ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Síndrome de Down. Assistência Odontológica para Pessoas com Deficiências. Odontólogos.Resumo
RESUMO: INTRODUÇÃO: A Síndrome de Down (SD), é caracterizada como uma condição genética que resulta em um cromossomo extra no par 21. Como consequência, o indivíduo pode desenvolver alguns comprometimentos cognitivos e físicos, englobando anomalias de importância odontológica, como hipodontias, anodontias, macroglossia, entre outros. OBJETIVOS: verificar quais as alterações bucais são encontradas com frequência em pacientes com SD e quais os tipos de manejo existentes utilizados para atendê-los. METODOLOGIA: paciente do sexo masculino, 4 anos de idade, portador de SD, compareceu com a mãe na Clínica Odontológica da FACEG,
onde a mesma se queixava que o filho nunca teria ido ao dentista. Durante a anamnese, foi relatado que o paciente tinha hiperatividade e déficit cognitivo, mas nenhuma doença sistêmica instalada. Já na avaliação intraoral, não houve cooperação do paciente para sua realização, dificultando o atendimento odontológico. Mesmo com tal dificuldade, pode-se perceber que o paciente apresentava macroglossia, hábitos de respiração bucal e higienização oral deficiente, devido a grande quantidade de biofilme encontrada. Após os exames iniciais, foi realizado uma profilaxia, onde foram utilizadas técnicas de manejo comportamental como distração, falar/mostrar/fazer, reforço
positivo e estabilização protetora, uma vez que o paciente não era colaborativo. Além disso, foi realizada a indicação de instalação de um aparelho de grade palatina devido a protrusão de língua que o paciente detinha, mas para isso ele foi encaminhado para profissional especializado em atendimento de pessoas com necessidades especiais.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: a fim de promover saúde oral para pacientes com síndrome de down, é de extrema importância que os profissionais saibam lidar com o comportamento ímpar desses indivíduos. Portanto, para que esse atendimento seja eficaz é necessário que o cirurgião dentista conheça as características bucais dessa
classe e quais técnicas de manejo disponíveis para melhor atendê-los. CONSIDERAÇÕES FINAIS: através da realização deste caso clínico, percebe-se que o atendimento de crianças portadoras de síndrome de down é algo difícil, necessitando do apoio de técnicas para o manejo comportamental destes, diminuindo essa não aceitação durante qualquer atendimento odontológico. Além disso, é necessário que esses indivíduos sejam inseridos o quanto antes nesse ambiente, buscando prevenir qualquer tipo de agravo bucal.