU NUTRICIONAL, DEVIDO AO SE PASSAR POR ESSE PROCESSO A PLANTA SECRETA EXSUDADOS QUE SÃO CHAMATIVOS PARA OS FMA�€™S.
A DENSIDADE DE ESPOROS NOS SOLOS RIZOSF�RICO TAMB�M NÃO OBTIVERAM DIFEREN�A ESTAT�STICAS ENTRE OS TRATAMENTOS (FIGURA 02).
KABIR (2005) INFERE QUE A DENSIDADE DE ESPOROS NO SOLO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA A CONDI��ES F�SICAS E QU�MICAS DO SOLO, MESMO OS FUNGOS MICORR�ZICOS APRESENTAREM BASTANTE RUSTICIDADE QUANTO A INTEMPERES DO AMBIENTE, OS MESMOS NECESSITAM DE FATORES PARA A SOBREVIV�NCIA EM SOLO, DENTRE ESSES FATORES: COBERTURA VEGETAL QUE IMPEDE A ABSOR��O DIRETA DE RADIA��O SOLAR, FATORES QU�MICOS EM EQUIL�BRIO COMO PH, CTC E DENTRE OUTROS.
SEGUNDO BERBARA (2006) A ASSOCIAÇÃO ENTRE PLANTA E FUNGO MICORRIZICOS PROPORCIONA IN�MERAS VANTAGEM AS PLANTAS PODENDO TORN�-LAS MAIS VIGOROSAS, E CONSEQUENTEMENTE AUMENTAR SUA PRODUÇÃO. ESTES FATORES OCORREM PELA A CAPACIDADE QUE OS FUNGOS MICORRIZICOS TEM DE EXPANDIR A �REA RADICULAR DA PLANTA PROPORCIONANDO ASSIM UMA MAIOR �REA DE CONTATO NO SOLO FACILITANDO A ABSOR��O DE �GUA E NUTRIENTES QUE POSSAM ESTAR EM PERFIS MAIS BAIXOS NO SOLO, AL�M DE AJUDAR A COMBATER POSS�VEIS INFECÇÕES NA PLANTA CAUSADAS POR PATÓGENOS DO SOLO PROPORCIONADA PELA DISPUTA DE S�TIOS NA PLANTA.
CONCLUSဢES
OS TRATAMENTOS COM E SEM BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO NÃO INTERFERIRAM NO CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E INFEC��O DE FUNGOS MICORR�ZICOS.

Publicado

2018-07-25