WOMEN’S “MENTAL LOAD”: REFLECTIONS ON INEQUALITY AND VIOLENCE IN THE SEXUAL DIVISION OF LABOR TODAY

Autores

  • Marlana Ribeiro Faculdade Evangélica de Goianésia
  • Carolina Santana Martins
  • Raphael Batista de Brito

Palavras-chave:

Female gender, sexual division of labor, women's mental burden

Resumo

Ao longo do tempo, o trabalho feminino tem recebido menor significação social, ao mesmo tempo em que se atribui à mulher maior esforço cognitivo e maiores responsabilidades referentes ao cuidado e à gestão familiar, o que atua cotidianamente de modo a favorecer a discriminação feminina e a desigualdade no ambiente laboral e na sociedade como um todo. Uma violência invisibilizada, quase nunca mencionada, que permanece oprimindo e até adoecendo muitas mulheres no Brasil e em diversos outros países. Para uma análise mais aprofundada da chamada “carga mental” da mulher e dos seus reflexos é necessário considerar, além das normas vigentes, a histórica divisão sexual do trabalho, sobretudo em casa – onde persiste uma assimetria na distribuição dos serviços domésticos e dos afazeres familiares –, e refletir criticamente sobre as hierarquias persistentes nas relações sociais, com suas repercussões físicas e mentais. Por meio de uma análise bibliográfica e documental, busca-se demonstrar como a construção social, cultural e histórica de necessidade de que a mulher atue na gestão da vida familiar, aliada à atribuição “inata” ao gênero do trabalho doméstico e do cuidado é, ao mesmo tempo, causa e consequência de desigualdades ainda tão presentes nos dias de hoje, inclusive com implicações diretas na saúde, na produtividade e na diminuição do valor social do trabalho feminino remunerado, tudo isso se considerando ainda aspectos de raça e condição social, sob uma perspectiva interseccional.

 

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Publicado

2024-12-20