DESENVOLVIMENTO E PRODUÇO DE MILHO VERDE SOB DOSES DE UREIA EM COBERTURA

Resumo

INTRODUÇÃO
O MILHO (ZEA MAYS L.), PERTENCENTE � FAMÍLIA POACEAE, ORIGIN�RIO DAS AM�RICAS, SENDO CULTIVADO PRATICAMENTE EM TODO O MUNDO. CEREAL DE MAIOR EXPRESSIVIDADE NA ECONOMIA DO BRASIL, PRINCIPALMENTE PELA DIVERSIDADE EM SUA UTILIZA��O (GR�OS OU VERDE), SENDO BASE DA ALIMENTA��O HUMANA, ANIMAL E MAT�RIA-PRIMA PARA A INDÚSTRIA (ROCHA, 2010; RIVERA, 2006).
O BRASIL, COM �REA CULTIVADA SUPERIOR A 16 MILH�ES DE HECTARES, COM EXPECTATIVA DE PRODUÇÃO QUE ULTRAPASSA 83 MILH�ES DE TONELADAS NA SAFRA 2016/2017, OCUPANDO A POSI��O DE TERCEIRO MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DESTE CEREAL. NO MESMO PER�ODO GOI�S PREV� PRODUÇÃO MAIOR QUE 9 MILH�ES DE TONELADAS, COM 1,5 MILH�ES DE HECTARES DE �REA PLANTADA, CHEGANDO A PRODUTIVIDADE M�DIA DE 6 TONELADAS POR HECTARE (CONAB, 2016; FORMIGONI; 2016).
MESMO APRESENTANDO GRANDE IMPORT�NCIA PARA A ECONOMIA DO PA�S, A PRODUTIVIDADE DESSA CULTURA � CONSIDERADA BAIXA, ASSIS ET AL. (2006) AFIRMAM QUE O POTENCIAL PRODUTIVO DO MILHO CHEGA A SER SUPERIOR A 19 T.HA-1, NO ENTANTO A PRODUTIVIDADE M�DIA BRASILEIRA FOI EM TORNO 5. T.HA-1, NA SAFRA DE 2016/2017.
APESAR DE NÃO SE TER INFORMA��ES RECENTES SOBRE A PRODUÇÃO DE MILHO VERDE NO PA�S, SABE-SE QUE � UMA ATIVIDADE EXCLUSIVA DE PEQUENOS E M�DIOS PRODUTORES. PASSOU A TER VALOR ECON�MICO IMPORTANTE PARA A AGRICULTURA FAMILIAR, PRINCIPALMENTE POR TER UMA BOA ACEITA��O NO CONSUMO IN NATURA E PELAS INDÚSTRIAS DE CONSERVAS ALIMENT�CIAS. O BAIXO N�VEL TECNOLÓGICO DESTES PRODUTORES TEM SIDO FATOR DE GRANDE INFLUÊNCIA NA BAIXA PRODUTIVIDADE DESTA CULTURA NO PA�S (ISRAEL FILHO, 2008).
ATUALMENTE NO MERCADO EXISTE ELEVADO N�MERO DE SEMENTES, QUE POSSUEM BASES GEN�TICAS DISTINTAS, VISANDO ATENDER A NECESSIDADE DO PRODUTOR E CONSUMIDOR. PORÉM, PARA O CULTIVO DE MILHO VERDE, A QUANTIDADE DE CULTIVARES DISPON�VEL NO MERCADO, AINDA � BAIXA, 4% DAS 467 CULTIVARES DISPON�VEIS. DESTE TOTAL, SOMENTE 12 CULTIVARES SÃO INDICADAS PARA REGI�O CENTRO-OESTE, POTENCIALIZANDO AINDA MAIS O RESULTADO DA NÃO INTERA��O GENÓTIPO E AMBIENTE (COSTA ET AL., 2015; ISRAEL FILHO, 2008).
O NITROG�NIO � ESSENCIAL PARA O METABOLISMO DAS PLANTAS, SENDO IMPORTANTE NA BIOSS�NTESE DE PROTE�NA, ENZIMAS E CLOROFILA, COM IMPORT�NCIA DESDE OS EST�DIOS FENOLÓGICOS INICIAIS DA CULTURA, COM INFLUÊNCIA DIRETA NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO,
SENDO O NUTRIENTE MAIS EXIGIDO E ABSORVIDO NA CULTURA DO MILHO (DEMARI, 2014; DUETE ET AL., 2008; SANTOS ET AL., 2013).
