MANEJO CIRÚRGICO DE FRATURA MANDIBULAR COMINUTIVA: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Fraturas maxilomandibulares., Fixação interna., Mandíbula., Redução aberta.Resumo
RESUMO: A mandíbula é um osso móvel e espesso, constituído por estruturas nobres que atuam em importantes contribuições do sistema estomatognático. Por ser uma área de grande evidência, apresenta alta prevalência de ser arremetida por traumas em razão da sua topografia, anatomia e proeminência no terço inferior da face. Fraturas mandibulares são denominadas cominutas quando atingem três ou mais partes em uma mesma região. Os principais fatores promotores incluem colisões de veículo automotor, violência interpessoal, quedas, acidentes industriais ou no âmbito laboral. As lesões mencionadas induzem há uma má estética e podem afetar o espaço aéreo, representando um desafio cirúrgico, posto a complexidade envolvida. Além disso, esses indivíduos apresentam sinais e sintomas bem particulares, tais como, crepitação óssea, limitação da abertura bucal, dor, equimose sublingual, edema submandibular e submentual. O presente estudo tem por objetivo relacionar pesquisas científicas sobre manejo cirúrgico associado a um caso clínico em área cominuída, situada em região de corpo mandibular do lado esquerdo, em um paciente vitimado após acidente de trabalho. Frente ao relato, questionários específicos, avaliações físicas e exames complementares demonstraram significativa importância em diagnosticar e consequentemente, em propor um planejamento cirúrgico adequado diante ao cenário. Por se tratar de uma fratura cominutiva e desfavorável, foi descartada a possibilidade do tratamento conservador, sendo assim, a redução aberta com acesso cervical submandibular e fixação interna rígida foi preconizada. Uma placa do sistema 2.0mm, com o intuito de promover
estabilização, foi instalada em zona de tensão, enquanto uma placa de reconstrução do sistema 2.4mm foi posicionada em zona de compressão, alcançando consolidação óssea, retorno precoce da função, redução no tempo de tratamento e menor índice de complicações. Constata-se, enfim, a relevância da equipe em identificar o tipo de fratura, a conduta empregada e fatores prognósticos desses agravos, otimizando resultados estético-funcionais e implicando diretamente na qualidade de vida do indivíduo.