INTER-RELAÇO ENTRE A DOENÇA PERIODONTAL E AS DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Palavras-chave:
Doença Cardiovascular. Doença Periodontal. Periodontite. Fator de Risco.Resumo
Introdução: A Doença Periodontal (DP) é uma condição que afeta o periodonto de sustentação e de proteção. Dessa forma, pode ser um fator de risco não modificável para a Doença Cardiovascular (DCV), favorecendo as complicações ateroscleróticas, acidente vascular cerebral, doença arterial coronária e insuficiência cardíaca. Objetivos: Descrever por meio de uma revisão literária, a influência da DP como um fator de risco para a DCV e citar os possíveis mecanismos que interligam estas duas patologias. Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura, na qual foram realizadas buscas de 10 artigos em língua portuguesa e inglesa no intervalo de 2018 a 2021 nas seguintes bases de dados como: PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Foram excluídos da pesquisa artigos que estavam com mais de 5 anos de publicação. Resultados e discussões: Ambas as condições compartilham de diversos riscos, na qual a inflamação efetua um papel importante na patogênese, pois a microbiota oral circulante apresenta capacidade de induzir direta ou indiretamente uma inflamação sistêmica. Os patógenos periodontais, em quantidade elevada, podem disseminar na corrente sanguínea e infectar outras partes do corpo aumentando a predisposição de pacientes a desenvolverem DCV e/ou outras doenças sistêmicas. Estudos também confirmaram a correlação entre a doença arterial coronariana, doença cerebrovascular, insuficiência cardíaca e aterosclerose com a DP. Considerações finais: Diante dos fatos apresentados, conclui-se que a DP é um fator de risco para o início ou progressão da DCV. Portanto, pacientes com DP devem ser orientados sobre os riscos de desenvolverem DCV’s e complicações subsequentes a ela. Sendo assim, deve-se orientar ao paciente a respeito de como realizar adequadamente a higiene oral, incluindo escovação, limpeza interdental e, em alguns casos o uso de coadjuvantes químicos. Independentemente do grau da DCV deve ser oferecida a terapia periodontal não cirúrgica, com o intuito de diminuir a inflamação e encaminhar os pacientes para a fase de manutenção.