ABORDAGEM TERAPÊUTICA ACERCA DA HIPERPLASIA GENGIVAL INDUZIDA POR FÁRMACOS: REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Hiperplasia gengival, Odontologia, Tecidos periodontais, FármacosResumo
Introdução: A hiperplasia gengival induzida por medicamentos tem sido conceituada na literatura como um aumento inicial do tecido gengival na área da papila interdental, seguido por um supercrescimento anormal da gengiva. Á vista disso, tal condição pode acarretar um desconforto emocional e estético ao paciente. Objetivo: Revisar na literatura científica, os artigos disponíveis, com intuito de relatar as características clínicas da hiperplasia gengival, de forma a elencar os medicamentos mais susceptíveis ao aparecimento, e a terapêutica que o cirurgião dentista deve abordar. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada por meio de busca nas bases de dados do SciELO e PubMed, no período de 2018 a 2022, utilizando dos descritores “Hiperplasia gengival”; “Odontologia”; “Tecidos periodontais”; “Fármacos”. Os artigos revisionais foram pesquisados nos idiomas inglês e português e a partir de sua análise na íntegra, foram selecionados 4 que contribuíram para o estudo descritivo do trabalho. Resultados e Discussão: De acordo com a literatura, a hiperplasia gengival é o aumento exagerado do tecido gengival. É assintomático, apresenta crescimento lento e progressivo na região da papila interdental na qual surge de 3 a 6 meses após o uso de medicamentos e se agrava em torno de 12 a 18 meses. Dentre os fármacos associados à hiperplasia gengival podese nomear a ciclosporina, fenitóina, nifedipina e anfetaminas que são drogas utilizadas em casos específicos. O crescimento do tecido gengival pode continuar por cerca de 1 ano e em casos mais graves pode cobrir totalmente o dente. Assim que é descoberta a relação entre o medicamento e a hiperplasia gengival, cabe ao cirurgião dentista orientar o paciente e o seu médico sobre a possibilidade da troca de medicamentos ou mudança de dosagem em conjunto com uma orientação sobre as técnicas de higiene bucal. Conclusão: Segundo o descrito acima, conclui-se que os cirurgiões-dentistas têm que estar aptos a identificar essas alterações gengivais e sua correlação com os fármacos responsáveis. O tratamento é multidisciplinar entre o dentista e o médico que prescreveu o medicamento e é de grande importância o diagnóstico precoce para que o tratamento seja implementado o mais prévio possível.