OS SOLOS AGR�COLAS APRESENTAM EM SEU PERFIL GRANDE QUANTIDADE DE NITROG�NIO (N), SENDO A MAT�RIA ORG�NICA A PRINCIPAL FONTE DESTE NUTRIENTE. PARA A ABSOR��O � NECESS�RIA A LIBERA��O EM FORMAS MINERAIS, NO ENTANTO A DISPONIBILIDADE DESTE NUTRIENTE PARA AS PLANTAS � DETERMINADA POR DIVERSAS CARACTER�STICAS EDAFOCLIM�TICAS (MENEGHIN ET AL., 2008; DEMARI, 2014; SANTOS ET AL., 2010).
A DEMANDA POR N AUMENTA QUANDO A PLANTA J� POSSUI DE QUATRO A CINCO FOLHAS EXPANDIDAS (EST�DIO V6), INTERFERINDO DIRETAMENTE NA FORMA��O E QUANTIDADE DE ESPIGAS (DEMARI, 2014; DUETE ET AL., 2008), SENDO ESTA �POCA A MAIS INDICADA PARA A OPERA��O DE ADUBA��O DE COBERTURA.
NAS LAVOURAS COMERCIAIS DE MILHO, EM M�DIA AS DOSES VARIAM DE 60 A 160KG HA-1 DE N EM COBERTURA NO CULTIVO DE MILHO, DIFERINDO AS DOSES PARA PLANTIO EM SEQUEIRO E IRRIGADO. ENTRETANTO, SABE-SE QUE A RESPOSTA DAS PLANTAS � APLICA��O DO N PODE ESTAR RELACIONADA, ENTRE OUTROS FATORES, COM CARACTER�STICAS GEN�TICAS DOS MATERIAIS UTILIZADOS (AMARAL FILHO ET AL., 2005; COELHO, 2007; PAVINATO ET AL., 2008; SANTOS ET AL., 2013; TAFFAREL ET AL., 2012).
A UTILIZA��O DA UREIA NA SUPERF�CIE DO SOLO � UTILIZADA PRINCIPALMENTE EM COBERTURA COMO ADUBA��O NITROGENADA. CONSIDERANDO O CUSTO POR UNIDADE DE N, � UMA DAS FONTES MAIS VI�VEIS ECONOMICAMENTE PARA O CULTIVO. NO ENTANTO, A VOLATILIZA��O DE N � A PRINCIPAL DESVANTAGEM DESTA FONTE NITROGENADA (OLIVEIRA; CAIRES, 2003; GOES ET AL., 2013; SECRETTI ET AL., 2013).
EMBORA DIVERSOS TRABALHOS INDIQUEM A ADUBA��O NITROGENADA EM COBERTURA COMO FORMA DE INCREMENTAR A PRODUTIVIDADE, ESTA PR�TICA ELEVA O CUSTO DA PRODUÇÃO, PELO BAIXO APROVEITAMENTO DO N EM FORMA MINERAL APLICADO NO SOLO, OCORRENDO PERDAS POR LIXIVIA��O E DESNITRIFICA��O, CHEGANDO A NÃO SUPRIR A DEMANDA DE N PELA CULTURA (LUNELLI ET AL., 2010; SANTOS ET AL., 2010).
OS H�BRIDOS DUPLOS POSSUEM GRANDE POTENCIAL PRODUTIVO, PODENDO SER POUCO INFLUENCIADOS PELO INCREMENTO NO TEOR DE ADUBA��O. CONTUDO, A REDUÇÃO DOS ADUBOS NITROGENADOS NA PRODUÇÃO, TEM INFLUÊNCIA DIRETA NA REDUÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS DE PRODUÇÃO (HANASHIRO ET AL., 2013).
DIANTE DO EXPOSTO, OBJETIVOU-SE COM ESTE TRABALHO AVALIAR O DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO E RENDIMENTO ECON�MICO DE MILHO VERDE EM FUN��O DE DOSES DE NITROG�NIO EM ADUBA��O DE COBERTURA.
