DESAFIOS NA REABILITAÇO ORAL POR MEIO DE IMPLANTES EM PACIENTES GERIÁTRICOS
Palavras-chave:
Idosos, Implantes, Reabilitação protética, GeriatriaResumo
RESUMO: A saúde bucal do idoso possui implicações diretas na qualidade de vida dessa população, haja visto que seu comprometimento afeta negativamente no seu bem-estar. Segundo estudos revisionais e epidemiológicos, a população geriátrica está e tende a aumentar à medida que a qualidade dos cuidados à saúde se aprimorem. Os cirurgiões-dentistas precisam se adequar a essa transição demográfica, procurando métodos para melhorar as condições de saúde bucal. O tratamento reabilitador protético corresponde como o mais utilizado nessa faixa etária, exigindo conhecimento profissional quanto as diversas opções, assim como aos fatores que influenciam na sua escolha. Com o progresso da odontologia e a evolução dos materiais tecnológicos, a implantodontia oral institui-se como uma modalidade no tratamento protético de pacientes idosos. O presente estudo objetiva demonstrar por meio de uma revisão bibliográfica a revolução dos implantes dentários dentro do tratamento protético reabilitador, suas vantagens e desvantagens na população geriátrica. Os artigos associados ao tema foram previamente selecionados em bases de dados científicas como Google acadêmico e Scielo, publicadas entre 2008-2019. Embora vários estudos relatem que o sucesso do implante depende da faixa etária do paciente, bibliografias recentes sugerem que eles são seguros e previsíveis em pacientes geriátricos. Faz-se importante compreender que o êxito desse tratamento depende de uma avaliação minuciosa da saúde geral e oral, analisando os riscos e benefícios em cada situação clínica. Relativamente às contraindicações para a reabilitação com implantes não estão associadas a idade do paciente, mas sim pela presença de patologias sistêmicas e/ou hábitos nocivos que comprometam o sucesso do tratamento. As próteses sob implantes e overdentures trazem múltiplas vantagens quando comparadas com as convencionais, dentre elas, pode-se citar uma maior retenção e estabilidade. Entretanto, o uso de implantes pode ter efeito contrário caso os pacientes se tornem clinicamente comprometidos e, sobretudo, estiverem com a cognição prejudicada e resistentes aos cuidados adequados. Desse modo, os implantes se tornarão desvantajosos e poderão ser fontes infecciosas. Por concluinte, com o aumento da expectativa de vida da população mundial, a busca incessante pela estética, somado à modernização da odontologia, a implantodontia tornou-se viável ao tratamento de pacientes geriátricos saudáveis e colaboradores.