Os efeitos Socioambientais da exploração contínua do bioma Cerrado

Resumo

Introdução: O Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, abrange cerca de 25% do território nacional. É a segunda maior formação vegetal do país, após a Floresta Amazônica, concentrando-se principalmente no Planalto Central Brasileiro. Uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, acredita-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das abelhas sejam endêmicas. Ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos hotspots mundiais, ou seja, um bioma que está em risco de extinção em decorrência das ações antrópicas. No contexto do cerrado, essas ações podem ser analisadas em diversas perspectivas, desde o impacto ambiental causado por atividades econômicas, como a agricultura, pecuária extensiva até a falta de fiscalização e políticas ambientais frágeis. Objetivos: Este estudo tem como objetivo compreender a dinâmica ecológica e a interação entre fauna e flora com ênfase nas estratégias de conservação necessárias para a preservação, de maneira que destaque sua importância como bioma único, bem como os impactos das atividades impacto da ação humana sobre a sustentabilidade. Metodologia: Dentre as possibilidades de metodologias existentes, para o desdobrar deste estudo pretende-se fazer uso da quantitativa, a qual tem como principal objetivo testar hipóteses, determinar relações causais e generalizar os resultados para uma população maior a partir de uma amostra. Dados Numéricos serão utilizados, a coleta de dados será feita de maneira estruturada, resultando em informações que serão quantificadas, como porcentagens, médias e desvios padrão. Outrossim, entrevistas hão de ser realizadas com líderes comunitários, agricultores e agentes ambientais, com o objetivo de coletar informações sobre o uso dos recursos naturais, práticas de manejo sustentável e percepções sobre a conservação do Cerrado. Resultados Principais: O desmatamento no Cerrado teve consequências graves, ultrapassou a amazônia em áreas desmatadas, com cerca de 1,1 milhão de hectares desmatados em 2023, representando um aumento de 68% em relação ao ano anterior. Ademais, segundo o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a degradação ambiental no Cerrado é responsável por aproximadamente 10% das emissões de gases de efeito estufa do Brasil. Não apenas reduz a biodiversidade, como impacta o ciclo hidrológico, resultando em alterações nos padrões de precipitação e no aumento da frequência de secas. Um estudo da Nature indicou que a perda de vegetação nativa no Cerrado está associada à diminuição da umidade do solo e à redução da evapotranspiração, o que compromete a disponibilidade de água, impacta o clima e os ciclos hídricos da região. Os dados expostos destacam a urgência de políticas públicas eficazes para enfrentar essa crise ambiental. Conclusão:  O desmatamento do Cerrado é uma questão urgente que requer ação imediata. A implementação de políticas públicas eficazes, a promoção de práticas agrícolas sustentáveis e a criação de áreas protegidas são essenciais para a conservação deste bioma vital, torna-se crucial a colaboração entre governo, setor privado e sociedade civil para reverter as tendências de desmatamento e proteger a biodiversidade do Cerrado para as futuras gerações.