MATERIAL E M�TODOS
O EXPERIMENTO FOI CONDUZIDO NA ZONA RURAL DO DISTRITO DE SOUZAL�NDIA - BARRO ALTO, GOI�S, NA CH�CARA POUSO ALEGRE, SITUADA A 15�°07�€™13.65�€ S E 48�°56�€™33.03�€ O, COM ALTITUDE DE 589M. O CLIMA DA REGI�O, SEGUNDO A CLASSIFICA��O DE KOPPEN, � DO TIPO AW,
CLIMA TROPICAL E COM CHUVAS DE VER�O, PRECIPITA��O M�DIA ANUAL DA REGI�O DE 1524 MM E TEMPERATURA M�DIA DE 24,7�ºC. O SOLO DA �REA EXPERIMENTAL � CLASSIFICADO COMO LATOSSOLO VERMELHO, DE TEXTURA ARGILOSA (SANTOS ET AL., 2006).
PARA IMPLANTA��O DO EXPERIMENTO, FOI REALIZADA ANÁLISE DE SOLO ONDE FORAM COLETADOS 20 PONTOS PARA COMPOR A AMOSTRA COMPOSTA. OS RESULTADOS DA ANÁLISE DE SOLO SÃO APRESENTADOS NA TABELA 1.
OS TEORES OBTIDOS NAS AN�LISES DE SOLO PARA OS NUTRIENTES ANALISADOS, CORROBORAM COM TEORES RECOMENDADOS POR SOUSA E LOBATO (2004) PARA A CULTURA DO MILHO NO CERRADO. DIANTE DOS TEORES PRESENTES DE CA2+, MG2+, AL3+ E SATURA��O DE BASE, NÃO SE FEZ NECESS�RIO A REALIZA��O DE CALAGEM PARA CORRE��O DA �REA EXPERIMENTAL.
O PREPARO DA �REA FOI REALIZADO EM SISTEMA CONVENCIONAL, UTILIZANDO-SE GRADE ARADORA, TENDO SIDO REALIZADAS DUAS GRADAGENS. A SEMEADURA FOI REALIZADA MANUALMENTE NO DIA 27 DE NOVEMBRO DE 2016, COM O USO DE UM H�BRIDO DUPLO, VARIEDADE TRUCK, TECNOLOGIA DA EMPRESA SYNGENTA�®. APLICOU-SE, NA OCASI�O DA SEMEADURA, 400 KG.HA-1 DA FÓRMULA COMERCIAL 4-30-10. AOS 17 DIAS APÓS A SEMEADURA (DAS) FOI REALIZADO O DESBASTE, MANTENDO-SE 6 PLANTAS/METRO LINEAR (POPULA��O DE 75.000 PLS.HA-1).
O EXPERIMENTO FOI ALOCADO EM DELINEAMENTO DE BLOCOS CASUALIZADOS, COM QUATRO REPETI��ES. OS TRATAMENTOS UTILIZADOS FORAM TR�S DOSES DE NITROG�NIO (60, 120 E 180 KG.HA-1) APLICADOS EM COBERTURA E UMA TESTEMUNHA SEM ADUBA��O.
A DISTRIBUIÇÃO DAS PARCELAS SEGUIU AS ORIENTAÇÕES DA EMBRAPA (2000), AS QUAIS FORAM CONSTITU�DAS POR SEIS FILEIRAS DE PLANTAS COM CINCO METROS DE COMPRIMENTO E ESPA�ADAS POR 80 CENT�METROS, COM UM TOTAL DE 30 PLANTAS POR FILEIRAS.
A ADUBA��O DE COBERTURA OCORREU AOS 30 DAS, COM AS PLANTAS EM EST�DIO VEGETATIVO V6, SEXTA FOLHA TOTALMENTE EXPANDIDA. UTILIZOU-SE A UREIA COM 46% DE NITROG�NIO COMO FONTE NITROGENADA.
AS AVALIA��ES FITO-TÉCNICAS EM CAMPO OCORRERAM NAS DUAS FILEIRAS CENTRAIS, SENDO CONSIDERADA A �REA �TIL DE 8 M2 DE CADA PARCELA. AS CARACTER�STICAS AVALIADAS FORAM:
- ALTURA DE PLANTAS: DETERMINADA PELA ALTURA M�DIA DE 25 PLANTAS NA �REA EXPERIMENTAL, MEDIDA DO N�VEL DO SOLO AT� A INSER��O DA FOLHA BANDEIRA. AS AVALIA��ES FORAM REALIZADAS AOS 45, 52 E 67 DAS.
