INFLUÊNCIA DE ORGANISMOS DIAZOTRÀ³FICOS SOB FUNGOS MICORRÀZICOS ARBUSCULARES EM RIZOSFERA DE GUANDU AN�O
Resumo
INTRODUÇÃO
A LEGUMINOSA TEM ENCONTRADO ESPA�O NAS LAVOURAS, ISSO SE D� PELA CAPACIDADE DE COBERTURA VEGETAL PROMOVENDO A SOLO NUTRIENTES ATRAV�S DE SUA DECOMPOSI��O, MAIS CONHECIDO COMO ADUBA��O VERDE, ESSA PRATICA VISA RECUPERAR A FERTILIDADE DO SOLO, ENRIQUECENDO-O COM MAT�RIA ORG�NICA, TAMB�M � EFICAZ NO CONTROLE DE EROS�ES E PROMOVE MAIOR POROSIDADE AO SOLO. TAIS PLANTAS POSSUEM A CAPACIDADE DE FIXA��O DE NITROG�NIO ATMOSF�RICO NO SOLO, PARA QUE ISSO ACONTECE, LEGUMINOSAS ADEREM A UMA SIMBIOSE COM BACT�RIAS QUE CONSEGUEM ABSORVER O NITROG�NIO ATMOSF�RICO E O TRANSFERIR A PLANTA (PAULO ET AL., 2006).
DENTRE ALGUMAS LEGUMINOSAS QUE SÃO CULTIVADAS HOJE, O FEIJ�O GUANDU AN�O TEM SE DESTACADO PELA CAPACIDADE DE GERAR GRANDES QUANTIDADE DE MAT�RIA SECA, PROMOVENDO MAIOR COBERTURA VEGETAL, AL�M DE SER FUNDAMENTAL NO CONTROLE DE EROS�ES, ENXURRADAS E ETC. A CULTURA TAMB�M E MUITO TOLERANTE A ESTRESSES HÍDRICOS E A SOLOS COM BAIXA FERTILIDADE, SENDO RECOMENDADOS PARA RECUPERA��O DE TERRAS. COMO SUAS RA�ZES SÃO ABUNDANTES, CONSEGUEM DESAGREGAR O SOLO DEVOLVENDO CARACTER�STICAS F�SICAS IMPORTANTES.
BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO (FBN) CONT�M A CAPACIDADE DE CAPTAR O NITROG�NIO ATMOSF�RICO E O TRANSFORMAR EM NH3 (AM�NIA) J� QUE AS PLANTAS NÃO CONSEGUEM ASSIMILAR O N QUE E ENCONTRADO NA ATMOSFERA. ESSA SIMBIOSE GARANTE AS BACT�RIAS FOTOASSIMILADOS PARA SUA SOBREVIV�NCIA E GERAM AS PLANTAS QUANTIDADE NECESS�RIA DE N PARA SEU CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
AL�M DAS BACT�RIAS OS FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA�€™S) SÃO MICRORGANISMOS QUE ATUAM COMO UMA EXTENS�O DO SISTEMA RADICULAR DA PLANTA, AUXILIANDO NA ABSOR��O DE AGUA E NUTRIENTES MINERAIS PARA PLANTA, J� QUE COM A ASSOCIAÇÃO A �REA DE CONTATO DA PLANTA AUMENTA SIGNIFICATIVAMENTE, PODENDO ALCAN�AR �REAS MAIS PROFUNDAS E ABSORVER NUTRIENTES LIXIVIADOS. OS FMA�€™S POSSUEM PAPEL FUNDAMENTAL PARA CONTROLE DE DOEN�AS PATOLÓGICAS DE SOLO, J� QUE COMPETEM POR S�TIOS NA PLANTA, IMPEDINDO ASSIM INFE��ES POR PATÓGENOS.
OBJETIVOU-SE COM ESSE TRABALHO A AVALIA��O DE INTENSIDADE DE FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES COM A PRESEN�A DE BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO E AO FINAL DAS AN�LISES OBSERVAR SE A INOCULA��O COM BACT�RIAS INFLUENCIA OU INIBI A PRESEN�A DE FMA�€™S.
MATERIAL E M�TODOS
O EXPERIMENTO FOI REALIZADO NA �REA EXPERIMENTAL DA FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIAN�SIA, NO MUNIC�PIO DE GOIAN�SIA - GO. O DELINEAMENTO EXPERIMENTAL FOI INTEIRAMENTE CASUALISADO COM QUATRO REPETI��ES DISPOSTO EM DOIS TRATAMENTOS SENDO UM A APLICA��O DE BACT�RIAS DIAZOTRÓFICAS (RHIZOBIUM TROPICI E AZOSPIRILLUM BRASILIENSE) E UM TRATAMENTO SEM APLICA��O, AMBOS EM SEMEADURA DE FEIJ�O GUANDU, ONDE CADA REPETI��O POSSU�A UMA �REA DE 1,5M�². A SEMEADURA FOI REALIZADA EM SOLO J� COLONIZADO COM FUNGOS MICORR�ZICOS ARBUSCULARES (FMA�€™S).
PARA DETERMINA��O DA DENSIDADE DE ESPOROS NO SOLO, FOI REALIZADA A COLETA DE AMOSTRAS CONTENDO 50G DO SOLO RIZOSF�RICO. OS ESPOROS FORAM EXTRA�DOS ATRAV�S DA T�CNICA DE PENEIRAMENTO �MIDO (GERDEMANN & NICOLSON, 1963), SEGUIDA PELA CENTRIFUGA��O EM �GUA E SOLU��O DE SACAROSE A 50%. OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SUAS CARACTER�STICAS FENOT�PICAS COMO COR, TAMANHO E FORMA, COMPONDO OS DIFERENTES MORFOTIPOS, SOB LUPA BINOCULAR ESTEREOSCÓPICA.
