Micorrizas arbsuculares em variedades da quinoa no Cerrado

Autores

  • Beatriz Borges UNIEGO - Centro Universitário Evangélico de Goianésia
  • Amanda Carrilho Lopes de Castro UNIEGO - Centro Universitário Evangélico de Goianésia
  • José Otávio da Silva UNIEGO - Centro Universitário Evangélico de Goianésia
  • João Pedro Costa Venâncio Camargo UNIEGO - Centro Universitário Evangélico de Goianésia
  • Rodrigo Fernandes de Souza UNIEGO - Centro Universitário Evangélico de Goianésia

Palavras-chave:

genotipos, quinoa, Cerrado, fungos micorrízicos

Resumo

A Quinoa (Chenopodium quinoa Willd.) é uma cultura de destaque mundial pelo elevado valor nutricional e grande plasticidade fenotípica. É uma das poucas fontes de proteína completa, contendo todos os aminoácidos essenciais, além de ser rica em fibras, vitaminas e minerais, sendo vital para a saúde. No Brasil, a quinoa é uma alternativa promissora, especialmente no Cerrado, devido à sua resiliência climática, adaptação a solos pobres e ciclo de cultivo curto, oferecendo alta rentabilidade e baixo risco ao pequeno agricultor.

Um experimento foi realizado na Embrapa Cerrados (Planaltina-DF) para avaliar o comportamento de 20 variedades de quinoa com fungos micorrízicos nativos do solo. O estudo, em um solo argiloso típico do Cerrado (Typic Haplustox), utilizou plantio direto, manejo padrão de adubação e delineamento de blocos ao acaso. Amostras de raízes e solo foram coletadas no estágio de florescimento para avaliar a simbiose.

Duas análises principais foram realizadas: Densidade de Esporos, extraída por peneiramento úmido e centrifugação, onde os esporos (gêneros como Rhizophagus e Glomus) foram contados e identificados; e Colonização Micorrízica, onde as raízes foram clarificadas (KOH) e coradas (Azul de Tripano) para quantificar, em microscópio, a taxa de invasão (hifas, vesículas e arbúsculos).

Os resultados indicam que a quinoa controla sua parceria micorrízica, com cada variedade apresentando uma estratégia de investimento distinta. Variedades como a CPAC5 priorizam o investimento na produção de esporos (reserva biológica), resultando em menor colonização radicular. Por outro lado, genótipos como a CPAC10 focam na eficiência imediata, maximizando a colonização para uma rápida troca de nutrientes. Essa variação confirma a adaptabilidade genética da quinoa às condições do Cerrado.

Publicado

2025-10-15