- DI�METRO DO CAULE: DETERMINADA NO PRIMEIRO ENTRENÓ ACIMA DO COLO DA PLANTA, MEDIDO COM USO DE PAQU�METRO DIGITAL, APÓS A PLANTA ATINGIR A MATURIDADE FISIOLÓGICA.
- ALTURA DE INSER��O DA ESPIGA: DETERMINADA A PARTIR DO SOLO � BASE DO PED�NCULO DA PRIMEIRA ESPIGA, COM A PLANTA EM PLENA MATURIDADE FISIOLÓGICA, AS MEDIDAS EXPRESSAS EM CENT�METROS.
POR OCASI�O DA COLHEITA DAS ESPIGAS DE MILHO VERDE FORAM AVALIADAS AS SEGUINTES CARACTER�STICAS:
- N�MERO DE ESPIGAS POR HECTARE: DETERMINADO PELO N�MERO DE ESPIGAS COMERCIAIS DA PARCELA EXPERIMENTAL, ESTIMADO PARA UM HECTARE.
- PESO M�DIO DAS ESPIGAS COM PALHA: EM CADA PARCELA FOI COLETADA UMA AMOSTRA REPRESENTATIVA DE 5 ESPIGAS, PESADAS COM AS PALHAS, CONFERINDO O PESO M�DIO DAS ESPIGAS.
- PESO M�DIO DAS ESPIGAS SEM PALHA: EM CADA PARCELA FOI COLETADA UMA AMOSTRA REPRESENTATIVA DE 5 ESPIGAS, PESADAS SEM AS PALHAS, CONFERINDO O PESO M�DIO DAS ESPIGAS.
- DI�METRO M�DIO DAS ESPIGAS COM PALHA: FOI MEDIDO O DI�METRO TOTAL DAS ESPIGAS COM PALHA, COLETADAS COMO AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE 5 ESPIGAS POR PARCELA, CONFERINDO O DI�METRO M�DIO DAS ESPIGAS.
- DI�METRO M�DIO DAS ESPIGAS SEM PALHA: FOI MEDIDO O DI�METRO TOTAL DAS ESPIGAS SEM PALHA, COLETADAS COMO AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE 5 ESPIGAS DE CADA PARCELA, CONFERINDO O DI�METRO M�DIO DAS ESPIGAS.
- COMPRIMENTO M�DIO DAS ESPIGAS COM PALHA: FOI MEDIDO O COMPRIMENTO TOTAL DAS ESPIGAS COM PALHA, COLETADAS COMO AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE 5 ESPIGAS DE CADA PARCELA, CONFERINDO O COMPRIMENTO M�DIO DAS ESPIGAS.
- COMPRIMENTO M�DIO DAS ESPIGAS SEM PALHA: FOI MEDIDO O COMPRIMENTO TOTAL DAS ESPIGAS SEM PALHA, COLETADAS COMO AMOSTRAS REPRESENTATIVAS DE 5 ESPIGAS DE CADA PARCELA, CONFERINDO O COMPRIMENTO M�DIO DAS ESPIGAS.
- MASSA FRESCA DE PARTE A�REA: FOI COLETADA TODA PARTE A�REA DE PLANTAS DE CADA PARCELA (INCLUINDO AS ESPIGAS), CORTADAS E PESADAS CONFERINDO O PESO DE MASSA FRESCA.
- MASSA SECA DE PARTE A�REA: APÓS A PESAGEM DA MASSA FRESCA DAS AMOSTRAS COLETADAS DA PARTE A�REA, AS AMOSTRAS FORAM LEVADAS PARA SECAGEM EM UMA ESTUFA DE VENTILA��O FOR�ADA � 60�°C � 72 HORAS, SENDO POSTERIORMENTE PESADAS CONFERINDO O PESO DE MASSA SECA DA PARTE A�REA (INCLUINDO AS ESPIGAS) DE CADA AMOSTRA.
