O uso da Cúrcuma como tratamento alternativo de analgesia: Uma Revisão da Literatura.

Autores

  • Mylena dos Reis Silva Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Thasla Emanuele Nascimento Mascarenhas
  • Bruno Cassiano de Lima Faculdade Evangélica de Goianésia - Faceg

Palavras-chave:

Plantas Medicinais, Fitoterapia, aliviar a dor, acadêmicos da saúde, Medicina Tradicional

Resumo

INTRODUÇÃO: A cúrcuma, conhecida cientificamente como Cúrcuma longa, é uma planta amplamente utilizada na culinária e na medicina tradicional. Recentemente, tem ganhado destaque como um potencial tratamento alternativo de analgesia devido às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. O uso de plantas para tratar problemas de saúde é uma prática que remonta à antiguidade. No Brasil, que detém a maior parte da biodiversidade mundial, as plantas medicinais, sejam nativas ou exóticas, servem como matéria-prima para a produção de fitoterápicos e outros medicamentos. Seu cultivo ocorre em regiões de clima tropical, onde pode se comportar como planta anual, o que favoreceu sua introdução no país pelos navegantes. A Cúrcuma longa L. possui folhas grandes, verdes e afiladas, espigas com flores de labelos púrpura e pequenas flores amareladas. Suas raízes terminam em um rizoma principal do qual partem vários rizomas menores, todos marcados por cicatrizes (anéis). OBJETIVO: Avaliar, por meio de uma revisão da literatura científica, o uso da cúrcuma como tratamento alternativo para analgesia, investigando a eficácia, segurança e os mecanismos de ação desse fitoterápico. MÉTODOS: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de junho de 2024, onde analisou artigos da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), utilizando os descritores: “Cúrcuma longa L.”, “Fitoterapia”, “Analgesia” e “Tratamento Alternativo”. Os critérios de inclusão foram artigos originais e completos, publicados na língua portuguesa, e que abordassem o objetivo da pesquisa. Exclui-se publicações de outras línguas e/ou materiais incompletos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos analisados revelaram resultados promissores quanto ao uso da cúrcuma no tratamento da dor. A curcumina, seu principal componente ativo, demonstrou habilidade para modular a dor através de diversos mecanismos, incluindo a inibição de mediadores inflamatórios e a regulação de vias de sinalização da dor. Esses efeitos sugerem um potencial significativo para o alívio da dor crônica e aguda. Os resultados até o momento sugerem que a cúrcuma pode representar uma opção terapêutica promissora e de baixo risco para o manejo da dor, especialmente quando utilizada como parte de uma abordagem multimodal que inclui outras terapias convencionais. No entanto, mais pesquisas são necessárias para elucidar completamente os benefícios e limitações da cúrcuma no contexto da analgesia. Os dados disponíveis até o momento apoiam sua investigação contínua como uma alternativa terapêutica viável. CONCLUSÃO: Ao destacar a atividade anti-inflamatória e analgésica da cúrcuma, no estudo da curcumina como uma alternativa terapêutica na prática, concluiu-se que, devido a essa atividade benéfica da planta em estudo, ela pode ser útil como substituto dos AINEs (Anti-inflamatórios não esteroidais), considerando também sua baixa toxicidade e custo acessível, além das propriedades farmacológicas. A eficácia da curcumina na redução da dor inflamatória se deve à sua capacidade de inibir diversas moléculas pró-inflamatórias, como citocinas e enzimas envolvidas no processo inflamatório. Esses mecanismos explicam a sua ação anti-inflamatória. No entanto, os autores ressaltam que são necessárias mais investigações para determinar a dosagem adequada, bem como a farmacocinética e a farmacodinâmica para o controle local e sistêmico da inflamação e dor. 

Publicado

2024-10-14