INTEGRIDADE ESTRUTURAL EM PLANTAS INDUSTRIAIS
Palavras-chave:
patologias estruturais, corrosão, modificações, integridade estruturalResumo
COM O OBJETIVO DE AVALIAR AS CAUSAS E CONSEQU�NCIAS DE MANIFESTA��ES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS MET�LICAS E DE CONCRETO ARMADO EXISTENTES EM INDÚSTRIAS DE BASE DE GRANDE PORTE, FORAM ESTUDADAS AS ORIGENS DE DETERIORA��O E OS MEIOS DE PROPAGA��O DE DANOS. DOIS TIPOS DE PATOLOGIAS DESTACAM-SE NESTE TIPO DE INDÚSTRIA: A DETERIORA��O DOS MATERIAIS PELO PROCESSO DE CORROS�O E AS FALHAS ESTRUTURAIS DEVIDAS A MODIFICA��ES SEM UMA GESTÃO DE RISCOS ADEQUADA. OS TR�S PRINCIPAIS MEIOS DE PROPAGA��O DA CORROS�O SÃO A ATMOSFERA, A �GUA E O SOLO. OS FATORES QUE CORROBORAM PARA A A��O CORROSIVA EM UMA ATMOSFERA INDUSTRIAL SÃO: PART�CULAS SÓLIDAS (DEPOSI��O QUE PROPICIA AERA��O DIFERENCIAL E RETEN��O DE UMIDADE), GASES (DETERIORA��O POR CONTATO), TEMPERATURA (INFLUÊNCIA NA CONDENSA��O DE VAPOR) E UMIDADE (FAVORECIMENTO DA FORMA��O DE ELETRÓLITOS NAS SUPERF�CIES). A �GUA, QUANDO EM CONTATO COM AS ESTRUTURAS, � UM AGENTE CAUSADOR DE CORROS�O (E DESGASTE), DEVIDO A V�RIAS SUBST�NCIAS QUE ELA PODE CARREGAR: GASES E SAIS DISSOLVIDOS, MAT�RIA ORG�NICA DE ORIGEM VEGETAL OU ANIMAL, BACT�RIAS, LIMOS E ALGAS E SÓLIDOS SUSPENSOS. AS CARACTER�STICAS F�SICO-QU�MICAS QUE CONTRIBUEM PARA A DETERIORA��O POR MEIO DO SOLO SÃO: PRESEN�A DE �GUA E DE SAIS SOL�VEIS, PH, POTENCIAL REDOX E RESISTIVIDADE EL�TRICA (QUANTO MENOR A RESISTIVIDADE, MAIOR A PROBABILIDADE DE CORROS�O). EM ACIDENTES ESTRUTURAIS SÃO NORMALMENTE OBSERVADOS ERROS RELACIONADOS � NÃO CONSIDERA��O DE TODOS OS CARREGAMENTOS, AO DETALHAMENTO INSUFICIENTE OU ERRADO, � FALTA DE CONTROLE DE QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS E NA PRÓPRIA EXECU��O, NA AUS�NCIA DE PLANOS ADEQUADOS DE INSPE��O E DE MANUTEN��O E A MODIFICA��ES REALIZADAS SEM UMA ANÁLISE COMPLETA OU DEVIDA AUTORIZA��O. AS MODIFICA��ES NÃO GERENCIADAS DEVIDAMENTE SÃO CAUSADORAS DE ENORMES PREJU�ZOS FINANCEIROS E RESPONS�VEIS POR PERDAS DE VIDAS HUMANAS, UMA VEZ QUE AS FALHAS POR ELAS INDUZIDAS USUALMENTE MANIFESTAM-SE DE FORMA CATASTRÓFICA. UM EXEMPLO DE FALHA DE INTEGRIDADE ESTRUTURAL CAUSADA POR MODIFICA��O EM INSTALA��ES � DESCRITO A SEGUIR. O SILO DE UM CONJUNTO DE ARMAZENAMENTO DE MAT�RIA-PRIMA DE UMA SIDER�RGICA, PROJETADO PARA ARMAZENAR CAL (DENSIDADE DE 1,7 T/M�³), COM CAPACIDADE NOMINAL PARA 80 M�³ DESTE MATERIAL [LIMITADA A 65% DE SUA CAPACIDADE (52 T) POR SONDA], FOI UTILIZADO PARA ARMAZENAR FERRO-N�QUEL (4,0 T/M�³) APÓS UMA DECIS�O GERENCIAL MOTIVADA PELAS CONDI��ES DE MERCADO E ESTRAT�GIA DO NEGÓCIO, SEM QUE HOUVESSE REC�LCULO DA ESTRUTURA DE SUPORTE DO SILO. AO ATINGIR O VOLUME DE 52 M�³, ULTRAPASSOU-SE O MOMENTO CR�TICO DE UMA DAS VIGAS DE SUPORTE (235,84 KNM), A QUAL VEIO A FALHAR POR FLAMBAGEM LATERAL, LEVANDO O SILO A CEDER. FELIZMENTE, SÓ HOUVE PERDAS FINANCEIRAS E TRANSTORNOS OPERACIONAIS DECORRENTES DESTE ACIDENTE.