Famílias de fungos micorrízicos arbusculares em rizosfera de forrageiras em solo de Cerrado
Palavras-chave:
Cerrado, Fungos Micorrízicos Arbusculares, Gramíneas, LeguminosasResumo
A pesquisa foi motivada pela necessidade de compreender a ecologia dos Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) em solo de Cerrado, um bioma crucial, mas que apresenta solos caracterizados por baixa fertilidade natural e altos níveis de alumínio. As micorrizas arbusculares representam uma simbiose vital para a nutrição vegetal, especialmente na absorção de fósforo. O objetivo do estudo foi caracterizar a comunidade de FMAs associada a diferentes espécies de leguminosas e gramíneas forrageiras cultivadas na região, visando entender o potencial papel dessas famílias fúngicas na adaptação e produtividade das forrageiras.
O estudo foi conduzido no Campo Agrostológico da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande – MS. Foram avaliadas 6 áreas com forrageiras, sendo quatro leguminosas e duas gramíneas, em um DIC com 4 repetições por tratamento, as coletas e análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Microbiologia Agrícola da Faculdade Evangélica de Goianésia – GO. A extração de esporos de FMA foi realizada a partir de 50 cm³ de solo, utilizando a técnica de peneiramento úmido e centrifugação em solução de sacarose a 60% [25]. Os esporos foram separados por características morfológicas (cor, tamanho e ornamentação) e classificados em morfotipos com auxílio de lupa estereoscópica.
Espécies forrageiras avaliadas:
- Leguminosas: Arachis pintoi cv. BRS Oquira, Neonotonia wightii, Stylosanthes guianensis cv. BRS Bela (linhagens BRS Grof-1463 e BRS Grof-1480), e Stylosanthes capitata + S. macrocephala (cv. Campo Grande).
- Gramíneas: Pennisetum purpureum cv. BRS Kurumi e P. purpureum cv. Pioneiro.
Em conclusão, a alta esporulação de Acaulosporaceae em leguminosas do gênero Stylosanthes e Arachis indica que essa família pode desempenhar um papel fundamental na aquisição de nutrientes essenciais por essas forrageiras de grande importância no Cerrado. A diferença na dominância, como a alta taxa de Glomeraceae no Pennisetum purpureum (capim-elefante), pode estar relacionada às diferentes estratégias de colonização e de resposta ao manejo ou às características fisiológicas específicas de gramíneas versus leguminosas. O estudo confirma a adaptação de Acaulosporaceae às condições do Cerrado, formando associações robustas com diversas leguminosas.
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