PROCESSO PROLIFERATIVO NÃO-NEOPLÁSICO: DIFERENCIAÇÃO E CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Palavras-chave:
Não-neoplásico; Diagnóstico; Trauma; Irritação local; GengivaResumo
RESUMO: Os processo proliferativos não-neoplásico (PPNN) são considerados aumentos teciduais de origem traumática ou lesões proliferativas não-neoplásicas sendo decorrentes de processos inflamatórios através de prótese mal adaptada, cálculos subgengivais ou restaurações com excessos interproximais¹. Este trabalho tem como objetivo definir os PPNN’s mostrando suas principais características clinica como também saber diferencia-las. Metodologicamente neste trabalho foram utilizados artigos científicos e expostos no livro PATOLOGIA ORAL E MAXILOFACIAL-Neville (4ª edição) fazendo uma revisão bibliográfica. Os PPNN’s de maior prevalência são hiperplasia fibrosa inflamatória, granuloma piogênico, lesão periférica de células gigantes, fibroma ossificante periférico². A hiperplasia fibrosa inflamatória é uma hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso que cresce em decorrência das bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. Sua característica clinica consiste no aumento da gengiva ou do rebordo alveolar³. O granuloma piogênico representa uma resposta tecidual a uma irritação local ou trauma, caracterizado pela proliferação de células endoteliais e formação de vasos sanguíneos. Cerca de 75% se apresenta na gengiva e sua coloração varia de rosa ao vermelho ao roxo, frequentemente acomete mulheres gravidas devido o aumento de progesterona e estrogênio³. A lesão periférica de células gigantes se caracteriza por um crescimento semelhante a um tumor, seu aparecimento se da através de traumas ou irritações locais. Ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo sendo ligeiramente mais afetada na mandíbula. Sua coloração é azul-arroxeada³. O fibroma ossificante periférico não tem patogênese certa, mas está associado a fatores irritantes locais. Acomete preferencialmente a gengiva sendo mais comum na região anterior da maxila. Esta lesão tem alto poder de crescimento podendo atingir elevados tamanhos causando assimetria facial. A diferenciação destas lesões se da através da realização de exame histopatológico tendo algumas células específicas em cada lesão³. Sendo assim todas estas lesões tem como terapêutica a excisão cirúrgica e o cirurgião dentista tem que estar apto a diagnosticar estas lesões1.
REFERÊNCIA:
1. Marinho, Thales de Figueiredo Costa; De Andrade Santos, Pedro Paulo; DE ALBUQUERQUE, Ana Carolina L. Processos proliferativos não-neoplásicos: uma revisão de literatura. Revista Saúde & Ciência Online, v. 5, n. 2, p. 94 110, 2016.
2. Figueiredo, Nathália Vanzella; Pissaia, Cristiane Andressa, et al. Processos proliferativos não neoplásicos- UFRP, 2021.
3. Neville, B. W.; Damm, D. D.; Allen, C. M.; Bouquot, J. E. Patologia Oral e Maxilofacial. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.