- ANÁLISE ECON�MICA: OS CUSTOS REFERENTES � PRODUÇÃO DE MILHO VERDE PARA A REGI�O DE BARRO ALTO �€“GO FORAM LEVANTADOS EM REVENDAS DA REGI�O, BEM COMO COM PRESTADORES DE SERVI�OS PARA AS OPERA��ES DE PREPARO DO SOLO E PLANTIO MECANIZADO. OS VALORES ATRIBU�DOS PARA M�O DE OBRA, CONSIDERADOS NESTE ESTUDO REFEREM-SE AOS VALORES M�DIOS PAGOS PELAS DI�RIAS DE TRABALHADORES DA �REA AGR�COLA NA REGI�O.
OS DADOS DAS VARI�VEIS FITO-TÉCNICAS ANALISADAS FORAM SUBMETIDOS � ANÁLISE DE REGRESS�O, E PARA DIFERENCIA��O DOS TRATAMENTOS UTILIZOU-SE O TESTE F, PARA TANTO, UTILIZOU-SE O SOFTWARE ESTAT�STICO ASSISTAT 7.7 BETA (SILVA; AZEVEDO, 2009).
RESULTADOS E DISCUSS�ƑO
DIANTE DOS RESULTADOS OBTIDOS, O DI�METRO DO CAULE, ALTURA DE PLANTA, ALTURA DE INSER��O DA PRIMEIRA ESPIGA, O N�MERO DE ESPIGAS/HECTARE E A PRODUÇÃO DE MASSA SECA, NÃO SOFRERAM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA (P<0,05) COM OS INCREMENTOS DE N EM COBERTURA (TABELA 2). NOSSOS RESULTADOS CORROBORAM COM OS ENCONTRADOS NOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR ARATINI ET AL. (2006), TAFFAREL ET AL. (2012) E VALDERRAMA ET AL. (2011).
GUARESCHI ET AL. (2013) NO TRABALHO QUE DESENVOLVERAM SOBRE A CULTURA DO MILHO EM FUN��O DA APLICA��O DE FONTES E DOSES DE UREIA EM COBERTURA NA CIDADE DE RIO VERDE, GO,
OBTIVERAM RESULTADOS SEMELHANTES AOS ENCONTRADOS NESTE ESTUDO, EM QUE AS VARI�VEIS MASSA FRESCA E MASSA SECA NÃO SOFRERAM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA.
EMBORA NÃO TENHA APRESENTADO DIFEREN�AS SIGNIFICATIVAS PARA AS VARI�VEIS APRESENTADAS NA TABELA 2, DIVERSOS AUTORES ATRIBUEM A APLICA��O DE NITROG�NIO NA CULTURA DO MILHO COM A QUALIDADE DA SILAGEM PARA FORNECIMENTO AOS ANIMAIS, COMO INCREMENTO NOS TEORES DE PROTE�NA E NUTRIENTES MINERAIS (FERREIRA ET AL., 2001).
AL�M DISSO, COMO DESCRITO NO TRABALHO REALIZADOS POR BASI ET AL. (2011) O NITROG�NIO INFLUENCIA TANTO NA QUALIDADE DA SILAGEM, QUANTO NA QUALIDADE DOS GR�OS, O QUE FOI EXPLICADO PELA MELHOR NUTRI��O DA PLANTA COM NITROG�NIO, E, CONSEQUENTEMENTE, MELHOR VALOR NUTRICIONAL DA SILAGEM PRODUZIDA.
AS DOSES APLICADAS EM COBERTURA NÃO INFLUENCIARAM SIGNIFICATIVAMENTE NO PESO, DI�METRO E COMPRIMENTO DA ESPIGA (TABELA 3).
PARA A PRODUÇÃO DE ESPIGA DANTAS ET AL. (2014) OBTIVERAM AUMENTO LINEAR COM O ACR�SCIMO NAS DOSES DE ADUBA��O NITROGENADA EM SEU ESTUDO, DIFERINDO DOS RESULTADOS ENCONTRADOS NESTE TRABALHO QUE NÃO APRESENTARAM INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA NOS TRATAMENTOS UTILIZADOS.
O PESO DA ESPIGA NÃO SOFREU INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA DAS DOSES UTILIZADAS EM COBERTURA, RESULTADOS SEMELHANTES FORAM ENCONTRADOS POR DANTAS ET AL. (2014) QUANDO AVALIOU A PRODUTIVIDADE DE ESPIGAS E GR�OS VERDE DE MILHO ADUBADO COM FONTES E DOSES DE NITROG�NIO EM AREIA-PB.