NA DETERMINA��O DA PORCENTAGEM DE COLONIZA��O, AS RA�ZES FORAM CLARIFICADAS E CORADAS COM 0,05% DE AZUL-DE-TRYPAN EM LACTOGLICEROL (PHILLIPS & HAYMAN, 1970), ONDE AS AVALIA��O DE COLONIZA��O FOI REALIZADA EM MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPIO, SEGUINDO A T�CNICA DE INTERSE��O DOS QUADRANTES (GIOVANNETTI & MOSSE, 1980).
PARA A IDENTIFICA��O DOS G�NEROS DE FMA A PARTIR DAS CARACTER�STICAS MORFOLÓGICAS, OS ESPOROS FORAM SEPARADOS DE ACORDO COM SEUS MORFOTIPOS E MONTADOS EM L�MINAS COM POLIVINIL-LACTO-GLICEROL (PVLG) PURO E PVLG MISTURADOS COM MELZER (1:1 V/V). PARA SUBSIDIAR O TRABALHO DE IDENTIFICA��O, FOI UTILIZADO ARTIGOS ORIGINAIS DA DESCRI��O DAS ESP�CIES E DESCRI��ES DAS ESP�CIES FORNECIDAS NO SITE DA �€ŒINTERNATIONAL CULTURE COLLECTION OF ARBUSCULAR AND VESICULAR-ARBUSCULAR MYCORRHIZAL FUNGI�€ (INVAM, 2014). OS DADOS RECEBERAM TRATAMENTO ESTAT�STICO POR MEIO DO PROGRAMA ASSISTAT.
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
OS VALORES DE DENSIDADE DE ESPOROS POR CADA 50G DE SOLO DISTINGUIRAM-SE ESTATISTICAMENTE. O TRATAMENTO SEM INOCULA��O APRESENTOU MAIORES TAXAS DE ESPOROS NO SOLO RIZOSF�RICO DA PLANTA (FIGURA 01).
CARVALHO ET. AL. (2008) VERIFICOU NA CULTURA DO FEIJ�O GUANDU QUE A DENSIDADE DE ESPOROS EM SOLO RIZOSF�RICO FORAM DISTINTAS EM TRATAMENTOS COM E SEM INOCULA��O, SENDO MAIOR NO TRATAMENTO SEM A INOCULA��O COM BACT�RIAS. KABIR (2005) JUSTIFICA QUE A DENSIDADE DE ESPOROS PODE ESTAR LIGADA TAMB�M AO AMBIENTE ONDE SE ENCONTRA OS FUNGOS,
MESMO SENDO MICRORGANISMOS R�STICOS, TAIS NECESSITAM DE FATORES CONTROLADOS PARA SUA SOBREVIV�NCIA.
A TAXA DE COLONIZA��O DE FUNGOS NAS RA�ZES DA PLANTA DE FEIJ�O GUANDU AN�O NÃO TIVERAM DIFEREN�A ESTAT�STICA, SENDO QUE A PRESEN�A DAS BACT�RIAS NÃO INFLUENCIOU NA COLONIZA��O DOS FUNGOS. SEGUNDO DAFT E NILCOLSON (1966) QUANDO A PLANTA SE ENCONTRA EM ESTRESSE NUTRICIONAL OU H�DRICO ELA SINTETIZA EXSUDADOS QUE CONTRIBU�RAM PARA CHAMAR OS FUNGOS PARA ASSOCIAÇÃO, ENT�O PARA QUE HAJA A SIMBIOSE E NECESS�RIO O ESTRESSE POR FALTA DA PLANTA, MAIS PODE OCORRER A ASSOCIAÇÃO SEM O ESTRESSE, PORÉM COM O MESMO A MAIORES CHANCES DE QUE ACONTE�A.
A PRESEN�A DE FUNGOS MICORR�ZICOS A BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO TRAZEM GRANDES BENEF�CIOS A PLANTA, COMO MAIOR PRODUTIVIDADE, VIGOR, NUTRI��O MAIS ADEQUADA E DENTRE OUTROS FATORES. COMO OS DOIS MICRORGANISMOS DEPENDE DO ESTRESSE DA PLANTA E QUANDO A PRESEN�A DE UM ORGANISMO DIFICILMENTE A PLANTA ESTAR� EM ESTRESSE, A ASSOCIAÇÃO SIMULT�NEA DOS DOIS E MAIS DIF�CIL, MAIS ISSO DEPENDER� DA CULTURA E DAS ESP�CIES DOS FUNGOS E BACT�RIAS A SEREM UTILIZADAS (BERBARA, 2006).
AINDA � NECESS�RIO A PRESEN�A DA PESQUISA QUE REALIZA UM PAPEL FUNDAMENTAL NA ASSIMILA��O ENTRE FMA�€™S E FBN, COM ESTUDOS FUTUROS ESSA INTERA��O PODE SE TORNAR MAIS COMUM, REDUZINDO E VALORES NO CUSTO PARA PRODUÇÃO.
CONCLUSဢES
CONCLUI-SE COM ESSE TRABALHO QUE A PRESEN�A DE BACT�RIAS FIXADORAS DE NITROG�NIO PODE INIBIR A PRESEN�A DE FUNGOS MICORRIZOS EM SOLO RIZOSF�RICO. J� QUANTO A COLONIZA��O DOS FUNGOS NAS RA�ZES DAS PLANTAS, AS BACT�RIAS NÃO MOSTRARAM INTERFER�NCIA.