ALVEOLITE: A DIVERSIDADE POR TRÁS DO SEU MANEJO
Palavras-chave:
Alveolite, Manejo, MétodosResumo
RESUMO: Após a extração, o alvéolo é exposto e um coágulo sanguíneo começa a se formar sobre ele, gerando as primeiras etapas de cicatrização e protegendo as terminações nervosas dentro da cavidade dentária vazia. No entanto, é possível que esse coágulo não se forme em virtude de alguns fatores, produzindo um processo chamado de osteíte alveolar ou alveolite. A alveolite é a complicação mais comum pós extração, dividindo-se em seca e purulenta. A seca ocorre devido à ausência de coágulo, causando dor intensa pois as terminações nervosas estão expostas. As possíveis causas são: trauma excessivo durante a extração, falta de sutura ou sutura inadequada, realização de bochechos nas primeiras 24 horas e dentes fraturados durante a extração. Já a purulenta, o alvéolo apresenta-se com coágulo em desarranjo ou presença de corpos estranhos, odor fétido e exsudato pulurento.
O presente trabalho tem por objetivo esclarecer a temática e seus fatores inerentes ao diagnóstico, peculiaridades e diferentes métodos empregados no seu manejo.
O atual estudo consiste em uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: PubMed, Scielo e Google Scholar. Incluiu-se os principais artigos que versavam acerca da alveolite e métodos empregues em seu manuseio, com datas de publicações preferencialmente entre 2017 a abril de 2022.
A osteíte alveolar possui etiologia multifatorial e apesar da sua causa não ser bem compreendida, acredita-se que seu principal fator etiológico seja o aumento da atividade fibrinolítica, processo que pode resultar na perda prematura do coágulo após a extração. Por não haver etiologia específica, seu tratamento não é totalmente correto. Portanto, os procedimentos caracterizam-se muitas vezes pelo empirismo, desde a irrigação do alvéolo, aplicação de medicações tópicas ou sistêmicas a recursos à lasers.
Ainda que inconsistências sejam identificadas na sua terapia por ser multifatorial e de origem obscura, a prevenção é a palavra chave para todo o procedimento. Técnicas cirúrgicas atraumáticas, controle asséptico e bacteriano, bem como evitar hábitos tabágicos podem ser medidas utilizadas para reduzir sua incidência. Contudo, por ser uma complicação que pode ocorrer por fatores incontroláveis, é crucial que os profissionais estejam cada vez mais cientes dos novos tratamentos, lidando da melhor forma com esta condição e individualizando o paciente de acordo com suas necessidades.