PARA DI�METRO DE ESPIGA COM E SEM PALHA, OS DADOS OBTIDOS NO PRESENTE TRABALHO CORROBORAM COM OS ENCONTRADOS POR LOPES ET AL. (2010) AO ANALISAREM A INFLUÊNCIA DA ADUBA��O NITROGENADA EM COBERTURA NA CULTURA DO MILHO NA REGI�O DE MAU� DA SERRA - PR.
RESULTADOS SEMELHANTES PARA COMPRIMENTO DE ESPIGA FORAM ENCONTRADOS POR CRUZ ET AL. (2008) E FERNANDES ET AL. (2005) QUE VERIFICARAM NÃO HAVER EFEITO DAS DOSES DE N EM COBERTURA PARA ESTA VARI�VEL, DIFERINDO DOS DADOS OBTIDOS POR LOPES ET AL. (2010).
A AUS�NCIA DE DIFEREN�AS ENTRE AS DOSES AVALIADAS PARA AS CARACTER�STICAS FITO-TÉCNICAS PODE SER EXPLICADA, SEGUNDO TAFARREL ET AL. (2012) PELAS CARACTER�STICAS DOS GENÓTIPOS DA CULTIVAR UTILIZADA, POIS ESTAS INFORMA��ES GEN�TICAS PODEM INFLUENCIAR NAS CARACTER�STICAS ALTURA DE PLANTA, ALTURA DE INSER��O DA ESPIGA E DI�METRO DE COLMO MAIS DO QUE O PRÓPRIO AMBIENTE DE PRODUÇÃO, DESDE QUE ESTE NÃO APRESENTE NENHUMA LIMITA��O PARA O CULTIVO.
PARA O PRESENTE ESTUDO, CONFIRMA-SE O SUGERIDO POR TAFFAREL ET AL. (2012) UMA VEZ QUE O SOLO UTILIZADO NESTE TRABALHO FOI CLASSIFICADO COMO ADEQUADO PARA O CULTIVO DE MILHO, CONFORME RESULTADOS OBTIDOS NA ANÁLISE DE SOLOS E RECOMENDA��ES DE SOUSA E LOBATO (2004).
NOTA-SE QUE, APESAR DE NÃO HAVER SIGNIFIC�NCIA PARA AS CARACTER�STICAS EM TODAS AS AN�LISES, O COEFICIENTE DE VARIA��O (CV) PARA AS VARI�VEIS, APONTA BAIXA DISPERS�O DOS DADOS, FORAM INFERIORES A 10%, COMPROVANDO A BOA PRECIS�O EXPERIMENTAL (TABELA 2 E TABELA 3).
OS CUSTOS DE PRODUÇÃO REFERENTES A AQUISI��O DE INSUMOS APRESENTARAM VALORES CRESCENTES DE ACORDO COM A DOSE APLICADA EM COBERTURA, UMA VEZ QUE O CUSTO DA UREIA � INCREMENTADO DE ACORDO COM A QUANTIDADE APLICADA (TABELA 4).
AS ESPIGAS AO ATINGIREM O PONTO DE EST�DIO LEITOSO (R3), DE ACORDO COM COSTA ET AL. (2015) � O PONTO DE COLHEITA PARA O CONSUMO DE MILHO VERDE IN NATURA. AS ESPIGAS AVALIADAS NESTE TRABALHO SE APRESENTAVAM SATISFATÓRIAS � ESTA CARACTER�STICA.
EM SERVI�OS, OS VALORES DIFERENCIARAM NO ITEM ADUBA��O DE COBERTURA, NOS TRATAMENTOS QUE RECEBERAM ESTA ADUBA��O EM RELAÇÃO A TESTEMUNHA, ASSIM CONTRIBUINDO PARA UM MAIOR CUSTO TOTAL DA PRODUÇÃO DE MILHO VERDE.
QUANDO SE UTILIZA OS VALORES RELACIONADOS A COMERCIALIZA��O, O VALOR ATRIBU�DO PARA A UNIDADE DE ESPIGA COMERCIALIZADA FOI DE R$0,38, VALOR M�DIO PRATICADO NA REGI�O DO ESTUDO. COM ISSO, CADA TRATAMENTO APRESENTOU QUANTIDADE DE ESPIGAS VI�VEIS COMERCIALIZ�VEIS CONSIDERADA ACEIT�VEL, CONTRIBUINDO PARA OBTEN��O DA RECEITA BRUTA.
OBSERVOU-SE, ENT�O, QUE A DOSE 60 KG.HA-1 DEMONSTROU SER ECONOMICAMENTE MAIS VI�VEL QUE OS DEMAIS TRATAMENTOS, COM MAIOR N�MERO DE ESPIGAS VI�VEIS (98.125) PRODUZIDAS, E MENOR CUSTO TOTAL (R$2.426,80) EM RELAÇÃO �QUELES QUE RECEBERAM ADUBA��O EM COBERTURA. ESTE MENOR VALOR PODE SER EXPLICADO POIS O NITROG�NIO � O NUTRIENTE QUE MAIS ONERA O CUSTO DE PRODUÇÃO. RESULTADOS SEMELHANTES FORAM ENCONTRADOS POR ARATINI ET AL. (2006), QUE REALIZARAM A ANÁLISE ECON�MICA DA PRODUÇÃO DE MILHO EM FUN��O DA ADUBA��O NITROGENADA DE COBERTURA EM SELV�RA-MS.
O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE ESTÁ LIGADO � ALTAS DOSES DE ADUBA��O NITROGENADA, SENDO APLICADO NA BASE E COBERTURA. ASSIM, O MANEJO DO NITROG�NIO � FATOR LIMITANTE NO QUE DIZ RESPEITO A RENDIMENTO E PRODUTIVIDADE (DEMARI, 2014; DUETE ET AL., 2008).
NO TRABALHO SOBRE ADUBA��O E NUTRI��O DO MILHO, DESENVOLVIDO POR COELHO (2007), EXPLANA SOBRE A INFLUENCIAS DE DOSES DE NITROG�NIO PARA ESTA CULTURA, ONDE 60 KG.HA-1 DE NITROG�NIO OBTEVE UMA PRODUTIVIDADE DE 5,339 KG.HA-1 DE ESPIGAS E COM UMA DOSE DE 120 KG.HA-1 A PRODUTIVIDADE DE 7,589 KG.HA-1 DE ESPIGAS.
ESTUDOS REALIZADOS POR COSTA ET AL. (2015) EXPLANAM SOBRE A IMPORT�NCIA DE MAIS PESQUISAS SOBRE A RESPOSTAS DAS CULTIVARES DE MILHO � ADUBA��O NITROGENADA NA REGI�O CENTRO-OESTE, VISANDO COM TAIS INFORMA��ES ESCLARECIMENTOS, POSSIBILITANDO AOS PRODUTORES EXPLORAR AO M�XIMO O POTENCIAL PRODUTIVO DAS CULTIVARES, TANTO PARA O CULTIVO DESTINADO A PRODUÇÃO DE GR�O QUANTO IN NATURA.
NOVOS TRABALHOS COM ESTE TEMA DEVEM SER REALIZADOS NA REGI�O PARA ESGOTAR AS POSS�VEIS CAUSAS DA AUS�NCIA DE INFLUÊNCIA DA ADUBA��O NITROGENADA EM COBERTURA NA CULTURA, ESPECIALMENTE PARA COMERCIALIZA��O DE MILHO VERDE.
CONCLUSဢES
AS DOSES CRESCENTES DE ADUBA��O NITROGENADA EM COBERTURA NÃO INFLUENCIARAM NO DESENVOLVIMENTO DAS CARACTER�STICAS FITO-TÉCNICAS DO MILHO VERDE CULTIVADO NAS CONDI��ES EDAFOCLIM�TICAS DE BARRO ALTO - GO.
A PRODUTIVIDADE TOTAL DE MILHO VERDE NÃO SOFREU INTERFER�NCIA DA ADUBA��O DE COBERTURA.
DO PONTO DE VISTA ECON�MICO, A DOSE DE 60KG.HA-1 � A MAIS INDICADA, POR APRESENTAR A MAIOR PRODUÇÃO DE ESPIGAS POR HECTARE EM RELAÇÃO �S DEMAIS.